Resultados da empresa surpreendem, ultrapassando, pela primeira vez, o faturamento de US$ 10 bilhões em um trimestre.
Na divulgação oficial dos resultados do quarto trimestre fiscal da Amazon.com, encerrado em 31 de dezembro de 2010, o fundador e CEO da empresa, Jeff Bezos, destacou duas marcas históricas. Pela primeira vez, a empresa quebrou a barreira de faturamento de US$ 10 bilhões em um trimestre, ao somar US$ 12,95 bilhões. Além disso, as vendas de e-books (livros eletrônicos) para Kindle desbancaram os livros de bolso.
“Em julho de 2010, anunciamos que os e-books haviam ultrapassado os livros de capa dura e nossa previsão para que superassem os de bolso era no segundo trimestre deste ano. Portanto esse marco ocorreu antes do esperado, mesmo com o crescimento contínuo das vendas dos livros de bolso.”, comentou Bezos.
O crescimento do faturamento foi de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a Amazon tinha obtido uma receita de US$ 9,52 bilhões. Considerando todo o ano de 2010, as receitas atingiram US$ 34,20 bilhões, um crescimento de 40% em relação a 2009. Já o lucro líquido saltou de US$ 902 milhões em 2009 para US$ 1,15 bilhões no último ano.
O comunicado traz ainda perspectivas para o primeiro trimestre de 2011, com previsão de crescimento entre 28% e 29% em relação ao primeiro trimestre de 2010, ou seja, a empresa deve faturar de US$ 9,1 bilhões a US$ 9,9 bilhões. Porém, o lucro operacional deve ter uma redução entre 34% e 2%, ficando entre US$ 260 milhões e US$ 380 milhões.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/e-books_ja_superam_as_vendas_de_livros_de_bolso_na_amazoncom
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sábado, 29 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Enade: 5 cursos da UFJF entre os melhores
Cinco dos oito cursos da UFJF avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2009, do Ministério da Educação (MEC), estão entre os dez mais bem colocados do Brasil. A Faculdade de Direito obteve a nota mais alta entre 968 instituições examinadas, sendo a única da área no país a obter o conceito contínuo máximo: 5. Outros 34 cursos foram classificados na mesma faixa (5), porém com notas inferiores. Administração e psicologia da federal de Juiz de Fora ficaram em segundo lugar entre 1.663 e 398 cursos, respectivamente, enquanto comunicação social é a terceira melhor das 832 faculdades do setor conceituadas. Economia aparece em oitavo lugar.
Para o diretor da Faculdade de Direito da UFJF, Marcos Vinício Chein Feres, a dedicação e o comprometimento dos estudantes foram essenciais para o bom desempenho do curso. "Notamos que os alunos estão dispostos a se graduar com qualidade", comenta. O professor acredita que o corpo docente conceituado e equilibrado, conciliando formação acadêmica e prática, as salas de aula equipadas com recursos multimídia e a biblioteca setorial em constante aperfeiçoamento contribuem para a motivação dos graduandos. "Mas tudo isso é inútil sem o esforço do universitário."
A diretora da Faculdade de Comunicação Social, Marise Pimentel Mendes, concorda que o sucesso na avaliação é decorrente do interesse dos estudantes, motivados pela soma de investimentos em infraestrutura, incentivo pedagógico e consolidação da pós-graduação na
área. "Esse resultado é uma demonstração de como o curso vem evoluindo ao longo dos anos", comemora.
Particulares
Entre as instituições privadas de ensino superior, o curso de administração do Instituto Vianna Júnior foi avaliado como o melhor do país, com nota 4,96. Na classificação geral, ficou atrás apenas de três universidades públicas, incluindo a UFJF. "O resultado reflete a competência e o empenho de uma equipe administrativa e acadêmica que tem como meta constante a excelência no ensino", afirma, em nota, a diretora presidente da entidade, Jacqueline Pires Vianna. Ela lembra que o curso foi o primeiro do estado a receber a certificação pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sendo considerado o melhor entre todas as conveniadas da FGV no país em 2010. Já o curso de direito do Vianna Júnior foi classificado na faixa 4.
O conceito foi o mesmo obtido pelos cursos de administração e ciências contábeis da Faculdade do Sudeste Mineiro (Facsum). Já em publicidade e propaganda, a instituição alcançou a graduação máxima, 5. "Nosso desempenho foi bom graças à grade curricular moderna, corpo docente qualificado e infraestrutura apropriada para ajudar o aluno a estudar", afirma a diretora geral da Facsum, Jussara Barbosa de Rezende Martins. Ela destaca, ainda, a colocação da faculdade no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, que avalia a qualidade da graduação e pós-graduação, além de análise do corpo docente, infraestrutura e programa pedagógico. Neste índice, a entidade obteve a maior nota entre as particulares da cidade.
Fonte:http://www.tribunademinas.com.br/geral/geral40.php
Para o diretor da Faculdade de Direito da UFJF, Marcos Vinício Chein Feres, a dedicação e o comprometimento dos estudantes foram essenciais para o bom desempenho do curso. "Notamos que os alunos estão dispostos a se graduar com qualidade", comenta. O professor acredita que o corpo docente conceituado e equilibrado, conciliando formação acadêmica e prática, as salas de aula equipadas com recursos multimídia e a biblioteca setorial em constante aperfeiçoamento contribuem para a motivação dos graduandos. "Mas tudo isso é inútil sem o esforço do universitário."
A diretora da Faculdade de Comunicação Social, Marise Pimentel Mendes, concorda que o sucesso na avaliação é decorrente do interesse dos estudantes, motivados pela soma de investimentos em infraestrutura, incentivo pedagógico e consolidação da pós-graduação na
área. "Esse resultado é uma demonstração de como o curso vem evoluindo ao longo dos anos", comemora.
Particulares
Entre as instituições privadas de ensino superior, o curso de administração do Instituto Vianna Júnior foi avaliado como o melhor do país, com nota 4,96. Na classificação geral, ficou atrás apenas de três universidades públicas, incluindo a UFJF. "O resultado reflete a competência e o empenho de uma equipe administrativa e acadêmica que tem como meta constante a excelência no ensino", afirma, em nota, a diretora presidente da entidade, Jacqueline Pires Vianna. Ela lembra que o curso foi o primeiro do estado a receber a certificação pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sendo considerado o melhor entre todas as conveniadas da FGV no país em 2010. Já o curso de direito do Vianna Júnior foi classificado na faixa 4.
O conceito foi o mesmo obtido pelos cursos de administração e ciências contábeis da Faculdade do Sudeste Mineiro (Facsum). Já em publicidade e propaganda, a instituição alcançou a graduação máxima, 5. "Nosso desempenho foi bom graças à grade curricular moderna, corpo docente qualificado e infraestrutura apropriada para ajudar o aluno a estudar", afirma a diretora geral da Facsum, Jussara Barbosa de Rezende Martins. Ela destaca, ainda, a colocação da faculdade no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, que avalia a qualidade da graduação e pós-graduação, além de análise do corpo docente, infraestrutura e programa pedagógico. Neste índice, a entidade obteve a maior nota entre as particulares da cidade.
Fonte:http://www.tribunademinas.com.br/geral/geral40.php
Egito tenta conter Internet e celulares
Enviado por luisnassif, sex, 28/01/2011 - 08:25
Por André
E agora internet e celulares são proibidos no Egito após os protestos armados via Facebook e Twitter. Porém, se cortarem, a coisa continuará na base do boca a boca (ou alguém duvida que isso não foi importantíssimo na queda da Cortina de Ferro?). E se cortarem as línguas, será na base do código Morse batido nas palmas de mãos alheias ou mesmo em sinais de fumaça.
le="margin-top: 0.5em; margin-bottom: 0.9em;">Fica a preocupação sobre que rumo esses protestos, inicialmente pacíficos podem tomar. Já são sete os mortos, sendo cinco manifestantes e dois policiais. Portanto, não duvidarei que a natureza que lentamente começa a assumir possa dissuadir outros insatisfeitos com Hosni Mubarak de pôr a cara na rua.
Continuo a me perguntar se temos nessa massa de manifestantes os cristãos coptas, que são 6% da população do país das pirâmides e vêm enfrentando dificuldades em professar sua fé. Que não esqueçamos do fato de que um movimento plurirreligioso pode ter menos risco de descambar para fundamentalismo.
E segue a pergunta sobre o que virá se Hosni Mubarak cair. Está meio na cara que ele não conseguirá passar o poder para seu filho e, se isso acontecer, será na base de uma repressão ainda mais violenta que a atual. Espero que o governo que suceda o do ditador seja melhor e também uma democracia que respeite as liberdades civis (expressão, credo, culto, imprensa etc). É uma esperança, pois sempre há o risco de alguma nova ditadura que, se fanática religiosa ou ideológica, poderá ser ainda pior que a atual, pois além de oprimir terá aquele charme superficial que faz com que otários acreditem na coisa e apoiem, inclusive jogando a culpa em outros países.
Segue:
Egito: internet é interrompida após ameaça de novos protestos
27 de janeiro de 2011 • 22h54 • atualizado às 23h03
A internet foi interrompida no Egito horas antes de grupos opositores ameaçarem organizar manifestações "de ira" em várias cidades nesta sexta-feira, como parte da onda de protestos contra o poder que deixaram sete mortos, cinco manifestantes e dois policiais, além de dezenas de feridos. O bloqueio ocorre pouco tempo depois de o ministério egípcio do Interior advertir que tomaria "medidas decisivas" contra os manifestantes que planejam novos protestos contra o presidente Hosni Mubarak.
Nesta quinta-feira, alguns usuários disseram que não conseguiam acessar a web, enquanto outros informaram que o serviço estava lento e intermitente na capital egípcia. As mensagens de texto de celulares também não puderam ser utilizadas.
Os serviços de telefonia móvel ficaram indisponíveis na terça-feira em uma área do Cairo onde a maioria dos manifestantes estava concentrada. O Twitter informou no mesmo dia que seus serviços foram bloqueados.
Fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/egito-tenta-conter-internet-e-celulares
Por André
E agora internet e celulares são proibidos no Egito após os protestos armados via Facebook e Twitter. Porém, se cortarem, a coisa continuará na base do boca a boca (ou alguém duvida que isso não foi importantíssimo na queda da Cortina de Ferro?). E se cortarem as línguas, será na base do código Morse batido nas palmas de mãos alheias ou mesmo em sinais de fumaça.
le="margin-top: 0.5em; margin-bottom: 0.9em;">Fica a preocupação sobre que rumo esses protestos, inicialmente pacíficos podem tomar. Já são sete os mortos, sendo cinco manifestantes e dois policiais. Portanto, não duvidarei que a natureza que lentamente começa a assumir possa dissuadir outros insatisfeitos com Hosni Mubarak de pôr a cara na rua.
Continuo a me perguntar se temos nessa massa de manifestantes os cristãos coptas, que são 6% da população do país das pirâmides e vêm enfrentando dificuldades em professar sua fé. Que não esqueçamos do fato de que um movimento plurirreligioso pode ter menos risco de descambar para fundamentalismo.
E segue a pergunta sobre o que virá se Hosni Mubarak cair. Está meio na cara que ele não conseguirá passar o poder para seu filho e, se isso acontecer, será na base de uma repressão ainda mais violenta que a atual. Espero que o governo que suceda o do ditador seja melhor e também uma democracia que respeite as liberdades civis (expressão, credo, culto, imprensa etc). É uma esperança, pois sempre há o risco de alguma nova ditadura que, se fanática religiosa ou ideológica, poderá ser ainda pior que a atual, pois além de oprimir terá aquele charme superficial que faz com que otários acreditem na coisa e apoiem, inclusive jogando a culpa em outros países.
Segue:
Egito: internet é interrompida após ameaça de novos protestos
27 de janeiro de 2011 • 22h54 • atualizado às 23h03
A internet foi interrompida no Egito horas antes de grupos opositores ameaçarem organizar manifestações "de ira" em várias cidades nesta sexta-feira, como parte da onda de protestos contra o poder que deixaram sete mortos, cinco manifestantes e dois policiais, além de dezenas de feridos. O bloqueio ocorre pouco tempo depois de o ministério egípcio do Interior advertir que tomaria "medidas decisivas" contra os manifestantes que planejam novos protestos contra o presidente Hosni Mubarak.
Nesta quinta-feira, alguns usuários disseram que não conseguiam acessar a web, enquanto outros informaram que o serviço estava lento e intermitente na capital egípcia. As mensagens de texto de celulares também não puderam ser utilizadas.
Os serviços de telefonia móvel ficaram indisponíveis na terça-feira em uma área do Cairo onde a maioria dos manifestantes estava concentrada. O Twitter informou no mesmo dia que seus serviços foram bloqueados.
Fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/egito-tenta-conter-internet-e-celulares
A articulação entre educação e ciência e tecnologia
Elo precisa ser ampliado
É cada vez maior o número de multinacionais que instalam centros de pesquisa no Brasil, com o objetivo de incrementarem o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia. Entretanto, os fatores de atração de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ainda são limitados no Brasil, pois repercutem diferentemente em cada setor da indústria, sendo o mercado o elemento que mais atrai empresas no país. A análise é do professor Sérgio Robles Reis Queiroz, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp e ex-secretário adjunto de Ciência, tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.
De acordo com Queiroz, para aqueles setores ou empresas em que o mercado é um sinalizador e um fator de atração importante, o Brasil está bem, ao contrário do que ocorre em setores em que não é apenas o mercado que conta. "São os setores para os quais vale mais as competências estabelecidas, os clusters científicos e tecnológicos, e nisso o Brasil não está bem", explica o professor, que agora consolida os resultados de duas pesquisas que coordenou entre 2004 e 2009.
Setores automotivo e farmacêutico são exemplos utilizados por Queiroz para mostrar duas situações contrastantes: uma em que o mercado influencia fortemente a implantação de centros de pesquisa no país; e outra, em que o mercado exerce papel secundário. No primeiro caso, o Brasil consolida-se como o 4º país no mercado automotivo e, segundo o pesquisador, isso é elemento importante para a atração de atividades de engenharia automotiva no Brasil.
Com relação ao setor farmacêutico, a pesquisa depende mais das competências estabelecidas. Para entender bem a diferença, Queiroz dá outro exemplo, sobre um modelo de automóvel fabricado por uma multinacional no Japão e que foi comercializado no Brasil. "Nos primeiros 10 mil quilômetros, o freio ia embora, e quando foram ver o que acontecia, viram que o carro não havia sido projetado para ser dirigido no Brasil", cita.
A necessidade de solucionar o problema, por meio de outra tecnologia especifica para o mercado brasileiro, capaz de adaptar o carro às condições daqui (inclusive levando em conta o tipo de combustível usado no Brasil) é, como se percebe, estritamente ligada ao mercado.
Assim, o mesmo não acontece no setor farmacêutico, em que uma pílula que será vendida aqui será idêntica a que será fornecida ao mundo inteiro, sem a necessidade de adaptação do princípio ativo do produto. Neste caso, o que determina que um país possua um centro de pesquisa para desenvolver esta e novas outras pílulas de uma multinacional não é tanto o mercado, mas as capacidades científicas do país, que envolve um conjunto de fatores que vão da formação de mão de obra qualificada à integração de políticas científicas com a as universidades.
Segundo Queiroz, o Brasil não possui uma integração de políticas educacionais e de ciência e tecnologia como deveria ter, e isso limita mais o desenvolvimento de centros de pesquisa. "O número de doutores em engenharia é muito baixo. O Brasil forma 11 mil doutores por ano, e menos de 12% deles são engenheiros, sendo que quando se observa os números asiáticos, encontra-se mais de 30%", aponta o pesquisador.
Durante a pesquisa, conta Queiroz, ficou clara a necessidade de articulação das políticas científicas que, conforme indicaram algumas multinacionais ouvidas por ele, são muito precárias no Brasil. "As empresas tem uma dificuldade muito grande de ver políticas que vão além dos incentivos. De modo geral, quando o governo lança uma medida que dá ganho tributário, ou qualquer outro tipo de incentivo fiscal, elas imediatamente respondem a isso", argumenta Queiroz.
(Bruno de Pierro)
(Agência Dinheiro Vivo, 27/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76123
É cada vez maior o número de multinacionais que instalam centros de pesquisa no Brasil, com o objetivo de incrementarem o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia. Entretanto, os fatores de atração de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ainda são limitados no Brasil, pois repercutem diferentemente em cada setor da indústria, sendo o mercado o elemento que mais atrai empresas no país. A análise é do professor Sérgio Robles Reis Queiroz, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp e ex-secretário adjunto de Ciência, tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.
De acordo com Queiroz, para aqueles setores ou empresas em que o mercado é um sinalizador e um fator de atração importante, o Brasil está bem, ao contrário do que ocorre em setores em que não é apenas o mercado que conta. "São os setores para os quais vale mais as competências estabelecidas, os clusters científicos e tecnológicos, e nisso o Brasil não está bem", explica o professor, que agora consolida os resultados de duas pesquisas que coordenou entre 2004 e 2009.
Setores automotivo e farmacêutico são exemplos utilizados por Queiroz para mostrar duas situações contrastantes: uma em que o mercado influencia fortemente a implantação de centros de pesquisa no país; e outra, em que o mercado exerce papel secundário. No primeiro caso, o Brasil consolida-se como o 4º país no mercado automotivo e, segundo o pesquisador, isso é elemento importante para a atração de atividades de engenharia automotiva no Brasil.
Com relação ao setor farmacêutico, a pesquisa depende mais das competências estabelecidas. Para entender bem a diferença, Queiroz dá outro exemplo, sobre um modelo de automóvel fabricado por uma multinacional no Japão e que foi comercializado no Brasil. "Nos primeiros 10 mil quilômetros, o freio ia embora, e quando foram ver o que acontecia, viram que o carro não havia sido projetado para ser dirigido no Brasil", cita.
A necessidade de solucionar o problema, por meio de outra tecnologia especifica para o mercado brasileiro, capaz de adaptar o carro às condições daqui (inclusive levando em conta o tipo de combustível usado no Brasil) é, como se percebe, estritamente ligada ao mercado.
Assim, o mesmo não acontece no setor farmacêutico, em que uma pílula que será vendida aqui será idêntica a que será fornecida ao mundo inteiro, sem a necessidade de adaptação do princípio ativo do produto. Neste caso, o que determina que um país possua um centro de pesquisa para desenvolver esta e novas outras pílulas de uma multinacional não é tanto o mercado, mas as capacidades científicas do país, que envolve um conjunto de fatores que vão da formação de mão de obra qualificada à integração de políticas científicas com a as universidades.
Segundo Queiroz, o Brasil não possui uma integração de políticas educacionais e de ciência e tecnologia como deveria ter, e isso limita mais o desenvolvimento de centros de pesquisa. "O número de doutores em engenharia é muito baixo. O Brasil forma 11 mil doutores por ano, e menos de 12% deles são engenheiros, sendo que quando se observa os números asiáticos, encontra-se mais de 30%", aponta o pesquisador.
Durante a pesquisa, conta Queiroz, ficou clara a necessidade de articulação das políticas científicas que, conforme indicaram algumas multinacionais ouvidas por ele, são muito precárias no Brasil. "As empresas tem uma dificuldade muito grande de ver políticas que vão além dos incentivos. De modo geral, quando o governo lança uma medida que dá ganho tributário, ou qualquer outro tipo de incentivo fiscal, elas imediatamente respondem a isso", argumenta Queiroz.
(Bruno de Pierro)
(Agência Dinheiro Vivo, 27/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76123
"Super rua" diminui acidentes e reduz tempo de viagem
Não é uma rua e nem uma avenida; não é uma via expressa e nem tampouco uma rodovia.
Seus criadores a chamam simplesmente de "super rua".
E, segundo os primeiros testes, as super ruas diminuem significativamente o tempo gasto em cada trajeto e levam "a uma drástica redução nas colisões entre automóveis e ferimentos em acidentes."
Tempo de viagem e acidentes
"O estudo mostrou uma redução de 20 por cento no tempo total de viagem em relação aos cruzamentos similares que usam os modelos de tráfego convencional," afirma Dr. Joe Hummer, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Hummer e seus colegas fizeram a primeira avaliação real deste modelo de tráfego, projetado para atender às necessidades de vias interligação, que normalmente interligam rodovias ou vias expressas de grande tráfego.
Os testes mostraram uma redução de 46% nas colisões de automóveis. E os acidentes que ocorreram tiveram 63% menos feridos do que os acidentes em vias similares com desenho tradicional.
O que são super ruas
Super ruas são vias locais ou de interligação, e não vias expressas.
São vias onde as conversões à esquerda das ruas laterais são redirecionadas, assim como o tráfego das ruas que precisam cruzar a super rua.
Nos dois casos, os motoristas são primeiro obrigados a fazer uma curva à direita e então fazer um retorno em U.
Embora isso possa parecer mais demorado, o estudo mostrou que o resultado prático é uma significativa economia de tempo no trajeto, uma vez que os motoristas não ficam mais parados esperando para virar à esquerda, ou parados no cruzamento, esperando para entrar na via.
Curiosidade interessante
O conceito de super rua não é novo, mas tem permanecido como uma curiosidade, com poucos trabalhos de aferição cuidadosa de suas vantagens ou desvantagens em relação ao sistema tradicional de tráfego.
Segundo Hummer, este foi o maior estudo já feito, envolvendo 16 super ruas implantadas no estado da Carolina do Norte. Os resultados levam em conta tanto super ruas dotadas de semáforos quanto super ruas com fluxo totalmente livre.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-rua&id=010170110127&ebol=sim
Seus criadores a chamam simplesmente de "super rua".
E, segundo os primeiros testes, as super ruas diminuem significativamente o tempo gasto em cada trajeto e levam "a uma drástica redução nas colisões entre automóveis e ferimentos em acidentes."
Tempo de viagem e acidentes
"O estudo mostrou uma redução de 20 por cento no tempo total de viagem em relação aos cruzamentos similares que usam os modelos de tráfego convencional," afirma Dr. Joe Hummer, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Hummer e seus colegas fizeram a primeira avaliação real deste modelo de tráfego, projetado para atender às necessidades de vias interligação, que normalmente interligam rodovias ou vias expressas de grande tráfego.
Os testes mostraram uma redução de 46% nas colisões de automóveis. E os acidentes que ocorreram tiveram 63% menos feridos do que os acidentes em vias similares com desenho tradicional.
O que são super ruas
Super ruas são vias locais ou de interligação, e não vias expressas.
São vias onde as conversões à esquerda das ruas laterais são redirecionadas, assim como o tráfego das ruas que precisam cruzar a super rua.
Nos dois casos, os motoristas são primeiro obrigados a fazer uma curva à direita e então fazer um retorno em U.
Embora isso possa parecer mais demorado, o estudo mostrou que o resultado prático é uma significativa economia de tempo no trajeto, uma vez que os motoristas não ficam mais parados esperando para virar à esquerda, ou parados no cruzamento, esperando para entrar na via.
Curiosidade interessante
O conceito de super rua não é novo, mas tem permanecido como uma curiosidade, com poucos trabalhos de aferição cuidadosa de suas vantagens ou desvantagens em relação ao sistema tradicional de tráfego.
Segundo Hummer, este foi o maior estudo já feito, envolvendo 16 super ruas implantadas no estado da Carolina do Norte. Os resultados levam em conta tanto super ruas dotadas de semáforos quanto super ruas com fluxo totalmente livre.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-rua&id=010170110127&ebol=sim
Casa é construída dentro de laboratório
Casa laboratório
Pesquisadores da Universidade de Salford, no norte da Inglaterra, construíram uma casa inteira dentro de um laboratório para descobrir como ajudar a população do país a economizar energia.
Um quarto de toda a emissão de gases do efeito estufa da Grã-Bretanha tem como fonte as casas do país.
Durante os meses de inverno, muita energia é gasta para aquecer as residências. Por isso, diferentes tipos de isolamento térmico serão testados.
Casa de família
O monitoramento da casa será feito em diferentes condições climáticas - ela será submetida a um frio de até -6ºC e a pancadas de chuva. Os pesquisadores querem saber quanto calor as paredes de tijolos perdem quando estão molhadas.
Em breve, uma família inteira passará a viver na casa e seus hábitos serão analisados.
