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quinta-feira, 1 de julho de 2010

UTILIDADE PÚBLICA: RECONHECENDO UM DERRAME

Muitas vezes, os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, nossa falta de atenção, torna-se desastrosa. A vítima do derrame pode sofrer severa consequência cerebral quando as pessoas que o presenciaram falham em reconhecer os sintomas de um derrame.

Agora, os médicos dizem que uma testemunha qualquer pode reconhecer um derrame fazendo à vítima estas três simples preguntas:

S* (Smile) Peça-lhe que SORRIA.
T* (Talk) Peça-lhe que FALE ou APENAS DIGA UMA FRASE SIMPLES. (com coerência), (ex : Hoje o dia está ensolarado)
R* (Rise your arms) Peça-lhe que levante AMBOS OS BRAÇOS.

Se ele ou ela têm algum problema em realizar QUALQUER destas tarefas, chame a emergência imediatamente e descreva-lhe os sintomas, ou vão rápido à clínica ou hospital.

Novo Sinal de derrame - Ponha a língua fora.

NOTA: Outro sinal de derrame é este:
Peça à pessoa que ponha a língua para fora.. Se a língua estiver torcida e sair por um lado ou por outro, é também sinal de derrame.

Um cardiologista disse que qualquer pessoa que re-envie este e-mail a pelo menos 10 pessoas; pode apostar que salvará pelo menos uma vida ... Não o considere uma corrente, mas sim, algo que todos devemos saber.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2010_06_30&pagina=noticias&id=05676

A nova geração de jovens "O DESAFIO DA GERAÇÃO Y"

Quarta-feira, 30 de Junho de 2010
O DESAFIO DA GERAÇÃO Y
Fonte: Ethevaldo Siqueira, Blog do Estadão de 22.06.2010

Você com certeza já prestou atenção no comportamento dos garotos e adolescentes desta nova geração. É incrível a facilidade com que eles lidam com o computador, a internet, o celular e os jogos eletrônicos. Para mim, o mais surpreendente é sua intuição, pois eles aprendem quase tudo e se adaptam às novidades em tempo recorde.

Tempos atrás, discutia esse tema com um amigo, Descartes Teixeira, profissional de tecnologia da informação, e concordávamos sobre um aspecto central dessa nova geração, o fato de acharem tudo fácil, em grande parte por terem nascido e crescido cercados pelas novas tecnologias. Esses jovens são os nativos digitais.

Em contraposição a essa garotada, me assusta também o comportamento dos usuários da eletrônica digital com mais de 50 anos. Diante do computador e da internet, eles se mostram quase sempre inibidos e desajeitados, com grande dificuldade em lidar com esse novo mundo tecnológico. Em meu caso pessoal, se não estivesse profissionalmente envolvido até à raiz dos cabelos com a tecnologia da informação, eu também me comportaria como esses analfabits – apelido que sugiro para os analfabetos digitais.

A maioria dos garotos e adolescentes não concebe o mundo sem a comunicação pessoal, quase instantânea e universal, de hoje. Por isso, muitos filhos perguntam aos pais, com naturalidade, como era viver noutros tempos, sem computador, sem internet e sem celular.

Nativos digitais

Uma das coisas que mais surpreendem os mais velhos quando observam o comportamento dessa nova geração é sua capacidade de fazer diversas coisas ao mesmo tempo. Enquanto fazem a lição de casa, eles navegam na internet, falam ao celular, ouvem música no iPod e ainda jogam seus games preferidos.

Diante dessa geração, acho que as empresas de serviço, de telecomunicações, de tecnologia da informação (TI), bancos e outras deveriam dedicar-lhe mais atenção, em especial ao seu comportamento como clientes. Cercados desde a infância pelas novas tecnologias, esses usuários já estão familiarizados com quase todos os avanços e novos paradigmas do mundo digital – como agilidade, precisão, flexibilidade, sons e imagens da eletrônica e das comunicações modernas.

Conheço jovens de 15 ou 16 anos que se tornam clientes muito mais exigentes e menos tolerantes diante de qualquer falha, demora, imprecisão e outros problemas que afligem a maioria dos usuários de call centers, da banda larga, dos telefones 0800 ou dos terminais de autoatendimento.

