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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cinco boas razões para investir no networking

A manutenção de contatos profissionais é benéfica a todos, do candidato até o gestor de vagas de trabalho.
Se uma de suas preocupações na hora de incrementar a rede de contatos profissionais que o cerca é ser ignorado, repense. No lugar de querer receber, procure contribuir. Apresentamos cinco motivos para seus contatos moverem seu cartão de visitas para a pasta “favoritos”.

Um dos motivos pelos quais você pode ser reticente na hora de fazer networking é o fato de, ao fazer contatos na busca por oportunidades profissionais, ter sempre a sensação de estar impondo sua vontade. É onde a vasta maioria das pessoas erra em seu conceito sobre a função e a dinâmica do network. Achar que o empregador não quer conhecer novos talentos e que quem procura por uma colocação não tem nada a oferecer também são dois erros muito comuns.

O presidente da empresa norte-americana de coaching Carrer Potential, Ford Myers, afirma que as vantagens na atividade de manutenção de contatos profissionais é benéfica a todos, do candidato até o gestor de vagas de trabalho.

“Quem faz o networking de forma apropriada dá mais que recebe”, resume Ford.

Autor da obra “Get the Job You Want – Evene When No One´s Hiring” (conquiste a vaga que quiser – mesmo quando não há contratações, em tradução livre do inglês), Myers procura esclarecer aos preocupados que muitos dos temores comuns são infundados.

1. Sua forma de se aproximar diz muito sobre você: As pessoas a sua volta podem estar secretamente à procura de alguém para compor seu quadro de profissionais. Elas também podem estar reticentes em agendar compromissos ou dar telefonemas para conversar sobre a questão. Então, se concordam em te receber para uma conversa, estão, na verdade, realizando um ensaio com sua postura e com seu comportamento.

2. Você vale o que sabe: Se está em atividade, realizando networking a todo vapor, possivelmente tem um conhecimento razoável sobre as vagas e ouve nas entrevistas como anda a economia e quais são, em parte, os planos estratégicos de outras companhias. Esse conhecimento é valioso para outras pessoas, incluindo seus potencias empregadores.

3. Existe interesse em ajudar você: Sim, existe. Ajudar aos outros em sua busca por emprego aumenta a moral de quem realiza a ponte. Se alguns fazem isso de forma puramente altruísta, existe outra parcela de pessoas com contatos que fazem isso de olho nos bons fluidos que essa ação pode lhes render. Seja qual for o caso, é bom para você.

4. O fator “ego”: Consultar seus contatos sobre questões profissionais faz com que se sintam apreciados. Ao perguntar-lhes algo que denote a necessidade por seus conhecimentos, você lhes atribui status de autoridade em determinados assuntos. Promove neles o senso de valor e em você o senso de alguém que é articulado, qualidade desejada.

5. Networking não é trabalho: Às vezes, o que seu contato mais quer é tomar uma xícara de café e conversar sobre amenidades. Isso pode ser ocasionado por uma carga de trabalho alta demais ou por simples tédio. Seja como for a razão, uma rápida saída para um cappuccino pode render frutos e informações valiosas.

6. As portas se abrem: Se precisar marcar uma reunião com alguém que tenha sido indicado por você, é praticamente certo que você será atendido, e bem. Longe de ser fruto do tráfego de influências, essa receptividade se dá em função da confiança que existe em seu trabalho e na qualidade de seus contatos. Afinal de contas quem vai pôr o trabalho a perder para facilitar uma operação comprometida?

7. Sua situação é pública: Muitas vezes, os seus contatos sabem perfeitamente o que o motiva a procurá-los. Se for uma questão urgente e você passar por necessidades, é bastante possível que os participantes de sua rede se empenhem em resolver seu problema, pois te conhecem e podem ter empatia por você.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/carreira/2010/10/28/cinco-boas-razoes-para-investir-no-networking/

Hubble prevê o futuro de aglomerado de estrelas

Enxergando o futuro

Astrônomos costumam olhar para o passado, quando capturam a luz emitida por estrelas há milhões de anos.

Mas agora eles usaram imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble para olhar para o futuro - 10.000 anos à frente, para ser exato.

O telescópio fez imagens do aglomerado globular Ômega Centauro no período de 2002 a 2006, detectando o movimento das estrelas nesse período.

A seguir, eles usaram esse movimento para projetar a trajetória de cada estrela para os próximos 10.000 anos.

Ômega Centauro

O aglomerado globular Ômega Centauro foi descoberto por Ptolomeu há mais de 2.000 anos. Ptolomeu pensou que Ômega Centauro fosse uma estrela única - na verdade trata-se um enxame de cerca de 10 milhões de estrelas, todas orbitando um centro comum de gravidade.

A "estrela" de Ptolomeu só foi identificada como um aglomerado globular em 1867, sendo um dos cerca de 150 aglomerados identificados na Via Láctea.

As estrelas estão tão amontoadas no aglomerado que os astrônomos tiveram que esperar dois milênios até que o Telescópio Espacial Hubble permitisse olhar com mais profundidade o núcleo dessa "colmeia estelar" e mapear as estrelas individualmente.

Buraco negro

A medição precisa do movimento das estrelas em aglomerados gigantes pode render insights interessantes sobre como esses agrupamentos se formaram no Universo primitivo, e se um buraco negro de massa intermediária - cerca de 10.000 vezes a massa do nosso Sol - poderia estar à espreita entre as estrelas.

"São necessários programas de computador sofisticados para medir as mudanças sutis nas posições das estrelas que ocorrem durante um período de apenas quatro anos," diz o astrônomo Jay Anderson, que conduziu o estudo com seu colega Roeland van der Marel. "Em última instância, é a visão afiada do Hubble que é a chave para a nossa capacidade de medir o movimento das estrelas no aglomerado."

"Com o Hubble, você pode esperar três ou quatro anos e detectar os movimentos das estrelas com mais precisão do que observar durante 50 anos usando um telescópio terrestre," acrescentou Van der Marel.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hubble-preve-futuro-aglomerado-estrelas&id=020130101028&ebol=sim

Cientistas descobrem como tecer fios com invisibilidade real - A roupa invisível do Imperador

Com informações da New Scientist - 27/10/2010

A roupa invisível do Imperador

Você certamente conhece a história da roupa do Imperador, ludibriado por charlatães que afirmavam que somente pessoas com capacidade suficiente conseguiriam enxergar a beleza inigualável de uma roupa que não existia.

Vencido pelo seu orgulho, o Imperador acabou saindo nu pelas ruas, incapaz de admitir que não via nada de tal roupa maravilhosa.

Agora, um grupo de cientistas australianos, sem querer enganar ninguém, afirma que é de fato possível construir fios invisíveis, que poderiam ser usados para tecer roupas que não poderiam ser vistas.

Metamateriais ópticos

Alessandro Tuniz, da Universidade de Sidnei, é um dos muitos cientistas interessados nos metamateriais ópticos, que estão sendo usados para criar "capas da invisibilidade" em laboratórios de todo o mundo.

Esses metamateriais incorporam componentes muito menores do que o comprimento de onda da luz, o que lhes permite controlar as ondas luminosas, dando-lhes propriedades ópticas que não são encontradas nos materiais naturais.

No entanto, como os físicos logo descobriram, fabricar metamateriais usando componentes pequenos o suficiente para manipular os comprimentos de onda da luz visível - na faixa dos nanômetros - não é uma tarefa fácil.

Para evitar esse problema, Tuniz e seus colegas sugeriram uma maneira elegante de encolher um metamaterial até um tamanho capaz de controlar a luz visível: basta usar mesma técnica empregada na fabricação das fibras ópticas.

Puxamento

Uma fibra óptica é fabricada aquecendo-se um bastão de cristal de quartzo ultra puro, até que ele amoleça. Em um processo chamado puxamento, uma garra colocada em uma de suas extremidades começa então a esticar o cristal, que vai saindo na forma de um fio muito fino. Esta é a fibra óptica, que a seguir recebe um revestimento protetor de polímero e está pronta para o uso.

Em vez de usar o cristal puro, os cientistas propuseram criar bastões de vidro contendo em seu interior as estruturas necessárias para construir o metamaterial - basicamente bastões e tubos metálicos.


Os cálculos feitos pelos cientistas indicam que o fio seria invisível se visto de lado - mas não se olhado pela extremidade. [Imagem: Tuniz et al./Optics Express]
A seguir, basta aquecer o bastão e submetê-lo ao mesmo processo de puxamento, até que ele se transforme em um fio muito fino, o que reduzirá as estruturas em seu interior até que elas tenham o tamanho necessário para manipular as ondas da luz na faixa do visível.

Além disso, o metamaterial resultante terá a forma de um fio que será fino o suficiente para ser flexível, como uma fibra óptica.

Fios invisíveis

Para testar o conceito, Tuniz e seus colegas já fabricaram fios com 10 micrômetros de espessura. Para atingir seu objetivo, é necessário atingir uma espessura de 1 micrômetro. Com isto, as estruturas no interior do fio atingirão a nanoescala suficiente para manipular a luz visível.

Os cálculos feitos pelos cientistas indicam que o fio seria invisível se visto de lado - mas não se olhado pela extremidade - em luz polarizada.

Felizmente para os imperadores mais preocupados, o modelo mostra que, como outros metamateriais ópticos, as propriedades ópticas da fibra dependem fortemente do comprimento de onda da luz que incide sobre ele.

Um Imperador poderia usar fios que o fariam aparecer nu sob luz vermelha, explica Tuniz, mas "se você iluminá-lo com luz verde, você verá os fios completamente."

O próximo passo da pesquisa é aprimorar a técnica de puxamento para produzir os fios com 1 micrômetro de espessura e ver se o Imperador realmente fica nu.

Bibliografia:

Weaving the invisible thread: design of an optically invisible metamaterial fibre
Alessandro Tuniz, Boris T. Kuhlmey, Parry Y. Chen, Simon C. Fleming
Optics Express
Vol.: 18, Issue 17, pp. 18095-18105
DOI: 10.1364/OE.18.018095
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=fios-invisiveis&id=010160101027&ebol=sim

Pirocumulonimbus: super nuvem supera força de um vulcão

Michael Finneran - NASA - 29/10/2010


Uma pirocumulonimbus combina fumaça e fogo com as características de uma tempestade violenta. Poluentes dessas tempestades são canalizados até a estratosfera.[Imagem: Naval Research Lab/Mike Fromm]


Uma cumulonimbus é uma nuvem impressionante - uma torre gigantesca em forma de bigorna, que pode chegar a 8 quilômetros (km) de altura, disparando raios, ventos e chuvas.

Adicione fumaça e fogo a essa mistura e você terá uma pirocumulonimbus, um verdadeiro dragão das nuvens, capaz de cuspir fogo, gerando uma tempestade explosiva realmente criada pela fumaça e pelo calor do fogo, capaz de devastar milhares de hectares.

E, nesse processo, a tempestade de pirocumulonimbus vai criar um funil que, como uma chaminé, levará sua fumaça até a estratosfera da Terra, com efeitos adversos duradouros.

Nuvem dragão

Estudando esses dragões das nuvens, que cospem o fogo que as gera para áreas enormes, os cientistas agora acreditam que estas tempestades intensas podem ser a fonte do que anteriormente se acreditava serem partículas vulcânicas arremessadas até a estratosfera.

Eles também sugerem que as pirocumulonimbus aparecem com mais frequência do que se pensava, e afirmam que elas são responsáveis por um grande volume dos poluentes aprisionados na atmosfera superior da Terra.

"Um pirocumulonimbus individualmente pode injetar partículas na baixa estratosfera em altitudes de até 16 km," afirma o Dr. Glenn K. Yue, um cientista atmosférico do Centro de Pesquisas Langley, da NASA.

Yue é um dos oito autores de um artigo sobre pirocumulonimbus, publicado no Boletim da Sociedade Meteorológica Americana, intitulado "A História Não Contada das Pirocumulonimbus".