Os resultados da pesquisa serão divulgados nos próximos três anos.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=casa-dentro-laboratorio&id=010125110128&ebol=sim
Pesquisadores da Universidade de Salford, no norte da Inglaterra, construíram uma casa inteira dentro de um laboratório para descobrir como ajudar a população do país a economizar energia.
Um quarto de toda a emissão de gases do efeito estufa da Grã-Bretanha tem como fonte as casas do país.
Durante os meses de inverno, muita energia é gasta para aquecer as residências. Por isso, diferentes tipos de isolamento térmico serão testados.
Casa de família
O monitoramento da casa será feito em diferentes condições climáticas - ela será submetida a um frio de até -6ºC e a pancadas de chuva. Os pesquisadores querem saber quanto calor as paredes de tijolos perdem quando estão molhadas.
Em breve, uma família inteira passará a viver na casa e seus hábitos serão analisados.
Os resultados da pesquisa serão divulgados nos próximos três anos.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=casa-dentro-laboratorio&id=010125110128&ebol=sim
Dado quântico é armazenado no núcleo de um átomo
Físicos armazenaram informações por 112 segundos naquilo que poderá se tornar a menor memória de computador do mundo: os spins magnéticos nos núcleos de átomos.
A seguir, os pesquisadores leram os dados eletronicamente, recuperando as informações.
Além de avançar a área de spintrônica, este pode ser um grande passo para usar o novo tipo de memória para construir os primeiros computadores quânticos.
Spin nucleares
Se 112 segundos parece pouco, lembre-se que as memórias dos computadores atuais guardam dados por apenas alguns milissegundos - os dados precisam ser atualizados constantemente para que não se percam.
Para os computadores quânticos do futuro, os cientistas acreditam que armazenar os dados no spin do núcleo dos átomos é mais seguro do que armazená-los nos spins dos elétrons, que são mais voláteis - veja Computadores quânticos ficam 5.000% mais viáveis.
"A duração da memória de spin que observamos é mais do que suficiente para criar memórias para computadores," afirmou Christoph Boehme, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. "É uma maneira completamente nova de armazenamento e leitura de informações."
Dados clássicos e dados quânticos
Dois anos atrás, outro grupo de cientistas anunciou ter armazenado dados quânticos por dois segundos dentro de núcleos atômicos, mas eles não conseguiram ler os dados de volta por via eletrônica, como Boehme e seus colegas fizeram agora.
Para isso, eles utilizaram dados clássicos - 0 ou 1 - em vez de dados quânticos - 0 e 1 ao mesmo tempo.
O feito representa literalmente um passo em uma sequência de realizações da equipe, desde 2006:
2006 - Computador quântico: já é possível ler dados armazenados como spins
2008 - Avanço para transistores quânticos, retrocesso para LEDs orgânicos
2010 - Cientistas criam leitor de elétrons individuais
O novo estudo reúne armazenamento quântico nuclear de dados com uma leitura elétrica desses dados, e "é isso o que há de novo," diz Boehme.
Fria realidade
No entanto, o uso prático da técnica ainda esbarra em alguns, digamos, "obstáculos técnicos": o aparato de memória baseado no spin nuclear só funciona a 3,2 Kelvin, ou um pouco acima do zero absoluto.
E o aparelho deve ser cercado por poderosos campos magnéticos, cerca de 200 mil vezes mais fortes do que o campo magnético da Terra.
"Sim, você pode construir imediatamente um chip de memória desta maneira, mas você vai querer um computador que tem de funcionar a 270 graus centígrados abaixo de zero e em um ambiente de um grande laboratório de magnetismo?" brinca Boehme.
"Primeiro vamos aprender como fazê-lo funcionar em temperaturas mais altas, que sejam mais práticos para um computador, e sem esses fortes campos magnéticos para alinhar os spins," diz o cientista.
Bibliografia:
Electronic Spin Storage in an Electrically Readable Nuclear Spin Memory with a Lifetime >100 Seconds
D. R. McCamey, J. Van Tol, G. W. Morley, C. Boehme
Science
Vol.: 330 no. 6011 pp. 1652-1656
DOI: 10.1126/science.1197931
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=dado-quantico-armazenado-nucleo-atomo&id=010110110126&ebol=sim
A seguir, os pesquisadores leram os dados eletronicamente, recuperando as informações.
Além de avançar a área de spintrônica, este pode ser um grande passo para usar o novo tipo de memória para construir os primeiros computadores quânticos.
Spin nucleares
Se 112 segundos parece pouco, lembre-se que as memórias dos computadores atuais guardam dados por apenas alguns milissegundos - os dados precisam ser atualizados constantemente para que não se percam.
Para os computadores quânticos do futuro, os cientistas acreditam que armazenar os dados no spin do núcleo dos átomos é mais seguro do que armazená-los nos spins dos elétrons, que são mais voláteis - veja Computadores quânticos ficam 5.000% mais viáveis.
"A duração da memória de spin que observamos é mais do que suficiente para criar memórias para computadores," afirmou Christoph Boehme, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. "É uma maneira completamente nova de armazenamento e leitura de informações."
Dados clássicos e dados quânticos
Dois anos atrás, outro grupo de cientistas anunciou ter armazenado dados quânticos por dois segundos dentro de núcleos atômicos, mas eles não conseguiram ler os dados de volta por via eletrônica, como Boehme e seus colegas fizeram agora.
Para isso, eles utilizaram dados clássicos - 0 ou 1 - em vez de dados quânticos - 0 e 1 ao mesmo tempo.
O feito representa literalmente um passo em uma sequência de realizações da equipe, desde 2006:
2006 - Computador quântico: já é possível ler dados armazenados como spins
2008 - Avanço para transistores quânticos, retrocesso para LEDs orgânicos
2010 - Cientistas criam leitor de elétrons individuais
O novo estudo reúne armazenamento quântico nuclear de dados com uma leitura elétrica desses dados, e "é isso o que há de novo," diz Boehme.
Fria realidade
No entanto, o uso prático da técnica ainda esbarra em alguns, digamos, "obstáculos técnicos": o aparato de memória baseado no spin nuclear só funciona a 3,2 Kelvin, ou um pouco acima do zero absoluto.
E o aparelho deve ser cercado por poderosos campos magnéticos, cerca de 200 mil vezes mais fortes do que o campo magnético da Terra.
"Sim, você pode construir imediatamente um chip de memória desta maneira, mas você vai querer um computador que tem de funcionar a 270 graus centígrados abaixo de zero e em um ambiente de um grande laboratório de magnetismo?" brinca Boehme.
"Primeiro vamos aprender como fazê-lo funcionar em temperaturas mais altas, que sejam mais práticos para um computador, e sem esses fortes campos magnéticos para alinhar os spins," diz o cientista.
Bibliografia:
Electronic Spin Storage in an Electrically Readable Nuclear Spin Memory with a Lifetime >100 Seconds
D. R. McCamey, J. Van Tol, G. W. Morley, C. Boehme
Science
Vol.: 330 no. 6011 pp. 1652-1656
DOI: 10.1126/science.1197931
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=dado-quantico-armazenado-nucleo-atomo&id=010110110126&ebol=sim
Brasileiros: eles invadiram empresas mundiais de tecnologia
A vontade de inovar e criar levou brasileiros a encontrar em empresas startups o caminho para o sucesso.
Atualmente alguns rostos brasileiros têm aparecido em empresas internacionais, especialmente entre as redes sociais e grandes companhias de tecnologia. Até pouco tempo não existiam muitas oportunidades para levantar financiamento de venture capital no Brasil, por isso, aqueles que tinham ideias inovadoras ou queriam conhecer a filosofia de uma empresa de startup corriam atrás de oportunidades fora do país.
Este foi o caso de Hugo Barra, um engenheiro elétrico que deixou Minas Gerais e hoje faz parte de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Google. Hugo se mandou para Boston, nos Estados Unidos, para fazer um mestrado em computação no MIT, um dos institutos de tecnologia mais importantes do mundo. Lá, reuniu alguns amigos e, juntos, abriram a Lobby7, uma empresa que desenvolvia tecnologias de reconhecimento de voz.
Em pouco tempo, a Lobby7 foi comprada pela Nuance Communications e Barra virou diretor da empresa. Foi lá que o mineiro teve contato com o primeiro celular com o sistema operacional Android. E a partir daí, traçou seu caminho até chegar onde está atualmente: diretor de produtos móveis na Google.
Assim como Hugo, Carol Schimmelpfeng também se infiltrou em uma grande empresa de tecnologia internacional. A advogada paulista, de 32 anos, assumiu a tarefa de desenvolver a versão em português do Twitter. Carol conta que se candidatou à vaga que estava aberta no microblog e apesar da empresa precisar de um engenheiro, ela resolveu tentar de qualquer maneira. Os fundadores Biz Stone e Evan Williams, que sempre entrevistam pessoalmente os candidatos, gostaram do perfil da brasileira e acabaram a contratando.
Já Mike Krieger foi mais além. Ele se formou em Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos, e decidiu ficar no país para trabalhar em empresas de startup. Ele começou na equipe da Meebo e lá aprendeu a filosofia de empresas desse porte. “Quando me formei, em 2008, não conhecia muitas empresas assim no Brasil”, conta.
Já devidamente estabilizado, Mike e seu amigo Kevin Systrom perceberam que muitas pessoas estavam comprando celular com câmeras de qualidade e que, na maioria das vezes, as fotos ficavam “presas” nos smartphones sem serem compartilhadas. Foi aí que surgiu a ideia de criar o Instagram. “Decidimos criar um aplicativo para ajudar neste problema: facilitar o compartilhamento de fotos”, lembra Mike.
Em pouco mais de três meses, o Instagram já acumula mais de 1 milhão de downloads na App Store da Apple e o Brasil está entre os quatro maiores em número de usuários. Segundo Mike, o segredo do sucesso dos brasileiros nessas empreitadas é a criatividade e maleabilidade, que se encaixa perfeitamente em ambientes de startup, onde há mais flexibilidade e oportunidades para inovação.
O mesmo aconteceu com Eduardo Saverin, um dos responsáveis pela criação da rede social mais popular do mundo, o Facebook. Ainda que o site de relacionamento não seja o mais acessado entre os brasileiros, foi um paulista que ajudou a desenvolvê-lo junto com Mark Zuckerberg.
No livro “Bilionários por acaso - A criação do Facebook”, o autor Ben Menzirich conta que, em 2003, Saverin iniciou o curso de Economia na Universidade de Harvard e lá conheceu Mark Zuckerberg. No ano seguinte, eles fundaram o “Thefacebook”, que mais tarde se tornaria a maior rede social do mundo, atualmente com mais de 500 milhões de usuários.
Saverin é resistente a entrevistas e, por isso, surpreendeu a todos quando postou um texto sobre o filme “A Rede Social” no blog de convidados da rede CNBC. Diferente do que muitos imaginavam, Eduardo não usou o espaço para criticar o filme, ele preferiu deixar uma mensagem de incentivo a outros jovens. "Espero que o filme inspire muitas outras pessoas a criar e dar um salto em novos negócios. Com um pouco de sorte, elas poderão mudar o mundo".
Mesmo estando afastado das atividades da rede social, porém ainda com porcentagem da empresa, Eduardo continua investindo em suas ideias. A Qwiki, uma nova empresa de "experiência de informação", recebeu do bilionário US$ 8 milhões no fim de 2010. A empresa, que fez sua estreia em setembro do ano passado, atua como uma enciclopédia interativa, contando histórias ao invés de trazer apenas resultados de busca.
Para saber mais sobre programas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil,
clique aqui
(http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/o-brasil-tambem-pode-ter-seu-vale-do-silicio) e leia na íntegra uma matéria sobre o modelo de negócio proposto no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/brasileiros_eles_invadiram_empresas_mundiais_de_tecnologia
Atualmente alguns rostos brasileiros têm aparecido em empresas internacionais, especialmente entre as redes sociais e grandes companhias de tecnologia. Até pouco tempo não existiam muitas oportunidades para levantar financiamento de venture capital no Brasil, por isso, aqueles que tinham ideias inovadoras ou queriam conhecer a filosofia de uma empresa de startup corriam atrás de oportunidades fora do país.
Este foi o caso de Hugo Barra, um engenheiro elétrico que deixou Minas Gerais e hoje faz parte de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Google. Hugo se mandou para Boston, nos Estados Unidos, para fazer um mestrado em computação no MIT, um dos institutos de tecnologia mais importantes do mundo. Lá, reuniu alguns amigos e, juntos, abriram a Lobby7, uma empresa que desenvolvia tecnologias de reconhecimento de voz.
Em pouco tempo, a Lobby7 foi comprada pela Nuance Communications e Barra virou diretor da empresa. Foi lá que o mineiro teve contato com o primeiro celular com o sistema operacional Android. E a partir daí, traçou seu caminho até chegar onde está atualmente: diretor de produtos móveis na Google.
Assim como Hugo, Carol Schimmelpfeng também se infiltrou em uma grande empresa de tecnologia internacional. A advogada paulista, de 32 anos, assumiu a tarefa de desenvolver a versão em português do Twitter. Carol conta que se candidatou à vaga que estava aberta no microblog e apesar da empresa precisar de um engenheiro, ela resolveu tentar de qualquer maneira. Os fundadores Biz Stone e Evan Williams, que sempre entrevistam pessoalmente os candidatos, gostaram do perfil da brasileira e acabaram a contratando.
Já Mike Krieger foi mais além. Ele se formou em Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos, e decidiu ficar no país para trabalhar em empresas de startup. Ele começou na equipe da Meebo e lá aprendeu a filosofia de empresas desse porte. “Quando me formei, em 2008, não conhecia muitas empresas assim no Brasil”, conta.
Já devidamente estabilizado, Mike e seu amigo Kevin Systrom perceberam que muitas pessoas estavam comprando celular com câmeras de qualidade e que, na maioria das vezes, as fotos ficavam “presas” nos smartphones sem serem compartilhadas. Foi aí que surgiu a ideia de criar o Instagram. “Decidimos criar um aplicativo para ajudar neste problema: facilitar o compartilhamento de fotos”, lembra Mike.
Em pouco mais de três meses, o Instagram já acumula mais de 1 milhão de downloads na App Store da Apple e o Brasil está entre os quatro maiores em número de usuários. Segundo Mike, o segredo do sucesso dos brasileiros nessas empreitadas é a criatividade e maleabilidade, que se encaixa perfeitamente em ambientes de startup, onde há mais flexibilidade e oportunidades para inovação.
O mesmo aconteceu com Eduardo Saverin, um dos responsáveis pela criação da rede social mais popular do mundo, o Facebook. Ainda que o site de relacionamento não seja o mais acessado entre os brasileiros, foi um paulista que ajudou a desenvolvê-lo junto com Mark Zuckerberg.
No livro “Bilionários por acaso - A criação do Facebook”, o autor Ben Menzirich conta que, em 2003, Saverin iniciou o curso de Economia na Universidade de Harvard e lá conheceu Mark Zuckerberg. No ano seguinte, eles fundaram o “Thefacebook”, que mais tarde se tornaria a maior rede social do mundo, atualmente com mais de 500 milhões de usuários.
Saverin é resistente a entrevistas e, por isso, surpreendeu a todos quando postou um texto sobre o filme “A Rede Social” no blog de convidados da rede CNBC. Diferente do que muitos imaginavam, Eduardo não usou o espaço para criticar o filme, ele preferiu deixar uma mensagem de incentivo a outros jovens. "Espero que o filme inspire muitas outras pessoas a criar e dar um salto em novos negócios. Com um pouco de sorte, elas poderão mudar o mundo".
Mesmo estando afastado das atividades da rede social, porém ainda com porcentagem da empresa, Eduardo continua investindo em suas ideias. A Qwiki, uma nova empresa de "experiência de informação", recebeu do bilionário US$ 8 milhões no fim de 2010. A empresa, que fez sua estreia em setembro do ano passado, atua como uma enciclopédia interativa, contando histórias ao invés de trazer apenas resultados de busca.
Para saber mais sobre programas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil,
clique aqui
(http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/o-brasil-tambem-pode-ter-seu-vale-do-silicio) e leia na íntegra uma matéria sobre o modelo de negócio proposto no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/brasileiros_eles_invadiram_empresas_mundiais_de_tecnologia
Carro do futuro vai trafegar por tubos a vácuo
Com o GTBO VIII, passageiros farão o percurso de São Francisco, nos Estados Unidos, até Praga, na República Tcheca em apenas 25 minutos.
A Acabion, empresa suíça fundada por Peter Maskus, ex-engenheiro da Porsche, BMW e Ferrari, encontrou uma solução para o tráfego no futuro. O engenheiro pretende substituir os carros de hoje por um automóvel chamado de GTBO VIII “Da Vinci”.
O carro é um veículo inteiramente elétrico que chega a 375 mph e foi criado para ser 20 vezes mais eficiente que os veículos elétricos de hoje.
De acordo com o site Ubergizmo, Peter previu que em 2050 as cidades terão vias que suportarão veículos bem mais rápidos e, em 2100, o mundo terá tubos a vácuo para percursos de longa distância como de um continente para o outro. E é justamente aí que o GTBO VIII deve funcionar.
Com o tubo a vácuo, o automóvel de Peter vai conseguir alcançar a velocidade ideal para levar alguém de São Francisco, nos Estados Unidos, para Praga, na República Tcheca, em apenas 25 minutos.
Enquanto aguardamos o momento ideal para que o GBTO VIII entre em ação, o jeito é se satisfazer com a foto do veículo e, talvez, com alguns capítulos do desenho Futurama.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/carro_do_futuro_vai_trafegar_por_tubos_a_vacuo
A Acabion, empresa suíça fundada por Peter Maskus, ex-engenheiro da Porsche, BMW e Ferrari, encontrou uma solução para o tráfego no futuro. O engenheiro pretende substituir os carros de hoje por um automóvel chamado de GTBO VIII “Da Vinci”.
O carro é um veículo inteiramente elétrico que chega a 375 mph e foi criado para ser 20 vezes mais eficiente que os veículos elétricos de hoje.
De acordo com o site Ubergizmo, Peter previu que em 2050 as cidades terão vias que suportarão veículos bem mais rápidos e, em 2100, o mundo terá tubos a vácuo para percursos de longa distância como de um continente para o outro. E é justamente aí que o GTBO VIII deve funcionar.
Com o tubo a vácuo, o automóvel de Peter vai conseguir alcançar a velocidade ideal para levar alguém de São Francisco, nos Estados Unidos, para Praga, na República Tcheca, em apenas 25 minutos.
Enquanto aguardamos o momento ideal para que o GBTO VIII entre em ação, o jeito é se satisfazer com a foto do veículo e, talvez, com alguns capítulos do desenho Futurama.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/carro_do_futuro_vai_trafegar_por_tubos_a_vacuo
Intel investe em centros de pesquisas de universidades americanas
Empresa vai aplicar US$ 100 milhões durante os próximos cinco anos. Stanford será primeira universidade a ser contemplada.
A Intel Labs, unidade de pesquisa da fabricante de chips, anunciou nesta quinta-feira (27) que vai investir US$ 100 milhões na área de pesquisa de universidades americanas durante os próximos cinco anos.
De acordo com o site Techcrunch, o primeiro centro será construído na Universidade de Stanford (Califórnia) e vai focar na próxima geração de computação visual. Pesquisadores de Stanford irão colaborar com uma comunidade de pesquisadores de outras sete faculdades.
Segundo a empresa, os processadores Core e os gráficos visuais em 3D serão a chave da plataforma. Outras áreas de pesquisas vão incluir computação visual, mobilidade, segurança e soluções integradas.
A Intel Labs já criou, anteriormente, alguns centros de pesquisas perto de universidades, mas esta é a primeira vez que ela vai colaborar efetivamente. A empresa disse que o novo empreendimento espera dar aos pesquisadores cinco vezes mais recursos do que nas versões anteriores.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/intel_investe_em_centros_de_pesquisas_de_universidades_americanas
A Intel Labs, unidade de pesquisa da fabricante de chips, anunciou nesta quinta-feira (27) que vai investir US$ 100 milhões na área de pesquisa de universidades americanas durante os próximos cinco anos.
De acordo com o site Techcrunch, o primeiro centro será construído na Universidade de Stanford (Califórnia) e vai focar na próxima geração de computação visual. Pesquisadores de Stanford irão colaborar com uma comunidade de pesquisadores de outras sete faculdades.
Segundo a empresa, os processadores Core e os gráficos visuais em 3D serão a chave da plataforma. Outras áreas de pesquisas vão incluir computação visual, mobilidade, segurança e soluções integradas.
A Intel Labs já criou, anteriormente, alguns centros de pesquisas perto de universidades, mas esta é a primeira vez que ela vai colaborar efetivamente. A empresa disse que o novo empreendimento espera dar aos pesquisadores cinco vezes mais recursos do que nas versões anteriores.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/intel_investe_em_centros_de_pesquisas_de_universidades_americanas
O2 quer cobrir o Reino Unido com Wi-Fi gratuito
Até 2013, a O2 pretende dobrar a quantidade de redes Wi-Fi disponíveis no Reino Unido.
A Operadora de telefonia europeia O2 está lançando um projeto no Reino Unido para virtualmente cobrir o país com uma rede de Wi-Fi gratuita, segundo a BBC. O acesso à rede será feito por um sistema simples de login com usuário e senha, e estará disponível para clientes e não-clientes da operadora.
Inicialmente, o projeto criará 450 hotspots ao redor de espaços da empresa para depois expandir o serviço para locais públicos, como restaurantes e lojas. Até 2013, a O2 pretende duplicar o tamanho da rede de Wi-Fi do Reino Unido disponível hoje em dia.
O projeto faz parte da iniciativa da O2 de incentivar o uso de Wi-Fi. "Apenas 20% das pessoas que têm acesso à rede Wi-Fi pública gratuita usam ativamente apesar da maioria dos dispositivos possuírem Wi-Fi", afirmou Tim Sefton, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da O2. Segundo Sefton, os motivos que desencorajam o uso dessas redes são a complexidade de ativação, a qualidade do sinal e a incerteza se as redes são gratuitas ou não.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/o2_quer_cobrir_o_reino_unido_com_wi-fi_gratuito
A Operadora de telefonia europeia O2 está lançando um projeto no Reino Unido para virtualmente cobrir o país com uma rede de Wi-Fi gratuita, segundo a BBC. O acesso à rede será feito por um sistema simples de login com usuário e senha, e estará disponível para clientes e não-clientes da operadora.
Inicialmente, o projeto criará 450 hotspots ao redor de espaços da empresa para depois expandir o serviço para locais públicos, como restaurantes e lojas. Até 2013, a O2 pretende duplicar o tamanho da rede de Wi-Fi do Reino Unido disponível hoje em dia.
O projeto faz parte da iniciativa da O2 de incentivar o uso de Wi-Fi. "Apenas 20% das pessoas que têm acesso à rede Wi-Fi pública gratuita usam ativamente apesar da maioria dos dispositivos possuírem Wi-Fi", afirmou Tim Sefton, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da O2. Segundo Sefton, os motivos que desencorajam o uso dessas redes são a complexidade de ativação, a qualidade do sinal e a incerteza se as redes são gratuitas ou não.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/o2_quer_cobrir_o_reino_unido_com_wi-fi_gratuito
Como cuidar de sua câmera digital
Dave Johnson, PC World EUA
27-01-2011
Ganhou uma nova câmera? Siga nossas dicas para tirar o máximo de seus recursos e mantê-la funcionando por muito mais tempo.
Você ganhou uma nova câmera no Natal? Eu ganhei, e estou bastante animado com a Nikon D7000 que encontrei embaixo da árvore. Se você teve a mesma sorte, aqui estão algumas coisas que você pode fazer para tirar o máximo de seu novo “brinquedo”, não importa o modelo.
Leia também
» Como escolher uma câmera digital
http://pcworld.uol.com.br/dicas/2010/09/28/como-escolher-uma-camera-digital/
» Entenda a linguagem da fotografia
http://pcworld.uol.com.br/dicas/2010/10/01/entenda-a-linguagem-da-fotografia/
Leia o manual
Deveria ser óbvio, mas são poucas as pessoas que lêem o manual do usuário que vem junto com a câmera. Não há nada errado em experimentar e descobrir os recursos por conta própria, mas eu aconselho fortemente que você encontre um tempo para ler o manual ainda no primeiro mês com ela. Mas há uma forma “certa” de fazer isso.
