Por IDG News Service
Publicada em 04 de agosto de 2010 às 15h51
Descubra como as empresas estão se aprimorando para descobrir cada vez mais sobre sua vida, seus hábitos e opiniões na web.
Não é novidade que existem inúmeras empresas, e talvez alguns governos, seguindo todos os seus movimentos na Internet. No entanto a grande parte dos internautas ainda não percebeu o quanto é abrangente e detalhado este rastreamento.
A maioria das pessoas sabe que os sites podem, fazem e usam cookies (arquivos) para acompanhar a quantidade de visitas e a maneira com que o público interage com o conteúdo da página. No entanto, o que não é tão sabido é que muitos deles têm acordos com outras corporações, e hospedam cookies no computador do usuário.
Isto é um problema, porque estas empresas fazem acordos com muitos sites, de um modo que é possível acompanhar todo a sua vida online. Por exemplo, se um usuário visitar a página de uma montadora, e em seguida, a de uma concorrente, uma companhia de análise de tráfego pode ver qual conteúdo ele visualizou em ambas e usar essa informação para saber ainda mais sobre o interesse do público. Além disso, esses dados podem ser comercializados para empresas de publicidade, que assim oferecerão anúncios de acordo com o perfil de cada um.
Em um primeiro momento, isso não parece algo tão significante, mas observe que algumas dessas organizações podem descobrir muito sobre você – muito mais do que apenas o que você gosta ou não gosta – por exemplo, sexo, idade, renda, opiniões políticas e assim por diante.
É possível se proteger de algumas técnicas de monitoramento. Basta configurar o navegador para não aceitar cookies de outras companhias e também para apagá-los ao sair do navegador – ambas são fáceis de se fazer no Firefox ou no Safari.
Mas, mesmo que o usuário consiga configurar o navegador, essa ferramenta pode ainda não ser tão segura, já que muitas empresas estão analisando suas preferências usando cookies do Adobe Flash Player, comportamento que tem sido alvo de processos nos Estados Unidos.
Pouquíssimos internautas pagam para ler os sites que visitam. Afnal, quase todos são gratuitos. Embora existam conteúdos pagos, até agora a maioria destes experimentos falharam.
As companhias têm de ter alguma razão para manter os seus sites. O motivo pode ser o orgulho, vendas, atendimento ao cliente, ou parte de um estudo. Mas, em muitos casos, assim como com a "TV" gratuita, existe o dinheiro dos anunciantes.
A Google não está sendo altruísta em não cobrar o uso de seus serviços. Mas chegamos a um ponto em que essas pessoas sabem muito sobre nós, os internautas, e nós não sabemos nada sobre eles.
É possível entender que alguém tenha de pagar para o meu uso gratuito da web, mas seria melhor se o preço não fosse invadir a minha privacidade.
Jon Brodkin
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/08/04/artigo-o-preco-do-conteudo-gratuito-na-web-e-a-sua-privacidade/
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