A guerra dos cientistas contra as revistas científicas e as suas ávidas assinaturas também recrutou a Wikipédia. O governo britânico pediu que o fundador da enciclopédia na web, Jimmy Wales, publique gratuitamente todos os artigos científicos obtidos com o dinheiro dos contribuintes ingleses.
A reportagem é de Elena Dusi, publicada no jornal La Repubblica, 03-05-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Essa é a última ofensiva da campanha batizada de "Primavera da Academia", que teve início em janeiro pelo blog do matemático de Cambridge Timothy Gowers. Desde então, 11 mil cientistas de todo o mundo aderiram ao apelo de boicotar a editora Elsevier, a maior do setor, que recebe gratuitamente os artigos dos cientistas para, depois, impor às suas revistas assinaturas que variam de 20 a 40 mil dólares.
Os cientistas da Primavera da Academia, através do blog www.thecostofknowledge.com, se comprometem a não fornecer artigos, consultoria nem trabalho editorial à Elsevier, acusada em 2011 de ter acumulado lucros de 2,1 bilhões de dólares (com uma margem de 36% sobre as receitas), sobre os ombros da ciência financiada pelo dinheiro público.
Além de cientistas individuais, também se uniram ao boicote o Wellcome Trust, de Londres, e a Universidade de Harvard. Mark Walport, presidente do Wellcome Trust (o maior financiador de pesquisas médicas do mundo, depois da Fundação Gates), anunciou o lançamento de uma nova revista online completamente gratuita: eLife. Já a Harvardconvidou a sua equipe a publicar todas as pesquisas gratuitamente no site da universidade. A gigante de Bostongasta 3,75 milhões de dólares por ano apenas em revistas científicas.
"Seguir em frente assim não é possível", escreveu o governo da faculdade em seu apelo aos pesquisadores. O negócio da editoração científica chega a 10 bilhões de dólares, com 25 mil revistas especializadas e 1,5 milhões de artigos por ano. Dos quais apenas 20%, antes da Primavera da Academia, podia ser lido sem pagar.
A reportagem é de Elena Dusi, publicada no jornal La Repubblica, 03-05-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Essa é a última ofensiva da campanha batizada de "Primavera da Academia", que teve início em janeiro pelo blog do matemático de Cambridge Timothy Gowers. Desde então, 11 mil cientistas de todo o mundo aderiram ao apelo de boicotar a editora Elsevier, a maior do setor, que recebe gratuitamente os artigos dos cientistas para, depois, impor às suas revistas assinaturas que variam de 20 a 40 mil dólares.
Os cientistas da Primavera da Academia, através do blog www.thecostofknowledge.com, se comprometem a não fornecer artigos, consultoria nem trabalho editorial à Elsevier, acusada em 2011 de ter acumulado lucros de 2,1 bilhões de dólares (com uma margem de 36% sobre as receitas), sobre os ombros da ciência financiada pelo dinheiro público.
Além de cientistas individuais, também se uniram ao boicote o Wellcome Trust, de Londres, e a Universidade de Harvard. Mark Walport, presidente do Wellcome Trust (o maior financiador de pesquisas médicas do mundo, depois da Fundação Gates), anunciou o lançamento de uma nova revista online completamente gratuita: eLife. Já a Harvardconvidou a sua equipe a publicar todas as pesquisas gratuitamente no site da universidade. A gigante de Bostongasta 3,75 milhões de dólares por ano apenas em revistas científicas.
"Seguir em frente assim não é possível", escreveu o governo da faculdade em seu apelo aos pesquisadores. O negócio da editoração científica chega a 10 bilhões de dólares, com 25 mil revistas especializadas e 1,5 milhões de artigos por ano. Dos quais apenas 20%, antes da Primavera da Academia, podia ser lido sem pagar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário