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quinta-feira, 10 de março de 2011

O poder da ciência



Artigo de Cristovam Buarque e Jorge Werthein publicado no Estado de São Paulo.

Uma autoridade de elevada patente se prepara para deixar o poder. Aproveita a oportunidade para fazer um mea culpa. Deveria ter investido mais em educação científica. Permitiu que outros países, com ciência e tecnologia mais avançadas, se tornassem superiores. Agora é tarde. Seu governo fracassou. Amarga derrota irreversível. Ele deposita, então, nos jovens a esperança de elevar ao nível máximo o "poder científico e o poder espiritual" da nação.

No dia seguinte, os jornais trombeteiam que seu sucessor dará ênfase à ciência básica no sistema escolar. Recém-empossado, ele anuncia a criação de uma secretaria voltada exclusivamente para a educação em Ciências. Reconhece publicamente a extrema relevância do "cultivo da capacidade de pensar cientificamente" para a construção de uma cultura nacional.

Milhões em recursos financeiros se destinam agora a um fundo para a promoção da ciência no cotidiano da população. O novo governo se mostra decidido a corrigir os erros do passado e a apostar no futuro do país por meio do conhecimento científico.

Esse episódio ocorreu de fato e é narrado no livro Embracing Defeat - Japan in the Wake of World War II, de John W. Dower, lançadoem1999. O cenário era o Japão, imediatamente após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os Aliados-Estados Unidos à frente - derrotaram as forças do Eixo, entre elas o Japão, alinhadas com o nazifascismo.

Nesse momento histórico, o governo japonês se rendia diante da superioridade bélica norte-americana, expressa com a explosão das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. As autoridades nipônicas, tanto as que deixavam o poder quanto as que nele ingressavam - entre elas o derrotado ministro da Educação do relato do livro -assumiram que a maior deficiência dos japoneses tinha sido a ciência e a tecnologia.

Artigo publicado no Asahi Shimbun, maior jornal do Japão, em 20 de agosto de 1945, chegava a afirmar: "Perdemos para a ciência do inimigo." Evidentemente, ninguém,em sã consciência, ousaria defender o emprego da ciência e da tecnologia para fins não pacíficos. Mas o episódio e seus desdobramentos ajudam a compreender o impressionante avanço japonês nessas áreas.

O Japão só despertou realmente para a relevância do investimento nesses setores ao perder uma guerra. Hoje, décadas após o Plano Marshall, os japoneses se mantêm na dianteira em termos científico-tecnológicos. O país se tornou referência mundial em ciência e tecnologia, a despeito da crise econômica que enfrentam, sobre a qual, aliás, afirma o Relatório Mundial de Ciências da Unesco, lançado em 2010: "Neste período de incerteza, entretanto, há um firme consenso entre políticos, administradores públicos e industriais japoneses sobre a importância crucial da ciência e da tecnologia e sobre a necessidade de estimular a inovação."

Em parte também por motivos de segurança nacional, a igualmente asiática Coreia do Sul tem avançado consideravelmente nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Os sul-coreanos, que têm como maior ameaça à paz seus vizinhos norte-coreanos, atingiram, ao lado da Finlândia, o topo do ranking no mais recente Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). A Coreia do Sul figura, no exame, como um dos cinco países com melhor desempenho em ciências entre os 65 avaliados. Vem logo abaixo do Japão.

Japão e Coreia do Sul têm aparentemente pouca semelhança com países como o Brasil. No entanto, observados mais de perto, apresentam alguns traços em comum, tais como períodos de ditadura política e de atraso econômico em passado não muito distante. Da segunda metade do século 20 para cá, os dois "tigres asiáticos" alcançaram elevados patamares em termos de educação, enquanto o Brasil avançou muito lentamente. Somente agora, em pleno século 21, o "gigante adormecido" parece começar a despertar para a relevância da escola no desenvolvimento do País e vem avançando mais celeremente nesse campo.

País que há muito já se destaca internacionalmente nas artes - especialmente na música- e nos esportes - notadamente no futebol -, o Brasil precisa dar-se conta de que pode e deve avançar mais em ciência e tecnologia e converter-se também em referência nessas áreas, ingressando, assim,de forma definitiva na chamada sociedade do conhecimento.

Deve perceber que alfabetizar não basta, assim como não basta universalizar o ensino fundamental. É preciso conferir lhe qualidade e garantir que os estudantes efetivamente aprendam. Ao mesmo tempo, precisa desenvolver o potencial científico que há latente nos cérebros das nossas crianças desde os primeiros anos de escola. Deverá, para isso, destinar mais recursos para a educação científica e para pesquisa e desenvolvimento, a chamada P&D.

