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terça-feira, 3 de abril de 2012

Microrrobô "vivo" entrará no corpo para detectar doenças

O robô, com menos de 1 cm de comprimento, será formado por células vivas "domadas" com técnicas da engenharia genética e biologia sintética. [Imagem: UCSF/Cyperplasm] Robô biológico A palavra robô suscita a lembrança de algo meio mecânico, meio eletrônico, mas essencialmente algo metálico, duro. Não é o que pretende uma equipe formada por especialistas de pelo menos cinco universidades europeias. O objetivo primário do grupo é construir o protótipo de um robô minúsculo que funcione como uma criatura viva - um robô que seja formado principalmente por células vivas "domadas" com técnicas da engenharia genética. No longo prazo, porém, a ideia é que esses biorrobôs sejam usados para identificar doenças dentro do corpo humano. Já batizado de Ciberplasma, o robô será fruto de uma combinação inusitada de microeletrônica com as mais recentes pesquisas em biomimética - tecnologia inspirada na natureza - e biologia sintética. Biorrobô O projeto do Ciberplasma inclui um sistema nervoso eletrônico, "olhos" e "nariz" derivados de células de mamíferos, e músculos artificiais que usam glicose como fonte de energia. A intenção é projetar, construir e integrar ao robô componentes que respondam à luz e a compostos químicos, da mesma maneira que animais vivos - não sensores eletrônicos comuns, mas biossensores derivados de células vivas.
A lampreia-do-mar foi o animal escolhido como inspiração para o bio-robô que está sendo projetado para entrar no corpo humano em busca de doenças. [Imagem: U.S. Fish and Wildlife Service] E os cientistas já escolheram o animal que servirá de base para a construção do robô: a lampreia, um animal marinho encontrado principalmente no Oceano Atlântico. A lampreia do mar tem um sistema nervoso muito primitivo, que é mais fácil de imitar do que sistemas nervosos mais sofisticados. E ela se movimenta nadando, o que os cientistas acreditam ser a melhor opção para um biorrobô que pretende entrar corpo humano adentro. O projeto prevê um protótipo do Ciberplasma com menos de 1 centímetro de comprimento. Versões futuras, segundo os cientistas, poderão potencialmente ter menos do que um 1 milímetro de comprimento, ou mesmo serem construídos em escala nanométrica. Vida artificial Células musculares sintéticas - células vivas geneticamente modificadas e controladas eletricamente - vão gerar movimentos ondulatórios para a propulsão do robô através da água ou outros líquidos. Os sensores sintéticos, derivados de células de levedura, serão responsáveis por coletar sinais a partir do meio ambiente. Esses sinais serão processados por um "cérebro eletrônico - este sim, eletrônico mesmo, baseado em semicondutores comuns - que, por sua vez, irá gerar os sinais elétricos que controlarão as células musculares para que elas utilizem a glicose para obter energia. Todos os componentes eletrônicos serão alimentados por uma célula a combustível microbiana, integrada ao corpo do robô. "Estamos atualmente desenvolvendo e testando componentes individuais do Ciberplasma," conta o professor Daniel Frankel, que se intitula um bioengenheiro. "Esperamos chegar à fase de montagem dentro de dois anos. Acreditamos que o Ciberplasma possa começar a ser usado em situações do mundo real dentro de cinco anos". Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=micro-robo-vivo-detectar-doencas&id=010180120331&ebol=sim

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