Por Ian Paul, PC World / EUA
De acordo com a Microsoft, navegador IE10 do sistema não rodará nenhum plug-in no modo touch.
A Microsoft parece estar seguindo a rival Apple ao anunciar que dispensará plug-ins como o Adobe Flash do seu navegador Internet Explorer 10 no sistema Windows 8. Ou algo assim.
Você ainda poderá visualizar conteúdo que exige plug-ins no Windows, mas para isso terá de mudar para a versão antiga (desktop). Já quem preferir ficar na interface touch Metro terá uma experiência livre de plug-ins (e presumivelmente sem Flash). Em vez disso, o novo IE 10, em modo touch, dependerá do padrão HTML5 para vídeos e outros recursos.
“Para a web seguir adiante e para os consumidores aproveitarem ao máximo a experiência de navegação mais focada em toque na tela, o navegador estilo Metro do Windows 8 é tão HTML5 quanto possível, e livre de plug-ins”, afirmou o líder da equipe do IE na Microsoft, Dean Hachamovtich. “A experiência que os plug-ins fornecem atualmente não é uma boa combinação com o estilo de navegação Metro e a web moderna em HTML5.”
A boa notícia é que, graças a campanha anti-Flash da Apple, muitos sites agora oferecem vídeos em HTML5 quando o Flash não está presente. O YouTube, por exemplo, roda mesmo sem o Flash, assim como muitos outros sites de vídeo.
Por que a mudança?
A Microsoft diz ter examinado as exigências de plug-in para os 97 mil maiores sites do mundo todo e descobriu que 62% já podem oferecer vídeos HTML5 para aparelhos sem Flash. Muitas dessas páginas também podem mostrar anúncios que não usem Flash.
Se você visitar um site que ainda depende de controles ActiveX ou outro conteúdo plug-in, receberá uma notificação pedindo para “Usar a visualização desktop”.
O que a Microsoft não mencionou é onde essa abordagem deixa o rival do Flash da própria empresa, o Silverlight. A compatibilidade será embutida na versão Metro do IE10 ou ele também já era? A tecnologia ainda tem vida útil como uma ferramenta para os desenvolvedores, por isso o Silverlight na web pode não ser uma grande perda para a Microsoft.
E os add-ons?
Também há algumas dúvidas sobre se a versão Metro do IE10 terá suporte para add-ons (também conhecidos como extensões) ou barras de ferramentas. A Microsoft não foi clara sobre isso. “No Windows 8, o IE10 está disponível como um app no estilo Metro e um app desktop”, disse o presidente do Windows, Steven Sinofsky, em um post no blog Building Windows 8. “O app para desktop continua a suportar completamente todos os plug-ins e extensões.” Sinofsky não afirmou explicitamente que as extensões não serão suportadas na interface Metro, mas o comentário sugerem que elas estão fora.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/09/15/windows-8-pode-significar-fim-do-flash/
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Opinião: as cinco maiores qualidades do Google+
Por Tony Bradley, PC World / EUA
Apesar de ainda ter algumas coisas a melhorar, nova rede social já apresenta muitos pontos positivos em sua fase inicial de testes
Após ter dedicado ontem para reclamar das coisas que mais me incomodam no Google+, hoje falaremos do outro lado da moeda: suas cinco maiores qualidades, depois de passar um mês usando a nova rede social da Google.
1. Sem limites
Admito que posso ficar um pouco falante às vezes, mas é muito irritante digitar uma atualização de status e ver ela ser rejeitada porque estourou algum limite arbitrário de caracteres. O Twitter é o Twitter, e seu limite de 140 caracteres é uma de suas principais características. Eu entendo. Mas no Facebook o limite de caracteres para atualizações era de 420 caracteres e apenas recentemente foi aumentado para 500. O novo limite é muito menor do que o anterior – acho que a maioria das minhas atualizações podem caber nele. Mas 500 caracteres continua sendo arbitrário e ainda o excedo.
Adoro o fato de que no Google+ eu posso digitar indefinidamente se quiser e não há limite de tamanho dos meus posts. Na verdade, vejo algumas pessoas que possuem blogs Tumblr e então postam links do Google+, e fico pensando se não faria mais sentido sair do Tumblr e usar apenas o Google+ como uma plataforma de blog em primeiro lugar.
2. Edição de posts
Outra coisa legal do Google+ é que posso editar meus posts. Mesmo depois de ter pensado e postado, geralmente descubro erros de digitação ou gramática que gostaria de corrigir, ou tenho outro pensamento que gostaria de adicionar. É legal que o Google+ me permite simplesmente clicar na pequena seta drop-down no canto superior direito do post e selecionar a opção “Edit this post” (“Editar esse post”) para fazer as mudanças.
No Facebook, há uma janela de cerca de 15 segundos em que posso apagar ou comentar após postar algo. Mas depois dessa janela ter sumido, é preciso apagar e começar tudo de novo.
3. Seguir
Gosto de poder seguir os streams de outras pessoas que não façam necessariamente parte dos meus círculos, e do fato de outros que não estão na minha rede também poderem me seguir. É uma ótima maneira de se manter informado e aprender coisas novas – muitas das quais, em troca, compartilho com quem me segue.
Obviamente que isso só funciona se a pessoa realmente postar algo Público. Vale lembrar que o Facebook copiou a ideia e acaba de lançar um recurso parecido, com o botão Assinar.
4. Público
Um benefício do recurso de “seguir” no Google+ é que ele torna o compartilhamento de posts com o Público uma das melhores coisas do site. Sei que isso viola a premissa dos Círculos e da suposta beleza em poder direcionar os seus posts para públicos separados, mas ei – também posso fazer isso, certo?
Essa é uma das coisas que penso tornar o Google+ uma rede social mais ativa e atraente. Recebo uma quantidade considerável de +1, comentários e compartilhamentos dos meus posts no Google+, e quase nenhuma dessas ações é feita por alguém que realmente faça parte dos meus Círculos.
5. Círculos
Se você já leu outras reportagens que escrevi sobre o Google+, sabe que não sou um defensor dos Círculos. Não sou contrário ao recurso em si. Apenas não acho que eles sejam a bala de prata da privacidade que muitos dizem, e penso que introduzem um conjunto de questões de privacidade totalmente diferente.
Mas então por que o recurso está entre as minhas cinco coisas favoritas do Google+? Não gosto dos Círculos para segregar os posts que compartilho no site, mas penso que são brilhantes para me ajudar a passar incólume pelas centenas e milhares de posts que recebo.
O Facebook também me permite fazer isso com o recurso de Listas, mas ele é mais complicado e menos intuitivo de usar do que os Círculos do Google+. E isso me basta para preferir a segunda opção.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/09/15/opiniao-as-cinco-maiores-qualidades-do-google/
Apesar de ainda ter algumas coisas a melhorar, nova rede social já apresenta muitos pontos positivos em sua fase inicial de testes
Após ter dedicado ontem para reclamar das coisas que mais me incomodam no Google+, hoje falaremos do outro lado da moeda: suas cinco maiores qualidades, depois de passar um mês usando a nova rede social da Google.
1. Sem limites
Admito que posso ficar um pouco falante às vezes, mas é muito irritante digitar uma atualização de status e ver ela ser rejeitada porque estourou algum limite arbitrário de caracteres. O Twitter é o Twitter, e seu limite de 140 caracteres é uma de suas principais características. Eu entendo. Mas no Facebook o limite de caracteres para atualizações era de 420 caracteres e apenas recentemente foi aumentado para 500. O novo limite é muito menor do que o anterior – acho que a maioria das minhas atualizações podem caber nele. Mas 500 caracteres continua sendo arbitrário e ainda o excedo.
Adoro o fato de que no Google+ eu posso digitar indefinidamente se quiser e não há limite de tamanho dos meus posts. Na verdade, vejo algumas pessoas que possuem blogs Tumblr e então postam links do Google+, e fico pensando se não faria mais sentido sair do Tumblr e usar apenas o Google+ como uma plataforma de blog em primeiro lugar.
2. Edição de posts
Outra coisa legal do Google+ é que posso editar meus posts. Mesmo depois de ter pensado e postado, geralmente descubro erros de digitação ou gramática que gostaria de corrigir, ou tenho outro pensamento que gostaria de adicionar. É legal que o Google+ me permite simplesmente clicar na pequena seta drop-down no canto superior direito do post e selecionar a opção “Edit this post” (“Editar esse post”) para fazer as mudanças.
No Facebook, há uma janela de cerca de 15 segundos em que posso apagar ou comentar após postar algo. Mas depois dessa janela ter sumido, é preciso apagar e começar tudo de novo.
3. Seguir
Gosto de poder seguir os streams de outras pessoas que não façam necessariamente parte dos meus círculos, e do fato de outros que não estão na minha rede também poderem me seguir. É uma ótima maneira de se manter informado e aprender coisas novas – muitas das quais, em troca, compartilho com quem me segue.
Obviamente que isso só funciona se a pessoa realmente postar algo Público. Vale lembrar que o Facebook copiou a ideia e acaba de lançar um recurso parecido, com o botão Assinar.
4. Público
Um benefício do recurso de “seguir” no Google+ é que ele torna o compartilhamento de posts com o Público uma das melhores coisas do site. Sei que isso viola a premissa dos Círculos e da suposta beleza em poder direcionar os seus posts para públicos separados, mas ei – também posso fazer isso, certo?
Essa é uma das coisas que penso tornar o Google+ uma rede social mais ativa e atraente. Recebo uma quantidade considerável de +1, comentários e compartilhamentos dos meus posts no Google+, e quase nenhuma dessas ações é feita por alguém que realmente faça parte dos meus Círculos.
5. Círculos
Se você já leu outras reportagens que escrevi sobre o Google+, sabe que não sou um defensor dos Círculos. Não sou contrário ao recurso em si. Apenas não acho que eles sejam a bala de prata da privacidade que muitos dizem, e penso que introduzem um conjunto de questões de privacidade totalmente diferente.
Mas então por que o recurso está entre as minhas cinco coisas favoritas do Google+? Não gosto dos Círculos para segregar os posts que compartilho no site, mas penso que são brilhantes para me ajudar a passar incólume pelas centenas e milhares de posts que recebo.
O Facebook também me permite fazer isso com o recurso de Listas, mas ele é mais complicado e menos intuitivo de usar do que os Círculos do Google+. E isso me basta para preferir a segunda opção.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/09/15/opiniao-as-cinco-maiores-qualidades-do-google/
MIT mostra primeiro protótipo de casa de US$1.000
Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2011
Este é o interior da casa, projetada por Ying Chui.[Imagem: Ying chee Chui]
Casa 1K
Em muitas cidades é possível encontrar casas que custam US$1.000 o metro quadrado.
Mas um grupo de arquitetos do MIT, nos Estados Unidos, decidiu tentar uma alternativa bem mais acessível: construir uma casa inteira por US$1.000.
Agora eles apresentaram o primeiro protótipo da sua chamada "Casa 1K", voltada para atender às necessidades de moradia das regiões mais pobres do mundo.
"É parte da responsabilidade de um arquiteto criar esses espaços para as pessoas viverem. É com o coração que fazemos isso," disse Ying Chui, a idealizadora dessa primeira versão do projeto.
O exterior da Casa 1K. [Imagem: Ying chee Chui]
Casa modular
A casa possui paredes de tijolo oco com barras de aço para reforço e vigas de madeira, e foi projetada para resistir a um terremoto de magnitude 8,0.
Ela tem uma estrutura modular, com unidades idênticas em torno de uma sala retangular central.
"O módulo pode ser duplicado e rotacionado, e então torna-se uma casa," explica Chui. "A construção é muito fácil porque, se você sabe como construir um único módulo, então você sabe construir a casa inteira."
Um modelo da casa com o teto removido para melhor visualização. [Imagem: Ying chee Chui]
Uma casa para cada criança
O protótipo ainda não alcançou o objetivo - ele custou US$5.925, mas já é bastante barato em comparação com várias alternativas.
Seu custo foi mais alto em parte porque a casa saiu maior do que o proposto inicialmente para o projeto Casa 1K - cerca de 75 metros quadrados, em vez dos 46 metros quadrados propostos.
Segundo Chui, a versão menor da casa poderia ser construída por cerca de US$ 4.000. Esse valor poderia ser ainda menor se um grande número de casas fossem construídas ao mesmo tempo, segundo ela.
A ideia de tentar construir casas por US$1.000 é de Tony Ciochetti, que afirma ter-se inspirado no programa One Laptop Per Child, a fundação liderada pelo também professor do MIT, Nicholas Negroponte, que fornece computadores de baixo custo para crianças.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=prototipo-casa-mil-dolares&id=010170110916&ebol=sim
Este é o interior da casa, projetada por Ying Chui.[Imagem: Ying chee Chui]
Casa 1K
Em muitas cidades é possível encontrar casas que custam US$1.000 o metro quadrado.
Mas um grupo de arquitetos do MIT, nos Estados Unidos, decidiu tentar uma alternativa bem mais acessível: construir uma casa inteira por US$1.000.
Agora eles apresentaram o primeiro protótipo da sua chamada "Casa 1K", voltada para atender às necessidades de moradia das regiões mais pobres do mundo.
"É parte da responsabilidade de um arquiteto criar esses espaços para as pessoas viverem. É com o coração que fazemos isso," disse Ying Chui, a idealizadora dessa primeira versão do projeto.
O exterior da Casa 1K. [Imagem: Ying chee Chui]
Casa modular
A casa possui paredes de tijolo oco com barras de aço para reforço e vigas de madeira, e foi projetada para resistir a um terremoto de magnitude 8,0.
Ela tem uma estrutura modular, com unidades idênticas em torno de uma sala retangular central.
"O módulo pode ser duplicado e rotacionado, e então torna-se uma casa," explica Chui. "A construção é muito fácil porque, se você sabe como construir um único módulo, então você sabe construir a casa inteira."
Um modelo da casa com o teto removido para melhor visualização. [Imagem: Ying chee Chui]
Uma casa para cada criança
O protótipo ainda não alcançou o objetivo - ele custou US$5.925, mas já é bastante barato em comparação com várias alternativas.
Seu custo foi mais alto em parte porque a casa saiu maior do que o proposto inicialmente para o projeto Casa 1K - cerca de 75 metros quadrados, em vez dos 46 metros quadrados propostos.
Segundo Chui, a versão menor da casa poderia ser construída por cerca de US$ 4.000. Esse valor poderia ser ainda menor se um grande número de casas fossem construídas ao mesmo tempo, segundo ela.