Minha recomendação é que você arrange uma tarde livre de compromissos ou distrações e se sente em uma poltrona confortável com uma xícara de chocolate quente, sua câmera, uma caneta e o manual. Comece a folheá-lo: você não precisa ler atentamente todas as páginas, ou vai acabar dormindo.
A cada seção, identifique sobre o que ela se trata e se pergunte se você sabe ou não usar esta função. Se sabe, pule para a próxima seção. Se não sabe, leia com atenção e imediatamente pegue a câmera para testar o que acabou de aprender. Se fizer isso você irá compreender melhor as informações, e se lembrará delas mais facilmente quando precisar.
Quando encontrar um recurso que você não sabe como usar, faça anotações na contracapa do manual. Está será sua “cola”, para que você não tenha que folhear o manual inteiro para se lembrar de como formatar o cartão de memória ou mudar o padrão de medição de luz. Você também pode anotar idéias sobre como ou quando usar um recurso interessante mas obscuro, como a “compensação do flash”. E aproveite o chocolate.
Troque as lentes
Se você é o feliz proprietário de uma nova câmera D-SLR, sugiro que comece a pensar em aumentar sua coleçao de lentes. Um dos maiores benefícios de uma SLR é o sistema de lentes intercambiáveis que lhe permite modificar a distância focal de acordo com a cena a ser fotografada. Eu tenho três lentes: uma lente macro de 105mm para fotos da natureza em close, uma lente de uso geral de 18-200mm que levo para todo lugar e uma lente telephoto de 400mm para quando preciso fotografar objetos distantes.
Dê uma olhada na lente que veio com sua SLR, geralmente conhecida como “kit lens” (lente do kit - porque é parte do kit que inclui também o corpo da câmera): ela provavelmente não é uma lente ruim, mas também não é das melhores. Você pode expandir suas possibilidades no mundo da fotografia usando lentes mais rápidas. A abertura máxima de sua lente do kit é provavelmente algo entre f/3.5 e f/5.6, o que limita as possibilidades quando você quer fotografar dentro de casa ou em locais com pouca luz. Experimente uma lente f/2.
Arrange uma bolsa para transporte
Como cuidar da câmera? Pra começo de conversa, coloque ela em uma bolsa de transporte. Um modelo acolchoado e de tamanho adequado vai ajudá-lo a manter a câmera limpa e protegida. Ela também permite que você mantenha os vários acessórios (cartões de memória, baterias, carregador, cabo USB, lentes extras) em um único local fácil de encontrar. Outro benefício: com uma bolsa posso deixar que meus filhos carreguem todo meu equipamento sem medo de que eles o derrubem no caminho.
Mantenha-a limpa e seca
Se você tem uma bolsa de transporte, já está na metade do caminho para isso. Lembre-se que a vasta maioria das câmeras no mercado - mesmo que se pareçam com tanques de guerra - não foi feita para sobreviver à exposição a ambientes hostis. Elas definitivamente não são à prova d’água (com a exceção de alguns poucos modelos), então nem pense em tirar fotos dentro da piscina.
Atenção: a chuva conta como “água”! Não tente fotografar durante uma tempestade. Se quiser fotografar ao ar livre com tempo ruim, procure pelo menos uma capa de chuva para sua câmera: há vários modelos baratos à disposição na internet, procure por tempos como “digital camera rain cover” em sites especializados.
Não use ar comprimido
Sei que você quer manter sua câmera limpinha, mas resista à tentação de comprar uma lata de ar comprimido na loja mais próxima. Ele pode ser perigoso para as câmeras, especialmente se você não for muito cuidadoso. Por exemplo, se você chacoalhar a lata pode acabar espalhando propelente sobre a lente. Ar comprimido também pode forçar partículas de sujeira para dentro de partes que não são seladas, o que pode levar à contaminação do sensor. Meu conselho: arrange um bom pano para limpeza de lentes e um pincel, e deixe o ar comprimido na loja.
Desligue antes de mexer
Por fim, um conselho que você não ouve com frequência, mas que deve ser mantido em mente: desligue sua câmera antes de fazer qualquer coisa com ela. Isso inclui trocar lentes, cartões de memória e conectar ou desconectar cabos. Tudo deve ser feito com a câmera desligada.
Se sua câmera estiver ligada e tentando gravar dados no cartão de memória, por exemplo, removê-lo irá provavelmente arruinar o cartão e tudo o que estiver armazenado nele. Da mesma forma, trocar lentes com a câmera ligada aumenta as chances de atrair poeira para o sensor. É um cuidado simples porém importante, que ajudará sua câmera a durar mais tempo.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2011/01/27/como-cuidar-de-sua-camera-digital/
27-01-2011
Ganhou uma nova câmera? Siga nossas dicas para tirar o máximo de seus recursos e mantê-la funcionando por muito mais tempo.
Você ganhou uma nova câmera no Natal? Eu ganhei, e estou bastante animado com a Nikon D7000 que encontrei embaixo da árvore. Se você teve a mesma sorte, aqui estão algumas coisas que você pode fazer para tirar o máximo de seu novo “brinquedo”, não importa o modelo.
Leia também
» Como escolher uma câmera digital
http://pcworld.uol.com.br/dicas/2010/09/28/como-escolher-uma-camera-digital/
» Entenda a linguagem da fotografia
http://pcworld.uol.com.br/dicas/2010/10/01/entenda-a-linguagem-da-fotografia/
Leia o manual
Deveria ser óbvio, mas são poucas as pessoas que lêem o manual do usuário que vem junto com a câmera. Não há nada errado em experimentar e descobrir os recursos por conta própria, mas eu aconselho fortemente que você encontre um tempo para ler o manual ainda no primeiro mês com ela. Mas há uma forma “certa” de fazer isso.
Minha recomendação é que você arrange uma tarde livre de compromissos ou distrações e se sente em uma poltrona confortável com uma xícara de chocolate quente, sua câmera, uma caneta e o manual. Comece a folheá-lo: você não precisa ler atentamente todas as páginas, ou vai acabar dormindo.
A cada seção, identifique sobre o que ela se trata e se pergunte se você sabe ou não usar esta função. Se sabe, pule para a próxima seção. Se não sabe, leia com atenção e imediatamente pegue a câmera para testar o que acabou de aprender. Se fizer isso você irá compreender melhor as informações, e se lembrará delas mais facilmente quando precisar.
Quando encontrar um recurso que você não sabe como usar, faça anotações na contracapa do manual. Está será sua “cola”, para que você não tenha que folhear o manual inteiro para se lembrar de como formatar o cartão de memória ou mudar o padrão de medição de luz. Você também pode anotar idéias sobre como ou quando usar um recurso interessante mas obscuro, como a “compensação do flash”. E aproveite o chocolate.
Troque as lentes
Se você é o feliz proprietário de uma nova câmera D-SLR, sugiro que comece a pensar em aumentar sua coleçao de lentes. Um dos maiores benefícios de uma SLR é o sistema de lentes intercambiáveis que lhe permite modificar a distância focal de acordo com a cena a ser fotografada. Eu tenho três lentes: uma lente macro de 105mm para fotos da natureza em close, uma lente de uso geral de 18-200mm que levo para todo lugar e uma lente telephoto de 400mm para quando preciso fotografar objetos distantes.
Dê uma olhada na lente que veio com sua SLR, geralmente conhecida como “kit lens” (lente do kit - porque é parte do kit que inclui também o corpo da câmera): ela provavelmente não é uma lente ruim, mas também não é das melhores. Você pode expandir suas possibilidades no mundo da fotografia usando lentes mais rápidas. A abertura máxima de sua lente do kit é provavelmente algo entre f/3.5 e f/5.6, o que limita as possibilidades quando você quer fotografar dentro de casa ou em locais com pouca luz. Experimente uma lente f/2.
Arrange uma bolsa para transporte
Como cuidar da câmera? Pra começo de conversa, coloque ela em uma bolsa de transporte. Um modelo acolchoado e de tamanho adequado vai ajudá-lo a manter a câmera limpa e protegida. Ela também permite que você mantenha os vários acessórios (cartões de memória, baterias, carregador, cabo USB, lentes extras) em um único local fácil de encontrar. Outro benefício: com uma bolsa posso deixar que meus filhos carreguem todo meu equipamento sem medo de que eles o derrubem no caminho.
Mantenha-a limpa e seca
Se você tem uma bolsa de transporte, já está na metade do caminho para isso. Lembre-se que a vasta maioria das câmeras no mercado - mesmo que se pareçam com tanques de guerra - não foi feita para sobreviver à exposição a ambientes hostis. Elas definitivamente não são à prova d’água (com a exceção de alguns poucos modelos), então nem pense em tirar fotos dentro da piscina.
Atenção: a chuva conta como “água”! Não tente fotografar durante uma tempestade. Se quiser fotografar ao ar livre com tempo ruim, procure pelo menos uma capa de chuva para sua câmera: há vários modelos baratos à disposição na internet, procure por tempos como “digital camera rain cover” em sites especializados.
Não use ar comprimido
Sei que você quer manter sua câmera limpinha, mas resista à tentação de comprar uma lata de ar comprimido na loja mais próxima. Ele pode ser perigoso para as câmeras, especialmente se você não for muito cuidadoso. Por exemplo, se você chacoalhar a lata pode acabar espalhando propelente sobre a lente. Ar comprimido também pode forçar partículas de sujeira para dentro de partes que não são seladas, o que pode levar à contaminação do sensor. Meu conselho: arrange um bom pano para limpeza de lentes e um pincel, e deixe o ar comprimido na loja.
Desligue antes de mexer
Por fim, um conselho que você não ouve com frequência, mas que deve ser mantido em mente: desligue sua câmera antes de fazer qualquer coisa com ela. Isso inclui trocar lentes, cartões de memória e conectar ou desconectar cabos. Tudo deve ser feito com a câmera desligada.
Se sua câmera estiver ligada e tentando gravar dados no cartão de memória, por exemplo, removê-lo irá provavelmente arruinar o cartão e tudo o que estiver armazenado nele. Da mesma forma, trocar lentes com a câmera ligada aumenta as chances de atrair poeira para o sensor. É um cuidado simples porém importante, que ajudará sua câmera a durar mais tempo.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2011/01/27/como-cuidar-de-sua-camera-digital/
Google restringe buscas por conteúdo pirata no Instant Search
(Klaus Junginger com informações do searchengineland.com)
A medida vem no vácuo das promessas da Google em combater a pirataria e proteger os usuários da exibição de conteúdo inapropriado.
Depois de anunciar, em dezembro de 2010, que o recurso de busca instantânea Google Instant Search não seria funcional quando as palavras digitadas na caixa de buscas explicitarem interesse por conteúdo de cunho adulto, agora a Google resolveu estender essa política às buscas por conteúdo pirateado.
Entre os termos que não apresentam mais o recurso de autocompletar (do suggest monitor) e resultados instantâneos estão palavras chave como torrent, bittorrent e rapidshare. Basta digitar esses termos na janela de pesquisa do Google.com com o Instant ativado para perceber que estes recursos não estarão presentes.
A empresa BitTorrent, sediada em San Francisco, na Califórnia, e responsável pelo desenvolvimento do protocolo P2P de mesmo nome, demonstrou descontentamento com essa atitude da Google. No entanto, o vice-presidente da companhia, Simon Morris, declarou em entrevista ao site Searchengineland que respeita a decisão da empresa em dar continuidade ao combate contra disseminação de conteúdo ilegal em seu serviços de buscas.
Mas o sistema ainda não está livre de falhas. É notável que buscas por termos como "movies download" ou "download movies" ou, ainda "2012 download" ou nomes de sites de compartilhamento como o Rapidshare passam despercebidas pelo protocolo "moral", da empresa comandada por Larry Page.
Contatada, a Google do Brasil ainda não se manifestou a respeito.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/01/27/google-restringe-buscas-por-conteudo-pirata-no-instant-search/
A medida vem no vácuo das promessas da Google em combater a pirataria e proteger os usuários da exibição de conteúdo inapropriado.
Depois de anunciar, em dezembro de 2010, que o recurso de busca instantânea Google Instant Search não seria funcional quando as palavras digitadas na caixa de buscas explicitarem interesse por conteúdo de cunho adulto, agora a Google resolveu estender essa política às buscas por conteúdo pirateado.
Entre os termos que não apresentam mais o recurso de autocompletar (do suggest monitor) e resultados instantâneos estão palavras chave como torrent, bittorrent e rapidshare. Basta digitar esses termos na janela de pesquisa do Google.com com o Instant ativado para perceber que estes recursos não estarão presentes.
A empresa BitTorrent, sediada em San Francisco, na Califórnia, e responsável pelo desenvolvimento do protocolo P2P de mesmo nome, demonstrou descontentamento com essa atitude da Google. No entanto, o vice-presidente da companhia, Simon Morris, declarou em entrevista ao site Searchengineland que respeita a decisão da empresa em dar continuidade ao combate contra disseminação de conteúdo ilegal em seu serviços de buscas.
Mas o sistema ainda não está livre de falhas. É notável que buscas por termos como "movies download" ou "download movies" ou, ainda "2012 download" ou nomes de sites de compartilhamento como o Rapidshare passam despercebidas pelo protocolo "moral", da empresa comandada por Larry Page.
Contatada, a Google do Brasil ainda não se manifestou a respeito.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/01/27/google-restringe-buscas-por-conteudo-pirata-no-instant-search/
Google libera kit de desenvolvimento para o Android 3.0
(John Cox)
Voltada para tablets, versão também inclui recursos corporativos como políticas administrativas que impõem uso de criptografia e expiração de senha.
A Google lançou uma prévia do kit de desenvolvimento de software (SDK) para o Android 3.0, versão projetada especificamente para tablets. Para atender ao mercado corporativo, o Android SDK inclui novas políticas administrativas voltadas para a implantação de tablets neste segmento, incluindo recursos como armazenamento criptografado e expiração de senha.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27/1), no blog de desenvolvedores do Android, e foi escrito por Xavier Ducrohet, chefe de tecnologia do kit de desenvolvimento da plataforma móvel. Já há alguns meses a Google vem exibindo versões em desenvolvimento do Android 3.0, também chamado de Honeycomb. A primeira demonstração ocorreu em maio de 2010 na conferência Google I/O.
Interface do Android 3.0 otimizada para tablets
O Android 3.0 apresenta um novo tema de interface 'holográfica' e muitos novos recursos. Para os desenvolvedores, o Honeycomb oferecerá ferramentas para o desenvolvimento de aplicativos para tablets e também para adaptar os aplicativos já existentes para a nova interface. Alguns destaques do Honeycomb podem ser vistos online, clicando aqui.
Com o novo SDK, os desenvolvedores podem finalmente começam a testar suas aplicações e se acostumar com os novos recursos e APIs. No entanto, Ducrohet avisa que o sistema não é final e ainda poderá sofrer mudanças até o fim do desenvolvimento.
O Honeycomb será capaz de rodar em dispositivos com processadores com um ou dois núcleos, já que foi otimizado para ambos. Além disso, o sistema vai suportar novos recursos multimídia, incluindo suporte a HTTP Live Streaming, e trará um novo sistema de gerenciamento de direitos digitais (DRM).
O Android 3.0 inclui novas APIs para Bluetooth Advanced Audio Distribution Profile (A2DP), para streaming de áudio para um fone de ouvido ou alto-falantes, como também Bluetooth Headset Profile (HSP), para deixar um fone de ouvido Bluetooth se conectar a outro em um PC ou telefone celular.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/01/27/google-libera-kit-de-desenvolvimento-para-o-android-3.0/
Voltada para tablets, versão também inclui recursos corporativos como políticas administrativas que impõem uso de criptografia e expiração de senha.
A Google lançou uma prévia do kit de desenvolvimento de software (SDK) para o Android 3.0, versão projetada especificamente para tablets. Para atender ao mercado corporativo, o Android SDK inclui novas políticas administrativas voltadas para a implantação de tablets neste segmento, incluindo recursos como armazenamento criptografado e expiração de senha.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27/1), no blog de desenvolvedores do Android, e foi escrito por Xavier Ducrohet, chefe de tecnologia do kit de desenvolvimento da plataforma móvel. Já há alguns meses a Google vem exibindo versões em desenvolvimento do Android 3.0, também chamado de Honeycomb. A primeira demonstração ocorreu em maio de 2010 na conferência Google I/O.
Interface do Android 3.0 otimizada para tablets
O Android 3.0 apresenta um novo tema de interface 'holográfica' e muitos novos recursos. Para os desenvolvedores, o Honeycomb oferecerá ferramentas para o desenvolvimento de aplicativos para tablets e também para adaptar os aplicativos já existentes para a nova interface. Alguns destaques do Honeycomb podem ser vistos online, clicando aqui.
Com o novo SDK, os desenvolvedores podem finalmente começam a testar suas aplicações e se acostumar com os novos recursos e APIs. No entanto, Ducrohet avisa que o sistema não é final e ainda poderá sofrer mudanças até o fim do desenvolvimento.
O Honeycomb será capaz de rodar em dispositivos com processadores com um ou dois núcleos, já que foi otimizado para ambos. Além disso, o sistema vai suportar novos recursos multimídia, incluindo suporte a HTTP Live Streaming, e trará um novo sistema de gerenciamento de direitos digitais (DRM).
O Android 3.0 inclui novas APIs para Bluetooth Advanced Audio Distribution Profile (A2DP), para streaming de áudio para um fone de ouvido ou alto-falantes, como também Bluetooth Headset Profile (HSP), para deixar um fone de ouvido Bluetooth se conectar a outro em um PC ou telefone celular.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/01/27/google-libera-kit-de-desenvolvimento-para-o-android-3.0/
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Dicas para lidar com mudanças no comando
A chegada de um novo superior é sempre motivo de preocupação. Saiba como lidar com essa nova realidade.
Por PAUL GLEN, DA COMPUTERWORLD/EUA
Poucas experiências na vida profissional equivalem à chegada de um novo superior. É diferente de mudar de seção e passar a responder para outro profissional, pois nesse caso existe a excitação e o nervosismo intrínsecos à promoção e à mudança de área.
Um novo chefe
A chegada de um novo chefe desperta um mix de apreensão e insegurança no ambiente, pois alguns profissionais se perguntam se o novo líder não virá acompanhado de sua entourage, o que coloca em xeque as posições de outros colaboradores. Também desperta questionamentos sobre como o seu desempenho será avaliado e se as esperadas promoções serão efetivadas.
Todas essas questões trazem embutidas uma carga emocional grande e podem comprometer o trabalho, impedindo até que a nova liderança “decole” de maneira proveitosa e sem muito vento de cauda. Cabe aos funcionários se prepararem quando tais circunstâncias se aproximam. Vale, ainda, estender toda a preocupação à nova condição do superior e reconhecer que os seus sentimentos de insegurança, desconfiança e receio não figuram entre as principais questões da agenda do recém introduzido chefe. Este tem de digerir a mudança, junto com as próprias emoções.
Cartilha para ajudar a lidar com a nova direção
Comece imaginando quais serão as atribuições do seu novo chefe. Não é muito difícil, basta avaliar com clareza as condições do núcleo que ficará sob seu comando e sob quais circunstâncias o antigo superior deixou a área. Teria a partida do antigo líder sido involuntária? Ele foi promovido ou mudou para a concorrência? Era querido ou detestado pelos colegas de trabalho?
Os desafios desse novo chefe serão proporcionais à condição em que encontra o núcleo que passa a comandar. Se estiver tudo em ordem e a supervisão anterior for adepta da ordem e da harmonia no local de trabalho, certamente a entrada de um novo líder será menos traumática. Diferente de alguém que chega em uma repartição que mais lembra um campo de batalhas com corpos estirados pelo chão. Vale a pena considerar todas essas variáveis na hora de bolar uma estratégia de comportamento ao passar a se reportar para outro profissional.
As listas
Use as informações desse primeiro conjunto para desenvolver mais a sua percepção de como trabalhar melhor com o novo colaborador. De cunho íntimo, essas informações que deve considerar em seguida, não deverão ser exibidas publicamente. A primeira lista terá de abrigar o título: “O que o novo chefe poderia fazer para dar cabo de todos nossos problemas”, em uma segunda lista relacione “O que o novo chefe pode fazer para estragar o que funciona muitíssimo bem”.
Uma vez compostas essas listas, confronte seu conteúdo com os reais motivos que o induziram a escrevê-las.
Uma vez livres de ruídos emocionais e norteadas pela mais pura razão, recomponha essas listas e adicione nelas informações que acredita serem essenciais para o novo líder ter melhor compreensão acerca de suas atribuições e condições do núcleo. Descreva de que maneira acredita poder auxiliar o desenvolvimento dos negócios, respeitando a cultura organizacional e as pessoas. Novamente, releia a lista e tenha certeza de estar tudo lá, explicitado e exposto de maneira razoável.
A aproximação
Agora, vale controlar a ansiedade de querer mostrar ao superior todo o conteúdo das relações. Logo, na primeira reunião que tiver com ele(a) exponha apenas os títulos e os temas gerais – não o(a) sufoque com detalhes.
Afinal, o primeiro encontro com o(a) chefe serve para firmar uma parceria laboral que dará o legítimo direito de, mais adiante, expor minuciosamente seus pontos de vista e construir uma imagem de respeito.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/26/dicas-para-lidar-com-mudancas-no-comando/
Por PAUL GLEN, DA COMPUTERWORLD/EUA
Poucas experiências na vida profissional equivalem à chegada de um novo superior. É diferente de mudar de seção e passar a responder para outro profissional, pois nesse caso existe a excitação e o nervosismo intrínsecos à promoção e à mudança de área.
Um novo chefe
A chegada de um novo chefe desperta um mix de apreensão e insegurança no ambiente, pois alguns profissionais se perguntam se o novo líder não virá acompanhado de sua entourage, o que coloca em xeque as posições de outros colaboradores. Também desperta questionamentos sobre como o seu desempenho será avaliado e se as esperadas promoções serão efetivadas.
Todas essas questões trazem embutidas uma carga emocional grande e podem comprometer o trabalho, impedindo até que a nova liderança “decole” de maneira proveitosa e sem muito vento de cauda. Cabe aos funcionários se prepararem quando tais circunstâncias se aproximam. Vale, ainda, estender toda a preocupação à nova condição do superior e reconhecer que os seus sentimentos de insegurança, desconfiança e receio não figuram entre as principais questões da agenda do recém introduzido chefe. Este tem de digerir a mudança, junto com as próprias emoções.
Cartilha para ajudar a lidar com a nova direção
Comece imaginando quais serão as atribuições do seu novo chefe. Não é muito difícil, basta avaliar com clareza as condições do núcleo que ficará sob seu comando e sob quais circunstâncias o antigo superior deixou a área. Teria a partida do antigo líder sido involuntária? Ele foi promovido ou mudou para a concorrência? Era querido ou detestado pelos colegas de trabalho?
Os desafios desse novo chefe serão proporcionais à condição em que encontra o núcleo que passa a comandar. Se estiver tudo em ordem e a supervisão anterior for adepta da ordem e da harmonia no local de trabalho, certamente a entrada de um novo líder será menos traumática. Diferente de alguém que chega em uma repartição que mais lembra um campo de batalhas com corpos estirados pelo chão. Vale a pena considerar todas essas variáveis na hora de bolar uma estratégia de comportamento ao passar a se reportar para outro profissional.
As listas
Use as informações desse primeiro conjunto para desenvolver mais a sua percepção de como trabalhar melhor com o novo colaborador. De cunho íntimo, essas informações que deve considerar em seguida, não deverão ser exibidas publicamente. A primeira lista terá de abrigar o título: “O que o novo chefe poderia fazer para dar cabo de todos nossos problemas”, em uma segunda lista relacione “O que o novo chefe pode fazer para estragar o que funciona muitíssimo bem”.
Uma vez compostas essas listas, confronte seu conteúdo com os reais motivos que o induziram a escrevê-las.
Uma vez livres de ruídos emocionais e norteadas pela mais pura razão, recomponha essas listas e adicione nelas informações que acredita serem essenciais para o novo líder ter melhor compreensão acerca de suas atribuições e condições do núcleo. Descreva de que maneira acredita poder auxiliar o desenvolvimento dos negócios, respeitando a cultura organizacional e as pessoas. Novamente, releia a lista e tenha certeza de estar tudo lá, explicitado e exposto de maneira razoável.