Que é a geração Y

Geração Y é o nome dado pela publicação especializada norte-americana Advertising Age, em agosto de 1993, para caracterizar o comportamento e a personalidade dos adolescentes de então. Por que Y? Porque a revista considerava essa geração sucessora da Geração X, então com a idade entre 13 e 19 anos e nascidos entre 1974 e 1980. Por esse critério, a Geração Y seria a dos nascidos entre 1978 (ano do lançamento do microcomputador Apple II) e 1991 (ano da criação da worldwide web ou www).

Nada melhor do que dar a palavra aos próprios integrantes da Geração Y para que façam sua autobiografia, como no blog http://www.minhacarreira.com/. Eles assim se descrevem: “Somos jovens, dinâmicos, antenados, inquietos e muitas vezes impacientes. Fazemos parte da Geração Y porque nascemos entre 1978 e 1988. Crescemos jogando videogame, ouvindo música e acessando a internet; portanto, tecnologia faz parte de nossas vidas. Somos os donos da maioria dos blogs e também populamos (integramos) a maioria das comunidades e redes sociais. Gostamos de mudanças e detestamos monotonia”.

E ainda um pouco mais de sua autodescrição: “Quando o assunto é carreira, estamos sempre procurando conhecimentos técnicos e capacitação profissional. Trabalhamos melhor em equipes e procuramos empregos que ofereçam flexibilidade de horário, mobilidade (home office) e planos de carreira. Adoramos respostas às nossas questões, pois perguntamos muito. Queremos reconhecimento e promoções o quanto antes. Não temos medo de arriscar e a busca por novos ares ocorre com mais frequência”.

Poucas empresas de serviço, inclusive bancos e operadoras de telecomunicações, parecem entender a importância dessa profunda diferença entre duas gerações de usuários. Elas tratam os analfabits e os nativos digitais da mesma forma.

A geração Y será a grande usuária da banda larga nos próximos anos. Em especial a banda larga móvel, pois a telefonia celular 3G permitirá acesso à internet a velocidades entre 7,2 e 14,4 megabits por segundo (Mbps), podendo conectar-se com laptops ou netbooks via placas USB 3.0 embutidas nesses computadores portáteis, tablets, e-readers e demais aparelhos com tela sensível ao toque (touchscreen, como no iPhone). Para quê? Para todas as aplicações de computação móvel, download de fotos, vídeos e músicas.

Adolescentes e crianças – preveem os especialistas – deverão ser, em pouco tempo, usuários intensivos dos serviços 3G e, a médio prazo, dos de 4G mais sofisticados. Essa geração não enfrentará nenhuma dificuldade ou problema operacional, pois já domina ou pode dominar com facilidade a tecnologia digital e a banda larga.

Veja no Estadão: http://blogs.estadao.com.br/ethevaldo-siqueira/
http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2010_06_30&pagina=noticias&id=05687

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dependência digital começa a ter tratamento especializado

Dependência digital começa a ter tratamento especializado

0 Comentários Terça-feira, Junho 29, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: Desordem de Dependência à Internet, Internet