A ideia de tentar construir casas por US$1.000 é de Tony Ciochetti, que afirma ter-se inspirado no programa One Laptop Per Child, a fundação liderada pelo também professor do MIT, Nicholas Negroponte, que fornece computadores de baixo custo para crianças.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=prototipo-casa-mil-dolares&id=010170110916&ebol=sim
Sonho de Einstein vira realidade: fóton é aprisionado
Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/09/2011
Normalmente um fóton, a unidade básica da luz, somente pode ser observado quando ele desaparece. [Imagem: CNRS]
Sonho de Einstein
Uma equipe de pesquisadores europeus conseguiu pela primeira vez estabilizar um estado quântico de forma constante.
Este foi um sonho várias vezes manifestado por Albert Einstein, que afirmava que se contentaria em observar um fóton preso por um segundo - Einstein não se dava muito bem com as predições pouco usuais da mecânica quântica, que ele nunca aceitou por completo.
Clément Sayrin e seus colegas do Laboratório Kastler Brossel, na França, fizeram bem mais do que isso: eles mantiveram um número constante de fótons aprisionados dentro de uma cavidade de micro-ondas "de forma permanente", segundo relataram em um artigo publicado na revista Nature.
Caixa de fótons
Essa caixa de fótons é uma cavidade de ressonância formada por dois espelhos supercondutores, onde os fótons ficam presos de forma contínua, sem precisar que eles sejam continuamente transferidos de uma armadilha para outra.
Normalmente um fóton, a unidade básica da luz, somente pode ser observado quando ele desaparece.
Por exemplo, quando atinge as células fotorreceptoras do nosso olho, o fóton deixa de existir e sua "informação" é traduzida na forma de um impulso elétrico que nos dá consciência de sua finada existência.
Seu aprisionamento - ou estabilização, como chamam os físicos - permite que eles sejam estudados de forma direta, eventualmente sem serem afetados, algo que passou a ser cogitado há pouco tempo com a chamada "medição fraca".
Medição fraca balança interpretações da mecânica quântica
A "caixa de fótons" é uma cavidade de ressonância formada por dois espelhos supercondutores. [Imagem: Syrin et al.]
Fronteira quântica-clássica
Fótons e outras partículas subatômicas obedecem às regras da mecânica quântica, um tanto esquisita em relação à mecânica clássica.
Mas deve haver uma fronteira entre as duas, um momento em que uma deixa de valer e a outra assume a direção - ou, como parece ser o caso, uma "zona desmilitarizada", onde as duas atuam de uma forma ainda não compreendida.
Para estudar essa transição, os cientistas precisam parar, ou estabilizar, as partículas quânticas.
Cientistas querem colocar esfera em dois lugares ao mesmo tempo
Além do entendimento do funcionamento básico da natureza, esses experimentos têm ligação direta com a computação quântica e com a spintrônica, duas abordagens que surgem no horizonte como sucessoras da atual era da informática eletrônica.
Bibliografia:
Real-time quantum feedback prepares and stabilizes photon number states
Clément Sayrin, Igor Dotsenko, Xingxing Zhou, Bruno Peaudecerf, Théo Rybarczyk, Sébastien Gleyzes, Pierre Rouchon, Mazyar Mirrahimi, Hadis Amini, Michel Brune, Jean-Michel Raimond, Serge Haroche
Nature
September 2011
Vol.: 477, Pages: 73-77
DOI: 10.1038/nature10376
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sonho-einstein-foton-aprisionado&id=010110110914&ebol=sim
Normalmente um fóton, a unidade básica da luz, somente pode ser observado quando ele desaparece. [Imagem: CNRS]
Sonho de Einstein
Uma equipe de pesquisadores europeus conseguiu pela primeira vez estabilizar um estado quântico de forma constante.
Este foi um sonho várias vezes manifestado por Albert Einstein, que afirmava que se contentaria em observar um fóton preso por um segundo - Einstein não se dava muito bem com as predições pouco usuais da mecânica quântica, que ele nunca aceitou por completo.
Clément Sayrin e seus colegas do Laboratório Kastler Brossel, na França, fizeram bem mais do que isso: eles mantiveram um número constante de fótons aprisionados dentro de uma cavidade de micro-ondas "de forma permanente", segundo relataram em um artigo publicado na revista Nature.
Caixa de fótons
Essa caixa de fótons é uma cavidade de ressonância formada por dois espelhos supercondutores, onde os fótons ficam presos de forma contínua, sem precisar que eles sejam continuamente transferidos de uma armadilha para outra.
Normalmente um fóton, a unidade básica da luz, somente pode ser observado quando ele desaparece.
Por exemplo, quando atinge as células fotorreceptoras do nosso olho, o fóton deixa de existir e sua "informação" é traduzida na forma de um impulso elétrico que nos dá consciência de sua finada existência.
Seu aprisionamento - ou estabilização, como chamam os físicos - permite que eles sejam estudados de forma direta, eventualmente sem serem afetados, algo que passou a ser cogitado há pouco tempo com a chamada "medição fraca".
Medição fraca balança interpretações da mecânica quântica
A "caixa de fótons" é uma cavidade de ressonância formada por dois espelhos supercondutores. [Imagem: Syrin et al.]
Fronteira quântica-clássica
Fótons e outras partículas subatômicas obedecem às regras da mecânica quântica, um tanto esquisita em relação à mecânica clássica.
Mas deve haver uma fronteira entre as duas, um momento em que uma deixa de valer e a outra assume a direção - ou, como parece ser o caso, uma "zona desmilitarizada", onde as duas atuam de uma forma ainda não compreendida.
Para estudar essa transição, os cientistas precisam parar, ou estabilizar, as partículas quânticas.
Cientistas querem colocar esfera em dois lugares ao mesmo tempo
Além do entendimento do funcionamento básico da natureza, esses experimentos têm ligação direta com a computação quântica e com a spintrônica, duas abordagens que surgem no horizonte como sucessoras da atual era da informática eletrônica.
Bibliografia:
Real-time quantum feedback prepares and stabilizes photon number states
Clément Sayrin, Igor Dotsenko, Xingxing Zhou, Bruno Peaudecerf, Théo Rybarczyk, Sébastien Gleyzes, Pierre Rouchon, Mazyar Mirrahimi, Hadis Amini, Michel Brune, Jean-Michel Raimond, Serge Haroche
Nature
September 2011
Vol.: 477, Pages: 73-77
DOI: 10.1038/nature10376
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sonho-einstein-foton-aprisionado&id=010110110914&ebol=sim
Astrônomos descobrem planeta com dois sóis
Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2011
Este é o primeiro planeta circumbinário - um planeta que orbita duas estrelas - já descoberto.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Planeta circumbinário
A existência de um planeta com um nascer e um pôr do sol duplo foi sugerida há mais de 30 anos, no filme Guerra nas Estrelas.
Agora, o telescópio espacial Kepler, lançado para descobrir outras terras e até luas habitáveis descobriu um Tatooine da vida real.
Localizado a 200 anos-luz da Terra, este é o primeiro planeta circumbinário - um planeta que orbita duas estrelas - já descoberto.
Conhecido como Kepler-16b, ele foi identificado por uma equipe de pesquisadores liderada por Laurance Doyle, do Instituto SETI, mais conhecido por suas buscas por inteligência extraterrestre.
Mas, ao contrário do planeta desértico de Luke Skywalker, o planeta com dois sóis da vida real é frio, gasoso e não poderia abrigar vida humana.
Mas sua descoberta demonstra a diversidade de planetas em nossa galáxia.
Trânsito complicado
Os astrônomos usaram os dados do telescópio espacial Kepler, que mede variações no brilho de mais de 150.000 estrelas, para procurar planetas por uma técnica conhecida como trânsito.
Nesta técnica, os planetas são encontrados medindo-se a variação que eles impõem sobre o brilho de uma estrela quando passam à sua frente em relação à Terra - dessa forma, essa técnica só encontra planetas que estejam com uma órbita alinhada com a posição do telescópio.
Os cientistas detectaram o novo planeta no sistema Kepler-16, um par de estrelas girando uma em órbita da outra.
Quando a estrela menor bloqueia parcialmente a estrela maior, ocorre um eclipse primário. Um eclipse secundário ocorre quando a estrela menor é ocultada, ou completamente bloqueada, pela estrela maior.
O Kepler-16b é um mundo inóspito e frio, com o tamanho de Saturno, com uma provável composição metade rocha e metade gás. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Mas os astrônomos verificaram que o brilho do sistema diminuía mesmo quando as estrelas não estavam eclipsando uma à outra, sugerindo a presença de um terceiro corpo celeste.
Esses eventos adicionais de queda no brilho, chamados de eclipses terciários e quaternários, reaparecem em intervalos de tempo irregulares, indicando que as estrelas estavam em posições diferentes em sua órbita cada vez que o terceiro corpo passava.
Isso mostrou que o terceiro corpo estava circulando não apenas uma, mas as duas estrelas, em uma larga órbita circumbinária.
Vidas binárias
A força gravitacional das estrelas, medida pelas variações nos seus tempos de eclipse, foi um bom indicador da massa do terceiro corpo - foi detectado um puxão gravitacional muito pequeno, indicativo de que era causado por um corpo de pequena massa em relação às estrelas.
Isto confirma que o Kepler-16b é um mundo inóspito e frio, com o tamanho de Saturno, com uma provável composição metade rocha e metade gás.
As estrelas-mãe são menores do que o nosso Sol: uma delas tem 69% da massa do Sol e a outra apenas 20%.
O planeta circumbinário Kepler-16b orbita em torno das duas estrelas a cada 229 dias, semelhante à órbita de Vênus, que é de 225 dias.
Mas ele está fora da zona habitável do sistema, onde poderia existir água líquida na superfície, porque suas duas estrelas são mais frias do que o Sol.
"Esta descoberta confirma uma nova classe de sistemas planetários que poderiam abrigar vida," disse William Borucki. "Dado que a maioria das estrelas em nossa galáxia é parte de um sistema binário, isto significa que as oportunidades de vida são muito mais amplas do que se os planetas se formassem somente em torno de estrelas individuais."
Bibliografia:
Kepler-16: A Transiting Circumbinary Planet
Laurance R. Doyle et al.
Science
16 September 2011
Vol.: 333 - pp 1602-1606
DOI: 10.1126/science.1210923
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planeta-dois-sois&id=010130110916&ebol=sim
Este é o primeiro planeta circumbinário - um planeta que orbita duas estrelas - já descoberto.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Planeta circumbinário
A existência de um planeta com um nascer e um pôr do sol duplo foi sugerida há mais de 30 anos, no filme Guerra nas Estrelas.
Agora, o telescópio espacial Kepler, lançado para descobrir outras terras e até luas habitáveis descobriu um Tatooine da vida real.
Localizado a 200 anos-luz da Terra, este é o primeiro planeta circumbinário - um planeta que orbita duas estrelas - já descoberto.
Conhecido como Kepler-16b, ele foi identificado por uma equipe de pesquisadores liderada por Laurance Doyle, do Instituto SETI, mais conhecido por suas buscas por inteligência extraterrestre.
Mas, ao contrário do planeta desértico de Luke Skywalker, o planeta com dois sóis da vida real é frio, gasoso e não poderia abrigar vida humana.
Mas sua descoberta demonstra a diversidade de planetas em nossa galáxia.
Trânsito complicado
Os astrônomos usaram os dados do telescópio espacial Kepler, que mede variações no brilho de mais de 150.000 estrelas, para procurar planetas por uma técnica conhecida como trânsito.
Nesta técnica, os planetas são encontrados medindo-se a variação que eles impõem sobre o brilho de uma estrela quando passam à sua frente em relação à Terra - dessa forma, essa técnica só encontra planetas que estejam com uma órbita alinhada com a posição do telescópio.
Os cientistas detectaram o novo planeta no sistema Kepler-16, um par de estrelas girando uma em órbita da outra.
Quando a estrela menor bloqueia parcialmente a estrela maior, ocorre um eclipse primário. Um eclipse secundário ocorre quando a estrela menor é ocultada, ou completamente bloqueada, pela estrela maior.
O Kepler-16b é um mundo inóspito e frio, com o tamanho de Saturno, com uma provável composição metade rocha e metade gás. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Mas os astrônomos verificaram que o brilho do sistema diminuía mesmo quando as estrelas não estavam eclipsando uma à outra, sugerindo a presença de um terceiro corpo celeste.
Esses eventos adicionais de queda no brilho, chamados de eclipses terciários e quaternários, reaparecem em intervalos de tempo irregulares, indicando que as estrelas estavam em posições diferentes em sua órbita cada vez que o terceiro corpo passava.
Isso mostrou que o terceiro corpo estava circulando não apenas uma, mas as duas estrelas, em uma larga órbita circumbinária.
Vidas binárias
A força gravitacional das estrelas, medida pelas variações nos seus tempos de eclipse, foi um bom indicador da massa do terceiro corpo - foi detectado um puxão gravitacional muito pequeno, indicativo de que era causado por um corpo de pequena massa em relação às estrelas.
Isto confirma que o Kepler-16b é um mundo inóspito e frio, com o tamanho de Saturno, com uma provável composição metade rocha e metade gás.
As estrelas-mãe são menores do que o nosso Sol: uma delas tem 69% da massa do Sol e a outra apenas 20%.
O planeta circumbinário Kepler-16b orbita em torno das duas estrelas a cada 229 dias, semelhante à órbita de Vênus, que é de 225 dias.
Mas ele está fora da zona habitável do sistema, onde poderia existir água líquida na superfície, porque suas duas estrelas são mais frias do que o Sol.
"Esta descoberta confirma uma nova classe de sistemas planetários que poderiam abrigar vida," disse William Borucki. "Dado que a maioria das estrelas em nossa galáxia é parte de um sistema binário, isto significa que as oportunidades de vida são muito mais amplas do que se os planetas se formassem somente em torno de estrelas individuais."
Bibliografia:
Kepler-16: A Transiting Circumbinary Planet
Laurance R. Doyle et al.
Science
16 September 2011
Vol.: 333 - pp 1602-1606
DOI: 10.1126/science.1210923
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planeta-dois-sois&id=010130110916&ebol=sim
Cientista quer criar vida inorgânica
Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/09/2011
A primeira célula inorgânica é um aglomerado de compostos no qual é possível observar a cristalização de um fino túbulo em direção ao exterior, lembrando o brotar de uma raiz. [Imagem: Cronin Group]
Vida inorgânica
Um químico da Universidade de Glasgow, na Escócia, acredita ter dado os primeiros passos para criar uma espécie de "vida" usando componentes inorgânicos.
A química orgânica é definida como a química que lida com o elemento carbono, componente essencial da vida na Terra.