A aproximação
Agora, vale controlar a ansiedade de querer mostrar ao superior todo o conteúdo das relações. Logo, na primeira reunião que tiver com ele(a) exponha apenas os títulos e os temas gerais – não o(a) sufoque com detalhes.
Afinal, o primeiro encontro com o(a) chefe serve para firmar uma parceria laboral que dará o legítimo direito de, mais adiante, expor minuciosamente seus pontos de vista e construir uma imagem de respeito.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/26/dicas-para-lidar-com-mudancas-no-comando/
Software monitora atividades indevidas na empresa
Conheça os principais diferenciais e as funcionalidades do software que promove a segurança da sua empresa.
A IBM tem um software de segurança preparado para monitorar automaticamente a aplicação e uso de dados em toda a empresa e alerta imediatamente os administradores de qualquer atividade indevida.
De acordo com estimativas da indústria, em média, uma violação de dados pode custar a uma empresa entre cem a duzentos dólares por cada registo comprometido. O InfoSphere Guardium permite a simplificação dos processos de conformidade e segurança das organizações com um único conjunto de controles centralizados e automatizados para uma gama mais larga de aplicações e base de dados das empresas. Além das suas capacidades de monitorização automatizada, o novo software ajuda os clientes a cumprirem com a regulação mais facilmente ao fornecer controle de informação mais precisa assegurando a privacidade e a integridade de dados corporativos e simplificando auditorias.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/seguranca/noticias/software_monitora_atividades_indevidas_na_empresa
A IBM tem um software de segurança preparado para monitorar automaticamente a aplicação e uso de dados em toda a empresa e alerta imediatamente os administradores de qualquer atividade indevida.
De acordo com estimativas da indústria, em média, uma violação de dados pode custar a uma empresa entre cem a duzentos dólares por cada registo comprometido. O InfoSphere Guardium permite a simplificação dos processos de conformidade e segurança das organizações com um único conjunto de controles centralizados e automatizados para uma gama mais larga de aplicações e base de dados das empresas. Além das suas capacidades de monitorização automatizada, o novo software ajuda os clientes a cumprirem com a regulação mais facilmente ao fornecer controle de informação mais precisa assegurando a privacidade e a integridade de dados corporativos e simplificando auditorias.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/seguranca/noticias/software_monitora_atividades_indevidas_na_empresa
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Departamentos de TI podem parar na nuvem
É uma significativa quebra de paradigma. Sequer o item segurança escapa desse futuro. Equivale a aceitar correr determinados riscos.
A morte definitiva do departamento de TI, da forma como é conhecido até hoje, foi decretada. Na perspectiva da direção, não faz sentido continuar a pagar por uma prestação de serviços que se assemelha a de um encanador. Se o tema TI for mencionado em reuniões no conselho da corporação, certamente serão sugeridos os cortes no orçamento da divisão. Em seu lugar, entrarão a virtualização e as nuvens privadas – quem achar que essas duas tecnologias vêm com o intuito de salvar as atribuições da TI, está redondamente enganado.
Projetos de implementar departamentos de TI locais devem ser postos no gelo, pois as chances de serem terceirizados para organizações na Índia ou na China ou de ir parar na nuvem são grandes. Aos departamentos de TI que já funcionam a pleno vapor nas companhias restará o rebaixamento.
Sequer o item segurança escapa desse futuro. Em épocas pós-crise, as organizações reduziram os orçamentos para esse item e – de maneira geral – não houve sérias conseqüências. Equivale a aceitar correr determinados riscos. Possivelmente, os provedores de soluções em TI tentem incrementar os serviços com tecnologias, tais como DLP (Data Loss Prevention – prevenção contra a perda de dados, em tradução livre do inglês) e SEIM (gestão de eventos e de informações), mas não espere espaço no orçamento para tais soluções.
Cabe a TI se adaptar ao novo panorama. Ao conversar com um executivo ou com fornecedores, a sensação é de novos dilemas e habilidades estarem na agenda para o ano que vem. Selecionamos uma lista de eventos para os quais é melhor preparar a equipe da TI nos próximos 18 meses.
Gestão de dispositivos móveis
O ano de 2010 foi uma prova contundente dessa nova realidade em TI. Afinal, o fato de o diretor geral de TI do Banco Crédit Suisse anunciar o encerramento do suporte a toda sorte de dispositivos móveis, deve ter alguma importância.
Para a maioria das plataformas móveis, a segurança atingiu níveis razoáveis em 2010. Durante uma recente conferência com vários CIOs, chegou-se à conclusão de que a dominância dos BlackBerries para uso corporativo havia chegado ao fim. Os colaboradores irão escolher sozinhos os seus aparelhos e basta que esses dispositivos atendam às requisições de segurança para terem entrada garantida no ambiente da empresa.
O que as companhias esperam dos departamentos de TI permanece uma mistura de várias soluções inviáveis ou incompatíveis.
As contradições são óbvias: demandam por sistemas abertos, porém seguros. Exigem-se as últimas tecnologias, mas sem complicar. Desenvolver plataformas que sejam dinâmicas e atendam a uma gama de demandas imposta por sistemas comerciais. Enfim, fazer mais com menos – essa é a imposição que bate às portas da TI constantemente.
E é melhor se acostumar a isso.
As estruturas de TI das corporações podem variar em seu naipe, mas o que se espera delas é invariavelmente um jeito otimizado de suportar os negócios.
Analytics – puro oportunismo
Pense nas plataformas de analytics e como têm sido alvo de generosos investimentos. Atualmente, o foco das TIs tem estado predominantemente voltado às questões internas – a observar como se desenvolvem as cadeias produtivas e as cargas de trabalho. E isso é essencial. Ainda assim, passada uma década desde a chagada de sistema ERP e MRP, acredito que tenha chegado a hora de libertar o olhar da clausura dos muros da organização.
A verdadeira vantagem competitiva reside, hoje em dia, em compreender o mercado, os clientes e as tendências de consumo. Nesse quesito, as soluções de analytics são absolutamente indispensáveis.
Mesmo com todo o investimento realizado nesse segmento, ele permanece mal interpretado e é justamente nessa área que uma TI capacitada pode intervir de maneira mais do que positiva. Gestão de grandes bases de dados não é mais um desafio para as TIs e é a saída para depurar as informações entregues pelas plataformas de analytics.
Outro segmento que vale muito a pena observar são os dispositivos móveis. Vale ultrapassar a perspectiva focada em controle de dados e avaliar de que forma os aplicativos podem impulsionar os negócios da empresa. O mesmo vale para tecnologias que estão chegando, como é o caso do código HTML5 e tecnologias relacionadas.
Plataformas colaborativas
Tal política, que permite a vários departamentos colabor no desenvolvimento de plataformas e de soluções, tem sido ovacionada e adotada por CIOs de grandes corporações. Exemplo disso é o que ocorre na Disney Interactive, GE Healthcare e DuPont. Os executivos da PriceWaterhouseCoopers, empresa de auditoria de enorme peso, chama esses CIOs de “criadores de valor”, por terem um olhar que ultrapassa questões fundamentais e limitantes, transformando toda a cadeia de colaboradores em uma unidade geradora de inovação. Obviamente, tal colaboração não funciona sem uma TI bem organizada, capaz de executar os frutos do desenvolvimento coletivo. Uma perspectiva que vá além dos firewalls é essencial aos analistas de mercado, aos software, aos sistemas e arquitetos de dados, aos CSOs etc. A lista é interminável.
Inclua os colegas no planejamento
Uma excelente estratégia é envolver os executivos de maior conhecimento em assuntos de tecnologia para acompanharem de longe o andamento dos processos na TI.
Na lista de potenciais candidatos para ajudar no acompanhamento dos processos das TIs, estão gerentes de projeto, gerentes de produtos e arquitetos da informação, ou seja, não está tudo depositado exclusivamente nas mãos dos analistas de negócios. Todavia, cabe esclarecer os limites do projeto e outras condições sine quanon. Gerenciar um projeto no modelo colaborativo traz excelentes resultados quando a equipe está bem informada sobre os limites do projeto.
Atualmente, os desenvolvedores de produtos adotam em ritmo crescente as tecnologias empregadas nas TIs, mas também lançam mão de recursos que a TI despreza. Ocorre que, à medida que essas tecnologias ganham em importância, sua integração com o ambiente da TI fica cada vez maior. São sistemas de CRM, SCM e vários outros. Um bom exemplo desse leque de tecnologias consolidadas em um só lugar são grandes websites corporativos. Nesse ambiente, o envolvimento da TI é mínimo, mesmo porque os servidores são, muitas vezes, externos.
Imagine um automóvel capaz de rastrear a localização do dono e que consiga aprender os hábitos do proprietário com o propósito de ajustar o consumo de combustível a um nível otimizado. Para realizar tal operação, o fabricante do automóvel terá de se conectar a um sistema que colhe as informações do carro e devolver as soluções. O mesmo pode ser dito de um fabricante de refrigerantes, que realiza ações de marketing em redes sociais. Esse fabricante precisa de acesso aos dados do consumidor para mensurar a freqüência de acessos e avaliar as questões de segurança – áreas que são largamente ignoradas pelos desenvolvedores de produtos.
Em circunstâncias dessa natureza, quais seriam as atribuições da TI, além de lidar com as rotinas dos processos? Será que a TI pode participar ativamente no desenvolvimento de produtos, da mesma forma que analistas de negócios auxiliam os trabalhos em outras unidade a fim de aprender e a ajudar nos ajustes de processos realizados pela corporação? Possivelmente, os desenvolvedores de produtos devam assumir as tarefas mais inovadoras da TI, ou seja, desenvolver e posicionar novos produtos, de aplicativos para redes sociais a plataforma para dispositivos móveis, deixando as atribuições de ERP e de backup a cargo da TI.
O novo lema da TI: Pense diferente
O antigo lema da Apple “Pense diferente” é um grande mantra. Ele serve para as equipes de TI lidarem abertamente com o ideário que as novas gerações tecnológicas trazem consigo. Pode parecer radical, mas tudo a que a TI estava acostumada deve ser esquecido, não vale mais.
A necessidade da TI se adaptar aos negócios deixa evidente que ela não faz parte dos negócios da empresa é cruel e vai contra o princípio que sugere a introdução da TI no grupo central e orientado às estratégias de marketing e de desenvolvimento de produtos e de serviços. Por outro lado, a TI raramente encara os negócio da corporação como sendo de sua responsabilidade, o que motiva a segregação do departamento ainda mais.
O estereótipo da TI
É essencial que a TI se livre do estigma alimentado por outros colaboradores da corporação. Vendas e marketing, por exemplo, são departamentos que só têm a ganhar com uma relação mais estreita junto a TI.
O mercado vem dando claros sinais d como deve se desenvolver daqui em diante. Cabe a você, tirar a TI da sala de máquinas e trazer para o centro da corporação.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/20/departamentos-de-ti-podem-parar-na-nuvem/
A morte definitiva do departamento de TI, da forma como é conhecido até hoje, foi decretada. Na perspectiva da direção, não faz sentido continuar a pagar por uma prestação de serviços que se assemelha a de um encanador. Se o tema TI for mencionado em reuniões no conselho da corporação, certamente serão sugeridos os cortes no orçamento da divisão. Em seu lugar, entrarão a virtualização e as nuvens privadas – quem achar que essas duas tecnologias vêm com o intuito de salvar as atribuições da TI, está redondamente enganado.
Projetos de implementar departamentos de TI locais devem ser postos no gelo, pois as chances de serem terceirizados para organizações na Índia ou na China ou de ir parar na nuvem são grandes. Aos departamentos de TI que já funcionam a pleno vapor nas companhias restará o rebaixamento.
Sequer o item segurança escapa desse futuro. Em épocas pós-crise, as organizações reduziram os orçamentos para esse item e – de maneira geral – não houve sérias conseqüências. Equivale a aceitar correr determinados riscos. Possivelmente, os provedores de soluções em TI tentem incrementar os serviços com tecnologias, tais como DLP (Data Loss Prevention – prevenção contra a perda de dados, em tradução livre do inglês) e SEIM (gestão de eventos e de informações), mas não espere espaço no orçamento para tais soluções.
Cabe a TI se adaptar ao novo panorama. Ao conversar com um executivo ou com fornecedores, a sensação é de novos dilemas e habilidades estarem na agenda para o ano que vem. Selecionamos uma lista de eventos para os quais é melhor preparar a equipe da TI nos próximos 18 meses.
Gestão de dispositivos móveis
O ano de 2010 foi uma prova contundente dessa nova realidade em TI. Afinal, o fato de o diretor geral de TI do Banco Crédit Suisse anunciar o encerramento do suporte a toda sorte de dispositivos móveis, deve ter alguma importância.
Para a maioria das plataformas móveis, a segurança atingiu níveis razoáveis em 2010. Durante uma recente conferência com vários CIOs, chegou-se à conclusão de que a dominância dos BlackBerries para uso corporativo havia chegado ao fim. Os colaboradores irão escolher sozinhos os seus aparelhos e basta que esses dispositivos atendam às requisições de segurança para terem entrada garantida no ambiente da empresa.
O que as companhias esperam dos departamentos de TI permanece uma mistura de várias soluções inviáveis ou incompatíveis.
As contradições são óbvias: demandam por sistemas abertos, porém seguros. Exigem-se as últimas tecnologias, mas sem complicar. Desenvolver plataformas que sejam dinâmicas e atendam a uma gama de demandas imposta por sistemas comerciais. Enfim, fazer mais com menos – essa é a imposição que bate às portas da TI constantemente.
E é melhor se acostumar a isso.
As estruturas de TI das corporações podem variar em seu naipe, mas o que se espera delas é invariavelmente um jeito otimizado de suportar os negócios.
Analytics – puro oportunismo
Pense nas plataformas de analytics e como têm sido alvo de generosos investimentos. Atualmente, o foco das TIs tem estado predominantemente voltado às questões internas – a observar como se desenvolvem as cadeias produtivas e as cargas de trabalho. E isso é essencial. Ainda assim, passada uma década desde a chagada de sistema ERP e MRP, acredito que tenha chegado a hora de libertar o olhar da clausura dos muros da organização.
A verdadeira vantagem competitiva reside, hoje em dia, em compreender o mercado, os clientes e as tendências de consumo. Nesse quesito, as soluções de analytics são absolutamente indispensáveis.
Mesmo com todo o investimento realizado nesse segmento, ele permanece mal interpretado e é justamente nessa área que uma TI capacitada pode intervir de maneira mais do que positiva. Gestão de grandes bases de dados não é mais um desafio para as TIs e é a saída para depurar as informações entregues pelas plataformas de analytics.
Outro segmento que vale muito a pena observar são os dispositivos móveis. Vale ultrapassar a perspectiva focada em controle de dados e avaliar de que forma os aplicativos podem impulsionar os negócios da empresa. O mesmo vale para tecnologias que estão chegando, como é o caso do código HTML5 e tecnologias relacionadas.
Plataformas colaborativas
Tal política, que permite a vários departamentos colabor no desenvolvimento de plataformas e de soluções, tem sido ovacionada e adotada por CIOs de grandes corporações. Exemplo disso é o que ocorre na Disney Interactive, GE Healthcare e DuPont. Os executivos da PriceWaterhouseCoopers, empresa de auditoria de enorme peso, chama esses CIOs de “criadores de valor”, por terem um olhar que ultrapassa questões fundamentais e limitantes, transformando toda a cadeia de colaboradores em uma unidade geradora de inovação. Obviamente, tal colaboração não funciona sem uma TI bem organizada, capaz de executar os frutos do desenvolvimento coletivo. Uma perspectiva que vá além dos firewalls é essencial aos analistas de mercado, aos software, aos sistemas e arquitetos de dados, aos CSOs etc. A lista é interminável.
Inclua os colegas no planejamento
Uma excelente estratégia é envolver os executivos de maior conhecimento em assuntos de tecnologia para acompanharem de longe o andamento dos processos na TI.
Na lista de potenciais candidatos para ajudar no acompanhamento dos processos das TIs, estão gerentes de projeto, gerentes de produtos e arquitetos da informação, ou seja, não está tudo depositado exclusivamente nas mãos dos analistas de negócios. Todavia, cabe esclarecer os limites do projeto e outras condições sine quanon. Gerenciar um projeto no modelo colaborativo traz excelentes resultados quando a equipe está bem informada sobre os limites do projeto.
Atualmente, os desenvolvedores de produtos adotam em ritmo crescente as tecnologias empregadas nas TIs, mas também lançam mão de recursos que a TI despreza. Ocorre que, à medida que essas tecnologias ganham em importância, sua integração com o ambiente da TI fica cada vez maior. São sistemas de CRM, SCM e vários outros. Um bom exemplo desse leque de tecnologias consolidadas em um só lugar são grandes websites corporativos. Nesse ambiente, o envolvimento da TI é mínimo, mesmo porque os servidores são, muitas vezes, externos.
Imagine um automóvel capaz de rastrear a localização do dono e que consiga aprender os hábitos do proprietário com o propósito de ajustar o consumo de combustível a um nível otimizado. Para realizar tal operação, o fabricante do automóvel terá de se conectar a um sistema que colhe as informações do carro e devolver as soluções. O mesmo pode ser dito de um fabricante de refrigerantes, que realiza ações de marketing em redes sociais. Esse fabricante precisa de acesso aos dados do consumidor para mensurar a freqüência de acessos e avaliar as questões de segurança – áreas que são largamente ignoradas pelos desenvolvedores de produtos.
Em circunstâncias dessa natureza, quais seriam as atribuições da TI, além de lidar com as rotinas dos processos? Será que a TI pode participar ativamente no desenvolvimento de produtos, da mesma forma que analistas de negócios auxiliam os trabalhos em outras unidade a fim de aprender e a ajudar nos ajustes de processos realizados pela corporação? Possivelmente, os desenvolvedores de produtos devam assumir as tarefas mais inovadoras da TI, ou seja, desenvolver e posicionar novos produtos, de aplicativos para redes sociais a plataforma para dispositivos móveis, deixando as atribuições de ERP e de backup a cargo da TI.
O novo lema da TI: Pense diferente
O antigo lema da Apple “Pense diferente” é um grande mantra. Ele serve para as equipes de TI lidarem abertamente com o ideário que as novas gerações tecnológicas trazem consigo. Pode parecer radical, mas tudo a que a TI estava acostumada deve ser esquecido, não vale mais.
A necessidade da TI se adaptar aos negócios deixa evidente que ela não faz parte dos negócios da empresa é cruel e vai contra o princípio que sugere a introdução da TI no grupo central e orientado às estratégias de marketing e de desenvolvimento de produtos e de serviços. Por outro lado, a TI raramente encara os negócio da corporação como sendo de sua responsabilidade, o que motiva a segregação do departamento ainda mais.
O estereótipo da TI
É essencial que a TI se livre do estigma alimentado por outros colaboradores da corporação. Vendas e marketing, por exemplo, são departamentos que só têm a ganhar com uma relação mais estreita junto a TI.
O mercado vem dando claros sinais d como deve se desenvolver daqui em diante. Cabe a você, tirar a TI da sala de máquinas e trazer para o centro da corporação.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/20/departamentos-de-ti-podem-parar-na-nuvem/
Artigo: O departamento de TI vai morrer. E agora?
Na perspectiva da direção, não faz sentido continuar a pagar por uma prestação de serviços que se assemelha a de um encanador.
A morte definitiva do departamento de TI, da forma como é conhecido até hoje, foi decretada. Na perspectiva da direção, não faz sentido continuar a pagar por uma prestação de serviços que se assemelha a de um encanador. Se o tema TI for mencionado em reuniões no conselho da corporação, certamente serão sugeridos os cortes no orçamento da divisão. Em seu lugar, entrarão a virtualização e as nuvens privadas – quem achar que essas duas tecnologias vêm com o intuito de salvar as atribuições da TI, está redondamente enganado.
Projetos de implementar departamentos de TI locais devem ser postos no gelo, pois as chances de serem terceirizados para organizações na Índia ou na China ou de ir parar na nuvem são grandes. Aos departamentos de TI que já funcionam a pleno vapor nas companhias restará o rebaixamento.
Sequer o item segurança escapa desse futuro. Em épocas pós-crise, as organizações reduziram os orçamentos para esse item e – de maneira geral – não houve sérias conseqüências. Equivale a aceitar correr determinados riscos. Possivelmente, os provedores de soluções em TI tentem incrementar os serviços com tecnologias, tais como DLP (Data Loss Prevention – prevenção contra a perda de dados) e SEIM (gestão de eventos e de informações), mas não espere espaço no orçamento para tais soluções.
Cabe a TI se adaptar ao novo panorama. Ao conversar com um executivo ou com fornecedores, a sensação é de novos dilemas e habilidades estarem na agenda para o ano que vem. Selecionamos uma lista de eventos para os quais é melhor preparar a equipe da TI nos próximos 18 meses.
Leia a matéria completa na Computerworld
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/20/departamentos-de-ti-podem-parar-na-nuvem/
(Galen Gruman)
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2011/01/26/artigo-o-departamento-de-ti-vai-morrer-e-agora/
A morte definitiva do departamento de TI, da forma como é conhecido até hoje, foi decretada. Na perspectiva da direção, não faz sentido continuar a pagar por uma prestação de serviços que se assemelha a de um encanador. Se o tema TI for mencionado em reuniões no conselho da corporação, certamente serão sugeridos os cortes no orçamento da divisão. Em seu lugar, entrarão a virtualização e as nuvens privadas – quem achar que essas duas tecnologias vêm com o intuito de salvar as atribuições da TI, está redondamente enganado.
Projetos de implementar departamentos de TI locais devem ser postos no gelo, pois as chances de serem terceirizados para organizações na Índia ou na China ou de ir parar na nuvem são grandes. Aos departamentos de TI que já funcionam a pleno vapor nas companhias restará o rebaixamento.
Sequer o item segurança escapa desse futuro. Em épocas pós-crise, as organizações reduziram os orçamentos para esse item e – de maneira geral – não houve sérias conseqüências. Equivale a aceitar correr determinados riscos. Possivelmente, os provedores de soluções em TI tentem incrementar os serviços com tecnologias, tais como DLP (Data Loss Prevention – prevenção contra a perda de dados) e SEIM (gestão de eventos e de informações), mas não espere espaço no orçamento para tais soluções.
Cabe a TI se adaptar ao novo panorama. Ao conversar com um executivo ou com fornecedores, a sensação é de novos dilemas e habilidades estarem na agenda para o ano que vem. Selecionamos uma lista de eventos para os quais é melhor preparar a equipe da TI nos próximos 18 meses.
Leia a matéria completa na Computerworld
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/20/departamentos-de-ti-podem-parar-na-nuvem/
(Galen Gruman)
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2011/01/26/artigo-o-departamento-de-ti-vai-morrer-e-agora/
Será que o que vemos é o começo do fim do webmail?
Por Keir Thomas, da PC World/EUA
Pesquisa revela que uso de e-mail só cresce entre os mais velhos, e adolescentes o substituem por redes sociais; mudança poderá custar caro.
O número de pessoas que acessam sites de webmail, como Hotmail e Gmail, está em declínio, de acordo com uma pesquisa recente da comScore.
Na comparação de novembro de 2010 com o mesmo mês de 2009, a empresa de pesquisas descobriu uma queda de 6% no total de visitantes desses sites.
Além disso, o tempo gasto nos sites caiu 10% de ano para ano.
Pode a nuvem do webmail estar se dissipando tão rapidamente qunanto se formou? Talvez não. Mas os sinais não são bons para aqueles que têm utilizado os serviços de alta qualidade oferecidos por gigantes como Google e Microsoft. À medida que o padrão de uso se altera, as duas empresas tentarão cada vez mais tirar dinheiro de seus usuários.
A queda de visitantes foi ainda maior entre adolescentes na faixa dos 12 aos 17 anos: 24%. Os números de engajamento - a quantidade de tempo gasta no site, medida em minutos e páginas visitadas - caiu pela metade.
Adolescentes dão uma dica do que pode ter sido o culpado pela mudança: os serviços de mensagens construídos dentro dos sites de rede social. Esse público fica tanto tempo no Facebook que ele se torna uma "concha para a Internet" que raramente tenta sair de seus limites. Mudar para um site diferente apenas para ver uma mensagem é bobagem. O serviço de correio do Facebook não é perfeito, mas é bom o suficiente para uso leve (embora as coisas tendam e melhorar).