Nuvem vulcânica

O artigo reavalia dados anteriores para concluir que muitos eventos de poluição na estratosfera têm sido erroneamente atribuídos a partículas de erupções vulcânicas.

Três "fenômenos de nuvens misteriosas" foram citados como exemplos que foram na verdade o resultado de tempestades pirocumulonimbus, incluindo um inicialmente atribuído à erupção de 1991 do Monte Pinatubo, nas Filipinas.

A coluna de fumaça que se pensava ter sido criada pelo Pinatubo foi, concluem eles, de uma tempestade pirocumulonimbus no Canadá.


Imagem real de uma pirocumulonimbus registrada no dia 19 de Junho de 1991 em Quebec, no Canadá. [Imagem: Fromm et al.]
Uma razão para essa interpretação errônea, diz Yue, é que os cientistas acreditavam que nenhum fenômeno natural teria tanta energia quanto uma erupção vulcânica para penetrar a "tropopausa" da Terra em um período tão curto de tempo. A tropopausa é a barreira entre a atmosfera baixa e a estratosfera.

Chuva de fogo

Yue e seus colegas reavaliaram dados do instrumento SAGE II, a bordo do Earth Radiation Budget Satellite satélite. O SAGE II foi lançado em 1984 e desativado em 2005.

"Nosso trabalho também mostra que as pirocumulonimbus acontecem com mais frequência do que as pessoas imaginam," acrescenta Yue. Em 2002, por exemplo, vários instrumentos de sensoriamento detectaram 17 eventos distintos de pirocumulonimbus apenas na América do Norte.

Os seres humanos têm sido responsáveis por muitas tempestades pirocumulonimbus, diz Mike Fromm, primeiro autor do artigo.

O pior incêndio da história do Colorado foi iniciado por um funcionário do serviço florestal "e dentro de 24 horas houve uma tempestade pirocumulonimbus," diz Fromm, um meteorologista do Laboratório de Pesquisas Navais em Washington.

Impulsionado pela tempestade que que ele próprio gerou, o incêndio de 2002 destruiu 138.000 acres (558,5 quilômetros quadrados) em quatro municípios, deslocou mais de 5.000 pessoas de suas casas e causou seis mortes.

Se as ações humanas influenciam a atividade das pirocumulonimbus o suficiente para afetar significativamente o clima global é uma questão em aberto. Acredita-se que a atividade humana cause o aquecimento global, que aumenta o número de incêndios florestais.

"É uma história convincente. Mas não sabemos o bastante para dizer se há provas suficientes disso," diz Fromm.

Bibliografia:

The Untold Story of Pirocumulonimbus
Michael Fromm, Daniel T. Lindsey, René Servranckx, Glenn Yue, Thomas Trickl, Robert Sica, Paul Doucet, Sophie Godin-Beekmann
Bulletin of the American Meteorological Society
Vol.: 91, Issue 9
DOI: 10.1175/2010BAMS3004.1
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=pirocumulonimbus-nuvem-dragao-supera-forca-vulcao&id=010125101029&ebol=sim

Cientistas fazem conexão elétrica com células vivas

Interface entre eletrônico e biológico

Dos transumanistas e dos criadores de ficções como o Exterminador do Futuro e os Borgs, até os cientistas que sonham com formas artificiais de vida, o homem sempre imaginou a possibilidade se reinventar como humano melhorado.

O problema é que, apesar dos avanços das interfaces entre o eletrônico e o biológico, a conexão entre o mundo vivo e o mundo inorgânico tem-se mostrado mais complicado do que os roteiristas de Hollywood previam.

Mas os pesquisadores não estão dando demonstrações de terem desanimado.

Em um artigo que promete fazer história, cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, descrevem o desenvolvimento de uma conexão elétrica com células vivas.

Esse link direto entre biológico e eletrônico pode, no futuro, permitir a criação de células que possam ler e responder a sinais elétricos, dispositivos eletrônicos capazes de autorreplicação e de consertar a si próprios quando derem defeito, e até mesmo para a transformação eficiente da luz solar em eletricidade.

Conexão elétrica com uma célula

"Juntar os mundos vivo e não-vivo é uma imagem canônica na ficção científica," diz Caroline Ajo-Franklin, coautora do artigo. "No entanto, na maioria das tentativas para interfacear sistemas vivos e não-vivos, você espeta as células com um objeto pontiagudo duro e as células respondem de uma forma bem previsível - elas morrem."

Os cientistas então voltaram à própria natureza para buscar novas inspirações. E eles encontraram em organismos naturais que evoluíram para interagir com as rochas e minerais que fazem parte do seu ambiente - ou seja, que desenvolveram conexões com materiais fora das suas células.

O grupo usou o mesmo mecanismo para modificar geneticamente células vivas para que elas fossem capazes de disparar elétrons através de sua membrana celular, até um receptor externo, usando uma rota precisa e bem definida.

Cassete genético


Uma cepa de Escherichia coli (amarelo) ligada a um pedaço sólido de óxido de ferro (preto). Esta é a primeira vez que cientistas conseguem uma interface entre células vivas e materiais inorgânicos sem prejudicar a vida normal do microorganismo. [Imagem: Heather Jensen]
Os experimentos foram feitos por Heather Jensen, que inicialmente clonou uma parte da cadeia externa de transferência de elétrons da Shewanella oneidensis MR-1, uma bactéria capaz de reduzir metais pesados em ambientes sem oxigênio.

Essa cadeia, que os cientistas chamam de "cassete genético", é essencialmente um trecho de DNA que contém as instruções para fazer a canalização de elétrons. Como toda a vida que conhecemos usa DNA, o cassete genético pode ser ligado em qualquer organismo.

A equipe mostrou que essa via eletrônica natural pode ser inserida em uma cepa inofensiva de E. coli, uma bactéria muito versátil, e por isso mesmo usada como modelo em biotecnologia.

O resultado foi o estabelecimento de um canal de elétrons entre o interior da célula viva e um mineral inorgânico - o óxido de ferro, também conhecido como ferrugem - situado do lado de fora da célula.

As bactérias que vivem em ambientes sem oxigênio, como a Shewanella, usam o óxido de ferro (FeO) presente ao seu redor para respirar, retirando o "O" do FeO.

Para isso, essas bactérias desenvolveram mecanismos para transferir diretamente as cargas elétricas para os minerais inorgânicos encontrados no fundo do mar ou no solo, de forma a quebrar a molécula e aproveitar o oxigênio.

A equipe de cientistas demonstrou que sua E. coli geneticamente modificada é capaz de reduzir as nanopartículas de ferro e de óxido de ferro até cinco vezes mais rápido do que a E. coli natural.

Fotossíntese artificial e fármacos

Os pesquisadores planejam agora implementar esse cassete genético em bactérias fotossintéticas, uma vez que os elétrons celulares dessas bactérias pode ser produzidos a partir da luz solar, o que poderá permitir a criação de baterias solares baratas e autorreplicantes.

Estas bactérias redutoras de metal também poderão ajudar na produção de fármacos, principalmente na etapa de fermentação da fabricação de drogas, que exige um bombeamento de oxigênio que consome energia intensivamente. Como elas respiram ferrugem, em vez de oxigênio, pode-se economizar energia no processo.

Bibliografia:

Engineering of a synthetic electron conduit in living cells
Heather M. Jensen, Aaron E. Albers, Konstantin R. Malley, Yuri Y. Londer, Bruce E. Cohen, Brett A. Helms, Peter Weigele, Jay T. Groves, Caroline M. Ajo-Franklin
Proceedings of the National Academy of Sciences
October 18, 2010
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1073/pnas.1009645107
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=conexao-eletrica-celulas-vivas&id=010180101029&ebol=sim

Abelhas resolvem dilema da computação

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/10/2010


Com um cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete, as abelhas resolvem rapidamente um problema matemático que deixa os supercomputadores ocupados por dias. [Imagem: UofL]


Problema do Caixeiro-viajante

Imagine uma cena que acontece todos os dias: um vendedor deve percorrer várias cidades e gostaria de saber o caminho mais curto que lhe permita visitar todas.

O problema é velho conhecido dos matemáticos e dos cientistas da computação, tão conhecido que é chamado de Problema do Caixeiro-viajante - caixeiros-viajantes eram pessoas que antigamente saíam vendendo badulaques pelas cidadezinhas do interior.

O fato é que não existe um algoritmo eficiente para resolver o problema. Mesmo os grandes supercomputadores podem ficar ocupados por dias tentando achar a solução para um número relativamente pequeno de cidades - isto porque ele precisa comparar todas as combinações possíveis de rotas.

Circuito neural mínimo

Mas a equipe do professor Lars Chittka, da Universidade de Londres, na Inglaterra, descobriu que as abelhas encontram a solução para o problema sem precisar de supercomputadores - e tendo um cérebro pouco maior do que a cabeça de um alfinete.

Abelhas não vendem badulaques por aí, mas elas precisam achar a rota mais eficiente para visitar diversas flores.

"As abelhas têm que associar centenas de flores de uma maneira que minimize a distância da viagem e, em seguida, encontrar de forma confiável o caminho de casa - não é uma façanha trivial se você tiver um cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete," diz Chittka.

Ao estudar como as abelhas fazem, os cientistas conseguiram identificar o circuito neural mínimo necessário para a solução de problemas complexos.

Da Internet ao trânsito

Chittka e seus colegas usaram flores artificiais controladas pelo computador para verificar se as abelhas iriam seguir uma rota definida pela ordem em que elas descobriram as flores ou se iriam procurar a rota mais curta.

Eles se espantaram ao ver que, depois de explorar a localização das diversas flores, as abelhas aprenderam rapidamente a fazer o percurso mais curto possível. A parte mais difícil da pesquisa foi ficar esperando o computador calcular o menor caminho possível, para checar se as abelhas estavam certas.

A descoberta tem uma ampla gama de aplicações - da entrega de pacotes de dados na Internet e de pacotes reais pelos Correios, até a eliminação de engarrafamentos nas cidades, apenas para citar alguns.

E, compreendendo como as abelhas podem resolver um problema que para os humanos se tornou um dilema, mesmo tendo um cérebro tão pequeno, poderemos melhorar nossas capacidades de administração de nossas necessidades diárias sem depender de computadores superpoderosos o tempo todo.

Bibliografia:

Travel Optimization by Foraging Bumblebees through Readjustments of Traplines after Discovery of New Feeding Locations
Mathieu Lihoreau, Lars Chittka, Nigel E. Raine
The American Naturalist
October 25, 2010
Vol.: 176, pp. 000-000
DOI: 10.1086/657042
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=abelhas-resolvem-problema-caixeiro-viajante&id=010150101028&ebol=sim

País deve investir em tecnologia da informação, diz Ipea

De acordo com boletim do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, país precisa ampliar os investimentos em tecnologias da informação e da comunicação (TICs) se quiser estimular a pesquisa e o desenvolvimento

O Brasil precisa ampliar os investimentos em tecnologias da informação e da comunicação (TICs) se quiser estimular a pesquisa e o desenvolvimento. A área de TICs inclui setores como equipamentos e serviços tecnologicamente avançados de informática e de comunicação.

Essas tecnologias contribuem de forma significativa para os ganhos de produtividade em todos os setores da economia e têm importância estratégica para o desenvolvimento do país, destaca o boletim Radar do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do bimestre setembro-outubro.

De acordo com o documento, o setor de TICs é responsável por parcela significativa dos esforços privados em pesquisa e desenvolvimento (P&D). O estudo cita como exemplo os Estados Unidos, onde as empresas desses setores respondem por cerca de 35% do total de P&D realizada por empresas privadas norte-americanas.

O Ipea ressalta que, diante do crescente debate público sobre telecomunicações no Brasil, é de fundamental importância a produção de estudos e análises que possam contribuir para a formulação e implementação de políticas públicas para o setor. Deve-se, para isso, buscar convergência tecnológica com as tendências do mercado global.

