Conheça o primeiro chip que interage com o organismo vivo, e transforma sinais bioquímicos em informação digital.
Centenas de cientistas em diferentes partes do mundo levaram 14 anos para mapear o DNA humano. Pois esse aparelho, que é pouco maior que uma impressora, consegue fazer esse mesmo trabalho em apenas um dia! Toda essa diferença de velocidade tem uma explicação: esse aparelho tem em seu coração o primeiro chip que é capaz de interagir com material orgânico.
Traduzindo: esse chip é capaz de entender o material genético sem nenhum intermediário. A novidade acaba de chegar ao Brasil e promete revolucionar o mundo da Ciência, principalmente a medicina. Usando uma tecnologia inédita, este “chip híbrido” permite que sinais bioquímicos sejam traduzidos em informação digital.
Pela primeira vez, um elemento eletrônico é capaz de interagir com algo orgânico. Basta inserir a amostra biológica e toda a parte experimental é realizada nos semicondutores. O trabalho de análise do material, que antes levava, em média, 24 horas para ser concluído, agora é feito em apenas duas.
"Você pode deixar o chip na máquina na hora do almoço e quando voltar, já tem a sequência feita", disse Gianluca Pettiti, CEO da Life Technologies na América Latina.
Como dissemos no começo da matéria, a pesquisa do genoma humano começou em 1989 e só foi completada em 2003. Foram 14 anos de trabalho de cientistas em galpões cheios de máquinas enormes e caríssimas. Agora, tudo isso pode ser substituído por equipamentos de última geração como a “Personal Genome Machine”, que funciona com o poderoso “chip híbrido”.
"Antes era feito de uma forma completamente diferente. Usava-se câmera e um produto fluorescente e tinha uma complexidade muito grande", explicou Gianluca.
Uma das principais discussões da medicina atual é como torná-la cada dia mais personalizada, prevenindo doenças e criando remédios específicos com base na genética de cada um de nós.
"Um exemplo são as mutações de gene que podem influenciar no desenvolvimento do câncer ou na efetividade de um remédio. Então, com esse equipamento você poderia identificar se um remédio realmente funciona", contou Gianluca Pettiti, CEO da Life Technologies na América Latina.
O projeto é tão importante que o inventor do “chip híbrido”, o biólogo americano Jonathan Rothberg, oferece prêmios de 1 milhão de dólares a qualquer pessoa que consiga aprimorar o desempenho da máquina. Em todo o processo de pesquisas e desenvolvimento do novo chip e da Personal Genome Machine, a empresa investiu nada menos que 370 milhões de dólares; mais de 600 milhões de reais.
Além de ser o primeiro seqüenciador de DNA a usar essa nova tecnologia, ele será o primeiro equipamento de larga escala a ser comercializado por menos de 100 mil dólares. Isso certamente vai popularizar as pesquisas genéticas e assim espera-se que cada vez mais surjam descobertas surpreendentes sobre a vida. Até então, os seqüenciadores de DNA mais comuns custavam até 6 ou 7 vezes mais.
Infelizmente, no Brasil os seqüenciadores de DNA são exclusivos para uso em pesquisas e não para fins terapêuticos. Aqui, DNA só para testes como o de paternidade e identificação de suspeitos, mas em muitos outros países, outras leis são mais flexíveis quanto ao seu uso.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/chip_dna
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