Para grupos geralmente excluídos das redes sociais por causa de sua idade, o webmail mostrou o tipo de crescimento que poderíamos esperar: dos que têm 55 anos ou mais, houve um aumento de 16% em termos de visitantes, na comparação com 2009. Entre os maiores de 65 anos, o aumento foi de 8%.
Celulares são ameaça
A maior ameaça vem dos aparelhos móveis. A pesquisa mostrou um crescimento de 36% no acesso a e-mail por dispositivos móveis. Contudo, não está claro como o e-mail tem sido entregue - se por serviços de push ou via caixas POP3 comuns, por exemplo, ou mesmo via webmail móvel.
O fato é que o cenário é este: as coisas estão mudando no mundo do e-mail, e nós poderemos estar prestes a assistir ao maior terremoto desde que o próprio webmail foi lançado, via Hotmail, em 1996. A queda em visitantes nos serviços de webmail não passará despercebida.
Os usuários não poderão sair bem dessa história. Atualmente, temos uma quantidade estonteante de serviços, de graça. O Gmail oferece mensagens livres de anúncio, acesso POP3/IMAP (para que o e-mail possa ser recebido por qualquer cliente de e-mail), quantidades insanas de armazenamento, além de vários outros recursos que fazem do uso do serviço um sonho.
Como usuários, tudo que é exigido de nós é esbarrar incidentalmente em anúncios aqui e ali, e algumas vezes clicamos nos que parecem mais interessantes. Se o Gmail (ou o Hotmail) faz dinheiro com isso, não importa. Nós ainda vivemos os dias loucos da adolescência da Internet; não acabe com a festa fazendo perguntas!
Mas continua sendo importante tentar fazer dinheiro, e é por isso que existem os anúncios. No entanto, se as pessoas não os veem mais porque estão usando outro método de receber e-mail além do website, pode ser que alguém no cada vez mais burocrático Google comece a entrar em pânico.
Pessoas em pânico fazem coisas tolas, e podemos imaginar o que poderá ocorrer: anúncios em mensagens, limitações no número de mensagens baixadas via POP3/IMAP, tarifas de "upgrade" para funções adicionais, e por aí vai. A Microsoft poderia começar a fazer este tipo de coisa agora mesmo com seu Hotmail, não fosse a concorrência do Gmail.
E a publicidade, onde entra?
O maior problema que desponta no horizonte é que a tecnologia móvel é bastante resistente à publicidade.
Uma tela pequena torna imperdoável esbarrar com um banner aqui e ali, por exemplo. Anúncios popup são impossíveis. O único caminho seria anúncios intrusivos que costumam atrair a ira dos usuários - como os anúncios-portão que precisam ser vistos antes que o usuário veja o conteúdo que lhe interessa, por exemplo, ou acrescentar publicidade ao conteúdo sem a permissão do usuário.
Não há dúvida que o Facebook reagirá a tais tentativas, amarrando seu futuro serviço de mensagens a um produto maior que oferecerá todos os tipos de valor adicional e que já conta com um sistema de anúncios não obtrusivos. De fato, como a experiência com o Google Wave provou, o caminho à frente poderá ser estender o e-mail além das mensagens. Mas a Google teve pouco sucesso nisso.
A comScore foi rápida ao apontar na pesquisa que o e-mail ainda é um dos serviços online mais populares, alcançando 70% da população dos Estados Unidos todo mês. A sede por serviços de e-mail talvez nunca morrerá, mas a forma como as gigantes de TI saciam seus desejos tende a mudar à medida que o tempo passa.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/01/26/sera-que-estamos-a-beira-de-assistir-ao-comeco-do-fim-do-webmail/
Pesquisa revela que uso de e-mail só cresce entre os mais velhos, e adolescentes o substituem por redes sociais; mudança poderá custar caro.
O número de pessoas que acessam sites de webmail, como Hotmail e Gmail, está em declínio, de acordo com uma pesquisa recente da comScore.
Na comparação de novembro de 2010 com o mesmo mês de 2009, a empresa de pesquisas descobriu uma queda de 6% no total de visitantes desses sites.
Além disso, o tempo gasto nos sites caiu 10% de ano para ano.
Pode a nuvem do webmail estar se dissipando tão rapidamente qunanto se formou? Talvez não. Mas os sinais não são bons para aqueles que têm utilizado os serviços de alta qualidade oferecidos por gigantes como Google e Microsoft. À medida que o padrão de uso se altera, as duas empresas tentarão cada vez mais tirar dinheiro de seus usuários.
A queda de visitantes foi ainda maior entre adolescentes na faixa dos 12 aos 17 anos: 24%. Os números de engajamento - a quantidade de tempo gasta no site, medida em minutos e páginas visitadas - caiu pela metade.
Adolescentes dão uma dica do que pode ter sido o culpado pela mudança: os serviços de mensagens construídos dentro dos sites de rede social. Esse público fica tanto tempo no Facebook que ele se torna uma "concha para a Internet" que raramente tenta sair de seus limites. Mudar para um site diferente apenas para ver uma mensagem é bobagem. O serviço de correio do Facebook não é perfeito, mas é bom o suficiente para uso leve (embora as coisas tendam e melhorar).
Para grupos geralmente excluídos das redes sociais por causa de sua idade, o webmail mostrou o tipo de crescimento que poderíamos esperar: dos que têm 55 anos ou mais, houve um aumento de 16% em termos de visitantes, na comparação com 2009. Entre os maiores de 65 anos, o aumento foi de 8%.
Celulares são ameaça
A maior ameaça vem dos aparelhos móveis. A pesquisa mostrou um crescimento de 36% no acesso a e-mail por dispositivos móveis. Contudo, não está claro como o e-mail tem sido entregue - se por serviços de push ou via caixas POP3 comuns, por exemplo, ou mesmo via webmail móvel.
O fato é que o cenário é este: as coisas estão mudando no mundo do e-mail, e nós poderemos estar prestes a assistir ao maior terremoto desde que o próprio webmail foi lançado, via Hotmail, em 1996. A queda em visitantes nos serviços de webmail não passará despercebida.
Os usuários não poderão sair bem dessa história. Atualmente, temos uma quantidade estonteante de serviços, de graça. O Gmail oferece mensagens livres de anúncio, acesso POP3/IMAP (para que o e-mail possa ser recebido por qualquer cliente de e-mail), quantidades insanas de armazenamento, além de vários outros recursos que fazem do uso do serviço um sonho.
Como usuários, tudo que é exigido de nós é esbarrar incidentalmente em anúncios aqui e ali, e algumas vezes clicamos nos que parecem mais interessantes. Se o Gmail (ou o Hotmail) faz dinheiro com isso, não importa. Nós ainda vivemos os dias loucos da adolescência da Internet; não acabe com a festa fazendo perguntas!
Mas continua sendo importante tentar fazer dinheiro, e é por isso que existem os anúncios. No entanto, se as pessoas não os veem mais porque estão usando outro método de receber e-mail além do website, pode ser que alguém no cada vez mais burocrático Google comece a entrar em pânico.
Pessoas em pânico fazem coisas tolas, e podemos imaginar o que poderá ocorrer: anúncios em mensagens, limitações no número de mensagens baixadas via POP3/IMAP, tarifas de "upgrade" para funções adicionais, e por aí vai. A Microsoft poderia começar a fazer este tipo de coisa agora mesmo com seu Hotmail, não fosse a concorrência do Gmail.
E a publicidade, onde entra?
O maior problema que desponta no horizonte é que a tecnologia móvel é bastante resistente à publicidade.
Uma tela pequena torna imperdoável esbarrar com um banner aqui e ali, por exemplo. Anúncios popup são impossíveis. O único caminho seria anúncios intrusivos que costumam atrair a ira dos usuários - como os anúncios-portão que precisam ser vistos antes que o usuário veja o conteúdo que lhe interessa, por exemplo, ou acrescentar publicidade ao conteúdo sem a permissão do usuário.
Não há dúvida que o Facebook reagirá a tais tentativas, amarrando seu futuro serviço de mensagens a um produto maior que oferecerá todos os tipos de valor adicional e que já conta com um sistema de anúncios não obtrusivos. De fato, como a experiência com o Google Wave provou, o caminho à frente poderá ser estender o e-mail além das mensagens. Mas a Google teve pouco sucesso nisso.
A comScore foi rápida ao apontar na pesquisa que o e-mail ainda é um dos serviços online mais populares, alcançando 70% da população dos Estados Unidos todo mês. A sede por serviços de e-mail talvez nunca morrerá, mas a forma como as gigantes de TI saciam seus desejos tende a mudar à medida que o tempo passa.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/01/26/sera-que-estamos-a-beira-de-assistir-ao-comeco-do-fim-do-webmail/
Uma decisão de peso
Cilindro que é referência internacional para 1kg perdeu massa e deve ser substituído
Um quilograma já não é mais tão pesado. A referência internacional para a medida - um
bloco conhecido como "Le Grand K" (o grande K) - está 50 microgramas mais leve, o equivalente a um grão de areia. Parece uma alteração insignificante, mas foi o suficiente para que pesquisadores de todo o mundo se bandeassem na segunda-feira (24/1) para Londres. Debruçados sobre a estrutura metálica, eles tentam responder dois enigmas: como ela perdeu sustança, e que símbolo poderia substituí-la.
O "Le Grand K" é um cilindro de platina e irídio, feito em Londres na segunda metade do século XIX. Em 1889, o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em inglês) o reconheceu como símbolo mundial de quanto equivale um quilo. Desde então, ele está em um abrigo subterrâneo em Sévres, nos arredores de Paris, protegido por cápsulas de vidro. Cópias idênticas foram distribuídas entre países que usam o sistema métrico.
A estrutura original, no entanto, pouco saiu da toca. O bloco só deu as caras três vezes - em todas para "calibrar" suas cópias, certificando-se de que todos os países mediam um quilo exatamente da mesma forma. Nessas raras ocasiões, no entanto, surgiu a desconfiança de que o "Le Grand K" não é tão estável como deveria.
Para os especialistas em metrologia - a ciência que estuda pesos e medidas -, o emagrecimento do bloco é preocupante. Na década passada, o BIPM comprometeu-se a encontrar um substituto para o "Le Grand K" em 2011. Já se sabe, no entanto, que esta meta não será cumprida.
- Não conseguimos atingir o nível de certeza necessário entre as diversas abordagens internacionais para redefinir o quilograma - lamenta Victor Loayza, chefe do Laboratório de Massa da Divisão de Metrologia Mecânica do Inmetro. - É provável que só tenhamos essa concordância em 2015.
Para Loayza, o emagrecimento do bloco de metal pode se agravar em, no máximo, 20 anos. Assim, provocaria um efeito cascata, até chegar ao consumidor. Toda a escala de peso estaria comprometida, visto que outros valores, como gramas e toneladas, são definidos a partir do quilo.
- É provável que essa perda de peso seja antiga e, pior, aumente com o tempo - alerta. - Se não for tomada uma providência, haverá um efeito em cadeia. Uma incerteza do "Le Grande K", o protótipo internacional, é propagada para os laboratórios nacionais. De lá, afetariam os laboratórios de calibração, e, por último, os consumidores.
O BIPM é o responsável por instituir o valor de sete unidades básicas. São elas, acompanhadas por sua grandeza: metro (comprimento), segundo (tempo), ampere (corrente elétrica), Kelvin (temperatura), mol (quantidade de substância) e candela (intensidade luminosa).
O quilograma (massa) encerra a lista. É, também, a única ainda definida a partir de um objeto físico. E os pesquisadores querem acabar com isso.
- A distância de um metro, por exemplo, já foi definida pelo espaço que separava dois pontos em uma barra de metal - explica Loayza. - Mas a barra passou por uma degradação parecida com a que o cilindro teve agora. Agora, o que demarca um metro é a velocidade da luz - a distância percorrida por ela em uma determinada fração de segundo. Os pesquisadores reunidos em Londres conduzem experimentos para estabelecer uma ligação entre massa e a constante de Planck, um dos conceitos fundamentais da física quântica.
"Atingimos este consenso internacional. No futuro, o uso dessa escala vai redefinir o valor do quilo", revelou o físico Michael Stock, do BIPM, em comunicado divulgado na segundo-feira (24/1).
(Renato Grandelle)
(O Globo, 25/1)
fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76082
Um quilograma já não é mais tão pesado. A referência internacional para a medida - um
bloco conhecido como "Le Grand K" (o grande K) - está 50 microgramas mais leve, o equivalente a um grão de areia. Parece uma alteração insignificante, mas foi o suficiente para que pesquisadores de todo o mundo se bandeassem na segunda-feira (24/1) para Londres. Debruçados sobre a estrutura metálica, eles tentam responder dois enigmas: como ela perdeu sustança, e que símbolo poderia substituí-la.
O "Le Grand K" é um cilindro de platina e irídio, feito em Londres na segunda metade do século XIX. Em 1889, o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em inglês) o reconheceu como símbolo mundial de quanto equivale um quilo. Desde então, ele está em um abrigo subterrâneo em Sévres, nos arredores de Paris, protegido por cápsulas de vidro. Cópias idênticas foram distribuídas entre países que usam o sistema métrico.
A estrutura original, no entanto, pouco saiu da toca. O bloco só deu as caras três vezes - em todas para "calibrar" suas cópias, certificando-se de que todos os países mediam um quilo exatamente da mesma forma. Nessas raras ocasiões, no entanto, surgiu a desconfiança de que o "Le Grand K" não é tão estável como deveria.
Para os especialistas em metrologia - a ciência que estuda pesos e medidas -, o emagrecimento do bloco é preocupante. Na década passada, o BIPM comprometeu-se a encontrar um substituto para o "Le Grand K" em 2011. Já se sabe, no entanto, que esta meta não será cumprida.
- Não conseguimos atingir o nível de certeza necessário entre as diversas abordagens internacionais para redefinir o quilograma - lamenta Victor Loayza, chefe do Laboratório de Massa da Divisão de Metrologia Mecânica do Inmetro. - É provável que só tenhamos essa concordância em 2015.
Para Loayza, o emagrecimento do bloco de metal pode se agravar em, no máximo, 20 anos. Assim, provocaria um efeito cascata, até chegar ao consumidor. Toda a escala de peso estaria comprometida, visto que outros valores, como gramas e toneladas, são definidos a partir do quilo.
- É provável que essa perda de peso seja antiga e, pior, aumente com o tempo - alerta. - Se não for tomada uma providência, haverá um efeito em cadeia. Uma incerteza do "Le Grande K", o protótipo internacional, é propagada para os laboratórios nacionais. De lá, afetariam os laboratórios de calibração, e, por último, os consumidores.
O BIPM é o responsável por instituir o valor de sete unidades básicas. São elas, acompanhadas por sua grandeza: metro (comprimento), segundo (tempo), ampere (corrente elétrica), Kelvin (temperatura), mol (quantidade de substância) e candela (intensidade luminosa).
O quilograma (massa) encerra a lista. É, também, a única ainda definida a partir de um objeto físico. E os pesquisadores querem acabar com isso.
- A distância de um metro, por exemplo, já foi definida pelo espaço que separava dois pontos em uma barra de metal - explica Loayza. - Mas a barra passou por uma degradação parecida com a que o cilindro teve agora. Agora, o que demarca um metro é a velocidade da luz - a distância percorrida por ela em uma determinada fração de segundo. Os pesquisadores reunidos em Londres conduzem experimentos para estabelecer uma ligação entre massa e a constante de Planck, um dos conceitos fundamentais da física quântica.
"Atingimos este consenso internacional. No futuro, o uso dessa escala vai redefinir o valor do quilo", revelou o físico Michael Stock, do BIPM, em comunicado divulgado na segundo-feira (24/1).
(Renato Grandelle)
(O Globo, 25/1)
fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76082
Ucrânia recorreu aos EUA por foguete com o Brasil
País queria que EUA ajudassem a fortalecer empresa brasileiro-ucraniana
A Ucrânia recorreu aos EUA para tentar fortalecer a sua parceria com o Brasil para lançar satélites da base de Alcântara (MA), mostram documentos do WikiLeaks.
Segundo um telegrama escrito pelo diplomata americano no Brasil Clifford Sobel, em fevereiro de 2009, o país europeu teria pedido ajuda aos americanos por meio de seu embaixador no Brasil, Volodymyr Lakomov.
Isso porque os EUA são o grande mercado mundial de satélites -40% dos satélites do mundo são americanos.
Se o país definir que jamais vai lançá-los no Brasil, a ACS (Alcântara Cyclone Space, empresa binacional responsável pelo projeto brasileiro-ucraniano) se torna menos viável.
Os ucranianos queriam que os EUA deixassem claro seu interesse em lançar seus satélites de Alcântara.
Segundo eles, se não fizessem isso, os russos, que estariam apenas "esperando nos bastidores", então "preencheriam o espaço vazio" -uma aproximação entre Brasil e Rússia no campo espacial desagradaria aos EUA.
Os americanos, então, disseram até ter interesse em apoiar os foguetes de Alcântara. Nos telegramas, deixam claro gostar da parceria entre o Brasil e a Ucrânia, "desde que ela não resultasse em transferência de tecnologia de foguetes [que a Ucrânia tem] para o Brasil" -o país entraria apenas com o sítio de lançamentos.
Justamente para evitar que os brasileiros tivessem tecnologia de lançamento de satélites, os diplomatas americanos escreveram que os EUA "têm uma antiga política de não "encorajar'" as tentativas do Brasil de desenvolver um foguete sozinho (o VLS).
Os diplomatas americanos disseram, porém, que só poderiam apoiar o foguete ucraniano caso o Brasil assinasse um acordo de salvaguardas tecnológicas com eles. Um acordo assim foi vetado em 2003 pelo Congresso Nacional, que acreditava que ele violaria a soberania do Brasil. As salvaguardas incluíam concessão de áreas sob controle direto e exclusivo dos EUA e licença para inspeções americanas sem prévio aviso ao Brasil.
Em outro telegrama, o diplomata Patrick Linehan reclamava que os EUA até tentavam "avançar com um acordo sobre lançamentos espaciais" com o Brasil, mas dizia que as "súplicas" americanas "encontram sempre o silêncio" como resposta.
Segundo ele, o Brasil se mostra muito disponível para discutir assuntos "de interesse marginal", como "ciência, educação e ambiente", mas que foge quando os assuntos são negócios ou propriedade intelectual. ""[O Brasil tem] hipersensibilidade em questões que considera infringirem a sua soberania", e isso pode ser visto como "sinal de imaturidade política", dizia.
"Muitos brasileiros acreditam que os EUA têm interesses na Amazônia", exemplificava. A ACS deve custar ao país quase R$ 1 bilhão.
Com o tamanho limitado do mercado de lançamentos comerciais de satélites, a empresa pode ficar deficitária por até duas décadas. A promessa é iniciar as operações ainda em 2012.
A Folha e outros seis jornais do mundo têm acesso aos telegramas do WikiLeaks antes da sua divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch).
(Ricardo Mioto)
(Folha de SP, 25/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76078
A Ucrânia recorreu aos EUA para tentar fortalecer a sua parceria com o Brasil para lançar satélites da base de Alcântara (MA), mostram documentos do WikiLeaks.
Segundo um telegrama escrito pelo diplomata americano no Brasil Clifford Sobel, em fevereiro de 2009, o país europeu teria pedido ajuda aos americanos por meio de seu embaixador no Brasil, Volodymyr Lakomov.
Isso porque os EUA são o grande mercado mundial de satélites -40% dos satélites do mundo são americanos.
Se o país definir que jamais vai lançá-los no Brasil, a ACS (Alcântara Cyclone Space, empresa binacional responsável pelo projeto brasileiro-ucraniano) se torna menos viável.
Os ucranianos queriam que os EUA deixassem claro seu interesse em lançar seus satélites de Alcântara.
Segundo eles, se não fizessem isso, os russos, que estariam apenas "esperando nos bastidores", então "preencheriam o espaço vazio" -uma aproximação entre Brasil e Rússia no campo espacial desagradaria aos EUA.
Os americanos, então, disseram até ter interesse em apoiar os foguetes de Alcântara. Nos telegramas, deixam claro gostar da parceria entre o Brasil e a Ucrânia, "desde que ela não resultasse em transferência de tecnologia de foguetes [que a Ucrânia tem] para o Brasil" -o país entraria apenas com o sítio de lançamentos.
Justamente para evitar que os brasileiros tivessem tecnologia de lançamento de satélites, os diplomatas americanos escreveram que os EUA "têm uma antiga política de não "encorajar'" as tentativas do Brasil de desenvolver um foguete sozinho (o VLS).
Os diplomatas americanos disseram, porém, que só poderiam apoiar o foguete ucraniano caso o Brasil assinasse um acordo de salvaguardas tecnológicas com eles. Um acordo assim foi vetado em 2003 pelo Congresso Nacional, que acreditava que ele violaria a soberania do Brasil. As salvaguardas incluíam concessão de áreas sob controle direto e exclusivo dos EUA e licença para inspeções americanas sem prévio aviso ao Brasil.
Em outro telegrama, o diplomata Patrick Linehan reclamava que os EUA até tentavam "avançar com um acordo sobre lançamentos espaciais" com o Brasil, mas dizia que as "súplicas" americanas "encontram sempre o silêncio" como resposta.
Segundo ele, o Brasil se mostra muito disponível para discutir assuntos "de interesse marginal", como "ciência, educação e ambiente", mas que foge quando os assuntos são negócios ou propriedade intelectual. ""[O Brasil tem] hipersensibilidade em questões que considera infringirem a sua soberania", e isso pode ser visto como "sinal de imaturidade política", dizia.
"Muitos brasileiros acreditam que os EUA têm interesses na Amazônia", exemplificava. A ACS deve custar ao país quase R$ 1 bilhão.
Com o tamanho limitado do mercado de lançamentos comerciais de satélites, a empresa pode ficar deficitária por até duas décadas. A promessa é iniciar as operações ainda em 2012.
A Folha e outros seis jornais do mundo têm acesso aos telegramas do WikiLeaks antes da sua divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch).
(Ricardo Mioto)
(Folha de SP, 25/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76078
EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes
Telegramas revelam pressão americana sobre parceria entre Brasil e Ucrânia para reconstrução da Base de Alcântara
Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área - como a Ucrânia - a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.
A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 - revelado agora pelo WikiLeaks ao Globo. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.
Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: "O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial" - ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.
A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que "embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil".
Mais adiante, um alerta: "Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil".
O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil.
Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda. Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, "devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil", diz outro documento confidencial.
Sob o título "Pegando Carona no Espaço", um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões - enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.
A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar. Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente 'um pequeno passo' para o Brasil" - diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.
(José Meireles Passos)
(O Globo, 25/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76077
Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área - como a Ucrânia - a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.
A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 - revelado agora pelo WikiLeaks ao Globo. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.
Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: "O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial" - ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.
A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que "embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil".
Mais adiante, um alerta: "Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil".
O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil.
Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda. Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, "devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil", diz outro documento confidencial.
Sob o título "Pegando Carona no Espaço", um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões - enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.
A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar. Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente 'um pequeno passo' para o Brasil" - diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.
(José Meireles Passos)
(O Globo, 25/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76077
Êxito de bônus para professor divide especialistas
Meritocracia no ensino ainda é prática pouco difundida no país
Apesar de a maioria dos estados brasileiros preparar a adoção de políticas de remuneração por cumprimento de metas na educação pública - como mostrou reportagem do Valor na última sexta-feira -, a meritocracia no ensino ainda é uma prática pouco difundida no país e sem resultados plenamente avaliados. Para especialistas, sua implantação não pode ser considerada garantia de avanço da qualidade educacional.
Para o economista Claudio Ferraz, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), é "curioso que vários Estados estejam se precipitando em adotar a meritocracia sem saber se funciona ou não".
O professor titular da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luiz Carlos de Freitas é mais incisivo: "A educação é um fenômeno complexo, produto de muitas variáveis. Há estudos que apontam que esta possibilidade [de a meritocracia impactar positivamente a educação] existe e há outros que apontam que não. Não há consolidação de tendências. Fazer política pública com ações que não têm resultados consistentes é irresponsabilidade."