Em biologia, o termo orgânico é usualmente relacionado àquilo que é vivo, essencialmente carbono na forma de aminoácidos, nucleotídeos, açúcares etc. - assim, o mundo inorgânico é considerado como o mundo não-vivo, ou inanimado.
Mas, como Lee Cronin é químico, para ele "vida inorgânica" é uma forma de vida que não se baseia na química do carbono.
"O que nós estamos tentando fazer é criar células inorgânicas capazes de evoluir que poderão essencialmente ser consideradas vivas. Poderíamos chamar isso de biologia inorgânica", sugere ele.
Processo de sintetização da célula inorgânica: abaixo, um pequeno túbulo cristalino que se projeta a partir da célula. [Imagem: Cronin Group]
"Vida é matéria em evolução"
Para Cronin, a questão começa com "Qual é a menor unidade de matéria que pode passar por uma evolução darwiniana?", mas também envolve questões mais filosóficas, como "O que é vida?"
Ele resolve a questão que tem desafiado filósofos há séculos, sugerindo que "vida é matéria capaz de evoluir".
Tudo o que é necessário fazer então para criar o nosso próprio "design inteligente" é construir unidades de matéria inorgânica com moléculas "capazes de se interessar por coisas e buscar essas coisas".
Na prática, Cronin afirma ter encontrado uma forma de criar "células químicas inorgânicas", que ele chama de iChells - uma junção de inorganic-chemical-cells).
Células inorgânicas
As primeiras células inorgânicas são pequenos aglomerados mantidos coesos por membranas internas que controlam a passagem de materiais e energia através deles.
A primeira delas é um pequeno aglomerado de compostos no qual é possível observar a cristalização de um fino túbulo em direção ao exterior, lembrando o brotar de uma raiz.
Com isto, vários processos químicos podem ser isolados dentro da mesma célula inorgânica, imitando o que ocorre em uma célula biológica.
Segundo Cronin, essas células podem acumular coisas interessantes, como eletricidade, o que as tornaria úteis para aplicações em medicina - como sensores, ou como carreadores de medicamentos e outros compostos químicos - mas também como minúsculos reatores capazes de executar reações químicas de interesse da indústria.
O pesquisador espera construir "blocos básicos de vida inorgânica", que possam ser montados para criar uma "tecnologia inorgânica viva". [Imagem: Cronin Group]
Tecnologia inorgânica viva
Agora falta torná-las compatíveis com a definição de vida do pesquisador, ou seja, fazê-las evoluir, o que exigirá uma etapa de autorreplicação - uma reprodução de células inorgânicas.
"O grande objetivo é construir células químicas complexas, com propriedades similares às da vida, que possam nos ajudar a entender como a vida emergiu, e também usar essa nova abordagem para criar novas tecnologias baseadas na evolução do mundo material, uma espécie de 'tecnologia inorgânica viva'," afirma Cronin.
"Se tivermos sucesso, isto nos dará ideias incríveis sobre a evolução e mostrará que ela não é apenas um processo biológico. E significará também que nós teremos provado que a vida não baseada em carbono pode existir. E irá redefinir totalmente nossas ideias sobre o design [inteligente]," afirmou ele em uma palestra para uma atenta audiência.
"Bactérias são essencialmente microorganismos unicelulares feitos de compostos químicos orgânicos. Ora, por que nós não podemos fazer microorganismos de compostos químicos inorgânicos e permitir que eles evoluam?" conclui ele.
Bibliografia:
Modular Redox-Active Inorganic Chemical Cells: iCHELLs
Geoffrey J. T. Cooper, Philip J. Kitson, Ross Winter, Dr. Michele Zagnoni, Dr. De-Liang Long, Leroy Cronin
Angewandte Chemie
8 SEP 2011
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/ange.201105068
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=vida-inorganica&id=020160110913&ebol=sim
A primeira célula inorgânica é um aglomerado de compostos no qual é possível observar a cristalização de um fino túbulo em direção ao exterior, lembrando o brotar de uma raiz. [Imagem: Cronin Group]
Vida inorgânica
Um químico da Universidade de Glasgow, na Escócia, acredita ter dado os primeiros passos para criar uma espécie de "vida" usando componentes inorgânicos.
A química orgânica é definida como a química que lida com o elemento carbono, componente essencial da vida na Terra.
Em biologia, o termo orgânico é usualmente relacionado àquilo que é vivo, essencialmente carbono na forma de aminoácidos, nucleotídeos, açúcares etc. - assim, o mundo inorgânico é considerado como o mundo não-vivo, ou inanimado.
Mas, como Lee Cronin é químico, para ele "vida inorgânica" é uma forma de vida que não se baseia na química do carbono.
"O que nós estamos tentando fazer é criar células inorgânicas capazes de evoluir que poderão essencialmente ser consideradas vivas. Poderíamos chamar isso de biologia inorgânica", sugere ele.
Processo de sintetização da célula inorgânica: abaixo, um pequeno túbulo cristalino que se projeta a partir da célula. [Imagem: Cronin Group]
"Vida é matéria em evolução"
Para Cronin, a questão começa com "Qual é a menor unidade de matéria que pode passar por uma evolução darwiniana?", mas também envolve questões mais filosóficas, como "O que é vida?"
Ele resolve a questão que tem desafiado filósofos há séculos, sugerindo que "vida é matéria capaz de evoluir".
Tudo o que é necessário fazer então para criar o nosso próprio "design inteligente" é construir unidades de matéria inorgânica com moléculas "capazes de se interessar por coisas e buscar essas coisas".
Na prática, Cronin afirma ter encontrado uma forma de criar "células químicas inorgânicas", que ele chama de iChells - uma junção de inorganic-chemical-cells).
Células inorgânicas
As primeiras células inorgânicas são pequenos aglomerados mantidos coesos por membranas internas que controlam a passagem de materiais e energia através deles.
A primeira delas é um pequeno aglomerado de compostos no qual é possível observar a cristalização de um fino túbulo em direção ao exterior, lembrando o brotar de uma raiz.
Com isto, vários processos químicos podem ser isolados dentro da mesma célula inorgânica, imitando o que ocorre em uma célula biológica.
Segundo Cronin, essas células podem acumular coisas interessantes, como eletricidade, o que as tornaria úteis para aplicações em medicina - como sensores, ou como carreadores de medicamentos e outros compostos químicos - mas também como minúsculos reatores capazes de executar reações químicas de interesse da indústria.
O pesquisador espera construir "blocos básicos de vida inorgânica", que possam ser montados para criar uma "tecnologia inorgânica viva". [Imagem: Cronin Group]
Tecnologia inorgânica viva
Agora falta torná-las compatíveis com a definição de vida do pesquisador, ou seja, fazê-las evoluir, o que exigirá uma etapa de autorreplicação - uma reprodução de células inorgânicas.
"O grande objetivo é construir células químicas complexas, com propriedades similares às da vida, que possam nos ajudar a entender como a vida emergiu, e também usar essa nova abordagem para criar novas tecnologias baseadas na evolução do mundo material, uma espécie de 'tecnologia inorgânica viva'," afirma Cronin.
"Se tivermos sucesso, isto nos dará ideias incríveis sobre a evolução e mostrará que ela não é apenas um processo biológico. E significará também que nós teremos provado que a vida não baseada em carbono pode existir. E irá redefinir totalmente nossas ideias sobre o design [inteligente]," afirmou ele em uma palestra para uma atenta audiência.
"Bactérias são essencialmente microorganismos unicelulares feitos de compostos químicos orgânicos. Ora, por que nós não podemos fazer microorganismos de compostos químicos inorgânicos e permitir que eles evoluam?" conclui ele.
Bibliografia:
Modular Redox-Active Inorganic Chemical Cells: iCHELLs
Geoffrey J. T. Cooper, Philip J. Kitson, Ross Winter, Dr. Michele Zagnoni, Dr. De-Liang Long, Leroy Cronin
Angewandte Chemie
8 SEP 2011
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/ange.201105068
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=vida-inorganica&id=020160110913&ebol=sim
Antena de cerâmica leva wireless aos 60 GHz
Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2011
A antena é uma espécie de chip, construída pelo mesmo processo de litografia usada para fazer os processadores de computador. [Imagem: A-Star]
Chip-antena
Esta pode ser a antena da próxima geração de telefones celulares e outros dispositivos sem fios.
Pela primeira vez, engenheiros de Cingapura conseguiram construir uma antena de alto ganho para a frequência de 60 gigahertz (GHz).
Esta frequência ainda não é licenciada, representando uma espécie de fronteira a ser desbravada em um mundo cada vez mais dependente da transmissão de dados.
Em vez de uma antena metálica, Junfeng Xu e seus colegas fabricaram uma antena inteiramente de cerâmica e totalmente plana.
A antena é uma espécie de chip, construída pelo mesmo processo de litografia usada para fazer os processadores de computador.
Antena de cerâmica
A antena consiste em uma matriz de 8 por 8 elementos irradiantes, cada um formado por cinco camadas depositadas verticalmente.
Um guia de ondas no próprio "chip-antena" é responsável por aumentar o ganho.
A antena completa mede 4,7 por 3,1 centímetros, o que a torna adequada para uma infinidade de equipamentos portáteis.
Eventualmente, esses aparelhos poderão usar faixas não licenciadas do espectro eletromagnético, "despoluindo" as regiões já atribuídas a outros serviços - pelo menos até que as autoridades nacionais resolvam regulamentar essas frequências.
Largura de banda e ganho
A antena de cerâmica apresentou uma largura de banda relativamente grande (23% para os elementos individuais e 19% para a antena como um todo), com um ganho de 22,1 decibéis - os melhores protótipos construídos até hoje não ultrapassavam uma largura de banda de 10%.
A largura de banda de uma antena revela a faixa de frequências ao longo da qual seu desempenho não cai por problemas no casamento de impedâncias, enquanto o ganho mede a capacidade da antena em converter potência de entrada em ondas de rádio em uma direção específica.
Uma antena ideal deve não apenas ser compacta e leve, mas também ter uma grande largura de banda e um alto ganho, o que lhe dá uma eficiência elevada.
Os pesquisadores afirmaram que vão tentar usar o mesmo projeto para criar uma antena capaz de funcionar em frequências acima dos 110 GHz.
Bibliografia:
Bandwidth enhancement for a 60 GHz substrate integrated waveguide fed cavity array antenna on LTCC
Junfeng Xu, Zhi Ning Chen, Xianming Qing, Wei Hong
IEEE Transactions on Antennas and Propagation
Vol.: 59 826-832 (2011)
DOI: 10.1109/TAP.2010.2103018
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=antena-ceramica&id=010110110916&ebol=sim
A antena é uma espécie de chip, construída pelo mesmo processo de litografia usada para fazer os processadores de computador. [Imagem: A-Star]
Chip-antena
Esta pode ser a antena da próxima geração de telefones celulares e outros dispositivos sem fios.
Pela primeira vez, engenheiros de Cingapura conseguiram construir uma antena de alto ganho para a frequência de 60 gigahertz (GHz).
Esta frequência ainda não é licenciada, representando uma espécie de fronteira a ser desbravada em um mundo cada vez mais dependente da transmissão de dados.
Em vez de uma antena metálica, Junfeng Xu e seus colegas fabricaram uma antena inteiramente de cerâmica e totalmente plana.
A antena é uma espécie de chip, construída pelo mesmo processo de litografia usada para fazer os processadores de computador.
Antena de cerâmica
A antena consiste em uma matriz de 8 por 8 elementos irradiantes, cada um formado por cinco camadas depositadas verticalmente.
Um guia de ondas no próprio "chip-antena" é responsável por aumentar o ganho.
A antena completa mede 4,7 por 3,1 centímetros, o que a torna adequada para uma infinidade de equipamentos portáteis.
Eventualmente, esses aparelhos poderão usar faixas não licenciadas do espectro eletromagnético, "despoluindo" as regiões já atribuídas a outros serviços - pelo menos até que as autoridades nacionais resolvam regulamentar essas frequências.
Largura de banda e ganho
A antena de cerâmica apresentou uma largura de banda relativamente grande (23% para os elementos individuais e 19% para a antena como um todo), com um ganho de 22,1 decibéis - os melhores protótipos construídos até hoje não ultrapassavam uma largura de banda de 10%.
A largura de banda de uma antena revela a faixa de frequências ao longo da qual seu desempenho não cai por problemas no casamento de impedâncias, enquanto o ganho mede a capacidade da antena em converter potência de entrada em ondas de rádio em uma direção específica.
Uma antena ideal deve não apenas ser compacta e leve, mas também ter uma grande largura de banda e um alto ganho, o que lhe dá uma eficiência elevada.
Os pesquisadores afirmaram que vão tentar usar o mesmo projeto para criar uma antena capaz de funcionar em frequências acima dos 110 GHz.
Bibliografia:
Bandwidth enhancement for a 60 GHz substrate integrated waveguide fed cavity array antenna on LTCC
Junfeng Xu, Zhi Ning Chen, Xianming Qing, Wei Hong
IEEE Transactions on Antennas and Propagation
Vol.: 59 826-832 (2011)
DOI: 10.1109/TAP.2010.2103018
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=antena-ceramica&id=010110110916&ebol=sim
Luva-sonar para cegos tem projeto aberto
Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/09/2011
O projeto é totalmente aberto, baseando-se no bem-conhecido microcontrolador Arduino. [Imagem: Steve Hoefer]
Projeto com Arduino
Próteses robóticas, dispositivos biomecatrônicos e aparelhos controlados pelo pensamento costumam reunir o que há de mais avançado na tecnologia.
Mas isso não significa que eles precisem necessariamente custar dezenas ou até centenas de milhares de reais.
Esta é a proposta de Steve Hoefer, que acaba de apresentar sua mais nova invenção: uma luva-sonar capaz de guiar pessoas cegas, eventualmente substituindo os caros cães-guia.
O projeto é totalmente aberto, baseando-se no bem-conhecido microcontrolador Arduino.
Segundo Hoefer, a luva-sonar pode ser construída pelo equivalente a US$65,00, e todos os componentes podem ser encontrados no comércio.
Sonar para deficientes visuais
A luva possui sensores ultrassônicos, que emitem ondas sônicas inaudíveis. Microfones especiais captam o reflexo dessas ondas e o microcontrolador calcula o tempo decorrido entre sua emissão e seu retorno.
O microcontrolador então usa essa informação para controlar pequenos servo-motores, que giram para variar a pressão exercida sobre as costas da mão.
A pressão é pequena quando os objetos estão muito longe, e vai aumentando conforme eles vão ficando mais próximos.