O ideal, de acordo com o estudo do Ipea, é saber para onde caminha a fronteira tecnológica do setor para o país alinhar as diferentes políticas públicas na mesma direção. Fator que servirá de apoio determinante para o fortalecimento da produção científica e tecnológica brasileira e para construir vantagens competitivas que permitam ao país ser um ator relevante em nível mundial.

O estudo foi produzido pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea. A versão eletrônica está disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/101028_radar10.pdf
(Stênio Ribeiro, da Agência Brasil)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74367

Unicamp tem novo portal de vídeo

28/10/2010

Agência FAPESP – O Centro de Computação da Universidade Estadual de Campinas (CCUEC) lançou um novo portal para hospedagem de vídeos. O serviço é mais rápido, abrangente e fácil de usar do que o anterior, em funcionamento desde 1999.

O serviço reunia vídeos com eventos, palestras e cursos, entre outros. Grande parte do conteúdo foi feita a partir de transmissões de eventos ao vivo, realizadas por diversas unidades da Unicamp. Esse conteúdo era armazenado no portal, para visualização posterior, utilizando o formato Real Media.

Segundo o CCUEC, em um projeto iniciado este ano, com a proposta de oferecer mecanismos de uso mais fáceis e ágeis para que a comunidade da Unicamp pudesse publicar seus vídeos, todo o site foi migrado para o sistema ClipBucket, baseado em software livre.

A instalação do sistema requereu a tradução de toda a interface, visto que ainda não havia uma tradução completa para a língua portuguesa. Inicialmente, o sistema foi liberado para usuários das faculdades de Educação, de Ciências Médicas e de Engenharia Elétrica, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da RTV Unicamp e do Programa RedeFor na Unicamp. A partir de novembro, o sistema será aberto ao cadastramento de contas de novos usuários.

Para o lançamento do novo portal, denominado Camera Web CCUEC, foi realizada a conversão de aproximadamente 370 vídeos para o formato Flash Video, o mesmo usado pelo YouTube. O formato permite que os vídeos possam ser assistidos diretamente a partir do próprio programa de navegação na internet, sem a necessidade de instalação de visualizadores externos, como ocorre na exibição de vídeos no formato Real Media.

O serviço já conta com cerca de 500 vídeos publicados. Faz parte do acervo, dentre outros, a palestra A História da Unicamp, ministrada por Eustáquio Gomes, em 2006, no auditório do Centro de Computação.

O vídeo mais exibido até o momento faz parte do acervo criado para o programa RedeFor na Unicamp, no qual a professora Márcia Abreu, do Instituto de Estudos da Linguagem, faz a apresentação da disciplina Literatura, Leitura e Ensino.

O novo sistema possui ferramentas semelhantes às oferecidas pelo YouTube, Blip.tv e outros, que permitem criar listas de favoritos, publicar recomendações em redes sociais, buscar vídeos por autores, palavras-chave ou categorias e agrupar segundo tópicos.

Os visitantes podem ver quais vídeos estão sendo exibidos no momento, os mais populares e os acrescentados mais recentemente ao acervo. Também podem publicar comentários sobre os vídeos.

O serviço oferece também recursos de conversão de diferentes formatos em Flash Video (flv), durante o processo de publicação.

Mais informações: http://cameraweb.ccuec.unicamp.br
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/12975/unicamp-tem-novo-portal-de-video.htm

Cinco dicas para economizar tempo com o Address BookAlterne entre mensagens profissionais e pessoais com facilidade e organize seus contatos com esse aplicativo tão esquecido do Mac

Por Macworld / EUA
Ao pensar nas aplicações mais intrigantes da Apple, provavelmente o Adress Book não aparece entre os candidatos. Ele oferece tudo, menos um design atrativo como visto em um app do iLife ou iWork, por exemplo. Entretanto, por causa de seus laços estreitos com o Mail ou iCal, assim como nos dispositivos iOS, é na verdade um dos apps que mais são usados. E sua produtividade pode ser ainda maior com esses truques e dicas.

Filtre quais contatos vão para o iPhone ou iPad

É sabido que os contatos pode ser sincronizados para o iPhone, iPod touch e iPad, mas talvez nem todos eles sejam necessários. Afinal, é realmente necessário ter o endereço de todo mundo no iPhone? Há um jeito de sincronizar somente os contatos necessários para os dispositivos iOS.

É mais útil sincronizar somente aqueles contatos que possuam tanto um e-mail e um número de telefone no iPhone. Para fazer isso, abra o Address Book, escolha File > New Smart Group e na folha que surgir, crie duas condições: Email Is Set e Phone is Set. No menu pop-up seguinte, no top janela, escolha All na caixa “Contains Cards Which Match All Of The Following Conditions”. Clique em OK para criar o grupo.

Depois de adicionar as regras, certifique-se de selecionar "all" na caixa na parte superior da tela

Agora esse grupo contém somente os contatos que possuam tanto endereço de e-mail quanto o número de telefone. Mas não para por aí, pois não é possível sincronizar Smart Groups para dispositivos iOS; selecione todos os contatos desse grupo e, novamente em File, escolha New Group From Selection. Isso cria um grupo padrão para esses contatos; no iTunes, selecione esse novo conjunto que foi feito para sincronizar para o dispositivo móvel.

Acabe com as duplicatas

Caso o usuário abra o Address Book e encontre vários registros do mesmo contato, é hora de colocar tudo em ordem. Para fazer isso, escolha Card > Look For Duplicates. O aplicativo irá procurar os clones e, após isso, irá produzir uma janela que diz quantos cartões iguais foram encontrados. Ao clicar no botão Merge, é possível mesclar esses dados. Há também uma opção para fazer isso com cartões que tenham mesmo nome, contudo com informações diferentes.

Envie as mensagens para o endereço correto

Suponha que o usuário trabalhe em uma empresa na qual tenha estabelecido contatos com um número de colegas de trabalho. Por causa desse relacionamento, o e-mail corporativo é utilizado para tratar de negócios e o endereço privado para tratar assuntos pessoais. O Address Book deixa essa distinção muito fácil ao enviar mensagens para o endereço certo, dependendo da ocasião.

Para isso, crie um grupo que inclua os colegas de emprego e nomeie o grupo (Colegas, por exemplo). Selecione o conjunto e vá em Edit > Edit Distribution List; na janela subsequente, o grupo estará selecionado juntamente com o nome de cada um dos membros. A coluna ao lado desses dados deve ser a Email. Localize o endereço pessoal de cada membro e vá clicando, deixando essas informações em negrito. Isso torna esses endereços como destino padrão ao enviar mensagens para esse grupo. Finalize com OK.

Os endereços ficam em negrito ao serem clicados, indicando que se tornaram padrão

Agora escolha o grupo que normalmente utiliza para assuntos profissionais (pode ser o All Contacts). Localize os colegas de trabalho e clique no e-mail profissional, para que também fiquem em negrito. Esse é agora o endereço padrão para relacionamento corporativo.

Caso queira tratar um assunto informal ou fazer um convite para um happy hour, envie a mensagem pelo grupo “Colegas”. O conteúdo será mandado para o e-mail pessoal desses contatos; caso contrario, selecione esses contatos no grupo profissional. Essa técnica pode ser usada para configurar os endereços e números de telefone padrão. Basta escolher as colunas Phone ou Address na janela de lista de distribuição.

Backup e compartilhamento de contatos

O Address Book proporciona várias maneiras de fazer isso. Por exemplo, se o usuário quiser fazer um backup rápido de todos seus contatos, basta acessar File > Export > Address Book Arquive. Isso cria uma coleção completa de todos os contatos, os quais podem ser importados para outra cópia do Address Book (aquela em um laptop, por exemplo) a partir do comando File > Import command.

Também é possível copiar contatos independentes, múltiplos registros ou um ou mais grupos de contatos. Para fazer isso, selecione-os no Address Book e arraste esse conteúdo para o Desktop. Os itens irão se tornar arquivos vCard, que geralmente são compatíveis com quase todas aplicações de gerenciamento de contatos.

Envie recados de aniversário automaticamente

Por mais que gostemos de nossa família, amigos e colegas de trabalho, é fácil esquecer a data de aniversário de alguém. Com a ajuda do Address Book, Mail e do Automator, você nunca mais será pego de surpresa na hora de dar os parabéns.

Execute o Address Book e clique em Address Book > Preferences. Vá na aba Template no topo da janela, clique no menu Add Field e escolha Birthday. Agora preencha esse campo dos contatos com a data de aniversário de cada um.

Agora abra o Automator (pode ser encontrado em Aplicativos/Utilitários) e na janela da aplicação selecione o iCal Alarm e clique no botão Choose. Crie um fluxo de trabalho que contenha essas ações: Find People With Birthdays (na listagem Contacts) e Send Birthday Greetings (na listagem do Mail). Na ação Find People With Birthdays escolha um período de tempo apropriado. Já em Send Birthday Greetings insira a mensagem (“Hoje é seu dia!Parabéns!”, por exemplo); há uma opção para ativar uma imagem aleatória para cada destinatário (isso pode ser ativado a partir da caixa Random Imagem For Each Recipient).

Salve e nomeie o fluxo de trabalho. Ao fazer isso, o iCal abre, cria um calendário do Automator (caso não exista um) e insere o evento – o aniversário, nesse caso. É possível mover esse evento para uma data e hora apropriada - segunda-feira às 9 da manhã, por exemplo – assim como fazer esse evento repetir. Se o fluxo de trabalho procura por aniversários na semana que se inicia, faça com que o evento se repita uma vez por semana.
Fonte:http://macworldbrasil.uol.com.br/dicas/2010/10/28/cinco-dicas-para-economizar-tempo-com-o-address-book/





Caso haja mais de um aniversário no mesmo dia, o programa pode sortear as ilustrações para as mensagens não ficarem idênticas

Note que esse não é o mesmo calendário de aniversários do iCal (um calendário opcional que pode ser ativado nas preferências do aplicativo). Quaisquer eventos gerados pelo fluxo de trabalho serão encontrados no calendário do Automator, e não no de aniversários.

Quando o evento está ativado, uma nova mensagem é criada pelo Mail para cada destinatário. Complete com o campo assunto preenchido como Greetings from "Nome do usuário", e o corpo da mensagem contém o texto inserido anteriormente, juntamente com a imagem selecionada na mesma ação. As mensagens são criadas como rascunhos, e tudo o que o usuário precisa fazer é enviá-las.

China anuncia supercomputador mais rápido do mundo

Redação IDG Now!
28-10-2010
Chamado Tianhe-1A, ele utiliza mais de 7 mil processadores gráficos e é 50% mais rápido que o anterior, dos EUA.
O supercomputador mais potente do mundo agora é chinês. Chamado Tianhe-1A, ele foi desenvolvido pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT, na sigla em inglês) e está instalado na cidade de Tianjin, onde será utilizado por cientistas de diversas áreas.

O supercomputador utiliza mais de sete mil unidades de processamento gráfico (GPUs) da linha Tesla M2050, da Nvidia, e 14 300 CPUs Intel Xeon. Ele tem um desempenho de 2,5 petaflops (quatrilhões de operações de ponto flutuante por segundo). Isso significa que é 50% mais rápido que o computador que até então ocupava a primeira posição, pertencente ao Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos.

O desempenho do Tianhe-1A equivale ao de 175 mil laptops ou 50 mil CPUs quadricore, o que, neste caso, consumiria mais de 12 megawatts de energia. Graças ao uso do processamento paralelo viabilizado pela GPU, o supercomputador chinês consome apenas 4 megawatts.

