Trabalho de gaúcho sobre utilização de fungo em tratamento de tintas é eleito o melhor fora da União Europeia
Os projetos procedentes da República Tcheca, Polônia e Hungria conquistaram os primeiros prêmios da 22ª edição do concurso da UE (União Europeia) para jovens cientistas, que terminou em Lisboa na terça-feira.
O júri, composto por 18 cientistas renomados, avaliou também o trabalho sobre a utilização do fungo Aspergillus níger para tratamento de tintas, do brasileiro William Lopes, que obteve o prêmio Internacional, dedicado ao melhor entre os países não pertencentes aos 27 estados-membros da UE.
Os vencedores, que embolsarão 7 mil euros cada, foram o projeto checo sobre as nanopartículas de CO2 --aplicável na pesquisa de armazenamento dos gases efeito estufa--, o polonês com um estudo sobre as formigas cinerea e o húngaro sobre educação científica.
"Jovens como estes contribuem para moldar o futuro e acho que estamos em boas mãos", declarou a comissária europeia para Investigação, Inovação e Ciência, Máire Geoghegan Quinn na cerimônia de encerramento.
Após quatro dias, o museu da Eletricidade da capital portuguesa acolheu 85 projetos de 124 jovens, entre 14 e 21 anos, provenientes de 37 países, 27 da UE e dez convidados, entre eles Brasil, Estados Unidos, Canadá, Israel e China.
Coloração de tecidos
Entre os latinos-americanos, se destacou o brasileiro Lopes, um jovem pesquisador de 20 anos, natural de Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul).
Seu projeto premiado sobre utilização do fungo Aspergillus níger tem como objetivo baratear o processo de coloração de tecidos como o couro e foi bem-recebido pelo público.
"É uma iniciativa amiga do meio ambiente e mais barata. Já tem várias empresas interessadas", disse Lopes à agência de notícias EFE.
O concurso de Jovens Cientistas da UE, impulsionado pela Comissão Europeia, começou em 1989 e visa promover a cooperação internacional e estimular novos talentos.
(EFE)
(Folha de SP, 29/9)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=73770
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