O inventor pretende testar outras opções técnicas, com sensores infravermelhos e laser. [Imagem: Steve Hoefer]
O usuário usa essa pressão como um sentido de aproximação, podendo contornar os objetos, caminhando pelos ambientes de forma autônoma, sem necessidade de auxílio.
Segundo Hoefer, o equipamento tem um tempo de resposta muito pequeno, na faixa dos milissegundos, um alcance de 2 centímetros a 3,5 metros, e não exige treinamento: "Todos que a colocaram começaram a usá-la imediatamente," garante ele.
Infravermelho e laser
"Este é o primeiro protótipo público. Ele não é perfeito, mas funciona, e pode ser melhorado. Por exemplo, ele pode ser facilmente construído com a metade do tamanho, e as baterias comuns podem ser substituídas por baterias recarregáveis com um método de recarga amigável para os deficientes visuais, seja sem fios ou por um plugue com conexão magnética," disse o inventor.
Hoefer afirma que agora pretende desenvolver uma versão com sensores infravermelhos e filtros polarizadores. Uma versão high-tech poderia ser feita com lasers, segundo ele, com uma precisão muito maior, mas também a um custo muito mais elevado.
Uma outra possibilidade seria testar outros posicionamentos, uma vez que ficar com a mão sempre estendida não parece ser muito cômodo: eventualmente montar o dispositivo em um cinto ou em uma faixa peitoral possa dar melhores resultados.
O inventor disponibilizou instruções para quem quiser montar sua própria luva-sonar no endereço grathio.com - as instruções estão em inglês e são voltadas para pessoas com experiência em montagens eletrônicas.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=projeto-luva-sonar-cegos-arduino&id=010180110915&ebol=sim
O projeto é totalmente aberto, baseando-se no bem-conhecido microcontrolador Arduino. [Imagem: Steve Hoefer]
Projeto com Arduino
Próteses robóticas, dispositivos biomecatrônicos e aparelhos controlados pelo pensamento costumam reunir o que há de mais avançado na tecnologia.
Mas isso não significa que eles precisem necessariamente custar dezenas ou até centenas de milhares de reais.
Esta é a proposta de Steve Hoefer, que acaba de apresentar sua mais nova invenção: uma luva-sonar capaz de guiar pessoas cegas, eventualmente substituindo os caros cães-guia.
O projeto é totalmente aberto, baseando-se no bem-conhecido microcontrolador Arduino.
Segundo Hoefer, a luva-sonar pode ser construída pelo equivalente a US$65,00, e todos os componentes podem ser encontrados no comércio.
Sonar para deficientes visuais
A luva possui sensores ultrassônicos, que emitem ondas sônicas inaudíveis. Microfones especiais captam o reflexo dessas ondas e o microcontrolador calcula o tempo decorrido entre sua emissão e seu retorno.
O microcontrolador então usa essa informação para controlar pequenos servo-motores, que giram para variar a pressão exercida sobre as costas da mão.
A pressão é pequena quando os objetos estão muito longe, e vai aumentando conforme eles vão ficando mais próximos.
O inventor pretende testar outras opções técnicas, com sensores infravermelhos e laser. [Imagem: Steve Hoefer]
O usuário usa essa pressão como um sentido de aproximação, podendo contornar os objetos, caminhando pelos ambientes de forma autônoma, sem necessidade de auxílio.
Segundo Hoefer, o equipamento tem um tempo de resposta muito pequeno, na faixa dos milissegundos, um alcance de 2 centímetros a 3,5 metros, e não exige treinamento: "Todos que a colocaram começaram a usá-la imediatamente," garante ele.
Infravermelho e laser
"Este é o primeiro protótipo público. Ele não é perfeito, mas funciona, e pode ser melhorado. Por exemplo, ele pode ser facilmente construído com a metade do tamanho, e as baterias comuns podem ser substituídas por baterias recarregáveis com um método de recarga amigável para os deficientes visuais, seja sem fios ou por um plugue com conexão magnética," disse o inventor.
Hoefer afirma que agora pretende desenvolver uma versão com sensores infravermelhos e filtros polarizadores. Uma versão high-tech poderia ser feita com lasers, segundo ele, com uma precisão muito maior, mas também a um custo muito mais elevado.
Uma outra possibilidade seria testar outros posicionamentos, uma vez que ficar com a mão sempre estendida não parece ser muito cômodo: eventualmente montar o dispositivo em um cinto ou em uma faixa peitoral possa dar melhores resultados.
O inventor disponibilizou instruções para quem quiser montar sua própria luva-sonar no endereço grathio.com - as instruções estão em inglês e são voltadas para pessoas com experiência em montagens eletrônicas.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=projeto-luva-sonar-cegos-arduino&id=010180110915&ebol=sim
Fios elétricos de nanotubos de carbono viram realidade
Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/09/2011
O próximo passo dos pesquisadores será aprimorar o processo de "tecelagem" dos nanotubos para criar cabos mais longos e mais grossos. [Imagem: Zhao et al./Nature]
Misto de fio e cabo
Os nanotubos de carbono já foram apresentados como o material que poderia viabilizar os elevadores espaciais e a transmissão ultra-eficiente de eletricidade, sem depender do aparato criogênico dos supercondutores.
Pelo menos esta última promessa agora está mais próxima da realidade.
Yao Zhao e seus colegas da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, construíram o primeiro cabo de transmissão de energia feito inteiramente de nanotubos de carbono.
Embora individualmente sua eficiência na condução térmica e elétrica já tenha sido mais do que comprovada, transformar nanotubos em "macrotubos", para viabilizar sua utilização prática, não tem sido uma tarefa fácil.
Nanotubos de carbono são produzidos em grandes dimensões
Os cientistas "teceram" os nanotubos em uma espécie de longa malha, criando um cabo condutor com tamanho suficiente para ser ligado a um circuito elétrico - tecnicamente o condutor é um misto entre um fio e um cabo.
Condutividade específica
Embora longe das possibilidades teóricas de um cabo feito com nanotubos de carbono perfeitos, o protótipo criado pelos cientistas apresenta a mesma eficiência de um cabo de cobre da mesma espessura - mas pesa 6 vezes menos.
A condutividade específica - a proporção condutividade/peso - do cabo supera metais como o cobre e a prata, perdendo apenas para o elemento com condutividade específica mais elevada que existe, o sódio.
Mesmo havendo muito espaço para melhorias, isto torna o cabo de nanotubos adequado para várias aplicações onde o peso é um elemento importante, como no interior de carros, aviões e satélites artificiais.
O protótipo possui apenas alguns centímetros de comprimento e foi usado para alimentar uma lâmpada.
O próximo passo dos pesquisadores será aprimorar o processo de "tecelagem" dos nanotubos para criar cabos mais longos e mais grossos.
Bibliografia:
Iodine doped carbon nanotube cables exceeding specific electrical conductivity of metals
Yao Zhao, Jinquan Wei, Robert Vajtai, Pulickel M. Ajayan, Enrique V. Barrera
Nature Physics
06 September 2011
Vol.: 1, Article number: 83
DOI: 10.1038/srep00083
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=fios-eletricos-nanotubos-carbono&id=010115110915&ebol=sim
O próximo passo dos pesquisadores será aprimorar o processo de "tecelagem" dos nanotubos para criar cabos mais longos e mais grossos. [Imagem: Zhao et al./Nature]
Misto de fio e cabo
Os nanotubos de carbono já foram apresentados como o material que poderia viabilizar os elevadores espaciais e a transmissão ultra-eficiente de eletricidade, sem depender do aparato criogênico dos supercondutores.
Pelo menos esta última promessa agora está mais próxima da realidade.
Yao Zhao e seus colegas da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, construíram o primeiro cabo de transmissão de energia feito inteiramente de nanotubos de carbono.
Embora individualmente sua eficiência na condução térmica e elétrica já tenha sido mais do que comprovada, transformar nanotubos em "macrotubos", para viabilizar sua utilização prática, não tem sido uma tarefa fácil.
Nanotubos de carbono são produzidos em grandes dimensões
Os cientistas "teceram" os nanotubos em uma espécie de longa malha, criando um cabo condutor com tamanho suficiente para ser ligado a um circuito elétrico - tecnicamente o condutor é um misto entre um fio e um cabo.
Condutividade específica
Embora longe das possibilidades teóricas de um cabo feito com nanotubos de carbono perfeitos, o protótipo criado pelos cientistas apresenta a mesma eficiência de um cabo de cobre da mesma espessura - mas pesa 6 vezes menos.
A condutividade específica - a proporção condutividade/peso - do cabo supera metais como o cobre e a prata, perdendo apenas para o elemento com condutividade específica mais elevada que existe, o sódio.
Mesmo havendo muito espaço para melhorias, isto torna o cabo de nanotubos adequado para várias aplicações onde o peso é um elemento importante, como no interior de carros, aviões e satélites artificiais.
O protótipo possui apenas alguns centímetros de comprimento e foi usado para alimentar uma lâmpada.
O próximo passo dos pesquisadores será aprimorar o processo de "tecelagem" dos nanotubos para criar cabos mais longos e mais grossos.
Bibliografia:
Iodine doped carbon nanotube cables exceeding specific electrical conductivity of metals
Yao Zhao, Jinquan Wei, Robert Vajtai, Pulickel M. Ajayan, Enrique V. Barrera
Nature Physics
06 September 2011
Vol.: 1, Article number: 83
DOI: 10.1038/srep00083
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=fios-eletricos-nanotubos-carbono&id=010115110915&ebol=sim
Novo foguete da NASA é herança dos ônibus espaciais
Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/09/2011
O SLS será basicamente um sistema de propulsão dos ônibus espaciais remontado em uma configuração diferente. [Imagem: NASA]
Sistema de lançamento espacial
A NASA apresentou seu mais novo projeto de foguete, substituindo o Ares V, que foi aposentado ainda na prancheta.
Será o maior foguete da agência espacial norte-americana desde o Saturno V, que impulsionou a missão Apollo até a Lua.
Chamado SLS (Space Launch System : sistema de lançamento espacial), o novo foguete será responsável por colocar em órbita a nave Órion, uma cápsula Apollo reestilizada e que começou a ser construída há poucos dias.
NASA começa a construir primeira nave em 20 anos
A NASA não tem hoje um nem um foguete e nem uma nave capazes de levar astronautas para o espaço.
Está decidida a produção apenas do modelo menor do SLS (à esquerda), embora a NASA não tenha anunciado o orçamento do projeto. [Imagem: NASA]
Recauchutado
Não há nenhuma novidade técnica no projeto. O SLS será basicamente um sistema de propulsão dos ônibus espaciais remontado em uma configuração diferente.
O SLS usará motores RS-25D/E - os mesmos motores dos ônibus espaciais - alimentados por hidrogênio e oxigênio líquidos.
Ao seu núcleo central serão adicionados dois motores de combustível sólido, igualmente os mesmos que equipavam os ônibus espaciais.
Nessa versão inicial, ele será capaz de levar 70 toneladas.
No futuro, o projeto inclui um upgrade para 130 toneladas, com a adição de um segundo estágio com o motor J2X, este sim, inédito, mas ainda em desenvolvimento.
Para não passar totalmente em branco, o SLS usará a cápsula de escape dos astronautas, chamada MLAS, que poderá ser usada em caso de problemas no foguete.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=novo-foguete-nasa-heranca-onibus-espaciais&id=010130110914&ebol=sim
O SLS será basicamente um sistema de propulsão dos ônibus espaciais remontado em uma configuração diferente. [Imagem: NASA]
Sistema de lançamento espacial
A NASA apresentou seu mais novo projeto de foguete, substituindo o Ares V, que foi aposentado ainda na prancheta.
Será o maior foguete da agência espacial norte-americana desde o Saturno V, que impulsionou a missão Apollo até a Lua.
Chamado SLS (Space Launch System : sistema de lançamento espacial), o novo foguete será responsável por colocar em órbita a nave Órion, uma cápsula Apollo reestilizada e que começou a ser construída há poucos dias.
NASA começa a construir primeira nave em 20 anos
A NASA não tem hoje um nem um foguete e nem uma nave capazes de levar astronautas para o espaço.
Está decidida a produção apenas do modelo menor do SLS (à esquerda), embora a NASA não tenha anunciado o orçamento do projeto. [Imagem: NASA]
Recauchutado
Não há nenhuma novidade técnica no projeto. O SLS será basicamente um sistema de propulsão dos ônibus espaciais remontado em uma configuração diferente.
O SLS usará motores RS-25D/E - os mesmos motores dos ônibus espaciais - alimentados por hidrogênio e oxigênio líquidos.
Ao seu núcleo central serão adicionados dois motores de combustível sólido, igualmente os mesmos que equipavam os ônibus espaciais.
Nessa versão inicial, ele será capaz de levar 70 toneladas.
No futuro, o projeto inclui um upgrade para 130 toneladas, com a adição de um segundo estágio com o motor J2X, este sim, inédito, mas ainda em desenvolvimento.
Para não passar totalmente em branco, o SLS usará a cápsula de escape dos astronautas, chamada MLAS, que poderá ser usada em caso de problemas no foguete.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=novo-foguete-nasa-heranca-onibus-espaciais&id=010130110914&ebol=sim
Nanotubos funcionam como reatores químicos
Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/09/2011
O nanotubo de carbono funciona não apenas como o reator, como também fornece um dos ingredientes para a reação. [Imagem: Caltech/Tod Pascal]
Nanorreatores
Nanotubos de carbono são pequenos canos, com diâmetros entre 1 e 2 nanômetros.
Os cientistas já sabem que as propriedades físicas e químicas das moléculas se alteram quando elas são inseridas dentro desses tubos - elas se comportam de forma diferente de uma molécula "livre".
Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, resolveram tirar proveito dessa alteração de propriedade para transformar os nanotubos de carbono em reatores químicos em nanoescala.
Essa nova técnica para induzir reações químicas e sintetizar novas moléculas tem potencial para ser útil em um grande número de áreas, do desenvolvimento de novos medicamentos e produção de combustíveis renováveis, até a criação de novos mecanismos para armazenamento de dados.
Fitas de grafeno
No experimento, o nanotubo de carbono funcionou não apenas como o reator, mas também forneceu um dos ingredientes para a reação.
Átomos de enxofre se juntaram aos átomos de carbono para formar nanofitas de grafeno - basicamente um nanotubo desenrolado, com as bordas devidamente "alinhavadas" por átomos de enxofre.
"As nanofitas de grafeno têm uma série interessantíssima de propriedades físicas, o que as torna mais adequadas para aplicações na eletrônica e na spintrônica do que o grafeno puro," diz o Dr. Andrei Khlobystov, coordenador da pesquisa.