Para ter uma ideia, no Brasil a relação entre Produto Interno Bruto (PIB) e gasto interno bruto em P&D tem-se mantido estável nos últimos anos, enquanto na China teve aumento de 50% entre 2002 e 2008, segundo o mais recente Relatório de Ciências da Unesco.

Em seu discurso de posse, o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, muito oportunamente narrou episódio que atribui a Stephen Jay Gould, um dos grandes biólogos e teóricos da evolução do século passado: "Fizeram uma sondagem nas escolas de segundo grau americanas para aferir quem os adolescentes admiravam mais. O primeiro nome da lista foi Michael Jordan. Fizeram sondagem semelhante na Coreia do Sul e lá o primeiro nome da lista foi do emérito físico britânico Stephen Hawking." Sinal dos tempos.

*Cristovam Buarque (professor da Universidade de Brasília e Senador PDT-DF) e Jorge Werthein (doutor em Educação pela Universidade Standford - EUA, representante da Unesco no Brasil e vice-presidente da SANGRI BRASIL).
(O Estado de São Paulo - 09/03)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76673

quarta-feira, 9 de março de 2011

Google Chrome 10 já está disponível para download



Redação do IDG Now!
09-03-2011
Browser da Google promete ser até 66% mais rápido que seu predecessor. Aceleração por hardware e sincronização de senhas são destaques.

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A Google anunciou na última terça-feira (9/03) o lançamento da versão final do Chrome 10. O navegador chega apenas um mês depois de seu predecessor, o Chrome 9, liberado no começo de fevereiro, e segundo a gigante, é até 66% mais rápido.

Segundo o blog oficial do programa, o melhor desempenho foi possível graças ao novo motor do browser, chamado de Crankshaft (Cambota). Quando apresentado em dezembro do ano passado, executivos da empresa afirmaram que, com ele, a velocidade do Chrome ficaria cem vezes maior em relação ao Internet Explorer de dois anos atrás – não foi especificado qual versão do IE foi usada como referência, se a 7 ou a 8 beta.

Outra novidade é a aceleração por hardware, que já vinha sido prometida pela equipe de desenvolvimento do software. Sites pesados, em vez de sobrecarregarem o processador para serem abertos, aproveitarão a placa de vídeo – caso o usuário possua uma compatível. “Em tela cheia, o uso do CPU será até 80% menor”, diz o informe. Dessa forma, o consumo da bateria de netbooks e notebooks será menor e sua autonomia, maior.

O recurso de sincronização também foi aprimorado. Ele já permitia ao usuário manter as mesmas preferências de navegação, favoritos, formulários e até mesmo extensões em seus computadores. Agora, no Chrome 10, isso também vale para as senhas, com o detalhe de que, por segurança, elas podem ser criptografadas.

Menos importante, mas, ainda assim, destacada pela Google, é a alteração de interface das “Opções”. Em vez de abrir em uma janela separada, ela aparece em uma aba – o que permite continuar navegando. Também passa a contar com uma busca, o que facilita na hora de encontrar a configuração que se deseja alterar.

Por último, o recurso de caixa de areia foi expandido para o conteúdo exibido em Flash Player – programa já incorporado ao browser – mas só funciona em Windows Vista e 7. De acordo com o comunicado, trata-se de uma camada a mais de proteção, que torna mais difícil a contaminação do computador a partir do browser.

Para baixar o Chrome 10, clique aqui. Lembrando que, quem possuir o Chrome 9 instalado na máquina, receberá a atualização automaticamente.

O programa da Google tem 10,9% do mercado de navegadores – segundo o Net Applications – atrás de Internet Explorer (56,7%) e Firefox (21,7%).

Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/03/09/google-chrome-10-ja-esta-disponivel-para-download/

Cientista da Nasa descobre fóssil alienígena em meteorito



Richard B. Hoover, astrobiólogo da NASA, afirma ter encontrado vida extraterrestre em fósseis de bactérias encontrados em fragmentos de meteorito.

De acordo com a Cnet, Hoover admitiu ter encontrado vida extraterrestre depois de ter examinado condritos carbonáceos Cl1, uma categoria de meteoritos raros, e ter verificado que estes continham bactérias fossilizadas. Hoover afirmou que este "é um indicador de que a vida está distribuída de forma ampla e que não se restringe em exclusivo ao planeta Terra". O astrobiólogo afirmou ainda que não conseguiu identificar alguns elementos fossilizados.