Supercomputadores são utilizados em missões que requerem altíssima precisão gráfica e matemática, como a descoberta de curas para doenças, previsão de fenômenos naturais de alta periculosidade como furacões e tsunamis, estudos de formação de galáxias e até mesmo em projetos da indústria, como design de automóveis e extração de petróleo.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2010/10/28/china-anuncia-supercomputador-mais-rapido-do-mundo/

Google anuncia busca por voz e navegação no Brasil

Rafael Rigues, PC World
28-10-2010
Aplicativos transformam o smartphone em um GPS automotivo e permitem pesquisas na Internet usando apenas a voz.
A Google está lançando no Brasil dois novos serviços para smartphones equipados com seu sistema operacional móvel Android. São eles o Google Voice Search e o Google Maps Navigation.

Com o Voice Search, o usuário passa a ser capaz de fazer buscas na internet usando apenas sua voz. Basta pressionar um botão, dizer o que você procura (por exemplo, "restaurante" ou "cinema") e os resultados aparecem na tela. Usando o GPS o sistema é capaz de limitar os resultados à região onde o usuário está, mostrando, por exemplo, apenas os cinemas das redondezas. A busca não se restringe só à internet e mapas, e também pode ser usada para procurar vídeos no YouTube ou discar para uma pessoa em sua lista de contatos.

Já o Google Maps Navigation transforma qualquer smartphone Android em um GPS automotivo, com instruções curva-a-curva e informações de trânsito. Para definir o destino o usuário pode digitar um endereço ou simplesmente falá-lo ao telefone. Ao contrário dos softwares de navegação já disponíveis, o Google Maps Navigation é completamente gratuito: não há mensalidades ou tarifas para atualização de mapas.

É necessário ter uma conexão à internet, via 3G ou Wi-Fi, para baixar os dados dos mapas, que são transmitidos para o aparelho em tempo real. O aplicativo é capaz de armazenar na memória do telefone as informações relacionadas aos próximos trechos do trajeto, para evitar interrupções caso haja perda momentânea do sinal de dados. Entretanto, não é possível armazenar previamente todo o trajeto, o que torna o aplicativo inútil se você pretende dirigir até um local sem nenhuma cobertura da rede de telefonia celular. Segundo Hugo Barra, engenheiro da Google, a capacidade de pré-carregar e salvar uma rota é algo que está previsto para futuras versões do aplicativo.

Ambos os novos aplicativos da Google estão disponíveis gratuitamente no Android Market, e são compatíveis com qualquer smartphone com o sistema operacional Android 1.6 ou superior. O Google Voice Search também tem versão para o iPhone, basta instalar a "Google Mobile App", disponível gratuitamente na App Store.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2010/10/28/google-anuncia-busca-por-voz-e-navegacao-no-brasil/

Produtividade está associada a delegar e fazer o que gosta

Por Ângela Janoni, especial para o Yahoo! Brasil

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Com o tempo cada vez mais escasso e as pessoas com mais tarefas para cumprir, é preciso utilizar técnicas para aumentar a produtividade, melhorando a qualidade e os resultados do seu trabalho. Esta seria uma equação perfeita para uma máquina. E, quando fazemos esta conta, na maioria das vezes esquecemos de incluir o fator humano nela.


Especial mercado de trabalho
Por isso, a produtividade de uma pessoa no seu trabalho hoje está associada à sua felicidade. "Ser produtivo é muito mais uma questão de gestão de carreiras do que somente resultados, porque quanto mais a pessoa faz o que gosta, com quem ela gosta e o que sabe, mais ela é produtiva", explica Gilberto Guimarães, professor e diretor de MBA executivo em Liderança e Gestão de Pessoas da BSP- Business School São Paulo.

Esse bem estar profissional pode ser resumido num dos clichês mais conhecidos "sucesso é fazer o que gosta, sendo pago por isso." E a relação entre felicidade e êxito é diretamente proporcional, quanto mais alguém está satisfeito, mais ele se empenha, e obtém melhores resultados no seu trabalho, o que, por sua vez, o torna mais feliz.

Tecnologia: dispersão ou ganho de tempo?
As novas ferramentas tecnológicas têm diminuído o tempo gasto e encurtado etapas das atividades. Entretanto, da mesma forma que elas aumentam a produtividade, podem atrapalhar ao dispersar a atenção para tarefas não importantes naquele momento.

Acessar um e-mail ou uma rede social na internet e responder a um comentário de um amigo no meio de um relatório não é nada produtivo. "É vital que a pessoa se concentre nas prioridades do seu trabalho, no que é urgente e importante", explica o professor Gilberto Guimarães.

Multitarefas: como conciliar várias atividades ao mesmo tempo
Hoje todos nós exercemos vários papéis, somos multitarefas: temos família, vida acadêmica, estamos inseridos em comunidades religiosas, de bairro, ONGs e trabalhamos em vários lugares. E para conciliar tantas atividades diferentes, é preciso selecionar algumas por grau de relevância dependendo do momento.

Elcio Sibille, 55, é proprietário de uma empresa de contabilidade, pai de três filhos, vocalista e guitarrista de uma banda dos anos 60 e 70 e criador de cães pastores-alemães. Sibille acredita que a chave para conciliar tantas atividades e ser produtivo é delegar tarefas. "Eu tenho pessoas de extrema confiança na minha empresa para quem eu delego serviços. Assim, eles fazem as tarefas do dia a dia e eu os gerencio."

Elcio delega o que é importante, mas não tudo. "Eu passo tarefas de rotina, mas só eu contato os clientes novos."

Segundo Gilberto Guimarães, a atitude do contador está correta. Delegar é importante, mas não é possível passar todas as tarefas para um subordinado. Há algumas atividades estratégicas que são a alma do negócio, como o fechamento de um contrato relevante para empresa, onde quem deve estar presente é o diretor e não o vendedor.

Dicas para aumentar a sua produtividade:

1 - Fazer o que gosta;
2 - Definir quais são as tarefas importantes que o levam aos resultados esperados;
3 - Concentrar a atenção nessas tarefas;
4 - Elencar as prioridades;
5 - Delegar o que não é essencial dentro do seu trabalho.

(Fonte: Gilberto Guimarães - BSP- Business School São Paulo)
Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/26102010/48/manchetes-produtivo.html

Você é um workaholic?

Por Alex Sanghikian e Josane Beckman, especial para o Yahoo! Brasil

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Você faz muitas horas extras e vira o dia no trabalho? Quando chega em casa não consegue desligar-se dos projetos do escritório? Não tem vida social porque investe toda a sua energia na profissional? Se o seu caso é parecido, é bom repensar sua rotina, pois você corre o risco de ser workaholic, termo em inglês para viciados em trabalho, e ser fadado ao fracasso lá na frente.

Especial mercado de trabalho
Há quem diga que trabalhar demais está na moda, ou que dá status profissional. E ainda existem os que batem no peito e dizem: "Estou há mais de três anos sem férias", como se o fato de trabalhar sem parar fosse positivo. Pois bem, os especialistas dizem que não é.

Um estudo realizado na Inglaterra concluiu que trabalhar três horas a mais que normal (de sete a oito horas diárias) expõe a pessoa a um risco 60% maior de desenvolver problemas cardíacos.

"Algumas empresas expõem seus profissionais a rotinas de trabalho que, além de serem extremamente puxadas, também são por demais estressantes", adverte a consultora de recursos humanos e recolocação profissional, Daniela Camargo. "É preciso encontrar um meio termo entre as exigências do trabalho e o que a pessoa precisa para ter uma vida pessoal saudável e plena."

Renato Volcano, de 30 anos, financial institutional trader de uma instituição financeira, se considera um workaholic. "Mesmo quando chego em casa depois do expediente, continuo pensando no trabalho, usando o Blackberry e mandando e-mail à 1h da madrugada", conta.

Segundo Volcano, essa rotina se faz necessária devido à demanda do trabalho e ao seu próprio interesse profissional. "Quando você se esforça, colhe os resultados na frente. Porém, o que não pode acontecer é o desequilíbrio, ou seja, fazer com que isso comprometa outras partes da sua vida que, por sua vez, comprometerão também o trabalho", explica.

Trabalhar em excesso não significa trabalhar melhor
Quantidade não significa qualidade, mas muitos workaholics não percebem a diferença. Isso porque nem sempre eles conseguem identificar seu próprio vício.

Para a empresa, um workaholic pode até trazer benefícios em curto prazo, mas no futuro, com certeza, irá mostrar os problemas de se trabalhar demais. E se você parou alguns minutos da sua rotina para ler este texto e já vai voltar ao seu mundo alucinado, saiba que aos olhos do empregador, uma pessoa que normalmente permanece depois do horário pode significar um profissional de baixa produtividade. Se os outros conseguem concluir suas atividades no tempo normal, por que você não?

"É importante que o profissional tenha em mente que trabalhar bastante deve ser uma rotina com base na demanda e no interesse, e não pelo simples fato de trabalhar mais. Não vejo excesso de esforço como um ponto negativo", destaca Renato Volcano.

Fábio Makio, 25 anos, é trainee de uma empresa de energia e trabalha em média de 13 a 14 horas por dia durante a semana e 12 horas nos fins de semana. "Achava que depois da conclusão da faculdade [de administração de empresas na USP] poderia ter hábitos pessoais durante a semana, mas só consigo ir ao shopping ou sair com os amigos no fim de semana", conta.

Segundo ele, lidar com riscos de ver um superior reclamar perante uma eventual diminuição da carga de trabalho é uma questão de se conversar. "Para conseguir trabalhar menos, teria que fazer uma mudança de prioridades e se fosse o caso, colocaria o problema na mesa. Acho que sempre há uma solução para cada tipo de situação e o diálogo é a melhor saída", diz.

Tente relaxar e dividir melhor o seu tempo
Há uma série de dicas para que o profissional possa organizar melhor o seu tempo e não deixar que o excesso de trabalho interfira na vida pessoal e na saúde. Um bom exemplo é o empresário Sérgio Paiva, de 50 anos, que administra a empresa Somfy, voltada para a comercialização de motores elétricos para cortinas e persianas.

"Trabalho em média 10 a 11 horas por dia, porém, não sinto que sou agredido na minha vida pessoal ou na saúde por causa disso", afirma.

Para isso, Sérgio faz questão de praticar esportes - nada todas as manhãs e pratica voo livre aos fins de semana - e garantir sempre na agenda um tempo para si mesmo. "Acho que a questão principal é o equilíbrio. Muitas vezes temos que abrir concessões duradouras para o trabalho. Porém, é como um elástico, que retorna à sua posição original depois de um certo período", analisa.

Confira algumas dicas para organizar melhor o seu tempo:

- Distribua suas tarefas. Crie um processo para delegar atividades para outros colegas de trabalho;

- Tenha muito claro para você seus objetivos profissionais e pessoais, e saiba pesá-los;

- Saiba dizer não. Seu chefe tem que saber que existe vida além do trabalho, pelo menos para você;

- Coloque na sua lista de compromissos os pessoais também. E cumpra-os;

- Não leve trabalho para casa, a não ser que seja extremamente necessário;

- Tenha uma atividade de lazer;

- Almoce todos os dias e deixe o trabalho de lado enquanto come;

- Reserve ao menos um dia por semana para não fazer nada relacionado ao trabalho.
Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/28102010/48/manchetes-voce-workaholic.html

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

FASCÍNIO PELO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO É INCENTIVADO EM JOVENS

Fonte: Carolina Vicentin, Correio Braziliense de 27.10.2010
A maioria deles nasceu próximos aos computadores e à internet. Sabe navegar na web com destreza, tem amigos e seguidores, isso sem falar nos celulares e, por vezes, iPods. Mesmo assim, meninos e meninas se surpreendem com as possibilidades da tecnologia, principalmente com os recursos “escondidos” em meio a tantos aparatos. Para entender esse mundo que não se vê, nada melhor do que experimentar. Em todas as idades.