Autor: André Borges.
Fonte: Valor Online.
Data: 28/06/2010.
Já existem locais especializados em cuidar do vício. O Hospital das Clínicas de São Paulo (HC) criou há três anos e meio o seu Centro de Estudos de Dependência da Internet. De lá para cá, o serviço atendeu mais de 200 pessoas com sérios distúrbios comportamentais devido ao uso desregrado de equipamentos tecnológicos.
"O que tem nos surpreendido é que a maior parte dos pacientes tem mais de 18 anos", diz o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, responsável pelo centro. Entre os casos tratados no HC está o de uma paciente de 65 anos de idade que passava o dia inteiro de frente para o PC, enviando e recebendo e-mails. "Ela simplesmente não conseguia largar o micro e recebia cerca de 2 mil mensagens por dia", comenta Abreu. Outro paciente, um adolescente, chegou a ficar 45 horas ininterruptas de frente para o PC - sem dormir ou ir ao banheiro - simplesmente porque queria bater recordes de um jogo.
A dependência digital, diz Abreu, tinha de ser tratada como questão de saúde pública. A preocupação de quem estuda o tema é de que, em pouco tempo, o país tenha um exército de dependentes.
As estimativas indicam que cerca de 10% da população navegue na internet de modo exagerado no Brasil. Isso equivale a mais de 6,7 milhões de pessoas. O brasileiro, por perfil, já é um usuário de risco. Há muito tempo o Brasil detém o 1º lugar entre os países que permanecem mais tempo conectados na rede. Em maio, segundo o Ibope Nilsen Online, o tempo médio que o internauta brasileiro ficou conectado foi de 46 horas e 50 minutos. Nos Estados Unidos, essa média não chegou a 38 horas. No Japão, atingiu pouco mais de 31 horas. "Se você pensar na nova legião de usuários que o país terá, principalmente a partir dos celulares, esse cenário fica mais preocupante."
O vício na internet e em equipamentos tecnológicos ainda não é um tipo de transtorno com diagnóstico reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), diz Abreu, mas isso deverá mudar em breve. "Uma série de pesquisas e artigos sobre esse tema tem sido publicada. A dependência tecnológica deverá ser reconhecida pela OMS em 2011."
Iniciativas como o do HC em São Paulo começam a ser testadas em outras cidades, como Rio e Porto Alegre. Pela internet, o HC oferece uma série de informações sobre o tema, recebe inscrições de pacientes e oferece um teste detalhado para que a pessoa verifique como anda seu relacionamento com a tecnologia.
Abreu acaba de escrever um livro sobre o tema. Batizado de "Internet addiction" (Vício em internet, na tradução livre), o manual clínico tem a coautoria da americana Kimberly Young, médica especialista no assunto. Destinado a profissionais de saúde, o livro será publicado até o fim deste ano no Brasil e nos Estados Unidos. "Falta médico especializado nesse tipo de tratamento. O objetivo dessa publicação é dar um suporte científico ao assunto", diz Abreu.
Suporte científico, de fato, é o que está faltando. Recentemente, na China, onde o assunto é considerado "desordem psicológica" similar ao alcoolismo, o dono de um centro de reabilitação foi detido após a denúncia de maus tratos e tortura a pacientes. O local chega a usar eletrochoque para "tratar" seus internados.
Fonte:http://a-informacao.blogspot.com/

Uma nova revolução: o livro!

0 Comentários Terça-feira, Junho 29, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: livro

Ele é um marco da tecnologia: não tem circuitos eletrônicos, nem cabos e muito menos necessita de conexão ou bateria. Não trava e não precisa ser reiniciado nunca. Pode ser usado pelo tempo que for necessário e o produto é totalmente ecológico (já que é 100% reciclável). E não é só: vem junto um acessório extraordinário: um marca-página que permite ao usuário retornar, sempre que desejar, ao lugar exato onde parou. Vale a pena ver e rever o bem humorado vídeo [URL: http://www.youtube.com/watch?v=_an5z2lxXH4] sobre aquele que foi considerado a maior invenção do último milênio: sim, ele, o livro impresso em papel!
Fonte:http://a-informacao.blogspot.com/

A hora e a vez do ensino médio

A hora e a vez do ensino médio, artigo de Wanda Engel

"Há problemas de cobertura, modalidade de currículo e forma de atendimento, com graves reflexos no fluxo e no desempenho dos alunos"

Wanda Engel é superintendente-executiva do Instituto Unibanco. Artigo publicado na "Folha de SP":


A sociedade brasileira parece ainda não ter-se dado conta da verdadeira crise de audiência que vem afetando nosso ensino médio, com previsíveis consequências para o desenvolvimento sustentável do país. Trata-se de uma verdadeira bomba-relógio.


Para entendermos a gravidade da situação, o primeiro fato a encarar é o de que vivemos em uma sociedade do conhecimento, que exige, como passaporte mínimo para que os jovens sejam inseridos no mercado de trabalho, o diploma do ensino médio.


Também para os países, a vantagem competitiva passa a ser esse nível de escolaridade de sua população. Entretanto, a média brasileira de anos de estudo ainda é de sete anos e apenas 16% da população economicamente ativa concluiu o ensino médio.