O estudo levado a cabo por Hoover foi publicado pela publicação da especialidade Journal of Cosmology que já convidou a comunidade científica para se pronunciar relativamente ao estudo.

Recentemente, Paul Hellyer, ex-ministro da defesa canadiano afirmou que o planeta Terra tem sido visitado por extraterrestres . Também o governo inglês disponibilizou ficheiros sobre Ovnis , antes considerados secretos.

Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/cientista-da-nasa-descobre-fossil-alienigena-em-meteorito=f1008851

Compras coletivas: 6 maiores sites concentram 82,5% das ofertas



Por Robinson dos Santos, do IDG Now!
Levantamento feito pelo agregador Comune aponta concentração tanto em cupons vendidos quanto em receita, que se dilui fora dos grandes centros.

Um grupo reduzido de seis sites de compras coletivas foi responsável por mais de 80% dos cupons vendidos no Brasil em janeiro de 2011, aponta levantamento feito pelo agregador de ofertas Comune e divulgado esta semana.

De acordo com os dados, que são coletados de forma automática pelos robôs do Comune, os seis maiores sites – ClickOn, Clube do Desconto, Groupon, Imperdível, Oferta X e Peixe Urbano – venderam 82,5% de um total de 1,3 milhão de cupons de desconto oferecidos em janeiro.

Considerando as vendas em reais, a participação dos seis maiores diminui um pouco: 78,8% da receita vieram deste grupo, ante 21,2% do restante da lista de cerca de 200 sites considerada pela pesquisa.

O rol dos seis maiores sites não deve ser interpretado, contudo, como um ranking – a política do Comune é não revelar informações que possam revelar estratégias dos sites.

Duas listas
De qualquer forma, o grupo dos seis primeiros difere de outra lista, divulgada pelo site Bolsa de Ofertas, que aponta como líderes Groupon, Peixe Urbano, Clickon, Q.Pechincha e Desejomania, nessa ordem.

O Bolsa de Ofertas utiliza como critério do ranking as métricas de acesso contabilizadas pelo site Alexa.

“Para nós, não interessa tanto quem tem mais audiência e sim quem vende mais. Nossos robôs indexam o mercado de hora em hora, coletando dados sobre ofertas e cupons vendidos”, diz o diretor do Comune, David Reck.

O diretor explica que os porcentuais de participação variam pouco quando a amostra é ampliada de 200 para 500 sites. No entanto, fora dos grandes centros, a distribuição pode mudar basatante, alerta.

"Alguns sites regionais têm tíquetes médios mais altos e faturamento significativo", destaca Reck. "Um exemplo é o site Viajar Barato, que tem tíquete alto mas não necessariamente se destaca pelo grande volume de cupons vendidos."

Tíquete médio
Segundo o agregador, a receita total do 1,3 milhão de cupons vendidos foi de 65,7 milhões de reais, o que resulta num valor médio, por tíquete, de 50,53 reais.

O pico do mês ocorreu entre os dias 20 e 31, com a venda de aproximadamente 140 mil cupons – o número corresponde à soma das ofertas de todos os cerca de 200 sites incluídos na pesquisa.

Com 28 mil cupons vendidos, a oferta recorde do mês foi a impressão de fotos digitais e um álbum para fotos, de 34,90 reais por 17 reais. Apenas essa oferta resultou numa receita de 476 mil reais. O Comune não revela qual foi o site que veiculou a oferta.

“Pela receita de 65,7 milhões de reais apurado em janeiro, e considerando que o mercado ainda tem espaço para crescer, poderemos mesmo chegar ao 1 bilhão de reais de faturamento projetado para 2011”, prevê Reck.

Hotéis e restaurantes
Dentro dos sites de compras coletivas, os setores que mais se destacaram em janeiro foram os de hotéis e viagem e restaurantes e bares, aponta Reck.

A pesquisa também aponta aspectos das compras coletivas que precisam ser melhor definidos, conta o diretor.


“Uma das coisas é a fidelidade do anunciante. Pudemos constatar um mesmo anunciante ofertando em dois sites ao mesmo tempo, um com rodízio de pizza e outro com rodízio de carne”, lembra Reck.

A outra são as razões que levam a empresa a anunciar em sites de compras coletivas. “Existem vários outros fatores por trás da venda. Exposição da marca, capitalização a juro zero são apenas alguns deles”, cita o diretor.

“É preciso que o comerciante tenha claro o que espera da ação”, finaliza.

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/03/04/compras-coletivas-6-maiores-sites-concentram-82-5-das-ofertas/