A aplicação mais imediata das nanofitas seria como chaves, atuadores e transistores, tudo em uma escala nanométrica, menores do que as dimensões obtidas com as técnicas de litografia atuais.
Bibliografia:
Self-assembly of a sulphur-terminated graphene nanoribbon within a single-walled carbon nanotube
A. Chuvilin, E. Bichoutskaia, M. C. Gimenez-Lopez, T. W. Chamberlain, G. A. Rance, N. Kuganathan, J. Biskupek, U. Kaiser, A. N. Khlobystov
Nature Materials
Vol.: 10, Pages: 687-692
DOI: 10.1038/nmat3082
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nanotubos-reatores-quimicos&id=010165110914&ebol=sim
O nanotubo de carbono funciona não apenas como o reator, como também fornece um dos ingredientes para a reação. [Imagem: Caltech/Tod Pascal]
Nanorreatores
Nanotubos de carbono são pequenos canos, com diâmetros entre 1 e 2 nanômetros.
Os cientistas já sabem que as propriedades físicas e químicas das moléculas se alteram quando elas são inseridas dentro desses tubos - elas se comportam de forma diferente de uma molécula "livre".
Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, resolveram tirar proveito dessa alteração de propriedade para transformar os nanotubos de carbono em reatores químicos em nanoescala.
Essa nova técnica para induzir reações químicas e sintetizar novas moléculas tem potencial para ser útil em um grande número de áreas, do desenvolvimento de novos medicamentos e produção de combustíveis renováveis, até a criação de novos mecanismos para armazenamento de dados.
Fitas de grafeno
No experimento, o nanotubo de carbono funcionou não apenas como o reator, mas também forneceu um dos ingredientes para a reação.
Átomos de enxofre se juntaram aos átomos de carbono para formar nanofitas de grafeno - basicamente um nanotubo desenrolado, com as bordas devidamente "alinhavadas" por átomos de enxofre.
"As nanofitas de grafeno têm uma série interessantíssima de propriedades físicas, o que as torna mais adequadas para aplicações na eletrônica e na spintrônica do que o grafeno puro," diz o Dr. Andrei Khlobystov, coordenador da pesquisa.
A aplicação mais imediata das nanofitas seria como chaves, atuadores e transistores, tudo em uma escala nanométrica, menores do que as dimensões obtidas com as técnicas de litografia atuais.
Bibliografia:
Self-assembly of a sulphur-terminated graphene nanoribbon within a single-walled carbon nanotube
A. Chuvilin, E. Bichoutskaia, M. C. Gimenez-Lopez, T. W. Chamberlain, G. A. Rance, N. Kuganathan, J. Biskupek, U. Kaiser, A. N. Khlobystov
Nature Materials
Vol.: 10, Pages: 687-692
DOI: 10.1038/nmat3082
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nanotubos-reatores-quimicos&id=010165110914&ebol=sim
Formação de professores é desvalorizada pelas universidades, avaliam especialistas
O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa "menor" o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula.
Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.
Um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
"A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula", disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma "formalidade". "O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado", ressaltou.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. "A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações", disse.
Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. "O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta", declarou.
A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. "Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura".
(Agência Brasil)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79282
Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.
Um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
"A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula", disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma "formalidade". "O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado", ressaltou.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. "A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações", disse.
Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. "O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta", declarou.
A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. "Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura".
(Agência Brasil)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79282
Viajar no tempo: com a tecnologia atual, cientistas garantem ser possível!
O tempo passa e pesquisadores continuam buscando formas viáveis de viajar para o passado e futuro
Teorias sobre viagem no tempo são tão interessantes e cheias de mistérios que já viraram tema para o cinema inúmeras vezes. No entanto, no meio de algumas ideias bem surreais, existem certos conceitos que podem fazer sentido mesmo sem comprovação. Enquanto alguns cientistas tentam provar que o sonho da viagem no tempo é impossível, outros como Ronal Mallet e John Cramer fizeram de tudo para criar uma teoria que fosse viável.
De acordo com o site Dvice, em 2006, o professor Ronald Mallet, da Universidade de Connecticut (Estados Unidos) balançou o mundo com sua previsão de que uma máquina do tempo estaria em funcionamento nos próximos 100 anos. Mallet criou um projeto, baseado na Teoria da Relatividade de Einstein, de uma viagem para o passado e futuro. Sua ideia se fundamenta em um conjunto de raios laser que, em forma de espiral, teriam potência para deformar o espaço-tempo, proporcionando a viagem no tempo. Atualmente, o professor está em busca de financiamento para seu projeto, apelidado de "Space-Time Twisting by Light" (STL). Mas, até agora, não houve ninguém que comprasse a tal ideia mirabolante.
Já John Cramer, da Universidade de Washington (Estados Unidos), foi atrás dos "wormholes", ou, "buracos de minhocas" natural. O "wormhole" trata-se de uma espécie de túnel que serviria como um atalho cósmico. Ele ligaria pontos superdistantes que poderiam ser alcançados rapidamente. Dessa forma, o ser humano ganharia um tempo enorme, conseguindo, assim, saltar não somente no tempo, mas também no espaço. Os wormholes naturais, como sugere Cramer, poderiam ser gerados durante a evolução do Universo e seriam enormes.
Outro novo tipo de viagem no tempo, com base em teletransporte quântico, foi criado pelo cientista Seth Lloyd, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele criou um estudo que utiliza a física quântica para determinar a possibilidade de um corpo ou até um ser humano viajar para o futuro e passado. Mas, para tristeza de alguns, em julho de 2011, o chinês Du Shengwang provou que o sonho de viajar no tempo é impossível. Isso porque nada é capaz de viajar mais rápido que a velocidade da luz – uma das condições da física para uma suposta viagem no tempo. Nem mesmo um fóton – a menor partícula possível de luz.
E aí, o que você acha? Acredita ser possível voltar ou avançar no tempo?
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/viajar_no_tempo_com_a_tecnologia_atual_cientistas_garantem_ser_possivel
Já ouviu falar de alergia a Wi-Fi? Vila foi criada para quem tem esse problema
Doença é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Os sintomas são vermelhidão, formigamento e queimação, entre outros
Você já ouviu falar de alguém que tenha alergia a Wi-Fi ou celulares? Provavelmente não. Mas uma cidade chamada Green Bank, na Virgínia, EUA, é um abrigo para aqueles que acreditam sofrer com a radiação eletromagnética emitida por esses dispositivos.
De acordo com a BBC, Green Bank possui 143 moradores. Porém, lentamente, ela está se transformando em um abrigo. Os que acreditam sofrer de Hipersensibilidade Eletromagnética (EHS), causada pela exposição a campos eletromagnéticos emitidos por celulares, Wi-Fi e dispositivos eletrônicos, vão para lá.
A aldeia foi criada na U.S. National Radio Quiet Zone, área onde as transmissões sem fio são extremamente restritas, para não haver interferência com radiotelescópios. Esse local possui cerca de 13 mil km² de extensão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a EHS como "uma doença real e que pode variar muito em sua severidade". Os sintomas apresentados vão desde vermelhidão, formigamento e sensação de queimadura na pele até fadiga, cansaço, dificuldade de concentração, tonturas, náuseas, palpitações cardíacas e distúrbios digestivos.
Se o eletromagnetismo causa ou não esses sintomas, ninguém afirma ao certo. A OMS não oferece critérios de diagnóstico claros e, muito menos, diz se os sintomas podem ser relacionados com os campos eletromagnéticos. Porém, segundo Diane Schou, moradora de Green Bank, o local faz com que as pessoas se sintam melhor.
Segundo Schou, "viver no Green Bank me permite ser mais do que apenas uma pessoa normal. Posso estar ao ar livre, sem ter que viver em uma gaiola. Eu posso ver o nascer do sol, as estrelas à noite, a chuva. Aqui, posso estar com as pessoas, pois elas não têm celulares e posso me socializar", completa.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/ja_ouviu_falar_de_alergia_a_wifi_vila_foi_criada_para_quem_tem_esse_problema
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
EXEMPLO PARA O MUNDO
Fonte: Blog do Ethevaldo Siqueira de 11.09.2011
O Brasil e o mundo têm muito a aprender com a maior e mais prestigiosa das instituições européias de pesquisa aplicada presentes na IFA 2011, o conglomerado Fraunhofer, que reúne mais de 50 institutos, mantido pela indústria e pelo governo alemão. Suas pesquisas visam a atender às necessidades da população em saúde, segurança, comunicação, energia e ambiente.
Verdadeira fábrica de tecnologia, essa organização é um dos melhores exemplos de colaboração entre governo e indústria, ou seja, do modelo de parceria público-privada (PPP). Na definição de seus diretores, o Fraunhofer tem de ser criativo, dar forma à tecnologia, conceber produtos, aprimorar métodos e técnicas e abrir novos horizontes. Em resumo: forjar o futuro.
Espalhado por diversos pavilhões, o Fraunhofer apresentou nesta IFA 2011, seguramente, o maior número de inovações da exposição, nas áreas de meio ambiente, sustentabilidade, áudio, vídeo, TV digital e 3D, comunicações via satélite e internet de alta velocidade, entre outras áreas. Conhecido mundialmente por suas conquistas foi o criador do MP3, sistema de compressão de áudio digital tão popular hoje entre os jovens.
No centro de exposições de Berlim (Messe Berlim), o Fraunhofer ganhou mais destaque na seção denominada IFA TecWatch, ou “Tecnologia para os mercados de amanhã”, de grande impacto, em especial para estudantes e pesquisadores de todo o mundo. Ali estavam expostos centenas de avanços e inovações nas áreas de rádio e TV digitais, televisão sobre protocolo IP (IPTV) e sistemas de informação interativa e comunicação via satélite. Um de seus destaques foi o sistema Dicit, interface por comando vocal a distância para controle da televisão interativa. Com ele, o usuário pergunta à sua TV e obtém como resposta a lista dos principais programas e melhores filmes do dia.
Um dos avanços que mais chama a atenção dos usuários hoje é o controle remoto por gestos, para controlar as funções básicas do televisor. Desde a IFA 2010, o Fraunhofer apresentou esse novo tipo de interface, ou seja, o modo como nos relacionamos com as máquinas, desenvolvido por um de seus institutos, o Heinrich Hertz Institute.
Mágica dos comandos
No desenvolvimento de novas interfaces, um de seus mais recentes avanços parece até coisa mágica. É o sistema de comando de um televisor apenas por gestos das mãos do usuário, à distância de até 4 metros, desenvolvido também pelo Fraunhofer.
Na área de educação, desenvolve diversos recursos auxiliares do ensino, lousa eletrônica e uma incrível enciclopédia audiovisual, com acesso à internet, que é consultada por alunos e professores. “Esta é a lousa inteligente do futuro”, explicou um dos cientistas.
Na visão de um de seus palestrantes, o desenvolvimento de toda a eletrônica de consumo e de entretenimento dos próximos anos terá dois focos ou centros motores em nossas residências: a TV e a internet. Os progressos da TV se dão em diversos níveis, seja em suas telas ou displays, seja no conteúdo e modelos de negócios, entre os quais a TV aberta, a TV por assinatura, Web TV e uma espécie de ServiceTV, que será utilizada para os serviços públicos do governo eletrônico.
A convergência mais significativa dos últimos anos é representada pelo casamento do televisor com a internet, na TV conectada ou, num sentido mais amplo, na Smart TV.
O valor dos sonhos
Por suas inovações cada dia mais criativas, o Fraunhofer pode ser também comparado a uma fábrica de sonhos. Nos últimos dois anos, produziu diversos novos conteúdos na área de TV3D, inclusive as primeiras gravações musicais de alto padrão de concertos da famosa Filarmônica de Berlim em Blu-ray 3D.
O espetáculo é ainda mais impressionante em home theater com projeção tridimensional. A combinação da melhor imagem com o melhor som, que poderá ser levada para milhões de lares, é o melhor exemplo do valor dos sonhos, na visão da instituição. É claro que os espectadores e ouvintes mais conservadores acham que a imagem 3D modifica o clima da audição de música clássica.
Uma das áreas onde o Fraunhofer tem mais investido é na humanização das interfaces, que busca repensar o uso de teclados, botões, telas sensíveis ao toque, microfones de comando vocal e sistemas de identificação biométricos (impressões digitais, reconhecimento da fisionomia, da voz e da íris). E, de fato, as modernas telas de toque (touchscreens) criam uma relação muito mais intuitiva e amigável entre usuários de dispositivos como o iPhone, o iPad e similares. Ou entre usuários de tablets ou mesmo desktops, como os recém-lançados pela HP.
No futuro, é provável que as pessoas venham a aderir ao comando de voz, outra interface já suficientemente evoluída e capaz de substituir os teclados tradicionais de centenas de dispositivos e aparelhos elétricos e eletrônicos.
O nosso CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) de Campinas bem poderia adotar um modelo de administração e de financiamento público-privado semelhante ao do Fraunhofer, num conglomerado que poderia integrar até a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Centro Tecnológico da Aeronáutica, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e outros.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06819
O Brasil e o mundo têm muito a aprender com a maior e mais prestigiosa das instituições européias de pesquisa aplicada presentes na IFA 2011, o conglomerado Fraunhofer, que reúne mais de 50 institutos, mantido pela indústria e pelo governo alemão. Suas pesquisas visam a atender às necessidades da população em saúde, segurança, comunicação, energia e ambiente.
Verdadeira fábrica de tecnologia, essa organização é um dos melhores exemplos de colaboração entre governo e indústria, ou seja, do modelo de parceria público-privada (PPP). Na definição de seus diretores, o Fraunhofer tem de ser criativo, dar forma à tecnologia, conceber produtos, aprimorar métodos e técnicas e abrir novos horizontes. Em resumo: forjar o futuro.
Espalhado por diversos pavilhões, o Fraunhofer apresentou nesta IFA 2011, seguramente, o maior número de inovações da exposição, nas áreas de meio ambiente, sustentabilidade, áudio, vídeo, TV digital e 3D, comunicações via satélite e internet de alta velocidade, entre outras áreas. Conhecido mundialmente por suas conquistas foi o criador do MP3, sistema de compressão de áudio digital tão popular hoje entre os jovens.
No centro de exposições de Berlim (Messe Berlim), o Fraunhofer ganhou mais destaque na seção denominada IFA TecWatch, ou “Tecnologia para os mercados de amanhã”, de grande impacto, em especial para estudantes e pesquisadores de todo o mundo. Ali estavam expostos centenas de avanços e inovações nas áreas de rádio e TV digitais, televisão sobre protocolo IP (IPTV) e sistemas de informação interativa e comunicação via satélite. Um de seus destaques foi o sistema Dicit, interface por comando vocal a distância para controle da televisão interativa. Com ele, o usuário pergunta à sua TV e obtém como resposta a lista dos principais programas e melhores filmes do dia.