Sem dúvida, isso é fruto de um processo histórico, mas, se os dados atuais fossem animadores, poderíamos prever boas perspectivas para o futuro. Infelizmente, é justamente aí que se processa a montagem da bomba-relógio.


O ensino médio no Brasil sofre de males seríssimos. Há problemas de cobertura, modalidade de currículo e forma de atendimento, com graves reflexos no fluxo e no desempenho dos alunos. Em termos de cobertura, menos da metade daqueles que deveriam estar nesse nível pode ser aí encontrada.


Parte ainda está no fundamental e quase 20% estão fora da escola. O mais grave é que, na faixa de 18 a 24 anos, 68% estão nessa situação.

Quanto ao currículo, observa-se que menos de 10% dos alunos cursam o ensino profissionalizante. Ou seja, mais de 90% dos jovens estão sendo "preparados" para uma universidade na qual a maioria não pisará.



O dado mais incompreensível é o turno em que o ensino médio regular é ofertado. Mais de 40% dos alunos estudam à noite, inclusive nos Estados mais ricos, quando apenas 17% conjugam escola com trabalho. A soma desses fatores está por trás de uma verdadeira sangria, responsável pela perda de metade de nossos alunos (entram 3,6 milhões e concluem 1,8 milhão).


Estamos perdendo esses jovens para o desemprego, para a reprodução da pobreza (22% dos mais pobres já têm filhos) e para a violência. Dos que concluem, apenas 9% (em matemática) e 24% (em português) apresentam um desempenho considerado adequado.


Em face dessa situação, cabe a pergunta: quem é o responsável pela oferta do ensino médio? De fato, 86% das matrículas estão nos sistemas estaduais, cujos governantes serão eleitos neste ano.


O voto de cada um de nós deveria estar condicionado a propostas dos candidatos sobre como pretendem enfrentar tais problemas.


Seria necessário um compromisso com metas claramente definidas, tais como universalizar o acesso e a permanência dos jovens entre 15 e 17 anos, melhorar o desempenho e diminuir o abandono, aumentar a autonomia das escolas, promover maior estabilidade das equipes de direção e flexibilizar os currículos, mas definindo mínimos para cada série.


Outras metas possíveis são aumentar o ensino profissionalizante, criar formas de articulação entre educação e trabalho, concentrar o ensino médio regular nos turnos diurno e vespertino, reservando o noturno apenas para a EJA (Educação de Jovens e Adultos, a partir de 18 anos), e criar sistemas de incentivos baseados em resultados.


Além disso, os candidatos poderiam definir as metas de usar os resultados de avaliações como instrumento pedagógico e de contribuir para mudanças na formação de professores.


Os candidatos poderiam assumir essas ou outras propostas, mas deveriam explicitar seu forte compromisso com a melhoria do ensino médio, sem o que não mereceriam nosso voto.

(Folha de SP, 29/6)
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=71825

Um quinto dos artigos é de livre acesso

Pesquisa aponta crescimento de revistas que não cobram por leitura de textos científicos

Um quinto dos artigos científicos publicados no mundo em 2008 eram de livre acesso. A afirmação é resultado de uma pesquisa de cientistas finlandeses e islandeses publicada na última edição da revista PLos One.



Bo-Christer Björ, da Escola de Economia de Hanken, na Finlândia, e sua equipe analisaram 1837 artigos selecionados aleatoriamente da base de dados Elsevier em 2008 e verificaram que 8,5% dos papers podiam ser lidos gratuitamente nas páginas das revistas na internet e outros 11,9% eram encontrados nos sites dos autores ou em outros endereços abertos.



Dos que estavam disponíveis em revistas, um quarto podia ser lido gratuitamente pois os autores pagaram a cota necessária para as publicações abrirem o acesso.



Ainda segundo o estudo, as áreas que mais publicam artigos abertos são as ciências da terra e matemática.