Os acadêmicos lembram que países como Inglaterra, Israel, Chile, Índia e Estados Unidos estão em diferentes estágios na utilização de políticas educacionais vinculadas ao desempenho. Considerado um fracasso por educadores em todo o mundo, o caso mais emblemático e estudado é o do programa federal de incentivo ao magistério "No Child Left Behind", implantado em 2001 no governo George W. Bush e descontinuado por Barack Obama.
Especializado em avaliação de políticas públicas, Ferraz estuda, há três anos, o sistema de meritocracia implantado em 2008 nas redes estaduais de São Paulo e Pernambuco, primeiros Estados a adotar a prática, junto com Minas Gerais e Amazonas. O resultado final da pesquisa está previsto para este ano, quando ele poderá confrontar notas mais recentes da Prova Brasil com os critérios usados para mensurar os impactos da política de desempenho.
"Acho que a meritocracia na educação é o caminho a ser seguido. Infelizmente ainda não é possível afirmar se o nível melhora ou não por causa disso. Sabemos que não piorou, como algumas pessoas pensavam. Pernambuco melhorou significativamente de 2007 para 2009, mas não podemos afirmar se isso foi causado pelo bônus. Outros Estados do Nordeste que não adotaram a meritocracia também melhoraram. Precisamos saber quanto a mais Pernambuco melhorou na comparação para calcular e dizer alguma coisa formalmente. Tudo que é novo em políticas públicas leva tempo", explica Ferraz.
Na opinião do acadêmico, o pagamento de bônus na educação combate o que chama de "desincentivos" da tradicional escala salarial do magistério público normalmente baseada no tempo de serviço, o que induz à baixa motivação e a altos índices de absentismo. "O fulano que está lá todo dia, trabalha muito e se esforça para os alunos aprenderem ganha a mesma coisa que o fulano que não se esforça nada e que falta metade do ano letivo. A razão de premiar quem tem um desempenho melhor contra quem tem um desempenho pior é criar um sistema correto de incentivos", complementa.
Já na visão de Luiz Carlos de Freitas, especializado em avaliações e sistemas educacionais, as técnicas para vincular resultados de avaliações educacionais e de monitoramento de redes a pagamento de bônus "merecem reparos". "A educação não se comporta de acordo com a curva normal da estatística, pois não é um fenômeno aleatório. A educação é um fenômeno intencional, portanto, quando o desempenho de um conjunto de alunos comporta-se de acordo com a curva normal, isso só é um indicador do nosso fracasso. Todos os alunos e cada um deles devem aprender tudo o que se considera ser necessário para sua formação. Temos, portanto, que rever o objetivo do uso dessas ferramentas na análise do desempenho dos alunos", argumenta o professor da Unicamp.
Ferraz e Freitas concordam que carreira estruturada e salário atraente no magistério são ações mais "efetivas". Ainda assim, uma política não anula a outra, para o professor da PUC-RJ. "A ideia de que a meritocracia não pode ser feita na educação só porque é um setor diferente é errada. Agora, como fazer isso em educação é uma discussão válida. É claro que não será um sistema idêntico ao de uma multinacional", pondera.
Para Ferraz, um salário mínimo "razoável" para atrair bons profissionais será sempre necessário. "Isso independe da meritocracia. Mas temos que reconhecer que alguns professores dão muito pouca aula, faltam muito. Em compensação, outros trabalham mais. É uma heterogeneidade que gera ineficiência, independentemente do salário. O sistema continua injusto, gerando desincentivos, porque tem gente que gosta de dar aula, adora a profissão, que passa duas horas dentro do ônibus todo dia para dar suas aulas, e tem outros que não fazem o mesmo esforço. E esses dois agentes estão ganhando a mesma coisa", reforça Ferraz.
Freitas sugere ainda que políticas meritocráticas na educação sejam uma ponte para "transformar serviços públicos em mercado a ser explorado" por agentes privados, como ONGs, entidades sem fins lucrativos e fundações. Além disso, dificilmente medidas nessa direção sofrerão oposição. "Os sindicatos terão dificuldades para ir contra essas medidas - pelo menos os menos conscientes. É difícil para um sindicato ser contra dar mais dinheiro a seus associados, ainda que na forma de bônus."
(Luciano Máximo)
(Valor Econômico, 25/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76070
Apesar de a maioria dos estados brasileiros preparar a adoção de políticas de remuneração por cumprimento de metas na educação pública - como mostrou reportagem do Valor na última sexta-feira -, a meritocracia no ensino ainda é uma prática pouco difundida no país e sem resultados plenamente avaliados. Para especialistas, sua implantação não pode ser considerada garantia de avanço da qualidade educacional.
Para o economista Claudio Ferraz, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), é "curioso que vários Estados estejam se precipitando em adotar a meritocracia sem saber se funciona ou não".
O professor titular da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luiz Carlos de Freitas é mais incisivo: "A educação é um fenômeno complexo, produto de muitas variáveis. Há estudos que apontam que esta possibilidade [de a meritocracia impactar positivamente a educação] existe e há outros que apontam que não. Não há consolidação de tendências. Fazer política pública com ações que não têm resultados consistentes é irresponsabilidade."
Os acadêmicos lembram que países como Inglaterra, Israel, Chile, Índia e Estados Unidos estão em diferentes estágios na utilização de políticas educacionais vinculadas ao desempenho. Considerado um fracasso por educadores em todo o mundo, o caso mais emblemático e estudado é o do programa federal de incentivo ao magistério "No Child Left Behind", implantado em 2001 no governo George W. Bush e descontinuado por Barack Obama.
Especializado em avaliação de políticas públicas, Ferraz estuda, há três anos, o sistema de meritocracia implantado em 2008 nas redes estaduais de São Paulo e Pernambuco, primeiros Estados a adotar a prática, junto com Minas Gerais e Amazonas. O resultado final da pesquisa está previsto para este ano, quando ele poderá confrontar notas mais recentes da Prova Brasil com os critérios usados para mensurar os impactos da política de desempenho.
"Acho que a meritocracia na educação é o caminho a ser seguido. Infelizmente ainda não é possível afirmar se o nível melhora ou não por causa disso. Sabemos que não piorou, como algumas pessoas pensavam. Pernambuco melhorou significativamente de 2007 para 2009, mas não podemos afirmar se isso foi causado pelo bônus. Outros Estados do Nordeste que não adotaram a meritocracia também melhoraram. Precisamos saber quanto a mais Pernambuco melhorou na comparação para calcular e dizer alguma coisa formalmente. Tudo que é novo em políticas públicas leva tempo", explica Ferraz.
Na opinião do acadêmico, o pagamento de bônus na educação combate o que chama de "desincentivos" da tradicional escala salarial do magistério público normalmente baseada no tempo de serviço, o que induz à baixa motivação e a altos índices de absentismo. "O fulano que está lá todo dia, trabalha muito e se esforça para os alunos aprenderem ganha a mesma coisa que o fulano que não se esforça nada e que falta metade do ano letivo. A razão de premiar quem tem um desempenho melhor contra quem tem um desempenho pior é criar um sistema correto de incentivos", complementa.
Já na visão de Luiz Carlos de Freitas, especializado em avaliações e sistemas educacionais, as técnicas para vincular resultados de avaliações educacionais e de monitoramento de redes a pagamento de bônus "merecem reparos". "A educação não se comporta de acordo com a curva normal da estatística, pois não é um fenômeno aleatório. A educação é um fenômeno intencional, portanto, quando o desempenho de um conjunto de alunos comporta-se de acordo com a curva normal, isso só é um indicador do nosso fracasso. Todos os alunos e cada um deles devem aprender tudo o que se considera ser necessário para sua formação. Temos, portanto, que rever o objetivo do uso dessas ferramentas na análise do desempenho dos alunos", argumenta o professor da Unicamp.
Ferraz e Freitas concordam que carreira estruturada e salário atraente no magistério são ações mais "efetivas". Ainda assim, uma política não anula a outra, para o professor da PUC-RJ. "A ideia de que a meritocracia não pode ser feita na educação só porque é um setor diferente é errada. Agora, como fazer isso em educação é uma discussão válida. É claro que não será um sistema idêntico ao de uma multinacional", pondera.
Para Ferraz, um salário mínimo "razoável" para atrair bons profissionais será sempre necessário. "Isso independe da meritocracia. Mas temos que reconhecer que alguns professores dão muito pouca aula, faltam muito. Em compensação, outros trabalham mais. É uma heterogeneidade que gera ineficiência, independentemente do salário. O sistema continua injusto, gerando desincentivos, porque tem gente que gosta de dar aula, adora a profissão, que passa duas horas dentro do ônibus todo dia para dar suas aulas, e tem outros que não fazem o mesmo esforço. E esses dois agentes estão ganhando a mesma coisa", reforça Ferraz.
Freitas sugere ainda que políticas meritocráticas na educação sejam uma ponte para "transformar serviços públicos em mercado a ser explorado" por agentes privados, como ONGs, entidades sem fins lucrativos e fundações. Além disso, dificilmente medidas nessa direção sofrerão oposição. "Os sindicatos terão dificuldades para ir contra essas medidas - pelo menos os menos conscientes. É difícil para um sindicato ser contra dar mais dinheiro a seus associados, ainda que na forma de bônus."
(Luciano Máximo)
(Valor Econômico, 25/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76070
Quatro informações úteis não divulgadas
MUITO IMPORTANTE:
1. CARTÓRIO
Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.
Passe para todo mundo, que este é um serviço da maior importância.
2. AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes...
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO.
Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo.
3. DOCUMENTOS ROUBADOS
BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???
Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).
Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..
4. MULTA DE TRANSITO
No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.
DIVULGUEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL. VAMOS ACABAR COM A INDÚSTRIA DA MULTA!!!!
GOSTARIA, SE POSSÍVEL, QUE CADA UM NÃO GUARDASSE A INFORMAÇÃO SÓ PARA SI ... PERMITAM QUE OUTROS BRASILEIROS POSSAM EXERCER SUA CIDADANIA.
Fonte: mensagem enviada por E-mail
1. CARTÓRIO
Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.
Passe para todo mundo, que este é um serviço da maior importância.
2. AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes...
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO.
Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo.
3. DOCUMENTOS ROUBADOS
BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???
Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).
Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..
4. MULTA DE TRANSITO
No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.
DIVULGUEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL. VAMOS ACABAR COM A INDÚSTRIA DA MULTA!!!!
GOSTARIA, SE POSSÍVEL, QUE CADA UM NÃO GUARDASSE A INFORMAÇÃO SÓ PARA SI ... PERMITAM QUE OUTROS BRASILEIROS POSSAM EXERCER SUA CIDADANIA.
Fonte: mensagem enviada por E-mail
Cada vez mais desenvolvedores estão interessados no Android
Pesquisa feita com 2 mil desenvolvedores de aplicativos aponta que a plataforma Google e tablets devem ser os mais favorecidos em 2011.
Um estudo realizado pela Appcelerator e IDC revela que o interesse de empresas que desenvolvem aplicativos no sistema operacional Android e em tablets cresceu e deve aumentar ainda mais em 2011.
Segundo a pesquisa, 74% das 2 mil companhias avaliadas estão "muito interessadas" em desenvolver aplicativos para os tablets Android - um aumento de 12% nos últimos três meses. O interesse no PlayBook da BlackBerry também cresceu em 12 pontos, saltando de 16% para 28% no mesmo período. A liderança continua com o iPad da Apple, com 87% das empresas interessadas em desenvolver para o produto.
Os desenvolvedores acreditam que o sucesso dos tablets Android dependem de três fatores principais: o preço (57%), diminuição da fragmentação (49%) e as capacidades do novo sistema voltado para tablets, o Honeycomb (41%).
No mercado de smartphones, o iPhone ainda é o favorito dos desenvolvedores - 92% deles afirmam que desejam criar aplicativos para a plataforma. Os celulares Android subiram 5 pontos e estão próximos ao adversário Apple, com 87%. O maior aumento observado foi dos novos Windows Phone 7, que cresceram em 8 pontos e praticamente encostaram nos 38% do tradicional BlackBerry, ficando dois pontos abaixo do valor.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/mais_desenvolvedores_estao_interessados_no_android
Um estudo realizado pela Appcelerator e IDC revela que o interesse de empresas que desenvolvem aplicativos no sistema operacional Android e em tablets cresceu e deve aumentar ainda mais em 2011.
Segundo a pesquisa, 74% das 2 mil companhias avaliadas estão "muito interessadas" em desenvolver aplicativos para os tablets Android - um aumento de 12% nos últimos três meses. O interesse no PlayBook da BlackBerry também cresceu em 12 pontos, saltando de 16% para 28% no mesmo período. A liderança continua com o iPad da Apple, com 87% das empresas interessadas em desenvolver para o produto.
Os desenvolvedores acreditam que o sucesso dos tablets Android dependem de três fatores principais: o preço (57%), diminuição da fragmentação (49%) e as capacidades do novo sistema voltado para tablets, o Honeycomb (41%).
No mercado de smartphones, o iPhone ainda é o favorito dos desenvolvedores - 92% deles afirmam que desejam criar aplicativos para a plataforma. Os celulares Android subiram 5 pontos e estão próximos ao adversário Apple, com 87%. O maior aumento observado foi dos novos Windows Phone 7, que cresceram em 8 pontos e praticamente encostaram nos 38% do tradicional BlackBerry, ficando dois pontos abaixo do valor.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/mais_desenvolvedores_estao_interessados_no_android
Tire a poeira de seu PC
Zack Stern, PC World EUA
25-01-2011
Com o tempo, seu computador pode ficar sujo por dentro e por fora. Veja como tirar toda essa poeira e deixá-lo limpinho!
A poeira acumulada em seu PC pode parecer inofensiva, mas na verdade é um perigo. Ela pode se aglomerar em “tufos” que atrapalham o funcionamento das ventoninhas que retiram o calor de componentes críticos, como o processador, e entupir saídas de ar dificultando a refrigeração. Com isso o PC pode superaquecer, o que pode levar a “reboots” misteriosos ou até a uma falha total de hardware.
Mas resolver esse problema é fácil e não leva mais que alguns minutos. Em primeiro lugar, desligue o micro e desplugue todos os cabos, exceto o de força. Toque em alguma parte de metal exposto do gabinete (como a cobertura dos slots PCI) para descarregar a energia estática acumulada em seu corpo e impedir que ela danifique componentes internos. Agora sim, desplugue o cabo de força.
Prepare o ambiente
Use sapatos e trabalhe em um ambiente sem carpete. Algumas precauções adicionais podem proteger ainda mais seu equipamento. Coloque uma camada de borracha (como um Mouse Pad, por exemplo) entre o PC e a mesa de trabalho. O ideal é trabalhar usando um bracelete anti-estática (encontrado em lojas de componentes eletrônicos) conectado a uma parte de metal do PC.
Abra o gabinete. Muitos deles possuem portas laterais presas por parafusos Phillips, mas os mais recentes tem parafusos que podem ser removidos com os dedos, apelidados de “thumbscrews” – consulte o manual do fabricante para checar as instruções corretas.
Faxina completa
Tire com as mãos qualquer tufo de cabelo, poeira e outras obstruções que você encontrar dentro do micro. Não use um aspirador de pó!. Depois, use uma lata de ar comprimido (também encontrada em lojas de componentes) para “soprar” o restante da poeira para longe dos slots e frestas. Use um bico comprido para alcançar os cantos mais difíceis.
Use ar comprimido, e amarre os cabos para desobstruir a ventilação
Se possível faça uma limpeza completa em todo o gabinete, mas concentre-se em tirar a sujeira das áreas de ventilação. Amarre os fios em feixes e fixe-os nas laterais, para que não obstruam o fluxo de ar. Feche novamente o gabinete e reconecte tudo. Para diminuir o acúmulo de poeira, tente manter o computador longe do chão, já que a maioria da poeira é originada aí. Repita esse ritual de limpeza anualmente, principalmente se você tiver animais de estimação em casa.
Não se esqueça das portas
Com o passar do tempo, portas e conectores também podem ficar cheios de poeira, o que pode ocasionar mau-contato e outros problemas. Se você estiver com problemas ao conectar dispositivos USB, por exemplo, limpar os conectores pode ser o primeiro passo rumo à solução.
Antes de mais nada, desligue o micro. Se alguma das portas estiver visivelmente entupida – com papel, giz de cera, chiclete ou vítima de outra arte similar de uma criança – remova gentilmente a “obstrução” usando um palito de dente. Lembre-se: as portas Ethernet, serial e similares possuem pinos frágeis. Faça movimentos cuidadosos de dentro pra fora para evitar que eles se dobrem ou quebrem, o que só iria piorar o problema.
Tire a poeira acumulada nas portas para evitar mal-contato
Para situações menos “grudentas”, use a lata de ar comprimido para se livrar da poeira. É muito importante lembrar que essas latas contém gás comprimido que sai muito gelado e pode ser perigoso se inalado, então é importante manter a lata fora do alcance de crianças. Use os jatos de ar em pequenos disparos.
No caso das portas USB, termine a limpeza com um cotonete embebido em álcool isopropílico ou em uma solução de limpeza própria para componentes eletrônicos. Não use o cotonete nas portas Ethernet, serial ou qualquer outra com pinos visíveis, já que fiapos de algodão podem se prender a eles e piorar o problema. Deixe o micro desligado por uma hora até a solução secar e pronto.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2011/01/25/tire-a-poeira-de-seu-pc/
25-01-2011
Com o tempo, seu computador pode ficar sujo por dentro e por fora. Veja como tirar toda essa poeira e deixá-lo limpinho!
A poeira acumulada em seu PC pode parecer inofensiva, mas na verdade é um perigo. Ela pode se aglomerar em “tufos” que atrapalham o funcionamento das ventoninhas que retiram o calor de componentes críticos, como o processador, e entupir saídas de ar dificultando a refrigeração. Com isso o PC pode superaquecer, o que pode levar a “reboots” misteriosos ou até a uma falha total de hardware.
Mas resolver esse problema é fácil e não leva mais que alguns minutos. Em primeiro lugar, desligue o micro e desplugue todos os cabos, exceto o de força. Toque em alguma parte de metal exposto do gabinete (como a cobertura dos slots PCI) para descarregar a energia estática acumulada em seu corpo e impedir que ela danifique componentes internos. Agora sim, desplugue o cabo de força.
Prepare o ambiente
Use sapatos e trabalhe em um ambiente sem carpete. Algumas precauções adicionais podem proteger ainda mais seu equipamento. Coloque uma camada de borracha (como um Mouse Pad, por exemplo) entre o PC e a mesa de trabalho. O ideal é trabalhar usando um bracelete anti-estática (encontrado em lojas de componentes eletrônicos) conectado a uma parte de metal do PC.
Abra o gabinete. Muitos deles possuem portas laterais presas por parafusos Phillips, mas os mais recentes tem parafusos que podem ser removidos com os dedos, apelidados de “thumbscrews” – consulte o manual do fabricante para checar as instruções corretas.
Faxina completa
Tire com as mãos qualquer tufo de cabelo, poeira e outras obstruções que você encontrar dentro do micro. Não use um aspirador de pó!. Depois, use uma lata de ar comprimido (também encontrada em lojas de componentes) para “soprar” o restante da poeira para longe dos slots e frestas. Use um bico comprido para alcançar os cantos mais difíceis.
Use ar comprimido, e amarre os cabos para desobstruir a ventilação
Se possível faça uma limpeza completa em todo o gabinete, mas concentre-se em tirar a sujeira das áreas de ventilação. Amarre os fios em feixes e fixe-os nas laterais, para que não obstruam o fluxo de ar. Feche novamente o gabinete e reconecte tudo. Para diminuir o acúmulo de poeira, tente manter o computador longe do chão, já que a maioria da poeira é originada aí. Repita esse ritual de limpeza anualmente, principalmente se você tiver animais de estimação em casa.
Não se esqueça das portas
Com o passar do tempo, portas e conectores também podem ficar cheios de poeira, o que pode ocasionar mau-contato e outros problemas. Se você estiver com problemas ao conectar dispositivos USB, por exemplo, limpar os conectores pode ser o primeiro passo rumo à solução.
Antes de mais nada, desligue o micro. Se alguma das portas estiver visivelmente entupida – com papel, giz de cera, chiclete ou vítima de outra arte similar de uma criança – remova gentilmente a “obstrução” usando um palito de dente. Lembre-se: as portas Ethernet, serial e similares possuem pinos frágeis. Faça movimentos cuidadosos de dentro pra fora para evitar que eles se dobrem ou quebrem, o que só iria piorar o problema.
Tire a poeira acumulada nas portas para evitar mal-contato
Para situações menos “grudentas”, use a lata de ar comprimido para se livrar da poeira. É muito importante lembrar que essas latas contém gás comprimido que sai muito gelado e pode ser perigoso se inalado, então é importante manter a lata fora do alcance de crianças. Use os jatos de ar em pequenos disparos.
No caso das portas USB, termine a limpeza com um cotonete embebido em álcool isopropílico ou em uma solução de limpeza própria para componentes eletrônicos. Não use o cotonete nas portas Ethernet, serial ou qualquer outra com pinos visíveis, já que fiapos de algodão podem se prender a eles e piorar o problema. Deixe o micro desligado por uma hora até a solução secar e pronto.
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2011/01/25/tire-a-poeira-de-seu-pc/
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Habilidades para os funcionários de Biblioteca
Technology Skills Library Staff Should Have
Recentemente, fui convidado a elaborar uma lista de habilidades de tecnologia que eu pensei que membros de uma equipe da biblioteca deve possuir. Eu escrevi a minha lista em traços muito gerais, antes de torná-la realmente específicos para diferentes tarefas ou especificar determinados itens apenas para determinadas posições. Eu pensei que eu iria partilhar esta "lista bruta" com o resto do mundo, biblioteca, caso isso iria ajudá-lo também. Eu aconselho cada vez mais específico, se você estiver com o pessoal de auto-avaliação sobre quais as competências que têm, ou realmente oferecer treinamentos nestas áreas. Mas este é um bom ponto de partida.
Então o que eu perdi? O que você levaria para fora? Deixe comentários e vamos desenvolver essa lista juntos!
Terminologia
Tecnologia Glossário de termos
Hardware
Partes do seu computador
Partes de um computador portátil
Utilização de impressoras
Usando fotocopiadoras
Usando telefones
Usando máquinas de fax
Usando o auto-controlo
Usando projetores
Usando câmeras digitais
Usando câmeras de vídeo digitais
Usando microfones digitais
Usando sistemas de classificação
Software
Sistema operacional
Uma gestão eficaz dos arquivos e sistemas de pastas
Palavra de software de processamento
software de planilha
Apresentação de software
Leitores multimédia e plug-ins
Os navegadores da Web
E-mail e software de calendário (Outlook ou qualquer outro)
ILS (back-end coisas lado pessoal)
Computador e / ou software reserva de quarto
O software em linha de referência
Software de edição de fotografias
Software de edição de vídeo
software de edição de áudio
Segurança e Privacidade
Políticas de segurança relacionadas em computadores públicos
Políticas de segurança relacionadas com o pessoal em computadores
Políticas relativas à coleta de dados do usuário e da privacidade
Público de Computação
A familiaridade com o software
A familiaridade com hardware
Familiaridade com redes cabeadas e sem fio
A familiaridade com as políticas de uso do computador e da rede
Ergonomia
Proper computador ergonomic set-up
Como evitar lesões por esforço repetitivo
Como evitar o cansaço visual com computadores
Biblioteca de presença na web
URLs para o site de biblioteca e Catálogo
Usando o site da biblioteca
Usando o catálogo da biblioteca web
Melhores práticas para pesquisar o catálogo e site
Familiaridade com biblioteca ou aplicativos vendedores biblioteca "móveis ou sites
A familiaridade com as coleções eBooks
A familiaridade com as bases
Familiaridade com referência virtuais e serviços de tutoria
A familiaridade com os requisitos de acessibilidade e procedimentos
Escrevendo para a web as melhores práticas
Como postar conteúdo (texto, links, imagens) para o site da biblioteca
Como colocar conteúdo na intranet da biblioteca
Melhores práticas para as mídias sociais (Facebook, Twitter, etc)
Como postar fotos no Flickr
Como postar arquivos de vídeo ou de áudio (para o que quer que os sites que você está usando)
Solução de problemas
Ajudar os usuários em casa de forma eficaz em nosso equipamento ou a sua
Ajudar os usuários remotos de forma eficaz no seu equipamento
Competências Pessoais
A aprendizagem contínua
A gestão da mudança
Planejamento e avaliação de novos sistemas de tecnologia de informação
Capacidade de aprender rapidamente e adaptar-se novos serviços da Web
One-em-um treinamento de boas práticas.
