Mobilidade e tecnologia: o Mobile World Congress apresenta ao público as novidades do setor de telefones celulares e tablets. Nessa briga de gigantes, o sistema operacional da Google está em vantagem.
A cada edição, uma avalanche de novidades – e ansiedade – acompanha o Mobile World Congress, feira internacional de celulares que acontece em Barcelona, na Espanha. Antes mesmo do início do evento, que começou nesta segunda-feira (14/02), as fabricantes já anunciavam o que estava por vir.
A Hewlett-Packard, por exemplo, divulgou com antecedência que lançaria em Barcelona seu modelo de tablet PC e dois novos smartphones. A Nokia, por sua vez, anunciou sexta-feira passada uma cooperação mais extensa com a gigante Microsoft.
Os aparelhos da fabricante finlandesa virão equipados com o sistema operacional Windows Phone 7. A Nokia espera que a nova estratégia interrompa a perda progressiva de mercado – a fatia da empresa finlandesa vem encolhendo diante do avanço das concorrentes, como a Apple e a Google.
A Nokia ainda é a empresa que mais vende celulares, mas já no último trimestre de 2010 os telefones com sistema operacional Android, da Google, superaram o sistema Symbian, da Nokia. A Microsoft, por sua vez, entrou tarde demais na briga das fornecedoras de sistema operacional para celulares. Embora o Phone 7 tenha sido elogiado por especialistas, o sistema ainda não foi adotado amplamente pelos consumidores.
Visão geral da feira: 50 mil visitantes são esperados
O prêmio vai para...
No momento, o grande vencedor se chama Google, mas a empresa e seu sistema operacional Android não chegaram lá sozinhos. Por trás do sucesso está uma aliança de fabricantes de aparelhos e operadores de celulares: Motorola, Samsung, ZTE e HTC, por exemplo, contribuíram para que o sistema Android liderasse o mercado mundial, com uma fatia de quase 33%, segundo a empresa de análise de mercados Canalys.
E esse não é apenas um duelo por prestígio, mas uma briga por bilhões de dólares. Os smartphones podem executar programas aplicativos, os chamados apps. O custo desses programas para o usuário é quase nada, mas a quantidade faz a diferença: App-Stores devem movimentar aproximadamente 15 bilhões de dólares neste ano com seus aplicativos, incluindo receitas publicitárias. A estimativa é de analistas de mercado da Gartner.
Os tablets
Galaxy II, da fabricante Samsung
Mas os smartphones não são mais as únicas estrelas da feira espanhola. A onda dos computadores em formato de prancheta, ou tablets, seguiu da Consumer Electronic Show, em Las Vegas, para Barcelona. As marcas estão animadas com a expectativa de expansão no mercado: quase 45 milhões de tablets devem ser vendidos neste ano, segundo dados da International Data Corporation (IDC).
E são boas as chances de a feira alcançar, pela primeira vez em quatro anos, a marca de 50 mil visitantes. No ano passado, os organizadores atraíram um público de 49 mil pessoas.
Novidades
Até esta quinta-feira as empresas apresentam as novidades em tablets e smartphones em Barcelona. A fabricante Sony Ericsson traz o Smartphone Xperia Play com sistema Android, uma mistura de celular com tela sensível ao toque com Playstation portátil. O aparelho já vem com um aplicativo de acesso a uma loja online de jogos que, em breve, estará disponível também para outros celulares com sistema Android.
A Samsung também está alinhada com o Android. A fabricante traz três classes do sistema, incluindo um sucessor do carro-chefe da empresa, o Galaxy S, com um processador dual core. Isso evidencia que o sistema operacional desenvolvido pela própria Samsung, Bada OS, dificilmente terá futuro.
Celular Samsung Galaxy S2
A coreana LG quer impressionar neste ano com a tecnologia 3D: um smartphone e um tablet com essa função estão sendo apresentados ao público.
Outros grandes nomes do setor de software estão presentes: Oracle, Skype, Opera, Navigon e TomTom, empresa que desenvolve apps para o sistema operacional da Apple, o iOS, e também para o Android e outros sistemas.
O instituto de pesquisa alemão Fraunhofer também participa do evento em Barcelona. O setor de telecomunicação do instituto apresenta na feira um programa que alivia em até 40% a transmissão de um filme 3D em telefone celular por meio de um sistema de compressão – aparentemente, sem perda de qualidade.
Autor: Rolf Wenkel (np)
Revisão: Alexandre Schossler
Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14841965,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl
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