A íntegra do artigo pode ser lida no link: http://www.plosone.org/article/info:doi/10.1371/journal.pone.0011273

(Marcelo Medeiros, do Jornal da Ciência)
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=71818

Sonhar pode ajudar na aprendizagem e melhorar a memória

Estudo esclarece qual o papel desempenhado especificamente pelo sonho na fixação da memória. Resultados serão apresentados na 62ª Reunião Anual da SBPC

Sonhar um pouco sobre as matérias que estão estudando para prestar uma prova importante na escola pode ajudar os estudantes a terem um bom desempenho no teste. Mas se não sonharem nada ou muito sobre o que estão aprendendo nas noites que antecedem o exame, o resultado pode ser exatamente o inverso e provocar o temido "branco" ou "apagão" da memória.



É a conclusão a que estão chegando os pesquisadores do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) por meio de experiências inusitadas.



Em 2007, os neurocientistas do Instituto dirigido pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis iniciaram uma pesquisa com 22 apreciadores do popular e controverso videogame "Doom", em que o jogador é transformado em um fuzileiro espacial e precisa exterminar criaturas bizarras, como monstros e zumbis.



Durante a experiência, os pesquisadores observaram que os jogadores que não sonharam ou sonharam muito com o jogo nas noites que passaram no laboratório do IINN-ELS, ligados a um aparelho de eletroencefalograma, foram mal no jogo. Já as que sonharam um pouco sobre ele apresentaram um desempenho melhor.



"Observamos que houve uma relação direta entre os sonhos e a performance dos jogadores", afirma o neurocientista e chefe de laboratório do IINN-ELS, Sidarta Ribeiro. "À medida que sonhavam com o jogo, eles jogavam melhor. Mas se sonhavam muito com ele e ultrapassavam um determinado limite de sonho jogavam mal", diz.



O especialista abordará esse assunto em uma conferência que fará na 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 25 a 30 de julho em Natal (RN).



De acordo com Ribeiro, o estudo, que está quase pronto para publicação, não demonstra categoricamente que o sonho melhora a aprendizagem. Mas sugere que ambos estão fortemente relacionados e ajuda a elucidar o papel desempenhado especificamente pelo sonho no processo de sono-aprendizagem.



Até hoje o que se sabia é que o sono pode ajudar na aprendizagem e melhorar a memória, e que a maioria das pessoas sonha durante a fase do sono leve, ou REM, que é a melhor para recordação de memórias e é caracterizada pelo rápido movimento dos olhos.



"A ideia que estamos trabalhando é que o sonho é um processamento da memória", revela. "Se nós prestarmos atenção no nosso dia-a-dia, quando temos um nível de estresse baixo e sonhamos moderadamente, retemos mais memória. Mas se ficamos muito estressados e não sonharmos, o resultado é exatamente o oposto", compara.



Sonhos violentos



O especialista explica que escolheram um jogo tão violento como o "Doom" para realizar a pesquisa porque os próprios sonhos têm um contexto violento e guardam uma relação antropológica com os nossos ancestrais mais longínquos que, ao acordarem, tinham que matar ou morrer.



"Nós não podíamos pegar uma situação da vida de um sujeito comum de hoje para realizar a pesquisa", conta Ribeiro. "Tentamos replicar uma situação de risco de predação vivida pelos nossos ancestrais para expor os participantes da pesquisa a uma situação de estresse".



Em outro experimento que será realizado no IINN-ELS, os participantes serão divididos em dois grupos em outro jogo de videogame, em que primeiro representará a caça e o segundo o caçador. Os pesquisadores esperam que haja uma divergência nos sonhos e no desempenho dos participantes de acordo com o papel exercido por eles no jogo. A suposição é que os "predadores" se estressarão menos e, consequentemente, reterão mais memória e jogarão melhor do que os "caçados".



A palestra do neurocientista Sidarta Ribeiro será realizada no dia 25 de julho, às 10h, durante a 62ª Reunião Anual da SBPC, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


O evento, cujo tema é "Ciências do mar: herança para o futuro", contará com centenas de atividades, entre conferências, simpósios, mesas-redondas, grupos de trabalho, encontros e sessões especiais, além de apresentação de trabalhos científicos e minicursos. Veja a programação em www.sbpcnet.org.br/natal/home/

(Assessoria de Imprensa da SBPC)
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=71809