O índice de leitura no Brasil aumentou 150% nos últimos dez anos. Passou de 1,8 livro por ano em média, para 4,7. Apesar do aumento, a presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Sônia Machado Jardim, disse que os indicadores de leitura anual no Brasil ainda são pequenos em comparação aos de países mais desenvolvidos.
“É baixo não só por estar muito aquém dos de países desenvolvidos ou até mesmo de alguns países em desenvolvimento, mas também porque inclui os livros didáticos, de leitura obrigatória.
A presidente fez a declaração durante a divulgação da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Snel. O estudo constatou também um aumento de 13,5% no número de obras publicadas no ano passado, em relação a 2008.
Jovens leitores
O mercado de livros infantojuvenis – que corresponde à formação de novos leitores – também é um fator animador. "Nosso grande desafio é a formação de leitores, mas o que a pesquisa demonstra é que podemos ter uma esperança já que 15% do mercado corresponde aos livros infantojuvenis", declarou Sônia.
Ela afirmou estar preocupada com as compras governamentais de livros técnico-científicos – voltados à formação profissional e ao público universitário – não acompanharem o aumento do interesse pelo setor.
Os governos adquiriram apenas 182,8 mil, dos 28,7 milhões de exemplares de livros técnico-científicos vendidos em 2009. O que, apesar de pouco, significou um aumento de 142% em relação às compras de 2008, quando foram adquiridos apenas 75,4 mil exemplares.
"A compra governamental nesta área é baixíssima e se dá, principalmente, por meio do próprio aluno universitário e das universidades, o que demonstra a necessidade do brasileiro se qualificar e que, hoje, somente o ensino médio não basta para garantir o ingresso no mercado de trabalho", concluiu Sônia.
Valores acessíveis
Questionada sobre o fato de o livro ainda ser um artigo pouco acessível para grande parte da população, Sônia defendeu que, a produção em maior escala e as várias alternativas adotadas pelas editoras vêm ajudando a popularizar o produto.
"Até 2004 não havia os livros de bolso, por exemplo. Há as edições especiais, mais baratas, as vendas porta a porta. Há um novo mercado já que a classe C está ingressando no mercado e há preços para todo tamanho de bolso".
Da redação, com Agência Brasil
Fonte:http://www.rubro.paginaoficial.ws/noticia.php?id_secao=11&id_noticia=134852
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