Quarta-feira, 11 de Agosto de 2010
Fonte: Alex Rodrigues, Agência Brasil
O índice de leitura no Brasil aumentou 150% nos últimos dez anos. Passou de 1,8 livro por ano em média, para 4,7. Apesar do aumento, a presidente do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Sônia Machado Jardim, disse que o índice de leitura anual no Brasil ainda é pequeno comparado ao de países mais desenvolvidos.
É baixo não só por estar muito aquém dos de países desenvolvidos ou até mesmo de alguns países em desenvolvimento, mas também porque inclui os livros didáticos, de leitura obrigatória.
A presidente fez a declaração durante a divulgação da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial, realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a pedido da CBL (Câmara Brasileira do Livro) e do Snel, que constatou aumento de 13,5% de obras publicadas no ano passado em relação a 2008.
"Nosso grande desafio é a formação de leitores, mas o que a pesquisa demonstra é que podemos ter uma esperança já que 15% do mercado corresponde aos livros infantojuvenis", declarou Sônia, que disse estar preocupada pelo fato de as compras governamentais de livros técnico-científicos mais voltadas à formação profissional e ao público universitário não acompanharem o aumento do interesse pelo setor.
Dos 28,7 milhões de exemplares de livros técnico-científicos vendidos em 2009 (18,3% a mais que em 2008), os governos adquiriram apenas 182,8 mil. O que, apesar de pouco, significou um aumento de 142% em relação às compras de 2008, quando foram adquiridos apenas 75,4 mil exemplares.
"A compra governamental nesta área é baixíssima e se dá, principalmente, por meio do próprio aluno universitário e das universidades, o que demonstra a necessidade de o brasileiro se qualificar e que, hoje, somente o ensino médio não basta para garantir o ingresso no mercado de trabalho", concluiu Sônia.
Perguntada sobre o fato de o livro ainda ser um artigo pouco acessível para grande parte da população, Sônia defendeu que, com a produção em maior escala e as várias alternativas adotadas pelas editoras vem ajudando a popularizar o produto. "Até 2004 não havia os livros de bolso, por exemplo. Há as edições especiais, mais baratas, as vendas porta a porta. Há um novo mercado já que a classe C está ingressando no mercado e há preços para todo tamanho de bolso".
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2010_08_11&pagina=noticias&id=05790
Nenhum comentário:
Postar um comentário