Translate

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Brasileiros: eles invadiram empresas mundiais de tecnologia

A vontade de inovar e criar levou brasileiros a encontrar em empresas startups o caminho para o sucesso.


Atualmente alguns rostos brasileiros têm aparecido em empresas internacionais, especialmente entre as redes sociais e grandes companhias de tecnologia. Até pouco tempo não existiam muitas oportunidades para levantar financiamento de venture capital no Brasil, por isso, aqueles que tinham ideias inovadoras ou queriam conhecer a filosofia de uma empresa de startup corriam atrás de oportunidades fora do país.

Este foi o caso de Hugo Barra, um engenheiro elétrico que deixou Minas Gerais e hoje faz parte de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Google. Hugo se mandou para Boston, nos Estados Unidos, para fazer um mestrado em computação no MIT, um dos institutos de tecnologia mais importantes do mundo. Lá, reuniu alguns amigos e, juntos, abriram a Lobby7, uma empresa que desenvolvia tecnologias de reconhecimento de voz.

Em pouco tempo, a Lobby7 foi comprada pela Nuance Communications e Barra virou diretor da empresa. Foi lá que o mineiro teve contato com o primeiro celular com o sistema operacional Android. E a partir daí, traçou seu caminho até chegar onde está atualmente: diretor de produtos móveis na Google.

Assim como Hugo, Carol Schimmelpfeng também se infiltrou em uma grande empresa de tecnologia internacional. A advogada paulista, de 32 anos, assumiu a tarefa de desenvolver a versão em português do Twitter. Carol conta que se candidatou à vaga que estava aberta no microblog e apesar da empresa precisar de um engenheiro, ela resolveu tentar de qualquer maneira. Os fundadores Biz Stone e Evan Williams, que sempre entrevistam pessoalmente os candidatos, gostaram do perfil da brasileira e acabaram a contratando.



Já Mike Krieger foi mais além. Ele se formou em Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos, e decidiu ficar no país para trabalhar em empresas de startup. Ele começou na equipe da Meebo e lá aprendeu a filosofia de empresas desse porte. “Quando me formei, em 2008, não conhecia muitas empresas assim no Brasil”, conta.

Já devidamente estabilizado, Mike e seu amigo Kevin Systrom perceberam que muitas pessoas estavam comprando celular com câmeras de qualidade e que, na maioria das vezes, as fotos ficavam “presas” nos smartphones sem serem compartilhadas. Foi aí que surgiu a ideia de criar o Instagram. “Decidimos criar um aplicativo para ajudar neste problema: facilitar o compartilhamento de fotos”, lembra Mike.

Em pouco mais de três meses, o Instagram já acumula mais de 1 milhão de downloads na App Store da Apple e o Brasil está entre os quatro maiores em número de usuários. Segundo Mike, o segredo do sucesso dos brasileiros nessas empreitadas é a criatividade e maleabilidade, que se encaixa perfeitamente em ambientes de startup, onde há mais flexibilidade e oportunidades para inovação.



O mesmo aconteceu com Eduardo Saverin, um dos responsáveis pela criação da rede social mais popular do mundo, o Facebook. Ainda que o site de relacionamento não seja o mais acessado entre os brasileiros, foi um paulista que ajudou a desenvolvê-lo junto com Mark Zuckerberg.

No livro “Bilionários por acaso - A criação do Facebook”, o autor Ben Menzirich conta que, em 2003, Saverin iniciou o curso de Economia na Universidade de Harvard e lá conheceu Mark Zuckerberg. No ano seguinte, eles fundaram o “Thefacebook”, que mais tarde se tornaria a maior rede social do mundo, atualmente com mais de 500 milhões de usuários.



Saverin é resistente a entrevistas e, por isso, surpreendeu a todos quando postou um texto sobre o filme “A Rede Social” no blog de convidados da rede CNBC. Diferente do que muitos imaginavam, Eduardo não usou o espaço para criticar o filme, ele preferiu deixar uma mensagem de incentivo a outros jovens. "Espero que o filme inspire muitas outras pessoas a criar e dar um salto em novos negócios. Com um pouco de sorte, elas poderão mudar o mundo".

Mesmo estando afastado das atividades da rede social, porém ainda com porcentagem da empresa, Eduardo continua investindo em suas ideias. A Qwiki, uma nova empresa de "experiência de informação", recebeu do bilionário US$ 8 milhões no fim de 2010. A empresa, que fez sua estreia em setembro do ano passado, atua como uma enciclopédia interativa, contando histórias ao invés de trazer apenas resultados de busca.

Para saber mais sobre programas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil,
clique aqui
(http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/o-brasil-tambem-pode-ter-seu-vale-do-silicio) e leia na íntegra uma matéria sobre o modelo de negócio proposto no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/brasileiros_eles_invadiram_empresas_mundiais_de_tecnologia

Nenhum comentário:

Postar um comentário