Um dos avanços que mais chama a atenção dos usuários hoje é o controle remoto por gestos, para controlar as funções básicas do televisor. Desde a IFA 2010, o Fraunhofer apresentou esse novo tipo de interface, ou seja, o modo como nos relacionamos com as máquinas, desenvolvido por um de seus institutos, o Heinrich Hertz Institute.
Mágica dos comandos
No desenvolvimento de novas interfaces, um de seus mais recentes avanços parece até coisa mágica. É o sistema de comando de um televisor apenas por gestos das mãos do usuário, à distância de até 4 metros, desenvolvido também pelo Fraunhofer.
Na área de educação, desenvolve diversos recursos auxiliares do ensino, lousa eletrônica e uma incrível enciclopédia audiovisual, com acesso à internet, que é consultada por alunos e professores. “Esta é a lousa inteligente do futuro”, explicou um dos cientistas.
Na visão de um de seus palestrantes, o desenvolvimento de toda a eletrônica de consumo e de entretenimento dos próximos anos terá dois focos ou centros motores em nossas residências: a TV e a internet. Os progressos da TV se dão em diversos níveis, seja em suas telas ou displays, seja no conteúdo e modelos de negócios, entre os quais a TV aberta, a TV por assinatura, Web TV e uma espécie de ServiceTV, que será utilizada para os serviços públicos do governo eletrônico.
A convergência mais significativa dos últimos anos é representada pelo casamento do televisor com a internet, na TV conectada ou, num sentido mais amplo, na Smart TV.
O valor dos sonhos
Por suas inovações cada dia mais criativas, o Fraunhofer pode ser também comparado a uma fábrica de sonhos. Nos últimos dois anos, produziu diversos novos conteúdos na área de TV3D, inclusive as primeiras gravações musicais de alto padrão de concertos da famosa Filarmônica de Berlim em Blu-ray 3D.
O espetáculo é ainda mais impressionante em home theater com projeção tridimensional. A combinação da melhor imagem com o melhor som, que poderá ser levada para milhões de lares, é o melhor exemplo do valor dos sonhos, na visão da instituição. É claro que os espectadores e ouvintes mais conservadores acham que a imagem 3D modifica o clima da audição de música clássica.
Uma das áreas onde o Fraunhofer tem mais investido é na humanização das interfaces, que busca repensar o uso de teclados, botões, telas sensíveis ao toque, microfones de comando vocal e sistemas de identificação biométricos (impressões digitais, reconhecimento da fisionomia, da voz e da íris). E, de fato, as modernas telas de toque (touchscreens) criam uma relação muito mais intuitiva e amigável entre usuários de dispositivos como o iPhone, o iPad e similares. Ou entre usuários de tablets ou mesmo desktops, como os recém-lançados pela HP.
No futuro, é provável que as pessoas venham a aderir ao comando de voz, outra interface já suficientemente evoluída e capaz de substituir os teclados tradicionais de centenas de dispositivos e aparelhos elétricos e eletrônicos.
O nosso CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) de Campinas bem poderia adotar um modelo de administração e de financiamento público-privado semelhante ao do Fraunhofer, num conglomerado que poderia integrar até a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Centro Tecnológico da Aeronáutica, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e outros.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06819
ANTICORPOS ATACAM CÂNCER POR DENTRO, REVELA NOVO ESTUDO
Fonte: Folha.com de 12.09.2011
A abordagem, além de ter aplicação terapêutica, também poderia funcionar como uma vacina anticâncer, ensinando o organismo a se proteger contra a doença antes mesmo que ela apareça.
É possível contrabandear anticorpos para dentro das células do tumor, atacando o câncer de forma mais específica, revela uma pesquisa.
O estudo, assinado por pesquisadores em Cingapura e nos EUA, mostrou que a estratégia pode ser bem sucedida ao testá-la em camundongos.
A abordagem, além de ter aplicação terapêutica, também poderia funcionar como uma vacina anticâncer, ensinando o organismo a se proteger contra a doença antes mesmo que ela apareça.
O estudo, coordenado por Qi Zeng, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura, teve destaque na revista "Science Translational Medicine", voltada para estudos com potencial de aplicação. A vantagem dessas moléculas é a sua especificidade.
Num sistema de chave e fechadura, elas são projetadas para grudarem em seu alvo biológico, o chamado antígeno (normalmente uma molécula específica do agente causador da doença).
Ao se conectar a essa molécula, o anticorpo pode detonar o causador da doença ou deixá-lo "marcado para morrer": o anticorpo ajuda a recrutar outros elementos do sistema de defesa do organismo, que acabam destruindo o agente da doença.
Portanto, atacar um tumor usando essas armas exigiria apenas identificar um antígeno específico das células cancerosas e produzir anticorpos que se liguem a ele.
Com isso, os efeitos colaterais típicos da quimioterapia poderiam até ser contornados, uma vez que a parte saudável do organismo seria poupada do ataque.
Dogma desafiado
Na prática, a coisa é mais complicada. A começar pelo fato de que muitos dos potenciais antígenos de câncer são proteínas que moram no interior das células tumorais. Isso era um problema porque os anticorpos são moléculas grandalhonas. Não conseguiriam passar pelas brechas da membrana celular e chegar até esses alvos, que normalmente são proteínas fora de controle por causa de alguma mutação.
Por isso, até hoje, os anticorpos contra câncer só se atracam com antígenos que ficam na parte de fora da células, na membrana celular.
Zeng e companhia, no entanto, trabalharam com base numa pista antes negligenciada. Em doenças autoimunes, aquelas nas quais o organismo se volta contra si mesmo, os anticorpos não só parecem se enfiar membrana celular adentro como afetam seus alvos no interior da célula, levando-a a se suicidar.
Se é possível nessas doenças, pode acontecer em outros contextos mais benignos, raciocinaram os cientistas.
Eles injetaram, em camundongos, células tumorais que carregavam dois potenciais antígenos, proteínas do interior da célula que têm um papel na origem do câncer.
Depois, deram a parte dos bichos anticorpos específicos para essas proteínas. Os roedores que receberam os anticorpos conseguiram enfrentar melhor a doença.
Num outro teste, eles primeiro colocaram o antígeno no organismo de camundongos saudáveis, criando uma vacina anticâncer.
Em outras vacinas, é assim que funciona: doses do antígeno fazem o organismo produzir seus próprios anticorpos. De novo, funcionou: ao receberem injeções de células de câncer, os animais se viraram bem contra a doença.
Os cientistas afirmam que essa abordagem daria certo, por exemplo, em pessoas com uma mutação conhecida que leva ao câncer, personalizando o tratamento.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06820
A abordagem, além de ter aplicação terapêutica, também poderia funcionar como uma vacina anticâncer, ensinando o organismo a se proteger contra a doença antes mesmo que ela apareça.
É possível contrabandear anticorpos para dentro das células do tumor, atacando o câncer de forma mais específica, revela uma pesquisa.
O estudo, assinado por pesquisadores em Cingapura e nos EUA, mostrou que a estratégia pode ser bem sucedida ao testá-la em camundongos.
A abordagem, além de ter aplicação terapêutica, também poderia funcionar como uma vacina anticâncer, ensinando o organismo a se proteger contra a doença antes mesmo que ela apareça.
O estudo, coordenado por Qi Zeng, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura, teve destaque na revista "Science Translational Medicine", voltada para estudos com potencial de aplicação. A vantagem dessas moléculas é a sua especificidade.
Num sistema de chave e fechadura, elas são projetadas para grudarem em seu alvo biológico, o chamado antígeno (normalmente uma molécula específica do agente causador da doença).
Ao se conectar a essa molécula, o anticorpo pode detonar o causador da doença ou deixá-lo "marcado para morrer": o anticorpo ajuda a recrutar outros elementos do sistema de defesa do organismo, que acabam destruindo o agente da doença.
Portanto, atacar um tumor usando essas armas exigiria apenas identificar um antígeno específico das células cancerosas e produzir anticorpos que se liguem a ele.
Com isso, os efeitos colaterais típicos da quimioterapia poderiam até ser contornados, uma vez que a parte saudável do organismo seria poupada do ataque.
Dogma desafiado
Na prática, a coisa é mais complicada. A começar pelo fato de que muitos dos potenciais antígenos de câncer são proteínas que moram no interior das células tumorais. Isso era um problema porque os anticorpos são moléculas grandalhonas. Não conseguiriam passar pelas brechas da membrana celular e chegar até esses alvos, que normalmente são proteínas fora de controle por causa de alguma mutação.
Por isso, até hoje, os anticorpos contra câncer só se atracam com antígenos que ficam na parte de fora da células, na membrana celular.
Zeng e companhia, no entanto, trabalharam com base numa pista antes negligenciada. Em doenças autoimunes, aquelas nas quais o organismo se volta contra si mesmo, os anticorpos não só parecem se enfiar membrana celular adentro como afetam seus alvos no interior da célula, levando-a a se suicidar.
Se é possível nessas doenças, pode acontecer em outros contextos mais benignos, raciocinaram os cientistas.
Eles injetaram, em camundongos, células tumorais que carregavam dois potenciais antígenos, proteínas do interior da célula que têm um papel na origem do câncer.
Depois, deram a parte dos bichos anticorpos específicos para essas proteínas. Os roedores que receberam os anticorpos conseguiram enfrentar melhor a doença.
Num outro teste, eles primeiro colocaram o antígeno no organismo de camundongos saudáveis, criando uma vacina anticâncer.
Em outras vacinas, é assim que funciona: doses do antígeno fazem o organismo produzir seus próprios anticorpos. De novo, funcionou: ao receberem injeções de células de câncer, os animais se viraram bem contra a doença.
Os cientistas afirmam que essa abordagem daria certo, por exemplo, em pessoas com uma mutação conhecida que leva ao câncer, personalizando o tratamento.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06820
BIÓLOGOS CRIAM PRIMEIROS CROMOSSOMOS SINTÉTICOS
Fonte: Reinaldo José Lopes, Folha de São Paulo de 15.09.2011
Feito foi realizado com levedura usada há milênios para produzir pão e vinho
Micróbio reforça perspectiva de criação de organismos sob medida para indústria, como a de etanol
A era dos seres vivos sob medida ficou um pouco mais próxima hoje, com o anúncio de que cientistas nos EUA criaram os primeiros cromossomos ("novelos" microscópicos que abrigam o DNA) parcialmente sintéticos.
O feito dá mais peso aos planos de usar micro-organismos especialmente projetados para produzir biocombustível abundante e barato, fabricar plástico sem usar o petróleo como matéria-prima ou criar micróbios devoradores de poluição, entre outras possibilidades que ainda soam como ficção científica.
A viabilidade dessas idéias mirabolantes cresce graças à nova pesquisa porque o micróbio sintético é o fungo Saccharomyces cerevisiae, um velho conhecido da humanidade, usado como fermento biológico para pães ou para produzir vinho e cerveja. Leveduras parecidas com ele também são cruciais para a indústria do etanol, fermentando o caldo da cana. Mas mesmo os fungos mais adaptados ao uso industrial ainda deixam a desejar.
São "selvagens engarrafados", afirma Gonçalo Guimarães Pereira, que estuda organismos sintéticos na Unicamp. Segundo ele, é comum que, em plena safra de cana, as leveduras parem de realizar sua função quando estão sob estresse ou contaminadas. Com isso, a produtividade da usina acaba caindo.
Fabricar cromossomos inteiros desses organismos, a gosto do freguês, acabaria com essa "greve" das leveduras, aumentando muito a produtividade das usinas de etanol. E isso é só o começo.
Outros micróbios são capazes de produzir substâncias similares ao plástico ou de fabricar moléculas com potencial farmacêutico. Mas fazem isso em pequenas quantidades, porque seu organismo tem outras necessidades, ditadas pelo ambiente.
Um cromossomo artificial com os genes responsáveis por essas características vantajosas, inserido numa levedura industrial, poderia revolucionar a produção de matérias-primas.
Essa é a meta dos criadores dos cromossomos sintéticos, cuja existência foi revelada na edição eletrônica da revista científica "Nature".
Jef Boeke e seus colegas da Universidade Johns Hopkins querem criar uma levedura 2.0, com genoma totalmente sintético. Ainda estão longe de fazer isso: criaram artificialmente apenas pedaços de dois dos 16 cromossomos que o micro-organismo possui.
Eles também embutiram nos micróbios um sistema controlado de mutações, capaz de gerar novas variedades das criaturas apenas quando os cientistas fornecem um hormônio a elas.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06841
Feito foi realizado com levedura usada há milênios para produzir pão e vinho
Micróbio reforça perspectiva de criação de organismos sob medida para indústria, como a de etanol
A era dos seres vivos sob medida ficou um pouco mais próxima hoje, com o anúncio de que cientistas nos EUA criaram os primeiros cromossomos ("novelos" microscópicos que abrigam o DNA) parcialmente sintéticos.
O feito dá mais peso aos planos de usar micro-organismos especialmente projetados para produzir biocombustível abundante e barato, fabricar plástico sem usar o petróleo como matéria-prima ou criar micróbios devoradores de poluição, entre outras possibilidades que ainda soam como ficção científica.
A viabilidade dessas idéias mirabolantes cresce graças à nova pesquisa porque o micróbio sintético é o fungo Saccharomyces cerevisiae, um velho conhecido da humanidade, usado como fermento biológico para pães ou para produzir vinho e cerveja. Leveduras parecidas com ele também são cruciais para a indústria do etanol, fermentando o caldo da cana. Mas mesmo os fungos mais adaptados ao uso industrial ainda deixam a desejar.
São "selvagens engarrafados", afirma Gonçalo Guimarães Pereira, que estuda organismos sintéticos na Unicamp. Segundo ele, é comum que, em plena safra de cana, as leveduras parem de realizar sua função quando estão sob estresse ou contaminadas. Com isso, a produtividade da usina acaba caindo.
Fabricar cromossomos inteiros desses organismos, a gosto do freguês, acabaria com essa "greve" das leveduras, aumentando muito a produtividade das usinas de etanol. E isso é só o começo.
Outros micróbios são capazes de produzir substâncias similares ao plástico ou de fabricar moléculas com potencial farmacêutico. Mas fazem isso em pequenas quantidades, porque seu organismo tem outras necessidades, ditadas pelo ambiente.
Um cromossomo artificial com os genes responsáveis por essas características vantajosas, inserido numa levedura industrial, poderia revolucionar a produção de matérias-primas.