Estudantes do Colégio Candanguinho, por exemplo, passam tardes construindo robôs de Lego. A atividade extracurricular leva crianças do 7º e do 8° anos a um laboratório para entender o que são sensores, programas de computador e por que certos objetos podem se mover ao menor comando. “Eu mal sabia o que era robótica. Hoje, já virou um passatempo”, conta Marina Reale, 13 anos. “Antes, eu achava que sensores eram só os olhinhos dos robôs”, conta a colega de Marina, Luiza Coimbra, 13 anos. As meninas e os colegas de escola participaram, até domingo passado, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. No local, aprenderam sobre meio ambiente, sustentabilidade, mas também mostraram o resultado de seu trabalho.

O grupo trouxe quatro robôs para a feira, dois deles bastante engraçados: um robô-boneco, que saía caminhando pela mesa, e um crocodilo, que atacava qualquer coisa que aparecesse na frente. “Ele funciona com sensores de ultrassom”, explica o aluno Matheus Takada, 14 anos. “O sensor do robô consegue perceber onde você está pelo som que você desloca”, completa Marina Reale, mostrando que computação e matemática também são coisas de menina.

Ao expor o que aprenderam, as crianças acabam incentivando outros meninos e meninas a se envolverem com ciência e tecnologia. “Muitos dos que estão apresentando projetos este ano visitaram a semana em anos anteriores”, afirma Roosevelt Tomé, secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social. “A nossa expectativa é envolver cada vez mais os jovens nessa iniciativa”, completa. “Acho bacana conhecer essas coisas. Cada dia a gente vê algo novo, fico pensando o que ainda vai aparecer no futuro”, observa Luis Felipe Vieira, 14 anos, que, por enquanto, pensa em ser veterinário.

Incentivo

O “ciclo” do encantamento e da participação, porém, depende do estímulo de professores, escolas e governo. A Diretoria Regional de Ensino de Santa Maria, por exemplo, organizou uma feira de ciências no início de outubro para selecionar os projetos que iriam à Semana Nacional. O evento, que ocorreu em um sábado, foi financiado por um edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Motivar as pessoas e conseguir patrocínio não é tão fácil assim, ainda mais em período eleitoral, mas, nas escolas onde o trabalho de mobilização foi maior, tivemos ótimos resultados”, conta Maria Leles Caixeta, coordenadora intermediária da DRE de Santa Maria.

De um dos colégios, o Centro de Ensino Médio 417, saiu o projeto de Carlos Vieira da Silva, 18 anos. O adolescente construiu um robô hidráulico, que se move a partir do deslocamento de água (ou outro líquido) em suas estruturas. Máquinas com essa tecnologia foram utilizadas no resgate dos mineiros chilenos, há duas semanas. “Se os engenheiros tivessem optado por um robô comum, poderia haver outro acidente. O atrito com as pedras acabaria rompendo o fio de aço e fazendo com que a estrutura desmontasse”, explica Carlos, que montou o protótipo com canos de PVC, cabos de vassoura, seringas de jardim e suco.

O rapaz, que está no 2° ano, planeja estudar engenharia mecatrônica na Universidade de Brasília (UnB) — curso dos estudantes Felipe de Paula Lima e Rodrigo Carvalho, de 21 e 19 anos, respectivamente. A dupla trouxe para a Semana de C&T o protótipo de um braço mecânico, que pode ser utilizado para limpar o leito de rios e lagos poluídos. O robô, de quatro motores, foi construído com peças de Lego, mas a criação do software que coordena os movimentos ficou com os universitários. “Fizemos questão de deixar o Lego. É uma coisa colorida, então as crianças passam e conseguem visualizar que elas também podem construir um robô”, afirma Felipe. “Quando eu era adolescente, foi uma mostra como essa que me fez ter vontade de estudar mecatrônica”, lembra o rapaz.

Em prol do ambiente

A VII Semana de C&T ocorreu de 18 a 24 de outubro com o tema Ciência para o Desenvolvimento Sustentável. Foram mais de 12 mil atividades cadastradas, que ocorreram na Esplanada dos Ministérios e em outras 383 cidades.

Como funciona um robô

Robôs são como humanos: todas as ações são identificadas, processadas e executadas em um cérebro, que coordena tudo que acontece com a máquina. Isso vale para qualquer tipo de robô, desde os que são confeccionados para parecerem com pessoas, até aqueles que cumprem funções específicas, como a reparação de uma falha na turbina de uma hidrelétrica ou o desarme de uma bomba.

Como cada robô tem seu cérebro, é preciso que a programação seja exclusiva também. Assim, para cada máquina, há uma série de códigos que definem como ela deve se comportar diante de cada situação. Isso tudo funciona graças a outros dois elementos importantes: os sensores, que indicam o posionamento do robô e das coisas ao redor, e os motores, que, muitas vezes, são em tanta quantidade quanto o tipo o número de movimentos.

No caso da mão mecânica dos alunos da UnB, por exemplo, havia quatro motores: um para fazer a máquina andar para frente e para trás, outro para movimentos laterais, um terceiro para subir e descer e o último para controlar a abertura e o fechamento da garra. Ufa!
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2010_10_28&pagina=noticias&id=06024

INFORMÁTICA: ESPECIALISTAS APONTAM CINCO TENDÊNCIAS EM TECNOLOGIA PARA 2011

Fonte: David Cuen - BBC - 25.10.2010
Tendências da tecnologia

A consolidação dos vídeos sob demanda na internet e a possibilidade de pagamento, por parte de empresas pelas informações contidas em páginas pessoais de sites de relacionamento estão entre as cinco principais tendências em tecnologia para 2011, segundo um relatório divulgado nesta semana por uma organização norte-americana.

As outras três grandes tendências citadas pelo relatório, publicado anualmente pela Associação dos Consumidores de Produtos Eletrônicos (CEA, na sigla em inglês), são o uso de tecnologia verde, de aplicativos para smartphones e de banda larga móvel e 4G.

Outros temas quentes no setor atualmente - como os tablets (como o iPad), a tecnologia em 3D e os livros eletrônicos - não ganharam o mesmo destaque na relação divulgada pela CEA. "A indústria tecnológica está sempre mudando, evoluindo e inovando", disse, Gary Shapiro, presidente da CEA. Para Shapiro, as ideias citadas no relatório estão "revolucionando nossas vidas e tendo impacto no mercado".

Segundo o documento, a vida atualmente está tão ligada à tecnologia que é difícil determinar se a tecnologia está nos guiando ou se é o contrário.

"A cada nova geração que usa a tecnologia de forma rotineira desde muito cedo, esta relação será cada vez mais próxima, fazendo que, no futuro, ambas as partes sejam invisíveis", afirma o relatório.

Tecnologia e privacidade

Sean Murphy, analista da CEA, alerta que as companhias que queiram utilizar informações pessoais colocadas online (em sites de relacionamento, por exemplo), deverão pagar por estas informações.

Murphy afirma, no entanto, que "a exploração de dados chegou para ficar. Há muito dinheiro em jogo para imaginar o contrário".

Frente aos problemas que o tema da privacidade gerou em sites como o Facebook, Murphy diz que o assunto continuará em alta em 2011, mas com a possibilidade de gerar ambições econômicas entre os usuários.

"As companhias vão usar este modelo, pois (o uso destes dados pessoais) se converte em uma transação na qual o consumidor autoriza o uso de suas informações como parte de um acordo de negócios", afirmou.

A organização de defesa de consumidores americana Consumers Watchdog disse à BBC que a ideia é positiva e acrescenta que, atualmente, as empresas "olham por cima do seu ombro quando você está online e você não tem ideia de que suas informações estão sendo compartilhadas".

Futuro do vídeo

De acordo com o relatório da CEA, 2011 será o ano da consolidação da tendência do vídeo sob demanda do usuário. Isto significa, segundo a associação, que "os consumidores vão se relacionar mais com programas, conteúdos e shows individuais do que com os canais ou agregadores que os transmitem".

O documento da CEA afirma ainda que os usuários vão "descobrir o conteúdo de forma proativa, vão recomendá-lo e assisti-lo em seu próprio tempo e no dispositivo de sua preferência, e não através de uma programação predeterminada".

A associação americana destaca também em seu relatório anual uma mudança de atitude no consumidor de vídeo, que tem origem na chegada do HD, a alta definição. Os usuários que assistem vídeos na internet, segundo a CEA, passaram do estágio em que assistiam apenas vídeos curtos para assistir programas de televisão ou filmes pela web.

Neste sentido, a CEA afirma que empresas como Apple, Google ou Amazon estão na vanguarda com os produtos que estão lançando para que, por meio de aplicativos, o conteúdo em vídeo possa ser visto na TV ou em dispositivos portáteis.

Banda larga móvel e 4G

O relatório da CEA dá como certa que a era dos smartphones já chegou, mas afirma também que em 2011 a conectividade com a internet por meio dos celulares começará a ser uma tendência importante.

A lógica é que mais pessoas serão atraídas para o mercado dos novos aparelhos e as pessoas vão começar a se desfazer dos cabos, dando preferência a tecnologia sem fios.

A introdução das redes de telefonia 4G, uma versão mais rápida que a 3G, também poderá fazer com que alguns usuários abandonem as conexões tradicionais de internet para conectar todos seus aparelhos de casa através da rede de celular.

A associação americana afirma que a porcentagem que fará esta mudança ainda será pequena, levando em conta que a infraestrutura poderia não atender as necessidades de internautas que gostam de jogos online ou transmitir muitos vídeos.

Mas, a CEA espera que, para 2016, uma grande porcentagem de pessoas adote a tecnologia 4G e a banda larga móvel em casa.

Tecnologia verde

A tecnologia será mais verde em 2011, segundo a Associação dos Consumidores de Produtos Eletrônicos.

A analista da associação, Jessica Booth, acredita que o preço alto da energia, a crise econômica e o apoio do governo dos Estados Unidos a inovações tecnológicas, trarão uma avalanche de criatividade "verde" na indústria.

"A tecnologia verde dá aos consumidores uma solução para sua voracidade energética frente a uma crise econômica e de recursos", afirmou.

A analista acredita que existirão mais opções de produtos ecológicos no mercado, pois as condições implicam que, pela primeira vez, a tendência "verde" também é um negócio.

Futuro dos aplicativos

Os aplicativos nos telefones inteligentes estão mudando a indústria e criando um novo modelo na internet. E a CEA acredita que esta tendência vai continuar crescendo em 2011.

Atualmente existem mais de 400 mil aplicativos disponíveis para vários celulares, em uma série de sistemas operacionais. E a vantagem é que estes aplicativos transformam um simples telefone celular em um videogame ou uma revista.

E, para repetir o sucesso em outros dispositivos, como televisores, os aplicativos terão que repetir esta fórmula, de conseguir transformar aparelhos em algo mais.

"O futuro dos aplicativos continuará gerando impacto e definindo a indústria da tecnologia de consumo", conclui a CEA.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2010_10_28&pagina=noticias&id=06013

Livros mais populares do Kindle vendem o dobro de suas versões de papel

Em julho deste ano, Amazon já afirmava que os e-books tinham vantagem de vendas sobre as edições tradicionais.


A Amazon anunciou que os 10 livros mais populares do Kindle – e-reader desenvolvido pela empresa - vendem duas vezes mais que as tradicionais versões em papel. No entanto, a empresa não divulgou números.

O fato de que e-books já estejam vendendo mais que os livros em papel não é, em si, uma novidade, uma vez que, em julho deste ano, a própria Amazon já havia anunciado o fato. A novidade fica por conta do volume comercializado, que agora alcança a taxa de dois livros eletrônicos para cada um em papel na relação top 10 da varejista online.

O que pode comprometer a informação da Amazon é que, além de não divulgar os números de vendas, a empresa também não informou quais os dispositivos são usados para ler o conteúdo eletrônico, entre Kindles, e-Readers de outras marcas e tablets. Esse dado é essencial para entender como serão os hábitos de leitura do consumidor no futuro.

Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2010/10/27/livros-mais-populares-do-kindle-vendem-o-dobro-de-suas-versoes-de-papel/

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pesquisa comprova baixa qualidade das conexões móveis no país

Huawei mediu o sinal 3G nas 12 capitais que sediarão jogos da próxima Copa e registrou índices muito abaixo do esperado.
Por RENATO RODRIGUES, DO IDG NOW!
São Paulo é a cidade com melhores indicadores de banda larga móvel entre as 12 cidades que serão sedes da Copa do Mundo 2014. Quem afirma é a Huawei, empresa de infraestrutura de rede, que encomendou à organização Teleco uma avaliação da qualidade do serviço 3G com tecnologia HSDPA/HSUPA disponível hoje. Embora essas redes tenham capacidade nominal de até 7,2 Mb/s para download e 5,76 para upload, podendo suportar conexões reais em torno de 1Mbps, 2Mbps, foram registradas velocidades médias de 567 kbps para download e 249 kbps para upload de informações.

Os números foram resultado de uma pesquisa da empresa nos acessos e no entorno dos estádios que sediarão os jogos da Copa, medindo a velocidade e a cobertura do sinal 3G das quatro operadoras nacionais (TIM, Claro, Oi e Vivo) no caminho entre os aeroportos internacionais e as arenas.

A capital paulista, embora não tenha sido a primeira em nenhum dos quesitos considerados - download, upload, latência na navegação e qualidade de streaming de vídeo - foi a que melhor se saiu na média geral - os itens tiveram pesos iguais. Segundo a pesquisa, Porto Alegre e Curitiba também possuem boa qualidade de serviço. O Rio de Janeiro, sede da Olimpíada, aparece no quinto lugar, ao lado de Brasília. Belo Horizonte (10), Natal (11), Recife e Salvador (empatadas em último) ficaram sempre abaixo da média.

Em termos de download, Porto Alegre é a cidade com melhor média de velocidade no 3G. A capital gaúcha teve velocidade média de 724 Kbps (Kilobits por segundo). Em seguida, São Paulo, com 668 Kbps e o Rio de Janeiro, com 647 Kbps.O pior resultado foi em Salvador, com 283 Kbps, bem abaixo da média das 12 sedes, que foi de 567 Kbps.

Os testes também demonstraram que a instabilidade de algumas operadoras levou ao baixo desempenho em velocidade e de latência (tempo para resposta) em algumas cidades.

De acordo com a Huawei, há diferenças de velocidade por conta de qualidade de sinal das operadoras, das tecnologias 3G empregadas, da limitação da capacidade do backhaul (ponto de ligação com a internet) e da confiabilidade da rede. "Essas redes não seria capazes de suportar o tráfego de um evento como a Copa hoje", diz Eduardo Tude, da consultoria Teleco, que coordenou o estudo.

A empresa diz que as operadoras precisarão investir muito em fibras óticas, aumento da capacidade de acesso, novas tecnologias (HSPA+ e 4G/LTE) e aquisição de espectro. A tecnologia HSPA+ permite downloads de até 26,4 Mbps, e deve entrar em operação nas principais capitais a partir do ano que vem.

"Seria uma decisão inteligente para as operadoras se elas já instalassem redes LTE (4G) para suportar a alta demanda de tráfego durante a Copa, preservando a 3G para uso mais comum", diz o especialista.

A Huawei planeja realizar o estudo anualmente, de forma a acompanhar a evolução das redes no país, a exemplo do que já faz com o balanço de banda larga móvel, que acompanha o crescimento da disponibilidade do serviço. Divulgado ontem, o último balanço estima que o Brasil encerre o ano de 2010 com 18 milhões de acessos à internet por meio de redes de telefonia móvel e 13,4 milhões de acessos em conexões fixas (a cabo e via redes ADSL). Se confirmada, a projeção representará um crescimento da banda larga móvel cinco vezes maior que a da banda larga fixa, segundo a Teleco.

Até 2014 o número de conexões móveis deve chegar a 60 milhões, a maioria (45 milhões) através de celulares e smartphones.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/telecom/2010/10/27/pesquisa-comprova-baixa-qualidade-das-conexoes-moveis-no-pais/

4G vai mudar modelo tarifário e de negócio das celulares

UMTS Fórum estima investimento de 2 bilhoes de euros para rede de 50 milhões de habitantes, e modelo tarifário baseado no volume de uso
Por VERÔNICA COUTO

Os investimentos necessários para cobrir uma área metropolitana com 50 milhões de habitantes com uma rede baseada na nova tecnologia móvel LTE (a quarta geração do celular, ou 4G) foram estimados em 2 bilhões de euros pelo UMTS Fórum, segundo o chairman da entidade, Jean-Pierre Bienaimé. Esse valor considera uma infraestrutura já existente de rede GSM (3G), e ficaria 50% maior no caso de regiões sem nenhuma instalação de rede. O especialista, que esteve nessa terça-feira (26/10) na 12ª edição da Futurecom, evento realizado em São Paulo, acredita que o cálculo também vale para a demanda das grandes cidades brasileiras, similares a algumas nações européias – no caso, a França.

Para a entidade, o Brasil será o primeiro mercado latino-americano a entregar a tecnologia LTE, que aumenta em muitas vezes a banda de transmissão de dados pelo celular e que, segundo ele, já está sendo testada no País pela Telefônica. O representante do UMTS Fórum cita dados do instituto Idate, que apontam 371,5 milhões de assinantes no mundo sobre rede LTE, em 2015.

As maiores taxas de crescimento estão na América Latina, onde Bienaimé diz que são esperados 143 mil assinantes em 2012; 783 mil em 2013; 2,789 milhões em 2014; e 9,673 milhões em 2015. Com a realização dos leilões da Anatel para a nova freqüência da 4G no ano que vem, ele acredita que os serviços estejam comerciais em 2012 no Brasil.

Globalmente, serão 1 bilhão de dispositivos eletrônicos conectados em 2016; e 50 bilhões em 2020. Os quatro principais grupos de aplicações incluem equipamentos portáteis para uso em casa ou no carro, soluções para a área de saúde, e sistemas embarcados em automóveis. Em 2013, já se imagina que o total das aplicações móveis LTE rendam 29,5 bilhões de dólares no mundo.

Entre as barreiras a avanço da nova tecnologia, o chairman do UMTS Fórum destaca os preços dos terminais, ainda altos, os gargalos nas redes de transmissão (falta backbone para ligar as antenas celulares à internet), e os modelos de negócios, que devem exigir muitas parcerias entre fornecedores de serviços e operadoras.

Na introdução da 3G, Bienaimé lembra que foi adotada, em muitos casos, a tarifa flat para acesso ilimitado.

“Agora, com a explosão dos dados, esse modelo terá que mudar, porque a capacidade das redes não será suficiente para sustentar o crescimento do tráfego, sem uma receita correspondente. As operadoras vão ter que se adaptar a novas políticas tarifárias, baseadas no volume de uso”, diz o executivo.

Nesse caso, diz ele, os 10% de usuários que são consumidores muito intensivos de banda terão que aceitar menos qualidade de serviço ou pagar mais. A Telia Sonera, da Suécia, diz ele, cobra 60 euros por mês para pacote com 30 Gbytes e 30 Mb por segundo, equivalente, no preço, a 100 Mbps em fibra óptica, com acesso ilimitado. Ou, ainda, a 1.9 vezes o preço do melhor canal de final óptica 3G.

O preço dos terminais (os smartphones, PDAs, etc.) também é chave para expandir os novos serviços de quarta geração: jogos interativos online, TV móvel, aplicações de localização, quiosques móveis para download e upload, etc. Nesse sentido, a tecnologia deve se disseminar, inicialmente, por meio dos dispositivos USB para conexão de computadores portáteis.

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/telecom/2010/10/27/4g-vai-mudar-modelo-tarifario-e-de-negocio-das-celulares/

Cresce a oferta de ferramentas de gestão em plataforma móvel

Criar uma estratégia de mobilidade é um desafio recente e uma tarefa complexa. Mas aderir parece inevitável.
Por RODRIGO AFONSO
As mais recentes previsões anuais sobre as principais tendências para tecnologia corporativa sempre colocaram computação em nuvem, virtualização, colaboração e business intelligence (BI) no topo das listas. O que muitos rankings não traduziram, no entanto, é que todas essas tecnologias e conceitos estão intimamente ligados a outra tendência dominante: a mobilidade. Cresce a necessidade de acesso às aplicações corporativas de maior sucesso, por meio de dispositivos móveis.

Criar uma estratégia de mobilidade é um desafio recente e uma tarefa complexa, razão pela qual ainda inexista uma corporação completamente madura neste uso. Mas aderir parece inevitável. Os profissionais, plenamente adaptados aos seus smartphones e tablets pessoais, querem agora tirar vantagem dos equipamentos para os negócios. A SAP estima em 4% a penetração de aplicações móveis desse tipo nas corporações clientes e espera chegar a 40% até o final de 2012. A empresa calcula que existam 35 milhões de usuários de smartphones interagindo de alguma forma com sistemas SAP via celular. Nesse caso, os números também são ambiciosos, com o objetivo de chegar a 1 bilhão de pessoas acessando SAP via dispositivos móveis até 2015.

Segundo o analista de telecomunicações da IDC Brasil, João Paulo Bruder, os players mais desenvolvidos desse setor foram os que aproveitaram a oportunidade de criar sistemas que servem de ponte entre os aplicativos corporativos e os sistemas de mobilidade já existentes. Ainda assim, o que essas empresas fazem é o básico, ou não chegam a configurar um diferencial competitivo para quem adota", opina.

Pedro Bicudo, sócio da TGT Consult, concorda que há poucas aplicações capazes de proporcionar retorno concreto aos processos de negócio. Segundo o analista, as funções de localização e contexto, pelo que oferecem tanto em termos de benefícios quanto de segurança, podem ser as grandes vedetes. "Além disso, as aplicações de análise em tempo real e preditivas podem trazer reais ganhos de competitividade para as empresas."

Estratégia dos fornecedores

Os grandes fornecedores globais, contudo, já buscam alinhar estratégias e não poupam com aquisições para completar ofertas. O mercado está muito pulverizado, com fornecedores que atendem processos muito específicos, o que leva a crer em uma futura onda de fusões nesse segmento.

Um dos casos mais emblemáticos foi a compra da Sybase pela SAP, empresas que já tinham parcerias estreitas na área de mobilidade e que, juntas, estão tentando criar um ecossistema de canais e desenvolvedores para transportar as funcionalidades de aplicações corporativas complexas para o ambiente móvel.

De acordo com o diretor da área de business objects da SAP Brasil, André Petroucic, a empresa trabalha em duas frentes. A primeira é relacionada a fluxos corriqueiros de trabalho e a relatórios gerenciais, ou seja, o transporte do BI (Business Intelligence) para dentro dos dispositivos móveis. Na segunda frente, estão as aplicações de missão crítica. "Nesse caso, trata-se de transformar o aparelho portátil no próprio desktop, já que a ideia é permitir a interação a distância com processos-chaves da companhia."

Assim como a SAP, um dos principais concorrentes na companhia na área de BI, a MicroStrategy, ratifica opiniões de analistas de que o futuro está na mobilidade e traçou estratégias agressivas na área. A empresa busca parcerias com companhias de desenvolvimento para agregar valor à plataforma e quer criar soluções para verticais específicas. A aposta do vice-presidente da América Latina da MicroStrategy, Flávio Boliero, é de que equipamentos como o iPad devem substituir o desktop. "O Brasil ainda não usa esses dispositivos móveis tão intensamente como em outros lugares do mundo, mas quando eles chegarem, vão dominar o mercado."

A Automatos, empresa de automação de gestão e segurança da informação, também tem planos ambiciosos para a mobilidade. De acordo com o líder de tecnologia (CTO) da empresa, Gustavo Souza, há muito a ser feito na área de segurança, como controle e monitoração efetiva desses equipamentos, além do transporte de soluções de gestão. "Parte desses equipamentos é usada pelos altos executivos, e a mobilidade está ganhando muita ênfase em nosso roadmap", afirma.