Tradução: Google tradutor
Fonte:http://alalearning.org/2011/01/21/techskills/
Recentemente, fui convidado a elaborar uma lista de habilidades de tecnologia que eu pensei que membros de uma equipe da biblioteca deve possuir. Eu escrevi a minha lista em traços muito gerais, antes de torná-la realmente específicos para diferentes tarefas ou especificar determinados itens apenas para determinadas posições. Eu pensei que eu iria partilhar esta "lista bruta" com o resto do mundo, biblioteca, caso isso iria ajudá-lo também. Eu aconselho cada vez mais específico, se você estiver com o pessoal de auto-avaliação sobre quais as competências que têm, ou realmente oferecer treinamentos nestas áreas. Mas este é um bom ponto de partida.
Então o que eu perdi? O que você levaria para fora? Deixe comentários e vamos desenvolver essa lista juntos!
Terminologia
Tecnologia Glossário de termos
Hardware
Partes do seu computador
Partes de um computador portátil
Utilização de impressoras
Usando fotocopiadoras
Usando telefones
Usando máquinas de fax
Usando o auto-controlo
Usando projetores
Usando câmeras digitais
Usando câmeras de vídeo digitais
Usando microfones digitais
Usando sistemas de classificação
Software
Sistema operacional
Uma gestão eficaz dos arquivos e sistemas de pastas
Palavra de software de processamento
software de planilha
Apresentação de software
Leitores multimédia e plug-ins
Os navegadores da Web
E-mail e software de calendário (Outlook ou qualquer outro)
ILS (back-end coisas lado pessoal)
Computador e / ou software reserva de quarto
O software em linha de referência
Software de edição de fotografias
Software de edição de vídeo
software de edição de áudio
Segurança e Privacidade
Políticas de segurança relacionadas em computadores públicos
Políticas de segurança relacionadas com o pessoal em computadores
Políticas relativas à coleta de dados do usuário e da privacidade
Público de Computação
A familiaridade com o software
A familiaridade com hardware
Familiaridade com redes cabeadas e sem fio
A familiaridade com as políticas de uso do computador e da rede
Ergonomia
Proper computador ergonomic set-up
Como evitar lesões por esforço repetitivo
Como evitar o cansaço visual com computadores
Biblioteca de presença na web
URLs para o site de biblioteca e Catálogo
Usando o site da biblioteca
Usando o catálogo da biblioteca web
Melhores práticas para pesquisar o catálogo e site
Familiaridade com biblioteca ou aplicativos vendedores biblioteca "móveis ou sites
A familiaridade com as coleções eBooks
A familiaridade com as bases
Familiaridade com referência virtuais e serviços de tutoria
A familiaridade com os requisitos de acessibilidade e procedimentos
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Tradução: Google tradutor
Fonte:http://alalearning.org/2011/01/21/techskills/
'Prioridade é criar um novo marco legal', entrevista com Glaucius Oliva
Em entrevista ao "Estado de SP", Oliva afirmou que um dos grandes entraves à ciência no país é a sobrecarga gerada sobre o pesquisador por questões administrativas
A ciência deve estar alinhada às demandas da sociedade e é preciso promover a pesquisa e a inovação no ambiente empresarial. Esta é a opinião do diretor de Engenharia, Ciências Humanas, Exatas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, que deve assumir a presidência do órgão na próxima quinta-feira.
Em entrevista exclusiva ao Estado de SP, Oliva afirmou que um dos grandes entraves à ciência no país é a sobrecarga gerada sobre o pesquisador por questões administrativas. Disse ainda que é preciso valorizar, na avaliação do mérito acadêmico, a inovação e o engajamento em atividades de divulgação científica, diminuindo a ênfase no número de publicações.
Leia a entrevista:
- Quais devem ser as prioridades para a ciência brasileira nos próximos anos?
A ciência precisa estar contextualizada com as demandas da sociedade. As agências de fomento precisam promover a multidisciplinaridade. Precisamos promover a pesquisa e a inovação no ambiente empresarial. O cientista não faz mais pesquisa apenas com seus alunos, no seu laboratório. O cenário hoje envolve colaborações com a indústria, com as políticas públicas. Precisamos incluir a questão da sustentabilidade, não só ambiental, mas econômica e social, em todos os nossos projetos. Do ponto de vista da produção científica, temos de nos preocupar profundamente com a questão da qualidade, do impacto e da relevância das pesquisas. O Brasil não deve mais se preocupar em aumentar o número de publicações e sim em buscar qualidade, impacto e relevância. Finalmente, a internacionalização. A ciência hoje, para ter qualidade, deve ser feita em parceria com os outros cientistas do mundo, em projetos colaborativos conduzidos por equipes multinacionais. Não basta o intercâmbio de pessoas. Esse é o cenário.
- Como o país pode atingir esse ideal?
Para poder levar em conta a necessidade premente da contextualização da ciência com demandas da sociedade, precisamos modernizar os sistemas de avaliação e acompanhamento. O sistema de avaliação delineia o que vai acontecer com a ciência que é feita. Se ele valorizar o número de publicações e o fator de impacto, os pesquisadores vão publicar artigos e procurar revistas de alto impacto. Mas também é preciso introduzir no sistema de avaliação fatores que garantam a qualidade e que promovam as abordagens multidisciplinares. A modernização da gestão, avaliação e acompanhamento é uma forma de delinear o futuro do sistema e fazê-lo caminhar na direção da qualidade. Não se deve olhar apenas o número de publicações.
- Como fazer essa modernização?
Iniciamos no ano passado um programa para avaliar o que as agências internacionais equivalentes ao CNPq estão fazendo. Estamos vendo como a National Science Foundation americana, o National Institutes of Health e os research councils da Inglaterra estão lidando com essa questão. Como está sendo feito no Japão e na Austrália. Fazemos workshops com a participação de pessoas desses países. Depois vamos fazer uma proposta, que vai ser discutida com a sociedade. Mas já há um consenso de que o sistema, se continuar como está, não vai ajudar a ciência brasileira. Outra prioridade é a criação de um novo marco legal, que atenda às necessidades da pesquisa científica para gestão de recursos, importações, contratação de pessoas. Nós ainda estamos submetidos a um regime de compras públicas igual ao do trabalho burocrático do governo. Mas para fazer pesquisa é preciso mais flexibilidade. Hoje a aplicação dos recursos para pesquisa tem tantas dificuldades que você reduz drasticamente a eficiência do gasto. Não adianta mais dizer que a culpa é dos tribunais de contas e das controladorias. Eles olham a lei vigente. É preciso lutar para ter uma lei que ampare a aplicação de recursos de forma mais ágil, mais desburocratizada e mais eficiente.
- Há clima político para construir esse marco legal?
Hoje nós temos um ministro da Ciência e Tecnologia que é uma liderança política. Não há oportunidade melhor do que essa. Ele conhece a área com detalhes e, ao mesmo tempo, conhece todos os meandros políticos por ter sido parlamentar tanto tempo. Outro desafio importante vai ser a expansão e sustentabilidade dos recursos para acompanhar o crescimento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação nos últimos anos. Nós observamos, nos últimos oito anos, uma expansão drástica no número de universidades e novos câmpus. Nos últimos cinco anos, nós tivemos a incorporação de 15 mil novos pesquisadores ao sistema e a grande maioria é de jovens doutores. Percebemos nitidamente aqui no CNPq o aumento na demanda por bolsas de iniciação científica, por apoio no edital universal, por bolsa de produtividade em pesquisa. Se incorporamos 15 mil novos pesquisadores, vamos precisar de mais recursos para que esses indivíduos tenham condições de fazer pesquisa de qualidade. E para isso vamos precisar de recursos sustentáveis.
- Como conseguir esses recursos?
Acho que temos bons instrumentos. Um deles é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é alimentado pelos fundos setoriais (financiados pelos agentes econômicos de cada setor). Em outros ministérios do governo temos hoje a conscientização de que ciência e tecnologia é essencial para praticamente todas as áreas. No Ministério da Saúde há uma quantidade crescente de recursos para pesquisa. O Ministério de Desenvolvimento Agrário tem interesse de fazer projetos de pesquisa, assim como o das Relações Exteriores. Como o CNPq é o órgão que tem bolsas para dar e corpo técnico para avaliar projetos, temos feito convênios com esses ministérios. Uma terceira fonte de recursos, tão importante quanto, é o trabalho que o CNPq tem feito com as Fundações de Amparo à Pesquisa estaduais (FAPs). Em vez de lançar editais nacionais, o CNPq tem procurado os Estados para lançar editais estaduais, que atendam as demandas regionais de pesquisas. Hoje temos 23 fundações de amparo à pesquisa, bem estabelecidas.
- O orçamento de todas as FAPs, hoje, é comparável ao orçamento do CNPq, correto?
É isso mesmo. O orçamento executado do CNPq, contando apenas investimento em pesquisa, é de R$ 1,85 bilhão. Isso envolve o orçamento próprio do CNPq, o investimento expressivo do FNDCT - de R$ 177 milhões - e mais R$ 177 milhões que vieram de parcerias com outros ministérios. As FAPs somadas, incluindo a Fapesp, investiram no ano passado um recurso equivalente. Talvez até um pouco maior. Isso é resultado justamente desse esforço do CNPq de colocar recursos nos Estados. Dentro desses R$1,85 bilhão estão os quase R$ 200 milhões que a gente colocou em parceria com os Estados, e eles dobram o dinheiro. Isso está fazendo crescer os recursos para ciência e tecnologia no país. Temos um sistema que funciona, com recursos expressivos. Precisamos crescer um pouco mais, mas é diferente de oito ou dez anos atrás, quando parecíamos peixinhos com a boca fora d'água tentando conseguir um pouco de oxigênio. Agora podemos começar a pensar em coisas mais ousadas. Aprendemos a fazer ciência de qualidade e em quantidade, mas precisamos ousar mais, precisamos buscar mais a fronteira do conhecimento. E as agências de fomento precisam estimular isso. Não dá só para apoiar editais pulverizados. Já temos um avanço grande que é o programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). A gente tem pensado em ter um edital para pesquisa de fronteira. Sem separar áreas do conhecimento. E o mais importante na avaliação vai ser o projeto e não o currículo do pesquisador. Hoje, o que pesa mais é o currículo do camarada. Eu queria editais em que o projeto fosse o protagonista. É evidente que, para um projeto ser viável, ele tem de estar sendo liderado por pesquisadores que tenham na sua história evidências de que serão capazes de realizá-lo.
- Como fazer essa avaliação?
O CNPq lida com números muito grandes e a gente não pode minimizar a dificuldade que os comitês de julgamento enfrentam para atender 30% da demanda de projetos. No edital universal, que tem esse nome porque todas as áreas do conhecimento podem concorrer com qualquer assunto, recebemos cerca de 15 mil solicitações por ano e atendemos cerca de 3,5 mil. É uma disputa grande e, nessa hora, é difícil avaliar cada projeto com profundidade. Os comitês acabam optando por usar uma cientometria. Jogam os números de publicações no computador, multiplicam pelo fator de impacto, relativizam pela posição do autor, dão pontos de acordo com o número de alunos que ele já orientou. Com essas fórmulas fica mais fácil. Para os 12 mil que não ganharam, você responde que foi porque tiveram menos pontos. Há uma certa objetividade, mas não é o melhor no que diz respeito à qualidade, pois se dá pouco peso à ousadia da proposta. Não estou dizendo que vamos acabar com o edital universal. Vamos manter os programas que estão andando e que fizeram a ciência chegar até aqui. Mas vamos pegar recursos adicionais e jogar em editais mais ousados.
- O que o senhor pensa fazer para estimular a inovação?
Já temos muitas ações importantes, como o programa RHAE (Programa de Capacitação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas), que oferece bolsas exclusivamente para empresas. Quem se candidata a esse edital são empresas com um projeto de pesquisa. O supervisor desse projeto deve ser uma pessoa com título de doutor ou equivalente e esse programa oferece bolsas para incluir e fixar graduados, mestres e doutores nas empresas. No ano passado colocamos R$ 30 milhões nesse projeto e neste ano vamos colocar R$ 40 milhões. Na última chamada, tivemos cerca de 400 propostas e 47 foram atendidas. Isso mostra que há demanda nas empresas. Também temos criado editais para apoiar os Núcleos de Inovação Tecnológicas (NITs) das universidades. São eles que fazem a interface entre os cientistas e as empresas e esse tipo de ator é o que mais faz falta no sistema, pois conhece demandas da empresa e, ao mesmo tempo, o portfólio de tecnologias e competências nas universidades e institutos de pesquisa e vai fazendo o casamento dessas duas coisas. Então estamos apoiando fortemente esses NITs com bolsas. Desde bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), que não necessariamente são para pessoas com mestrado e doutorado acadêmico, como também bolsas de pós-doutorado. No ano passado, no edital do Programa Nacional de Pós-doutoramento, separamos bolsas exclusivas para doutores que pretendiam se inserir em empresas ou Núcleos de Inovação Tecnológica. Outra coisa que precisamos avançar é na forma de avaliação, para dar o crédito devido às atividades de inovação. Mais uma vez: a avaliação delineia o que sai do sistema. Se dou valor apenas para publicações em revistas internacionais indexadas, o sistema vai produzir artigos internacionais em revistas indexadas. Não posso exigir que o pesquisador se envolva em inovação e depois, na hora de dar a bolsa, não valorizar isso. O mesmo vale para a área de difusão da ciência para a sociedade. Cada vez mais ciência é uma coisa cara e é financiada com os impostos pagos pela sociedade. Portanto a sociedade precisa estar informada sobre o que estamos fazendo até para nos defender, por exemplo, na hora de fazer cortes no orçamento do governo federal. Educação, Ciência e Tecnologia são as primeiras a sofrer cortes. E parte da culpa é nossa, dos cientistas, que ainda não encaramos como parte essencial de nossa missão acadêmica a divulgação da ciência. As pessoas ainda acham que isso é perfumaria, mas é questão de sobrevivência da ciência. É um problema cultural. Não somos treinados para fazer divulgação e não somos valorizados por fazer isso.
- Mas como avaliar inovação? É mais difícil que avaliar publicação?
Avaliar a qualidade das coisas é sempre mais difícil. Eu posso contar publicações, mas não quero contar patentes apenas. Então a gente tem de olhar quantos alunos o pesquisador tem envolvidos em projetos ligados à indústria. Quantos ex-alunos dele hoje estão trabalhando na indústria. Posso olhar critérios de quantos projetos esse pesquisador está coordenando em parceria com indústrias ou empresas ou prefeituras ou órgãos do governo estadual ou federal. Para isso a gente está buscando o que o mundo está fazendo. Os Estados Unidos têm um programa chamado Star Metrics para desenvolver ferramentas para quantificar o impacto da ciência. Medindo por exemplo quantos empregos uma atividade de ciência e tecnologia gera. Qual o resultado econômico dessas atividades. Não se faz mais ciência naquele modelo antigo, no qual a sociedade dá o dinheiro para o cientista e o considera sábio o bastante para fazer o que quiser com esses recursos. Hoje sabemos que a sociedade tem outras demandas e o gasto do dinheiro público precisa ser muito bem justificado. A ciência precisa estar contextualizada com as demandas da sociedade.
- O pesquisador no Brasil dá aula, pesquisa e ainda é administrador. Existe a ideia de criar uma carreira de pesquisador em tempo integral?
A carreira de pesquisador em tempo integral não existe nas universidades, mas existe nos institutos de pesquisa, como o Butantã e o Instituto Agronômico de Campinas. Deve existir nas universidades? Na França, por exemplo, criou-se uma carreira de pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica Francês (CNRS, na sigla em francês). O órgão empresta esse pesquisador para as universidades, financia um laboratório e lá ele desenvolve um projeto de interesse do CNRS. A qualquer hora, o pesquisador pode ser realocado. Seria como se o CNPq, em vez de dar bolsas, contratasse os pesquisadores.
- Qual é a sua opinião sobre esse modelo?
Sou um professor nato e gosto muito do modelo da ciência associada à transmissão do conhecimento. Acho que as pessoas jovens são as que mais nos desafiam. Acho que o modelo francês não é viável para o Brasil hoje. O Brasil ainda é um país jovem e precisa educar seus jovens. Mas o meu problema nunca foi dar aula e sim a sobrecarga administrativa. Isso pode ser resolvido com a contrapartida das universidades. Em outros países, as agências de fomento pagam uma reserva técnica para a universidade. A Fapesp faz isso, mas o dinheiro não pode ser usado para contratar pessoas. No ano passado, a Universidade de São Paulo (USP) cedeu um técnico administrativo para cada INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia). Outras universidades também vão ter de se adaptar e, para isso, será preciso negociar com o Ministério da Educação.
- Quais áreas o senhor considera prioritárias?
O próximo plano de ação vai levar em conta a discussão feita na 4ª Conferência de Ciência e Tecnologia do ano passado. O tema central foi ciência sustentável. Química verde, transformar toda uma indústria que hoje depende da petroquímica em uma indústria sustentável. Hoje, por exemplo, você consegue fazer plástico de etanol e celulose. Economia de baixo carbono, energias alternativas são áreas tão prioritárias para o país quanto eram no passado a biotecnologia, a nanotecnologia e a agricultura. A agenda internacional de pesquisa está se modernizando. Certamente devemos continuar apoiando as tecnologias de comunicação, espacial e nuclear, sem menosprezar as ciências sociais e humanas, que ajudam a interpretar e contextualizar isso tudo. Ciência do mar é outra coisa essencial. A Amazônia. São temas levantados na conferência e certamente vão ser parte do novo plano.
- Dizem que hoje quem faz pesquisa no Brasil são os mestrandos e doutorandos. Nos países desenvolvidos, quem faz pesquisa é pós-doutorando.
Aqui também está aumentando a participação dos pós-doutorandos. No CNPq temos cerca de 2 mil bolsas de pós-doutorado, 10 mil de doutorado, 12 mil de mestrado e 35 mil de iniciação científica. Então é o momento em que devemos investir em pós-doutorado sim. Mestres e doutores têm prazo de validade. Precisam fazer uma tese em dois anos com começo meio e fim, então os temas acabam sendo fatiados e ficam menos ousados. Nos EUA, o pós-doutorado chega a durar dez anos, mas é como se o pesquisador fosse um empregado com carteira assinada. Aqui, a bolsa é concedida por um ano e pode ser renovada. Mas o pesquisador fica mais preocupado em prestar concurso.
- O edital universal tem duração de dois anos. Alguns pesquisadores dizem que poderia ser maior.
Nos EUA geralmente é de três anos e os mais ousados chegam a cinco, com uma avaliação no meio do período. O edital do INCT que a gente fez foi de cinco anos. Com dinheiro alocado para os primeiros três anos, com adicional após uma avaliação intermediária. O projeto individual talvez possa ser estendido para três anos. Também estudamos voltar ao modelo anterior, que é o de auxílio integrado: um único processo para avaliar bolsas de produtividade, de doutorado e de iniciação científica solicitadas por um pesquisador. Desta forma, posso fazer algo mais abrangente e aliviar o CNPq, que em 2010 recebeu 74 mil solicitações de apoio a pesquisa. É uma loucura julgar isso tudo.
- Quantos consultores existem?
Hoje temos 320 consultores fixos e 48 comitês de assessoramento. Mas para muitos editais chamamos outros consultores. Ao todo deve dar cerca de mil.
- São Paulo recebe um quarto dos recursos do CNPq, mas é responsável por metade da produção científica nacional. Não seria justo aumentar essa verba?
No edital universal, com 15 mil projetos, 23% da demanda era do Estado de São Paulo. Entre os projetos atendidos, 24% eram de São Paulo. Não vejo discriminação. Nós, os paulistas, conquistamos a liderança porque o Estado de São Paulo, depois que perdeu a guerra de 1932, tomou uma decisão histórica e escreveu na bandeira da USP "Scientia vinces" (Vencerás pela ciência). A razão do sucesso econômico do Estado de São Paulo é justamente fruto do forte investimento que fez em ciência. A ciência venceu. E tem de continuar investindo mais que o resto do Brasil para manter a liderança. Se eu colocasse mais dinheiro do CNPq em São Paulo, o Estado deveria colocar ainda mais para continuar na frente do país. Qual Estado diz hoje que vai destinar 1% de toda a arrecadação tributária para ciência e tecnologia e cumpre? Só São Paulo. E é melhor que seja assim, pois nos dá a liderança. Mas é preciso ter um olhar estratégico. Um olhar de país. De que adianta ter só São Paulo desenvolvido e não ter para quem vender carro, televisão, geladeira ou para onde exportar seus doutores? A gente só se fortalece se o Brasil crescer como um todo.
- É possível diminuir essa burocracia dos mecanismos de controle e avaliação de projetos e gastos?
A burocracia do CNPq é menor que a da Fapesp. Todos os processos são informatizados. A submissão de projetos, a avaliação, a prestação de contas são feitas online. O recurso do CNPq é repassado para uma conta do indivíduo. O da Fapesp tem de ser solicitado a cada compra. Essa afirmação de que o CNPq é burocrático não procede. O que entrava a boa execução da pesquisa é a dificuldade de mudança de alínea, mas isso não é culpa do CNPq. Quando recebemos os recursos do Ministério do Planejamento, já vem determinado o que é para custeio (insumos e manutenção) e o que é para capital (equipamentos). Às vezes os pesquisadores resolvem mudar de ideia e depois fazem a prestação de contas, mas o CNPq não pode aceitar. Essa é a parte ruim, mas, em termos de gestão, é mais fácil que a Fapesp.
- Pesquisadores dizem que o sistema de importação do CNPq, o Importa Fácil, é difícil.
Estamos tomando medidas para mudar isso. O Importa Fácil tem etapas e, se você estiver treinado nessas etapas, é fácil. O único problema é que só pode ser feita a importação pelos Correios. Se tiver treino e não esquecer nenhum papel, é fácil. Estamos preparando um curso de educação à distância, de no máximo uma hora, para ensinar a fazer uma importação. Mas fazer importação no Brasil é, muitas vezes, mais difícil que nos Estados Unidos. Isso porque temos uma lei de 1990 que dá isenção de taxas e impostos à importação para pesquisa. Se por um lado é bom, porque te permite comprar mais coisas com o mesmo dinheiro, é a razão de tanta burocracia. Nos EUA não tem dispensa de imposto. Por isso há empresas especializadas em importar para fornecer material aos pesquisadores. O pessoal reclama que a Anvisa é um entrave à importação, principalmente de biológicos, mas o FDA (agência americana de vigilância sanitária) é muito mais restritivo. Ele inspeciona 100% do que entra nos EUA. Mas lá não há atraso porque o fornecedor tem estoque. Aqui não temos empresas que mantêm estoque por causa da isenção de impostos. A lei sufoca o surgimento desse atravessador e joga a responsabilidade de todo o procedimento no pesquisador e nas universidades. Tenho colegas que dizem: "O país precisava dar um crédito de confiança aos cientistas". Mas e se ele importar um vírus ou algo que dê encrenca? De quem é a responsabilidade? O país não pode renunciar a esse tipo de controle fitossanitário. Nos outros países são as empresas que lidam com a burocracia. Aqui, a isenção limita o engajamento de empresas privadas na importação e temos mil problemas porque ela é feita de forma não profissional.
- Qual é a solução? Mudar a lei?
Nenhum outro país dá isenção de imposto em importação para pesquisa. Poderia ser uma solução derrubar a lei, pegar esse dinheiro arrecadado e devolver para pesquisa. Mas nós estamos no Brasil e ninguém acredita que isso vai acontecer. Se o governo disser que vai revogar a lei e devolver todo o dinheiro, todo mundo vai dizer não. Portanto, é uma solução que não está na pauta.
- Vocês têm diálogo com a Anvisa e com a Receita Federal sobre isso?