Essa é a meta dos criadores dos cromossomos sintéticos, cuja existência foi revelada na edição eletrônica da revista científica "Nature".
Jef Boeke e seus colegas da Universidade Johns Hopkins querem criar uma levedura 2.0, com genoma totalmente sintético. Ainda estão longe de fazer isso: criaram artificialmente apenas pedaços de dois dos 16 cromossomos que o micro-organismo possui.
Eles também embutiram nos micróbios um sistema controlado de mutações, capaz de gerar novas variedades das criaturas apenas quando os cientistas fornecem um hormônio a elas.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06841
CIENTISTA DESCOBRE POSSÍVEL ANCESTRAL MAIS ANTIGO DO HOMEM ARCAICO E MODERNO
Fonte: The New York Times de 12.09.2011
Paleoantropólogos dizem que os fósseis são de grande importância para elucidar o processo de combinações que definiu a evolução humana.
Uma criatura com aparência símia e características humanas, cujos ossos fossilizados foram recentemente descobertos em uma caverna sul-africana, está sendo saudada pelos paleoantropólogos como um provável divisor de águas na compreensão da evolução humana.
O descobridor dos fósseis, Lee Berger da Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, diz que a nova espécie, conhecida como Australopithecus sediba, é o ancestral conhecido mais plausível dos humanos arcaico e moderno. Diversos outro paleoantropólogos, ao mesmo tempo em que discordam desta afirmação, dizem que mesmo assim os fósseis são de grande importância, pois elucidam o processo de combinações que definiu a evolução humana.
A afirmação de Berger, se aceita, redefiniria radicalmente a atual versão da árvore genealógica humana. A nova espécie, segundo ele, tiraria o Homo habilis, o famoso fóssil fabricante de ferramentas encontrado por Louis e Mary Leakey, da posição de ligação mais provável entre o australopithecenes e a linhagem humana. Os australopithecenes eram criaturas com aparência símia que andavam eretos, como as pessoas, mas que ainda não haviam abandonado as árvores.
Berger e seus colegas apresentam esta afirmação em cinco artigos na atual edição da Science em que descrevem vários aspectos dos novos fósseis. Como é comum no campo da paleoantropologia, o descobridor de um novo fóssil está tentando colocá-lo mais perto possível da linha direta de descendência humana, enquanto outros resistem a esta interpretação.
Neste caso em particular, há muitas incertezas em relação ao registro do fóssil naquela época, incluindo quando a linhagem humana apareceu pela primeira vez e como o Homo habilis ficaria neste contexto.
O principal significado dos novos fósseis não é que o Australopithecus sediba é necessariamente o ancestral direto do gênero humano, dizem outros cientistas, mas que os fósseis enfatizam a riqueza da experimentação evolucionária dentro do grupo autralopithecine.
“Este é realmente um material estimulante”, afirmou Ian Tattersall, um paleoantropológo do American Museum of Natural History (museu americano de história natural) de Nova York. “Acho que ele tem a possibilidade de escancarar a questão do que é o Homo.”
Além dos dois crânios relatados no ano passado, pesquisadores liderados por Berger recuperaram desde então uma mão direita quase completa, um pé e uma pelve. Os ossos estão especialmente bem conservados porque seus donos aparentemente caíram em uma caverna profunda e algumas semanas depois foram cobertos por sedimentos que rapidamente fossilizaram seus ossos. As pedras acima da caverna erodiram gradualmente, trazendo os fósseis até a superfície, onde foram encontrados em 2008 pelo filho de Berger, Matthew, então com 9 anos de idade, enquanto perseguia um cachorro.
Aquela queda na caverna aconteceu há 1 977 milhões de anos, de acordo com a datação baseada na taxa de degradação do urânio na camada de pedra que continha os fósseis.
Nos artigos publicados na Science, a equipe de Berger descreve novas combinações de características símias e humanas na mão, no pé e na pelve da nova espécie. A mão, por exemplo, tem aparência símia porque tem dedos longos e fortes adequados para subir em árvores, mas ainda assim tem uma aparência humana por ter um dedão comprido que em combinação com os outros dedos poderia ter segurado ferramentas com precisão. Um molde do interior do crânio mostra um cérebro com aparência de macaco, mas que deu o primeiro passo em direção a ser reorganizado em linhas humanas.
Essa mistura de características símias e humanas segure que a nova espécie era uma transição entre os autralopithecines e os humanos, disseram os pesquisadores em uma conferência de imprensa quarta-feira. Por causa da sua idade, o Autralopithecus sediba é velho o suficiente para ser o ancestral do Homo erectus, a primeira espécie que os paleoantropólogos concordam pertencer à ascendência humana e que existiu há 1,9 milhões de anos.
Mas os fósseis são significativos mesmo se o sediba não for um ancestral direto dos humanos. Eles são a evidência de que uma experimentação evolucionária estava fermentando naquela época, a partir da qual de alguma forma surgiu a linhagem humana. “Se você encarar o sediba como uma metáfora da mudança evolucionária, isso se torna muito mais forte do que a afirmação de que ele é um ancestral direto”, disse Tattersall.
Um ponto de vista parecido é assumido por Bernard Wood, um paleoantropólogo da George Washington University. “Acho que esses são os artigos mais interessantes publicados nos últimos anos”, disse Wood.“Mas provavelmente estas não são as razões pelas quais os autores acham que eles são interessantes.”
Wood dá pouco crédito para os argumentos de Berger de que o Australopithecus é um ancestral direto do grupo humano, dizendo que havia pouco tempo para que o macaco de cérebro pequeno e escalador de árvores evoluísse em para um Homo erectus de cérebro grande. Mais interessante, segundo ele, são as estranhas combinações de características símias e humanas que a equipe de Berger descreveu. Os novos fósseis representam a maneira modular como a evolução funciona: eles têm muitas características conhecidas em combinações novas que nunca tinham sido vistas antes.
“É óbvio que apesar de a mão precisar ser um todo integrado, suas partes evoluem como módulos separados”, diz Wood. “Você pode pegar um polegar nº 3 entre cinco possibilidades possíveis, digamos, e combiná-lo com a parte média de um pulso nº2 e a parte lateral de um nº4.”
Wood diz que apesar de ter lido os cinco artigos rapidamente “tarde da noite e com um copo de uísque”, acredita que eles serão um “divisor de águas na nossa compreensão da evolução humana, mesmo que demonstrem apenas que as coisas são bem complexas, e que por causa disso será bem difícil ligar diferentes fósseis em uma sequência evolucionária.”
Ao defender que o Australopithecus é o ancestral da linhagem humana, Berger ignora todos os fósseis ditos humanos anteriormente, incluindo uma mandíbula de 2,33 milhões de anos descoberta em 1994 em Hadar, Etiópia, pelo paleoantropólogo Donald Johanson. A mandíbula tem algumas características humanas, Berger e seus colegas escrevem, mas isso não quer dizer que o dono da mandíbula era necessariamente humano. Mas Johanson disse em um email que a mandíbula de Hadar “possuí todas as marcas de um Homo”, a linhagem humana, e “localiza a origem dos Homo firmemente no leste da África, pelo menos 400 mil anos antes da datação do A. sediba.”
Tanto Wood quando Tattersall veem a descoberta de Berger como uma indicação da grande variedade de símios autralopithecine, entre os quais seria muito difícil escolher uma espécie em particular que tenha dado origem aos humanos. Tattersall acredita que o salto para humanos pode ter sido trazido por mudanças genéticas muito repentinas, talvez por algumas poucas muito importantes, e é por isso que é tão difícil localizar a transição no registro do fóssil.
Wood elogia Berger por descrever o fóssil tão rapidamente. Tattersall diz que Berger foi “incrivelmente aberto” ao deixar outros pesquisadores acessarem seus fósseis ao invés de guardá-los para seu próprio uso, como se sabe que outros paleoantropólogos fazem.
“Diferente de qualquer outra coisa que posso me lembrar nos últimos 40 anos, eles já nos mandaram moldes completos do material que descreveram, e eles estão disponíveis para qualquer pesquisador que queira vê-las”, diz Tettersall.
Tradução: Eloise De Vylder
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06840
Paleoantropólogos dizem que os fósseis são de grande importância para elucidar o processo de combinações que definiu a evolução humana.
Uma criatura com aparência símia e características humanas, cujos ossos fossilizados foram recentemente descobertos em uma caverna sul-africana, está sendo saudada pelos paleoantropólogos como um provável divisor de águas na compreensão da evolução humana.
O descobridor dos fósseis, Lee Berger da Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, diz que a nova espécie, conhecida como Australopithecus sediba, é o ancestral conhecido mais plausível dos humanos arcaico e moderno. Diversos outro paleoantropólogos, ao mesmo tempo em que discordam desta afirmação, dizem que mesmo assim os fósseis são de grande importância, pois elucidam o processo de combinações que definiu a evolução humana.
A afirmação de Berger, se aceita, redefiniria radicalmente a atual versão da árvore genealógica humana. A nova espécie, segundo ele, tiraria o Homo habilis, o famoso fóssil fabricante de ferramentas encontrado por Louis e Mary Leakey, da posição de ligação mais provável entre o australopithecenes e a linhagem humana. Os australopithecenes eram criaturas com aparência símia que andavam eretos, como as pessoas, mas que ainda não haviam abandonado as árvores.
Berger e seus colegas apresentam esta afirmação em cinco artigos na atual edição da Science em que descrevem vários aspectos dos novos fósseis. Como é comum no campo da paleoantropologia, o descobridor de um novo fóssil está tentando colocá-lo mais perto possível da linha direta de descendência humana, enquanto outros resistem a esta interpretação.
Neste caso em particular, há muitas incertezas em relação ao registro do fóssil naquela época, incluindo quando a linhagem humana apareceu pela primeira vez e como o Homo habilis ficaria neste contexto.
O principal significado dos novos fósseis não é que o Australopithecus sediba é necessariamente o ancestral direto do gênero humano, dizem outros cientistas, mas que os fósseis enfatizam a riqueza da experimentação evolucionária dentro do grupo autralopithecine.
“Este é realmente um material estimulante”, afirmou Ian Tattersall, um paleoantropológo do American Museum of Natural History (museu americano de história natural) de Nova York. “Acho que ele tem a possibilidade de escancarar a questão do que é o Homo.”
Além dos dois crânios relatados no ano passado, pesquisadores liderados por Berger recuperaram desde então uma mão direita quase completa, um pé e uma pelve. Os ossos estão especialmente bem conservados porque seus donos aparentemente caíram em uma caverna profunda e algumas semanas depois foram cobertos por sedimentos que rapidamente fossilizaram seus ossos. As pedras acima da caverna erodiram gradualmente, trazendo os fósseis até a superfície, onde foram encontrados em 2008 pelo filho de Berger, Matthew, então com 9 anos de idade, enquanto perseguia um cachorro.
Aquela queda na caverna aconteceu há 1 977 milhões de anos, de acordo com a datação baseada na taxa de degradação do urânio na camada de pedra que continha os fósseis.
Nos artigos publicados na Science, a equipe de Berger descreve novas combinações de características símias e humanas na mão, no pé e na pelve da nova espécie. A mão, por exemplo, tem aparência símia porque tem dedos longos e fortes adequados para subir em árvores, mas ainda assim tem uma aparência humana por ter um dedão comprido que em combinação com os outros dedos poderia ter segurado ferramentas com precisão. Um molde do interior do crânio mostra um cérebro com aparência de macaco, mas que deu o primeiro passo em direção a ser reorganizado em linhas humanas.
Essa mistura de características símias e humanas segure que a nova espécie era uma transição entre os autralopithecines e os humanos, disseram os pesquisadores em uma conferência de imprensa quarta-feira. Por causa da sua idade, o Autralopithecus sediba é velho o suficiente para ser o ancestral do Homo erectus, a primeira espécie que os paleoantropólogos concordam pertencer à ascendência humana e que existiu há 1,9 milhões de anos.
Mas os fósseis são significativos mesmo se o sediba não for um ancestral direto dos humanos. Eles são a evidência de que uma experimentação evolucionária estava fermentando naquela época, a partir da qual de alguma forma surgiu a linhagem humana. “Se você encarar o sediba como uma metáfora da mudança evolucionária, isso se torna muito mais forte do que a afirmação de que ele é um ancestral direto”, disse Tattersall.
Um ponto de vista parecido é assumido por Bernard Wood, um paleoantropólogo da George Washington University. “Acho que esses são os artigos mais interessantes publicados nos últimos anos”, disse Wood.“Mas provavelmente estas não são as razões pelas quais os autores acham que eles são interessantes.”
Wood dá pouco crédito para os argumentos de Berger de que o Australopithecus é um ancestral direto do grupo humano, dizendo que havia pouco tempo para que o macaco de cérebro pequeno e escalador de árvores evoluísse em para um Homo erectus de cérebro grande. Mais interessante, segundo ele, são as estranhas combinações de características símias e humanas que a equipe de Berger descreveu. Os novos fósseis representam a maneira modular como a evolução funciona: eles têm muitas características conhecidas em combinações novas que nunca tinham sido vistas antes.
“É óbvio que apesar de a mão precisar ser um todo integrado, suas partes evoluem como módulos separados”, diz Wood. “Você pode pegar um polegar nº 3 entre cinco possibilidades possíveis, digamos, e combiná-lo com a parte média de um pulso nº2 e a parte lateral de um nº4.”
Wood diz que apesar de ter lido os cinco artigos rapidamente “tarde da noite e com um copo de uísque”, acredita que eles serão um “divisor de águas na nossa compreensão da evolução humana, mesmo que demonstrem apenas que as coisas são bem complexas, e que por causa disso será bem difícil ligar diferentes fósseis em uma sequência evolucionária.”
Ao defender que o Australopithecus é o ancestral da linhagem humana, Berger ignora todos os fósseis ditos humanos anteriormente, incluindo uma mandíbula de 2,33 milhões de anos descoberta em 1994 em Hadar, Etiópia, pelo paleoantropólogo Donald Johanson. A mandíbula tem algumas características humanas, Berger e seus colegas escrevem, mas isso não quer dizer que o dono da mandíbula era necessariamente humano. Mas Johanson disse em um email que a mandíbula de Hadar “possuí todas as marcas de um Homo”, a linhagem humana, e “localiza a origem dos Homo firmemente no leste da África, pelo menos 400 mil anos antes da datação do A. sediba.”