Entre as brasileiras, a Totvs também já flerta com a mobilidade. Maior concorrente da SAP no Brasil, a empresa ainda não deixou muito clara sua estratégia na área. Já subsidiárias de grupos globais, como IBM e Oracle, mantêm a estratégia internacional de costurar acordos com outros fornecedores, incluindo a própria SAP, de modo a estender a plataforma de desenvolvimento, já presente em uma grande clientela, para o mundo da mobilidade.

Móvel de nascimento

O fato é que os players globais ainda estão em fase de formulação de diretrizes. E quem saiu na frente no transporte de aplicações tradicionais para o ambiente móvel foram fornecedores locais, com foco nessa atividade. No Brasil, a Navita conseguiu construir uma reputação baseada em atuação com os equipamentos BlackBerry, da Rim, o único dos grandes fabricantes de dispositivos portáteis com ênfase corporativa.

Agora que tem uma posição consolidada na área, a Navita quer aproveitar o crescimento da demanda por mobilidade para atuar em outras plataformas de hardware. O alvo continuará sendo smartphones e especificamente em aplicativos, mas, agora, a ideia é criar soluções para iPhone, Android, Symbiam, Samsung, entre outros. "É inevitável realizar essa abertura; a demanda vem dos próprios clientes", afirma o diretor-executivo da Navita, Roberto Dariva.

O executivo lembra que o conceito de mobilidade já tem dez anos, e o que muda, no momento atual, é que deixa de ser visto como exclusividade de pessoas em campo, como forças de venda. O grande responsável pelo ponto de virada, na opinião dele, é a necessidade de mobilidade interna, especialmente, durante reuniões e deslocamentos dentro da empresa, além do avanço do trabalho colaborativo.

Atendendo apenas smartphones BlackBerry, a Navita conseguiu um crescimento de 180% em 2009, e tem previsão de fechar 2010 com 120%. Parte desse crescimento resulta de aquisições, o que mostra a disposição de ser um dos atores principais no processo de consolidação de companhias. A expansão internacional também está no radar, com operações em andamento no Chile, no México e na Argentina. A intenção, diz Dariva, é marcar presença global e se preparar para quando esses mercados realmente decolarem.

Tecnologias ultrapassadas

Na teoria, a estratégia de todas as empresas que anunciaram soluções de mobilidade faz bastante sentido, mas aquelas mais tradicionais na área de ERP, com ampla base de clientes, são as que enfrentarão as maiores dificuldades para atender às novas plataformas. De um modo geral, o que se vê é que os usuários querem suas aplicações corporativas cada vez mais com acesso móvel.

O problema é que os líderes de TI ainda estão longe da maturidade nessa área e os fornecedores, também. A maioria deles está entrando em uma fase de entender melhor as necessidades corporativas, para, então, partir para a criação de soluções e produtos dedicados e sob medida para a demanda. Acompanhar a evolução desse cenário, das soluções no mercado e conseguir integrar, aos poucos, ferramentas de mobilidade que sejam interessantes para o negócio é um desafio grande dos líderes de tecnologia, resume Bicudo. "O mercado ainda está muito longe de ter soluções completas. Atualmente, todos os fornecedores sonham em aparecer com algum tipo de solução abrangente e 'matadora', como foi o modelo de ERP. Mas o que foi lançado até agora está distante de ser essa solução."

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2010/10/25/cresce-a-oferta-de-ferramentas-de-gestao-em-plataforma-movel/

Muito além da TI verde

Tecnologia da Informação pode tornar os produtos mais viáveis ambientalmente
Por ELANA VARON*
Há algumas semanas, acessei um jogo online que calcula o impacto de algumas atividades sobre o meio ambiente. Brinquei um pouco com os resultados para ver que hábitos poderia mudar para melhorar minha nota. Contudo, mesmo como uma consumidora razoavelmente frugal e ecologicamente consciente, parecia impossível ocupar um espaço entre as pessoas que contribuem para um planeta mais sustentável.

O jogo não é científico, mas mostra que a sustentabilidade exige mais do que mudanças superficiais no nosso modo de viver e trabalhar. O problema não pode ser resolvido apenas vivendo com mais simplicidade, como escreveram recentemente Robert Atkinson e Darrene Hackler, da Information Technology Innovation Foundation. Em um relatório contestando o que eles dizem, batizado de dez mitos sobre o combate às mudanças climáticas, especialistas no tema argumentam que mesmo que a economia global não crescesse, o aumento da população, de hoje até 2030, bastaria para triplicar as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

Não conheço alguém que torça por uma estagnação ou declínio da economia mundial, mas qualquer pessoa percebe a necessidade de mudança. O Greendex, estudo realizado pela National Geographic Society com consumidores de 17 economias desenvolvidas e emergentes, constatou que 66% deles acreditam que seu atual estilo de vida não é sustentável. Já quando solicitados a identificar os fatores que desestimulam um comportamento amigável com o meio ambiente, 40% disseram que seus esforços individuais não importam, a menos que governos e indústrias também se mexam. TI pode entrar em cena, aqui, para tornar os produtos de consumo mais viáveis ambientalmente.

O CIO para os Estados Unidos da multinacional Whirlpool, Kevin Summers, está fazendo a parte dele com uma iniciativa para fabricar utensílios mais inteligentes. A expectativa da companhia é desenvolver, até o fim do ano, uma máquina de lavar capaz de fazer diagnósticos remotos. Se ela quebrar, o consumidor poderá conectá-la a uma rede wireless doméstica e carregar dados sobre o problema. A lavadora será consertada remotamente por um técnico, economizando a visita ao local. Caso a intervenção humana se mostre necessária, será possível identificar previamente as peças que o técnico deverá levar. Daqui a dois anos, uma máquina conectada a uma rede elétrica inteligente poderá informar ainda aos consumidores a melhor hora para lavar a roupa, quando a demanda por energia estiver baixa.

"Todos essas máquinas em uma rede elétrica inteligente são como PCs em uma rede", observa Summers. Sendo assim, ele considera que a TI pode e deve contribuir com o conhecimento para coletar dados, armazená-los e analisá-los.

Segundo o CIO e CSI (Chief Sustainability Officer) da Dow Chemical, David Kepler, os clientes querem materiais não apenas mais sustentáveis, mas também produzidos de forma ecologicamente adequada. Assim, sua equipe de TI tem a preocupação de fornecer ferramentas para gerenciar a energia e as emissões nas fábricas, bem como controlar a integração do sistema de aquecimento solar da companhia à rede de energia elétrica mais próxima.

Quando a estratégia corporativa é fornecer produtos e operações sustentáveis, o CIO tem que estar alinhado e antenado com isso, salienta Kepler. O que vai muito além da construção de prédios e de data centers com mais eficiência energética.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/10/26/artigo-muito-alem-da-ti-verde/

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O desafio da propriedade intelectual, artigo de Igor Simões

"O Brasil é o país que menos deposita pedidos de patentes entre os do Bric e o que menos gasta em P&D"

Igor Simões é advogado. Artigo publicado em "O Globo":

Formado por executivos de grandes empresas, o Movimento Empresarial pela Inovação (MEI) expressou recentemente a necessidade de um novo marco regulatório para incentivar de forma efetiva a inovação no país. O grupo, que reúne Embraer, Natura, Grupo Ultra, entre outras companhias, anunciou à imprensa que fará pressão junto ao próximo presidente eleito para solucionar os gargalos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).

A reivindicação é legitima. Afinal, este importante tema não recebeu a devida atenção dos candidatos à Presidência.

O argumento dos empresários do MEI é que existem lacunas na Lei de Inovação, sancionada em 2004, e na Lei do Bem, de 2007, que dificultam o apoio aos projetos realizados.

Entre as críticas estão a falta de visão empresarial dos órgãos de fomento do governo e a inexistência de financiamento para projetos de grande porte. Também faltam políticas de inovação setoriais.

Isso dispersaria os recursos. Os empresários estão certos. Embora existam iniciativas bastante inovadoras no Brasil, o país ainda carece de uma verdadeira política de inovação que estimule, principalmente, os depósitos de pedidos de patentes e de marcas. O fato de estar entre as maiores economias do mundo não garante ao Brasil uma posição de liderança quando o tema é pesquisa e desenvolvimento.

Os investimentos são destinados basicamente para o setor público e ainda são insuficientes. A Lei da Inovação e a Lei do Bem não trouxeram o estímulo que o setor privado há anos vem pedindo. Mesmo sancionada em 2004, a Lei de Inovação tem vários pontos que ainda aguardam regulamentação.

Se compararmos o Brasil com outros países do Bric - Rússia, Índia e China - estamos ficando para trás. O risco é nos consolidarmos economicamente apenas como exportadores de commodities.

Apenas para se ter uma dimensão do problema, o Brasil é o 12º no ranking de países que recebem depósitos de pedidos de patentes, atrás de todos os outros países do Bric. Segundo o mais recente relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), em 2008 o Brasil recebeu 21.825 depósitos, dos quais 81,6% eram de requerentes estrangeiros. Na Rússia, por exemplo, apenas 33,8% eram de requerentes estrangeiros, e na China, 15,6%. O Brasil ainda não despertou ou ainda está longe de perceber a necessidade de depositar pedidos de patentes.

Este relatório indica também o fraco desempenho do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) na concessão de patentes. Apesar de o Brasil ser o 12º no ranking de países que recebem pedidos de patentes, o país sequer aparece na lista de 20 países que mais concedem patentes, enquanto todos os outros países do Bric estão presentes.

Podemos creditar esse disparate à lentidão da autarquia e também à insegurança jurídica, que levam ao descrédito e abandono dos pedidos durante o processamento no INPI.

Por exemplo, uma patente na área farmacêutica leva em média dez a onze anos para ser concedida.

Até mesmo Ucrânia, África do Sul, Polônia e México concedem mais patentes que o Brasil, e todos estes recebem menos depósitos. A China concedeu 93.706 patentes, a Índia 18.230 e a Rússia 28.808, enquanto o Inpi brasileiro só concedeu 2.451 patentes.

O Brasil é o país que menos deposita pedidos de patentes entre os do Bric e o que menos gasta em P&D. Para ocupar uma posição de liderança global e atingir um desenvolvimento realmente sustentável, o investimento em pesquisa é fundamental. A discussão não pode se restringir ao âmbito do projeto político de partidos. É preciso definir um plano de mudança estrutural para reverter os tristes dados quando o assunto é inovação, pesquisa e desenvolvimento.
(O Globo, 26/10)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74304

Fumo é associado com aumento no risco de Alzheimer

Mais de dois maços por dia aumenta em 157% o risco de desenvolvimento de Alzheimer, indica estudo

Fumar pesadamente na meia-idade pode aumentar grandemente o risco de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Segundo uma nova pesquisa, o risco é mais do que duas vezes maior. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (25/10) nos "Archives of Internal Medicine".

O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas nos Estados Unidos e Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.

Diagnósticos de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008.

Um total de 5.367 participantes (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.

Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia durante o período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular.

Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento das doenças.

A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.

Fumar também contribui com o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. "É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos", sugeriram os autores.

O artigo (doi:10.1001/archinternmed.2010.393) de Minna Rusanen e outros pode ser lido por assinantes dos "Archives of Internal Medicine" em http://archinte.ama-assn.org.
(Agência Fapesp, 26/10)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74320

Universidade Livre de Berlim inaugura escritório em São Paulo

Objetivo é incentivar a cooperação entre Brasil e Alemanha em diversas áreas do conhecimento

A Freie Universität Berlin (Universidade Livre de Berlim) inaugurou um escritório de representação da instituição em São Paulo. A solenidade de abertura foi realizada no domingo (24/10), no Instituto Goethe da capital paulista.

O Escritório Regional da FU Berlin no Brasil, atualmente em fase de construção, será abrigado no Centro Alemão de Inovação e Ciência (DWIH, da sigla em alemão), inaugurado em abril de 2009.

