A chegada de um novo superior é sempre motivo de preocupação. Saiba como lidar com essa nova realidade.
Por PAUL GLEN, DA COMPUTERWORLD/EUA
Poucas experiências na vida profissional equivalem à chegada de um novo superior. É diferente de mudar de seção e passar a responder para outro profissional, pois nesse caso existe a excitação e o nervosismo intrínsecos à promoção e à mudança de área.
Um novo chefe
A chegada de um novo chefe desperta um mix de apreensão e insegurança no ambiente, pois alguns profissionais se perguntam se o novo líder não virá acompanhado de sua entourage, o que coloca em xeque as posições de outros colaboradores. Também desperta questionamentos sobre como o seu desempenho será avaliado e se as esperadas promoções serão efetivadas.
Todas essas questões trazem embutidas uma carga emocional grande e podem comprometer o trabalho, impedindo até que a nova liderança “decole” de maneira proveitosa e sem muito vento de cauda. Cabe aos funcionários se prepararem quando tais circunstâncias se aproximam. Vale, ainda, estender toda a preocupação à nova condição do superior e reconhecer que os seus sentimentos de insegurança, desconfiança e receio não figuram entre as principais questões da agenda do recém introduzido chefe. Este tem de digerir a mudança, junto com as próprias emoções.
Cartilha para ajudar a lidar com a nova direção
Comece imaginando quais serão as atribuições do seu novo chefe. Não é muito difícil, basta avaliar com clareza as condições do núcleo que ficará sob seu comando e sob quais circunstâncias o antigo superior deixou a área. Teria a partida do antigo líder sido involuntária? Ele foi promovido ou mudou para a concorrência? Era querido ou detestado pelos colegas de trabalho?
Os desafios desse novo chefe serão proporcionais à condição em que encontra o núcleo que passa a comandar. Se estiver tudo em ordem e a supervisão anterior for adepta da ordem e da harmonia no local de trabalho, certamente a entrada de um novo líder será menos traumática. Diferente de alguém que chega em uma repartição que mais lembra um campo de batalhas com corpos estirados pelo chão. Vale a pena considerar todas essas variáveis na hora de bolar uma estratégia de comportamento ao passar a se reportar para outro profissional.
As listas
Use as informações desse primeiro conjunto para desenvolver mais a sua percepção de como trabalhar melhor com o novo colaborador. De cunho íntimo, essas informações que deve considerar em seguida, não deverão ser exibidas publicamente. A primeira lista terá de abrigar o título: “O que o novo chefe poderia fazer para dar cabo de todos nossos problemas”, em uma segunda lista relacione “O que o novo chefe pode fazer para estragar o que funciona muitíssimo bem”.
Uma vez compostas essas listas, confronte seu conteúdo com os reais motivos que o induziram a escrevê-las.
Uma vez livres de ruídos emocionais e norteadas pela mais pura razão, recomponha essas listas e adicione nelas informações que acredita serem essenciais para o novo líder ter melhor compreensão acerca de suas atribuições e condições do núcleo. Descreva de que maneira acredita poder auxiliar o desenvolvimento dos negócios, respeitando a cultura organizacional e as pessoas. Novamente, releia a lista e tenha certeza de estar tudo lá, explicitado e exposto de maneira razoável.
A aproximação
Agora, vale controlar a ansiedade de querer mostrar ao superior todo o conteúdo das relações. Logo, na primeira reunião que tiver com ele(a) exponha apenas os títulos e os temas gerais – não o(a) sufoque com detalhes.
Afinal, o primeiro encontro com o(a) chefe serve para firmar uma parceria laboral que dará o legítimo direito de, mais adiante, expor minuciosamente seus pontos de vista e construir uma imagem de respeito.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2011/01/26/dicas-para-lidar-com-mudancas-no-comando/
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