Tanto Wood quando Tattersall veem a descoberta de Berger como uma indicação da grande variedade de símios autralopithecine, entre os quais seria muito difícil escolher uma espécie em particular que tenha dado origem aos humanos. Tattersall acredita que o salto para humanos pode ter sido trazido por mudanças genéticas muito repentinas, talvez por algumas poucas muito importantes, e é por isso que é tão difícil localizar a transição no registro do fóssil.
Wood elogia Berger por descrever o fóssil tão rapidamente. Tattersall diz que Berger foi “incrivelmente aberto” ao deixar outros pesquisadores acessarem seus fósseis ao invés de guardá-los para seu próprio uso, como se sabe que outros paleoantropólogos fazem.
“Diferente de qualquer outra coisa que posso me lembrar nos últimos 40 anos, eles já nos mandaram moldes completos do material que descreveram, e eles estão disponíveis para qualquer pesquisador que queira vê-las”, diz Tettersall.
Tradução: Eloise De Vylder
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06840
SUPERCOMPUTADOR 'PREVIU' REVOLUÇÕES NO EGITO E ESCONDERIJO DE BIN LADEN
Fonte: Techworld.com e IDG Now de 14.09.2011
Com base no tom de notícias, o Nautilus previu o futuro, mas depois de os fatos acontecerem; método pode ser adaptado para uso atual.
Um supercomputador previu as revoluções no Egito e na Líbia e onde Osama Bin Laden estava, segundo Kalev Leetaru, da universidade de Illinois (EUA) – mas só depois que os eventos já tinham acontecido.
Com base em 100 artigos, o supercomputador Nautilus analisou o humor das notícias internacionais com foco na incidência e na localização de palavras emotivas, como "terrível" ou "bom" – o que Leetaru chamou de "mineração de sentença automatizada" – antes de convertê-las em coordenadas geográficas.
Usando o tom e localização das reportagens, o Nautilus previu o início da revolta nos países árabes (a chamada Primavera Árabe) e a localização de Osama Bin Laden em uma área com um raio de 200 km no norte do Paquistão, enquanto muitos especialistas acreditavam que ele estava no Afeganistão.
Em seu estudo "Culturomics 2.0: Previsão de comportamento humano em grande escala usando o tom notícias da mídia mundial no tempo e espaço", Leetaru explicou: "A aplicação desse método em um arquivo de notícias de 30 anos em todo o mundo encontra a previsão das revoluções na Tunísia, Egito e Líbia, incluindo a queda do presidente egípcio Mubarak; a estabilidade da Arábia Saudita (pelo menos até maio de 2011) e a localização estimada de onde Osama Bin Laden estava escondido, dentro de um raio de 200 km no norte do Paquistão. "
Leetaru disse que, apesar de seu estudo ter sido feito retrospectivamente sobre o que já havia acontecido, ele poderia ser adaptado para funcionar no presente.
"Eu comparo à previsão do tempo. Nunca é perfeito, mas podemos fazer melhor do que adivinhar aleatoriamente."
fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06838
Com base no tom de notícias, o Nautilus previu o futuro, mas depois de os fatos acontecerem; método pode ser adaptado para uso atual.
Um supercomputador previu as revoluções no Egito e na Líbia e onde Osama Bin Laden estava, segundo Kalev Leetaru, da universidade de Illinois (EUA) – mas só depois que os eventos já tinham acontecido.
Com base em 100 artigos, o supercomputador Nautilus analisou o humor das notícias internacionais com foco na incidência e na localização de palavras emotivas, como "terrível" ou "bom" – o que Leetaru chamou de "mineração de sentença automatizada" – antes de convertê-las em coordenadas geográficas.
Usando o tom e localização das reportagens, o Nautilus previu o início da revolta nos países árabes (a chamada Primavera Árabe) e a localização de Osama Bin Laden em uma área com um raio de 200 km no norte do Paquistão, enquanto muitos especialistas acreditavam que ele estava no Afeganistão.
Em seu estudo "Culturomics 2.0: Previsão de comportamento humano em grande escala usando o tom notícias da mídia mundial no tempo e espaço", Leetaru explicou: "A aplicação desse método em um arquivo de notícias de 30 anos em todo o mundo encontra a previsão das revoluções na Tunísia, Egito e Líbia, incluindo a queda do presidente egípcio Mubarak; a estabilidade da Arábia Saudita (pelo menos até maio de 2011) e a localização estimada de onde Osama Bin Laden estava escondido, dentro de um raio de 200 km no norte do Paquistão. "
Leetaru disse que, apesar de seu estudo ter sido feito retrospectivamente sobre o que já havia acontecido, ele poderia ser adaptado para funcionar no presente.
"Eu comparo à previsão do tempo. Nunca é perfeito, mas podemos fazer melhor do que adivinhar aleatoriamente."
fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_09_14&pagina=noticias&id=06838
Quando o Brasil terá um Nobel?
Por Mônica Pileggi
Agência FAPESP – A juventude da ciência brasileira, a burocracia e deficiências no sistema educacional são fatores que podem ajudar a explicar por que o país não tem um cientista ganhador do prêmio Nobel. A análise foi feita por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, durante a 4ª Semana Abril do Conhecimento, na terça-feira (13/09) na sede da Editora Abril, em São Paulo.
O encontro, mediado por Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, teve como objetivo discutir cenários e oportunidades em ciência e tecnologia no Brasil e a questão “Quando teremos um Prêmio Nobel?” como um dos temas principais.
O debate contou com a participação do professor Rodrigo do Tocantins Calado, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), e do biólogo Fernando Reinach, membro do conselho de administração do Fundo Pitanga de capital de risco.
“Há muitos elementos na vida brasileira que precisamos melhorar para podermos falar em Nobel. Não é um cientista sozinho que faz a ciência de um país”, disse Brito Cruz.
“A pergunta que deveríamos fazer é ‘como a ciência pode ajudar mais os brasileiros a ter uma vida melhor, com ou sem o Nobel’, pois o objetivo de fazer ciência boa em um país não é ganhar o prêmio, é fazer o país ser melhor. Se fizermos isso direito, aparecerá um Nobel”, ressaltou.
Além da melhora da qualidade de vida e da educação, Reinach destacou a necessidade de calcular o rendimento científico considerando a competitividade das empresas brasileiras.
“A medida de sucesso de um país deveria ser essa, e o prêmio Nobel, a cereja do bolo. O Nobel tem uma característica muito peculiar: prevê algo totalmente novo e não obrigatoriamente traz benefícios para a população”, disse.
Reinach citou como exemplo o trabalho da bióloga Johanna Döbereiner (1924-2000) com o desenvolvimento de variedade de sementes de soja adaptadas ao clima tropical.
“Isso permitiu que a soja criasse toda uma riqueza agrícola-industrial no Centro-Oeste brasileiro. Não é um fato inovador, mas provavelmente é possível contabilizar a riqueza gerada por ela”, disse.
Calado, que voltou recentemente ao Brasil após uma temporada de nove anos nos Estados Unidos, disse que uma das principais dificuldades encontradas no país para o avanço da pesquisa é a burocracia para a importação de materiais e equipamentos. “Isso atrapalha muito a nossa competitividade”, afirmou.
Segundo ele, atualmente grande parte dos serviços administrativos ainda é realizada pelo próprio cientista, em vez de funcionários específicos para essa função, contratados pelas instituições acadêmicas e de pesquisa, como é comum em diversos países em que a ciência está mais desenvolvida.
“É preciso que as universidades brasileiras garantam um escudo que proteja os pesquisadores da burocracia. O erro é ele fazer um serviço que não é de pesquisador. O tempo do pesquisador deve ser usado para fazer ciência e escrever papers”, destacou Brito Cruz.
Para atender a essa demanda da comunidade científica no Estado de São Paulo, a FAPESP implantou um programa piloto de treinamento para as equipes dos Escritórios de Apoio Institucional ao Pesquisador (EAIP).
As EAIPs ampliam a atuação dos pontos de apoio, que a FAPESP mantém distribuídos por diversas universidades e instituições de ensino superior e de pesquisa no Estado de São Paulo e que atuam como facilitadores no envio de documentação à FAPESP, além de orientar bolsistas e pesquisadores nos procedimentos envolvendo a Fundação.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14487
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Assine a petição da SBPC e ABC para garantir recursos do pré-sal para educação, C,T&I
Mobilização da comunidade científica e acadêmica é importante para sensibilizar governo federal e parlamentares nos debates sobre a partilha dos royalites do pré-sal.
Participe e assine a petição no link:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=PL8051.
Divulgado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) o abaixo-assinado tem o objetivo de sensibilizar membros do executivo e legislativo sobre a importância de se garantir recursos para as áreas de educação e de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) nos Contratos de Partilha e no Fundo Social do pré-sal. A petição pública será encaminhada à presidente da República, Dilma Rousseff, à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, aos ministros da Fazenda e do Planejamento, Guido Mantega e Miriam Belchior, e para todos os parlamentares do Congresso Nacional.
Confira a íntegra da petição:
A Câmara dos Deputados deverá colocar em votação ainda este mês o PL nº 8.051/2010, que determinará as regras de partilha dos royalties provenientes da exploração de petróleo na camada do pré-sal. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) vêm por meio desta chamar a atenção de Vossa Excelência para a importância de se garantir recursos para as áreas de educação e de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) nos Contratos de Partilha e no Fundo Social. Lembrando que reservas de petróleo são finitas, a grande questão que se apresenta é o que vamos fazer com esse dinheiro: gastar em despesas correntes ou investir na construção do futuro?
As entidades apoiam a proposta da relatoria, que será apresentada pelo deputado Fernando Jordão (PMDB-RJ), para retomar as receitas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Marinha relativas aos royalties dos atuais Contratos de Concessão. Será uma forma de corrigir um grave equivoco, gerado com a aprovação da Lei nº 12.351/2010 (artigo 49) que causou perdas de R$ 1,3 bilhão/ano na principal fonte de financiamento de pesquisa na área de petróleo e gás natural: o fundo setorial CT-Petro.
O impacto dessas perdas, se confirmadas, será sentido a partir de janeiro de 2012, quando o CT-Petro terá uma redução de cerca de 72% de suas receitas, somando uma queda de arrecadação de cerca de R$ 12,2 bilhões até 2020. Serão prejudicadas tanto as pesquisas científicas como o desempenho tecnológico do País na área de petróleo e gás.
Além disso, a SBPC e a ABC defendem que se reserve pelo menos 7% para as áreas de C,T&I nos Contratos de Partilha, como forma de estimular outros setores da economia. O mundo de hoje abriga duas características principais - inovação tecnológica e sustentabilidade - que exigem dos países produção científica e tecnológica de ponta e educação de qualidade.
O Brasil possui hoje uma respeitável produção científica (2,69% do total mundial), que é reconhecida internacionalmente e nos coloca na 13ª posição no ranking internacional do setor. No ano passado, foram formados 12 mil doutores e 41 mil mestres - o que representa um contingente considerável de recursos humanos. Tal estrutura pode ajudar a alavancar a economia brasileira em seus mais diversos setores, a exemplo do que ocorreu nas áreas de petróleo e gás, agronegócio e no setor aeroespacial.
Também defendemos um percentual de 30% para educação e C,T&I do total de recursos dos royalties de partilha destinados aos Estados, Municípios e Distrito Federal. Estima-se que esse percentual gere cerca de R$ 3,97 bilhões - quantia que possibilitaria dar um salto na qualidade do nosso ensino, especialmente na educação básica.
Lembramos a Vossa Excelência que uma distribuição estratégica dos royalties, que contemple às áreas de educação e C,T&I, representa uma oportunidade histórica de inserir o Brasil na era da economia do conhecimento, enterrando de vez o passado de subdesenvolvimento.
(SBPC)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79257
Bolsas de estudo no Canadá: aberto o processo seletivo
Estão abertas as inscrições para docentes e estudantes interessados em participar dos processos seletivos para obtenção de bolsas para estudar no Canadá.
Mais brasileiros estão optando pelo Canadá para obter uma formação internacional. A qualidade do ensino e da pesquisa, as instalações e laboratórios de excelência, a receptividade e a diversidade da sociedade canadense, bem como as opções de cultura e lazer em um país de dimensões continentais, são alguns dos fatores considerados pelos mais de 150 mil estudantes que o Canadá acolhe todos os anos.
O Canadá é o principal destino dos estudantes brasileiros interessados em cursos de inglês e francês no exterior. Entre 2007 e 2011, 465 brasileiros receberam bolsas de estudo do governo canadense.
Bolsas de Pesquisa - Inscrições até 16 de novembro
Oferece oportunidades de pesquisa no Canadá, por um período de quatro semanas, a docentes e pesquisadores interessados em publicar sobre o Canadá ou sobre aspectos das relações bilaterais Brasil-Canadá. Valor máximo de 5.600 dólares canadenses. Informações: www.iccs-ciec.ca.
Bolsas de Especialização - Inscrições até 16 de novembro
Tem o objetivo de fortalecer o conhecimento e a compreensão sobre o Canadá por meio do apoio a professores universitários na elaboração de cursos sobre o Canadá que serão incorporados de forma regular em sua disciplina. Valor máximo de 5.600 dólares canadenses por um período de quatro semanas no Canadá. Informações: www.iccs-ciec.ca.
Bolsas para Pesquisa de Doutorado - Inscrições até 16 de novembro
Oferece a doutorandos a oportunidade de visita ao Canadá por um período de até seis meses para realização de pesquisa de tese vinculada à temática canadense. Valor máximo: 9.500 dólares canadenses. Informações: www.iccs-ciec.ca.
Redes Institucionais de Pesquisa - Inscrições até 24 de novembro
Visa facilitar a colaboração internacional entre as comunidades acadêmicas, incentivando a formação de redes permanentes de pesquisa e a mobilidade acadêmica entre o Brasil e o Canadá. Valor máximo: 10.000 dólares canadenses. Informações: www.iccs-ciec.ca.
Bolsas Canadá - América Latina e Caribe - Inscrições até 24 de novembro
Busca contribuir para a compreensão das relações bilaterais e multilaterais entre o Canadá e os países da América Latina e Caribe, apoiando projetos de pesquisa de curta duração. Valor máximo: 10.000 dólares canadenses. Informações: www.iccs-ciec.ca.
Programa de Apoio à Mobilidade Estudantil - Inscrições até 01 de fevereiro de 2012
Visa apoiar iniciativas de curto prazo que envolvam intercâmbios, estágios e bolsas de estudos no Canadá e é ideal para as instituições que queiram oferecer aos alunos uma experiência internacional no Canadá, incrementando as relações institucionais. Os projetos devem ser preparados e submetidos pelas instituições de ensino superior. Mais informações e outras oportunidades no site: www.scholarships.gc.ca.
(Assessoria para Assuntos de Educação)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79270
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