A criação dos Centros Alemães de Inovação e Ciência em países estratégicos é uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha com o intuito de apoiar a integração de seus cientistas às redes internacionais de pesquisa.

De acordo com Claudio Struck, diretor do escritório brasileiro, a ideia é incentivar a cooperação científica entre a Alemanha e a América Latina, com foco principal no Brasil.

"A escolha do Brasil se deu porque o país vem crescendo em importância global em vários aspectos, com destaque para a área científica. O escritório tem a finalidade de atrair estudantes de graduação e pesquisadores do país para a FU Berlin, facilitar a colaboração científica e desenvolver instrumentos adequados de cooperação para o intercâmbio acadêmico", disse à Agência FAPESP .

A Freie Universität Berlin mantém escritórios em cidades como Nova York (Estados Unidos), Pequim (China), Nova Déli (Índia), Moscou (Rússia), Bruxelas (Bélgica) e Cairo (Egito). Segundo Struck, o intercâmbio pretende também qualificar a universidade alemã ao atrair pesquisadores de alto nível.

"Temos alguns convênios com a Universidade de São Paulo para estudantes de graduação e queremos ampliar para outras universidades paulistas, como a Universidade Estadual de Campinas e Universidade Estadual Paulista, entre outras", disse.

Segundo ele, as áreas estratégicas a serem exploradas dependem de cada país, mas, em geral, os escritórios são abertos a todas as áreas de excelência das universidades. No Brasil, afirma, existe por parte da universidade alemã um interesse pelas áreas ligadas às humanidades, em particular às ciências sociais e cultura.

"Temos na Freie Universität Berlin um Instituto de Estudos Latino-Americanos que é o mais importante na Alemanha. Trata-se de um projeto interdisciplinar com a participação de vários institutos e departamentos da universidade com foco no Brasil e América Latina", explicou.

De acordo com Struck, há também interesse em explorar temas ligados à biodiversidade. "Em Berlim, temos um centro de pesquisa em plantas e a cooperação com o Brasil nessa área pode nos ajudar muito. Temos interesse também nas áreas de química e biotecnologia", indicou.

Na Alemanha, há mais de 370 institutos de educação superior, sendo 110 universidades, 189 universidades de ciências aplicadas, 51 faculdades de humanidades, 30 faculdades de administração pública, 14 faculdades de teologia e seis faculdades de educação. A maior parte dos institutos de educação superior são públicos.

Em Berlim, há três grandes universidades. A Freie Universität é a maior delas e suas áreas estão concentradas em humanidades, ciências sociais e em saúde e ciências naturais. A Universidade Técnica (Technische Universität) oferece cursos de engenharia e arquitetura e a Humboldt Universität atua em ciências humanas, ciências sociais e medicina.

Mais informações: www.dwih.com.br/index.php?id=1&L=1
(Alex Sander Alcântara)
(Agência Fapesp, 25/10)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74322

"Ciência Hoje On-line": Quem tem medo da radioatividade?

Publicação aponta vantagens e desvantagens da energia nuclear

Como herança da destruição causada pela explosão das bombas atômicas ao fim da Segunda Guerra, a energia nuclear ganhou uma reputação difícil de mudar. Um novo livro desmistifica a radioatividade e aponta as vantagens e desvantagens de seu uso.

Leia a matéria completa na CH On-line, que tem conteúdo exclusivo atualizado diariamente: http://cienciahoje.uol.com.br/resenhas/quem-tem-medo-da-radioatividade
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74323

MEC quer mudar lei para permitir consórcio

Decisão é estimulada por projeto de megauniversidade em Minas, que deve agrupar sete instituições federais e possibilitar intercâmbio de alunos

O Ministério da Educação (MEC) estuda propor uma alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para permitir a formação de consórcios entre universidades brasileiras. A ideia surgiu do projeto de unificação de atividades acadêmicas de sete instituições federais que funcionam no sul e no sudeste de Minas Gerais.

A minuta do projeto de criação da megauniversidade foi entregue na segunda-feira pelos reitores ao ministro Fernando Haddad, em cerimônia em Belo Horizonte. Segundo ele, o MEC pode aprovar a criação da megauniversidade - que englobará universidades federais em Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop), São João Del Rei (UFSJ) e Viçosa (UFV) - mesmo sem alteração da lei.

Mas ressaltou que, com a aprovação de um modelo definitivo de unificação de atividades pelos conselhos superiores das instituições, a pasta tentará incluir o modelo na legislação. "Comprometo-me a viabilizar, com a Casa Civil, o envio do projeto para o Congresso."

Pela proposta, as universidades mantêm autonomia administrativa e orçamentária, mas unificam atividades de ensino, pesquisa e extensão. O projeto prevê a criação de um Plano de Desenvolvimento Integrado conjunto e abre, por exemplo, a possibilidade de estudantes de uma instituição cursarem disciplinas em outras, até com uma bolsa adicional para cobrir os gastos com a mobilidade. Seriam 10 mil bolsas do tipo por semestre.

O projeto também prevê a unificação do vestibular para 2012, além da criação de laboratórios e núcleos de estudo comuns, com prioridade para áreas de nanotecnologia, bioenergia, biodiversidade, meio ambiente, educação, fitoterápicos e sustentabilidade. Os laboratórios, segundo o reitor da UFJF, Henrique Duque, ficariam fora do espaço das instituições. "Deve ser em Belo Horizonte mesmo, para evitar qualquer tipo de disputa."

Com a unificação, a megauniversidade oferecerá 239 cursos de graduação e 145 de pós-graduação presenciais. Serão 4,3 mil docentes e 91 mil alunos em cursos presenciais e a distância em 72 municípios. Anualmente, serão 13 mil novas vagas. As universidades manterão os conselhos superiores e será criado um de reitores, com rodízio anual entre as instituições.

"Vamos seguramente apoiar essa iniciativa", afirmou Haddad. "Não é só a soma dos programas de graduação e pós-graduação. É uma nova forma de encarar a expansão da universidade pública no país. Interessa ao corpo discente pela mobilidade e potencial acadêmico, à pesquisa nacional e, sobretudo, para internacionalizar a educação."
(Marcelo Portela)
(O Estado de SP, 26/10)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74306

Reitores entregam diretrizes do consórcio das universidades mineiras ao Ministro da Educação

Documento preliminar com as propostas que embasarão a criação do consórcio das sete universidades mineiras das regiões Sul e Sudeste de Minas será entregue nesta segunda-feira ao ministro da Educação, Fernando Haddad

A proposta do Plano de Desenvolvimento Institucional do Consórcio (PDIC) é um instrumento de planejamento e de gestão, formulado de forma coletiva e que contém os objetivos e as diretrizes das universidades consorciadas para o quinquênio 2011-2015.

O plano está sendo debatido nas comunidades acadêmicas de cada instituição e apreciado pelos Conselhos Superiores. Farão parte do consórcio as universidades federais de Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (Ufla), São João Del-Rei (UFSJ), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV).

A minuta do PDIC foi idealizada por representantes da comunidade acadêmica das universidades, em reuniões realizadas nos últimos meses. O objetivo do documento é subsidiar as discussões nos conselhos superiores e nas comunidades de cada instituição.

A criação do consórcio permitirá a integração acadêmica nas áreas de ensino, principalmente no que se refere à mobilidade estudantil, pesquisa e extensão, maior eficiência na captação e aplicação de recursos, parcerias para atuação nas áreas de inovação e novas tecnologias e desenvolvimento social e em outras áreas estratégicas, visando ao desenvolvimento institucional e à capacidade de apresentar propostas para a solução de problemas sociais do Estado de Minas Gerais e do país.

Segundo o reitor da UFV, Luiz Cláudio Costa, que coordena os trabalhos de elaboração das propostas do consórcio, "os documentos apresentados ao MEC apresentam propostas altamente relevantes e estratégicas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão e devem ser debatidos em profundidade pelos conselhos superiores e comunidade das universidades, para, então, decidirmos os caminhos a seguir. A proposta do consórcio só terá sucesso se for construída com muito diálogo inter e intra-campus".

Confira alguns itens do projeto:

- Perfil institucional

O consórcio reúne 239 cursos de graduação, oferece mais de 13 mil vagas e atende a mais de 48 mil alunos matriculados na graduação presencial. Já na pós-graduação, oferece 145 programas, sendo quatro com conceito 7, máximo definido pela Capes, três com conceito 6 e 20 com conceito 5, todos considerados de excelência. São mais de 3 mil alunos de mestrado e 1.700 de doutorado. Se consorciadas, as sete universidades reúnem 4.390 docentes e 5.968 técnico-administrativos.

- Mobilidade acadêmica

Implantação da matrícula cruzada para permitir que alunos façam disciplinas entre as consorciadas; realização de treinamentos em novas tecnologias de pesquisa e ensino; formação de um banco de assessores e consultores; troca de experiências e contribuição para capacitar pessoal de outra instituição. Outro ponto de convergência é a criação do Centro de Estudos Avançados, uma estrutura presente em grandes academias e fundamental para pensar estratégias para a ciência, ensino e cultura.

- Assistência estudantil

Para possibilitar que os alunos se matriculem interinstitucionalmente em uma das setes universidades a serem consorciadas, o grupo de Assistência Estudantil está desenvolvendo políticas que viabilizem esses trâmites inclusive para aqueles discentes que possuem vulnerabilidade socioeconômica. A Assistência é a responsável por ser gestora dos equipamentos sociais que garantem a permanência dos alunos no ensino superior.

- Vestibular e graduação

Uma das mudanças mais significativas propostas é a uniformização do processo seletivo entre as sete consorciadas. Além disso, será sugerida a criação de um Núcleo de Estudos Pedagógicos, que dentre outras funções, analisaria a criação de novos cursos nas diferentes áreas do conhecimento relacionado às potencialidades das diversas regiões das instituições. As universidades consorciadas pretendem ainda criar cursos curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e em Artes e Design com ciclos complementares profissionalizantes.

- Pesquisa e pós-graduação

As consorciadas pretendem criar um Centro de Estudos Avançados visando à integração, ao fortalecimento e à expansão da pesquisa e da pós-graduação e a melhoria da inserção internacional da pesquisa brasileira. Pretende-se ainda criar programas de pós-graduação compartilhados em áreas estratégicas e mecanismos de cooperação entre os programas. As universidades também pretendem desenvolver projetos e formação de núcleos de estudos prioritariamente nas áreas de nanotecnologia, bioenergia, biodiversidade, meio ambiente, sustentabilidade, fitoterápicos e educação. Deverão ser criados centros de pesquisa em áreas estratégicas compartilhando infraestrutura de laboratórios.

- Extensão e cultura

A proposta é realizar através de um corredor cultural, a circulação e intercâmbio de grupos e artistas das universidades. Pretende-se também unir esforços para realizar projetos de extensão nas áreas de gestão de resíduos e de ações voltadas para políticas públicas.

- Localização geográfica

A iniciativa pioneira da criação do consórcio das Universidades do Sul-Sudeste de Minas Gerais surge da constatação de que essas instituições apresentam características comuns e complementares que facilitam sua associação. A localização geográfica e a proximidade entre elas é fator preponderante para a criação do consórcio, uma vez que esta é a única região do Brasil que possui sete universidades separadas por um raio de cerca de 200 km. Além disso, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), todas as instituições oferecem cursos de qualidade, apresentando na graduação Índice Geral de Cursos (IGC) com valores entre quatro e cinco, e pós-graduação avaliada como excelente pela Capes, inclusive em nível internacional.

A proposta que será apresentada ao MEC prevê ainda uma estrutura administrativa para o Consórcio. Instituições de incentivo à pesquisa e empresas já demonstraram interesse em financiar programas e projetos compartilhados pelas universidades consorciadas.
(Assessoria de Imprensa da Ufop)
fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=74272