Bastante. O novo ministro está agendando para breve uma reunião entre Ministério da Ciência e Tecnologia, Receita e Anvisa para mais uma vez tentar azeitar esses mecanismos. Uma possível solução, para começar, é pegar um aeroporto do Brasil e fazer uma sala especial para importações de pesquisa. Lá teria funcionários treinados da Receita, com uma geladeira e um freezer para acondicionar os materiais perecíveis. Isso é algo que o CNPq pode ajudar a montar, treinar, dar bolsas, colocar estagiários.
- É preciso mais recursos para os periódicos nacionais?
É fundamental ter periódicos nacionais. Penso que deveria haver um número limitado de excelentes periódicos, com apoio expressivo, linhas editoriais efetivas. Não precisamos de 7 mil revistas, como o Brasil tem hoje. Poderíamos ter 100 excelentes revistas. O grande desafio para a ciência brasileira é ter algumas boas revistas com visibilidade internacional.
- Como financiá-las?
Uma maneira de você financiar revistas nacionais seria adotar políticas de acesso aberto. A agência faz o pagamento da pesquisa, o pesquisador paga pela publicação e o acesso a ela é aberto. Passo a dar dinheiro não só para a revista, mas para o pesquisador, e ele paga a publicação em revistas nacionais. Hoje o edital de editoração é universal, qualquer revista pode pedir. Neste ano estamos apoiando cerca de 290 periódicos. Tem revistas que têm R$ 10 mil e outras com R$ 60 mil.
- Qual é a vantagem do CNPq dar o dinheiro para o pesquisador publicar onde quiser ao invés de financiar diretamente as revistas?
Você acaba selecionando as melhores revistas. O mercado é que vai identificar quais são as revistas que os cientistas brasileiros gostariam de publicar.
(Alexandre Gonçalves)
(Colaborou Karina Toledo)
(O Estado de SP, 23/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76047
A ciência deve estar alinhada às demandas da sociedade e é preciso promover a pesquisa e a inovação no ambiente empresarial. Esta é a opinião do diretor de Engenharia, Ciências Humanas, Exatas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, que deve assumir a presidência do órgão na próxima quinta-feira.
Em entrevista exclusiva ao Estado de SP, Oliva afirmou que um dos grandes entraves à ciência no país é a sobrecarga gerada sobre o pesquisador por questões administrativas. Disse ainda que é preciso valorizar, na avaliação do mérito acadêmico, a inovação e o engajamento em atividades de divulgação científica, diminuindo a ênfase no número de publicações.
Leia a entrevista:
- Quais devem ser as prioridades para a ciência brasileira nos próximos anos?
A ciência precisa estar contextualizada com as demandas da sociedade. As agências de fomento precisam promover a multidisciplinaridade. Precisamos promover a pesquisa e a inovação no ambiente empresarial. O cientista não faz mais pesquisa apenas com seus alunos, no seu laboratório. O cenário hoje envolve colaborações com a indústria, com as políticas públicas. Precisamos incluir a questão da sustentabilidade, não só ambiental, mas econômica e social, em todos os nossos projetos. Do ponto de vista da produção científica, temos de nos preocupar profundamente com a questão da qualidade, do impacto e da relevância das pesquisas. O Brasil não deve mais se preocupar em aumentar o número de publicações e sim em buscar qualidade, impacto e relevância. Finalmente, a internacionalização. A ciência hoje, para ter qualidade, deve ser feita em parceria com os outros cientistas do mundo, em projetos colaborativos conduzidos por equipes multinacionais. Não basta o intercâmbio de pessoas. Esse é o cenário.
- Como o país pode atingir esse ideal?
Para poder levar em conta a necessidade premente da contextualização da ciência com demandas da sociedade, precisamos modernizar os sistemas de avaliação e acompanhamento. O sistema de avaliação delineia o que vai acontecer com a ciência que é feita. Se ele valorizar o número de publicações e o fator de impacto, os pesquisadores vão publicar artigos e procurar revistas de alto impacto. Mas também é preciso introduzir no sistema de avaliação fatores que garantam a qualidade e que promovam as abordagens multidisciplinares. A modernização da gestão, avaliação e acompanhamento é uma forma de delinear o futuro do sistema e fazê-lo caminhar na direção da qualidade. Não se deve olhar apenas o número de publicações.
- Como fazer essa modernização?
Iniciamos no ano passado um programa para avaliar o que as agências internacionais equivalentes ao CNPq estão fazendo. Estamos vendo como a National Science Foundation americana, o National Institutes of Health e os research councils da Inglaterra estão lidando com essa questão. Como está sendo feito no Japão e na Austrália. Fazemos workshops com a participação de pessoas desses países. Depois vamos fazer uma proposta, que vai ser discutida com a sociedade. Mas já há um consenso de que o sistema, se continuar como está, não vai ajudar a ciência brasileira. Outra prioridade é a criação de um novo marco legal, que atenda às necessidades da pesquisa científica para gestão de recursos, importações, contratação de pessoas. Nós ainda estamos submetidos a um regime de compras públicas igual ao do trabalho burocrático do governo. Mas para fazer pesquisa é preciso mais flexibilidade. Hoje a aplicação dos recursos para pesquisa tem tantas dificuldades que você reduz drasticamente a eficiência do gasto. Não adianta mais dizer que a culpa é dos tribunais de contas e das controladorias. Eles olham a lei vigente. É preciso lutar para ter uma lei que ampare a aplicação de recursos de forma mais ágil, mais desburocratizada e mais eficiente.
- Há clima político para construir esse marco legal?
Hoje nós temos um ministro da Ciência e Tecnologia que é uma liderança política. Não há oportunidade melhor do que essa. Ele conhece a área com detalhes e, ao mesmo tempo, conhece todos os meandros políticos por ter sido parlamentar tanto tempo. Outro desafio importante vai ser a expansão e sustentabilidade dos recursos para acompanhar o crescimento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação nos últimos anos. Nós observamos, nos últimos oito anos, uma expansão drástica no número de universidades e novos câmpus. Nos últimos cinco anos, nós tivemos a incorporação de 15 mil novos pesquisadores ao sistema e a grande maioria é de jovens doutores. Percebemos nitidamente aqui no CNPq o aumento na demanda por bolsas de iniciação científica, por apoio no edital universal, por bolsa de produtividade em pesquisa. Se incorporamos 15 mil novos pesquisadores, vamos precisar de mais recursos para que esses indivíduos tenham condições de fazer pesquisa de qualidade. E para isso vamos precisar de recursos sustentáveis.
- Como conseguir esses recursos?
Acho que temos bons instrumentos. Um deles é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é alimentado pelos fundos setoriais (financiados pelos agentes econômicos de cada setor). Em outros ministérios do governo temos hoje a conscientização de que ciência e tecnologia é essencial para praticamente todas as áreas. No Ministério da Saúde há uma quantidade crescente de recursos para pesquisa. O Ministério de Desenvolvimento Agrário tem interesse de fazer projetos de pesquisa, assim como o das Relações Exteriores. Como o CNPq é o órgão que tem bolsas para dar e corpo técnico para avaliar projetos, temos feito convênios com esses ministérios. Uma terceira fonte de recursos, tão importante quanto, é o trabalho que o CNPq tem feito com as Fundações de Amparo à Pesquisa estaduais (FAPs). Em vez de lançar editais nacionais, o CNPq tem procurado os Estados para lançar editais estaduais, que atendam as demandas regionais de pesquisas. Hoje temos 23 fundações de amparo à pesquisa, bem estabelecidas.
- O orçamento de todas as FAPs, hoje, é comparável ao orçamento do CNPq, correto?
É isso mesmo. O orçamento executado do CNPq, contando apenas investimento em pesquisa, é de R$ 1,85 bilhão. Isso envolve o orçamento próprio do CNPq, o investimento expressivo do FNDCT - de R$ 177 milhões - e mais R$ 177 milhões que vieram de parcerias com outros ministérios. As FAPs somadas, incluindo a Fapesp, investiram no ano passado um recurso equivalente. Talvez até um pouco maior. Isso é resultado justamente desse esforço do CNPq de colocar recursos nos Estados. Dentro desses R$1,85 bilhão estão os quase R$ 200 milhões que a gente colocou em parceria com os Estados, e eles dobram o dinheiro. Isso está fazendo crescer os recursos para ciência e tecnologia no país. Temos um sistema que funciona, com recursos expressivos. Precisamos crescer um pouco mais, mas é diferente de oito ou dez anos atrás, quando parecíamos peixinhos com a boca fora d'água tentando conseguir um pouco de oxigênio. Agora podemos começar a pensar em coisas mais ousadas. Aprendemos a fazer ciência de qualidade e em quantidade, mas precisamos ousar mais, precisamos buscar mais a fronteira do conhecimento. E as agências de fomento precisam estimular isso. Não dá só para apoiar editais pulverizados. Já temos um avanço grande que é o programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). A gente tem pensado em ter um edital para pesquisa de fronteira. Sem separar áreas do conhecimento. E o mais importante na avaliação vai ser o projeto e não o currículo do pesquisador. Hoje, o que pesa mais é o currículo do camarada. Eu queria editais em que o projeto fosse o protagonista. É evidente que, para um projeto ser viável, ele tem de estar sendo liderado por pesquisadores que tenham na sua história evidências de que serão capazes de realizá-lo.
- Como fazer essa avaliação?
O CNPq lida com números muito grandes e a gente não pode minimizar a dificuldade que os comitês de julgamento enfrentam para atender 30% da demanda de projetos. No edital universal, que tem esse nome porque todas as áreas do conhecimento podem concorrer com qualquer assunto, recebemos cerca de 15 mil solicitações por ano e atendemos cerca de 3,5 mil. É uma disputa grande e, nessa hora, é difícil avaliar cada projeto com profundidade. Os comitês acabam optando por usar uma cientometria. Jogam os números de publicações no computador, multiplicam pelo fator de impacto, relativizam pela posição do autor, dão pontos de acordo com o número de alunos que ele já orientou. Com essas fórmulas fica mais fácil. Para os 12 mil que não ganharam, você responde que foi porque tiveram menos pontos. Há uma certa objetividade, mas não é o melhor no que diz respeito à qualidade, pois se dá pouco peso à ousadia da proposta. Não estou dizendo que vamos acabar com o edital universal. Vamos manter os programas que estão andando e que fizeram a ciência chegar até aqui. Mas vamos pegar recursos adicionais e jogar em editais mais ousados.
- O que o senhor pensa fazer para estimular a inovação?
Já temos muitas ações importantes, como o programa RHAE (Programa de Capacitação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas), que oferece bolsas exclusivamente para empresas. Quem se candidata a esse edital são empresas com um projeto de pesquisa. O supervisor desse projeto deve ser uma pessoa com título de doutor ou equivalente e esse programa oferece bolsas para incluir e fixar graduados, mestres e doutores nas empresas. No ano passado colocamos R$ 30 milhões nesse projeto e neste ano vamos colocar R$ 40 milhões. Na última chamada, tivemos cerca de 400 propostas e 47 foram atendidas. Isso mostra que há demanda nas empresas. Também temos criado editais para apoiar os Núcleos de Inovação Tecnológicas (NITs) das universidades. São eles que fazem a interface entre os cientistas e as empresas e esse tipo de ator é o que mais faz falta no sistema, pois conhece demandas da empresa e, ao mesmo tempo, o portfólio de tecnologias e competências nas universidades e institutos de pesquisa e vai fazendo o casamento dessas duas coisas. Então estamos apoiando fortemente esses NITs com bolsas. Desde bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), que não necessariamente são para pessoas com mestrado e doutorado acadêmico, como também bolsas de pós-doutorado. No ano passado, no edital do Programa Nacional de Pós-doutoramento, separamos bolsas exclusivas para doutores que pretendiam se inserir em empresas ou Núcleos de Inovação Tecnológica. Outra coisa que precisamos avançar é na forma de avaliação, para dar o crédito devido às atividades de inovação. Mais uma vez: a avaliação delineia o que sai do sistema. Se dou valor apenas para publicações em revistas internacionais indexadas, o sistema vai produzir artigos internacionais em revistas indexadas. Não posso exigir que o pesquisador se envolva em inovação e depois, na hora de dar a bolsa, não valorizar isso. O mesmo vale para a área de difusão da ciência para a sociedade. Cada vez mais ciência é uma coisa cara e é financiada com os impostos pagos pela sociedade. Portanto a sociedade precisa estar informada sobre o que estamos fazendo até para nos defender, por exemplo, na hora de fazer cortes no orçamento do governo federal. Educação, Ciência e Tecnologia são as primeiras a sofrer cortes. E parte da culpa é nossa, dos cientistas, que ainda não encaramos como parte essencial de nossa missão acadêmica a divulgação da ciência. As pessoas ainda acham que isso é perfumaria, mas é questão de sobrevivência da ciência. É um problema cultural. Não somos treinados para fazer divulgação e não somos valorizados por fazer isso.
- Mas como avaliar inovação? É mais difícil que avaliar publicação?
Avaliar a qualidade das coisas é sempre mais difícil. Eu posso contar publicações, mas não quero contar patentes apenas. Então a gente tem de olhar quantos alunos o pesquisador tem envolvidos em projetos ligados à indústria. Quantos ex-alunos dele hoje estão trabalhando na indústria. Posso olhar critérios de quantos projetos esse pesquisador está coordenando em parceria com indústrias ou empresas ou prefeituras ou órgãos do governo estadual ou federal. Para isso a gente está buscando o que o mundo está fazendo. Os Estados Unidos têm um programa chamado Star Metrics para desenvolver ferramentas para quantificar o impacto da ciência. Medindo por exemplo quantos empregos uma atividade de ciência e tecnologia gera. Qual o resultado econômico dessas atividades. Não se faz mais ciência naquele modelo antigo, no qual a sociedade dá o dinheiro para o cientista e o considera sábio o bastante para fazer o que quiser com esses recursos. Hoje sabemos que a sociedade tem outras demandas e o gasto do dinheiro público precisa ser muito bem justificado. A ciência precisa estar contextualizada com as demandas da sociedade.
- O pesquisador no Brasil dá aula, pesquisa e ainda é administrador. Existe a ideia de criar uma carreira de pesquisador em tempo integral?
A carreira de pesquisador em tempo integral não existe nas universidades, mas existe nos institutos de pesquisa, como o Butantã e o Instituto Agronômico de Campinas. Deve existir nas universidades? Na França, por exemplo, criou-se uma carreira de pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica Francês (CNRS, na sigla em francês). O órgão empresta esse pesquisador para as universidades, financia um laboratório e lá ele desenvolve um projeto de interesse do CNRS. A qualquer hora, o pesquisador pode ser realocado. Seria como se o CNPq, em vez de dar bolsas, contratasse os pesquisadores.
- Qual é a sua opinião sobre esse modelo?
Sou um professor nato e gosto muito do modelo da ciência associada à transmissão do conhecimento. Acho que as pessoas jovens são as que mais nos desafiam. Acho que o modelo francês não é viável para o Brasil hoje. O Brasil ainda é um país jovem e precisa educar seus jovens. Mas o meu problema nunca foi dar aula e sim a sobrecarga administrativa. Isso pode ser resolvido com a contrapartida das universidades. Em outros países, as agências de fomento pagam uma reserva técnica para a universidade. A Fapesp faz isso, mas o dinheiro não pode ser usado para contratar pessoas. No ano passado, a Universidade de São Paulo (USP) cedeu um técnico administrativo para cada INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia). Outras universidades também vão ter de se adaptar e, para isso, será preciso negociar com o Ministério da Educação.
- Quais áreas o senhor considera prioritárias?
O próximo plano de ação vai levar em conta a discussão feita na 4ª Conferência de Ciência e Tecnologia do ano passado. O tema central foi ciência sustentável. Química verde, transformar toda uma indústria que hoje depende da petroquímica em uma indústria sustentável. Hoje, por exemplo, você consegue fazer plástico de etanol e celulose. Economia de baixo carbono, energias alternativas são áreas tão prioritárias para o país quanto eram no passado a biotecnologia, a nanotecnologia e a agricultura. A agenda internacional de pesquisa está se modernizando. Certamente devemos continuar apoiando as tecnologias de comunicação, espacial e nuclear, sem menosprezar as ciências sociais e humanas, que ajudam a interpretar e contextualizar isso tudo. Ciência do mar é outra coisa essencial. A Amazônia. São temas levantados na conferência e certamente vão ser parte do novo plano.
- Dizem que hoje quem faz pesquisa no Brasil são os mestrandos e doutorandos. Nos países desenvolvidos, quem faz pesquisa é pós-doutorando.
Aqui também está aumentando a participação dos pós-doutorandos. No CNPq temos cerca de 2 mil bolsas de pós-doutorado, 10 mil de doutorado, 12 mil de mestrado e 35 mil de iniciação científica. Então é o momento em que devemos investir em pós-doutorado sim. Mestres e doutores têm prazo de validade. Precisam fazer uma tese em dois anos com começo meio e fim, então os temas acabam sendo fatiados e ficam menos ousados. Nos EUA, o pós-doutorado chega a durar dez anos, mas é como se o pesquisador fosse um empregado com carteira assinada. Aqui, a bolsa é concedida por um ano e pode ser renovada. Mas o pesquisador fica mais preocupado em prestar concurso.
- O edital universal tem duração de dois anos. Alguns pesquisadores dizem que poderia ser maior.
Nos EUA geralmente é de três anos e os mais ousados chegam a cinco, com uma avaliação no meio do período. O edital do INCT que a gente fez foi de cinco anos. Com dinheiro alocado para os primeiros três anos, com adicional após uma avaliação intermediária. O projeto individual talvez possa ser estendido para três anos. Também estudamos voltar ao modelo anterior, que é o de auxílio integrado: um único processo para avaliar bolsas de produtividade, de doutorado e de iniciação científica solicitadas por um pesquisador. Desta forma, posso fazer algo mais abrangente e aliviar o CNPq, que em 2010 recebeu 74 mil solicitações de apoio a pesquisa. É uma loucura julgar isso tudo.
- Quantos consultores existem?
Hoje temos 320 consultores fixos e 48 comitês de assessoramento. Mas para muitos editais chamamos outros consultores. Ao todo deve dar cerca de mil.
- São Paulo recebe um quarto dos recursos do CNPq, mas é responsável por metade da produção científica nacional. Não seria justo aumentar essa verba?
No edital universal, com 15 mil projetos, 23% da demanda era do Estado de São Paulo. Entre os projetos atendidos, 24% eram de São Paulo. Não vejo discriminação. Nós, os paulistas, conquistamos a liderança porque o Estado de São Paulo, depois que perdeu a guerra de 1932, tomou uma decisão histórica e escreveu na bandeira da USP "Scientia vinces" (Vencerás pela ciência). A razão do sucesso econômico do Estado de São Paulo é justamente fruto do forte investimento que fez em ciência. A ciência venceu. E tem de continuar investindo mais que o resto do Brasil para manter a liderança. Se eu colocasse mais dinheiro do CNPq em São Paulo, o Estado deveria colocar ainda mais para continuar na frente do país. Qual Estado diz hoje que vai destinar 1% de toda a arrecadação tributária para ciência e tecnologia e cumpre? Só São Paulo. E é melhor que seja assim, pois nos dá a liderança. Mas é preciso ter um olhar estratégico. Um olhar de país. De que adianta ter só São Paulo desenvolvido e não ter para quem vender carro, televisão, geladeira ou para onde exportar seus doutores? A gente só se fortalece se o Brasil crescer como um todo.
- É possível diminuir essa burocracia dos mecanismos de controle e avaliação de projetos e gastos?
A burocracia do CNPq é menor que a da Fapesp. Todos os processos são informatizados. A submissão de projetos, a avaliação, a prestação de contas são feitas online. O recurso do CNPq é repassado para uma conta do indivíduo. O da Fapesp tem de ser solicitado a cada compra. Essa afirmação de que o CNPq é burocrático não procede. O que entrava a boa execução da pesquisa é a dificuldade de mudança de alínea, mas isso não é culpa do CNPq. Quando recebemos os recursos do Ministério do Planejamento, já vem determinado o que é para custeio (insumos e manutenção) e o que é para capital (equipamentos). Às vezes os pesquisadores resolvem mudar de ideia e depois fazem a prestação de contas, mas o CNPq não pode aceitar. Essa é a parte ruim, mas, em termos de gestão, é mais fácil que a Fapesp.
- Pesquisadores dizem que o sistema de importação do CNPq, o Importa Fácil, é difícil.
Estamos tomando medidas para mudar isso. O Importa Fácil tem etapas e, se você estiver treinado nessas etapas, é fácil. O único problema é que só pode ser feita a importação pelos Correios. Se tiver treino e não esquecer nenhum papel, é fácil. Estamos preparando um curso de educação à distância, de no máximo uma hora, para ensinar a fazer uma importação. Mas fazer importação no Brasil é, muitas vezes, mais difícil que nos Estados Unidos. Isso porque temos uma lei de 1990 que dá isenção de taxas e impostos à importação para pesquisa. Se por um lado é bom, porque te permite comprar mais coisas com o mesmo dinheiro, é a razão de tanta burocracia. Nos EUA não tem dispensa de imposto. Por isso há empresas especializadas em importar para fornecer material aos pesquisadores. O pessoal reclama que a Anvisa é um entrave à importação, principalmente de biológicos, mas o FDA (agência americana de vigilância sanitária) é muito mais restritivo. Ele inspeciona 100% do que entra nos EUA. Mas lá não há atraso porque o fornecedor tem estoque. Aqui não temos empresas que mantêm estoque por causa da isenção de impostos. A lei sufoca o surgimento desse atravessador e joga a responsabilidade de todo o procedimento no pesquisador e nas universidades. Tenho colegas que dizem: "O país precisava dar um crédito de confiança aos cientistas". Mas e se ele importar um vírus ou algo que dê encrenca? De quem é a responsabilidade? O país não pode renunciar a esse tipo de controle fitossanitário. Nos outros países são as empresas que lidam com a burocracia. Aqui, a isenção limita o engajamento de empresas privadas na importação e temos mil problemas porque ela é feita de forma não profissional.
- Qual é a solução? Mudar a lei?
Nenhum outro país dá isenção de imposto em importação para pesquisa. Poderia ser uma solução derrubar a lei, pegar esse dinheiro arrecadado e devolver para pesquisa. Mas nós estamos no Brasil e ninguém acredita que isso vai acontecer. Se o governo disser que vai revogar a lei e devolver todo o dinheiro, todo mundo vai dizer não. Portanto, é uma solução que não está na pauta.
- Vocês têm diálogo com a Anvisa e com a Receita Federal sobre isso?
Bastante. O novo ministro está agendando para breve uma reunião entre Ministério da Ciência e Tecnologia, Receita e Anvisa para mais uma vez tentar azeitar esses mecanismos. Uma possível solução, para começar, é pegar um aeroporto do Brasil e fazer uma sala especial para importações de pesquisa. Lá teria funcionários treinados da Receita, com uma geladeira e um freezer para acondicionar os materiais perecíveis. Isso é algo que o CNPq pode ajudar a montar, treinar, dar bolsas, colocar estagiários.
- É preciso mais recursos para os periódicos nacionais?
É fundamental ter periódicos nacionais. Penso que deveria haver um número limitado de excelentes periódicos, com apoio expressivo, linhas editoriais efetivas. Não precisamos de 7 mil revistas, como o Brasil tem hoje. Poderíamos ter 100 excelentes revistas. O grande desafio para a ciência brasileira é ter algumas boas revistas com visibilidade internacional.
- Como financiá-las?
Uma maneira de você financiar revistas nacionais seria adotar políticas de acesso aberto. A agência faz o pagamento da pesquisa, o pesquisador paga pela publicação e o acesso a ela é aberto. Passo a dar dinheiro não só para a revista, mas para o pesquisador, e ele paga a publicação em revistas nacionais. Hoje o edital de editoração é universal, qualquer revista pode pedir. Neste ano estamos apoiando cerca de 290 periódicos. Tem revistas que têm R$ 10 mil e outras com R$ 60 mil.
- Qual é a vantagem do CNPq dar o dinheiro para o pesquisador publicar onde quiser ao invés de financiar diretamente as revistas?
Você acaba selecionando as melhores revistas. O mercado é que vai identificar quais são as revistas que os cientistas brasileiros gostariam de publicar.
(Alexandre Gonçalves)
(Colaborou Karina Toledo)
(O Estado de SP, 23/1)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76047
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