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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fio biológico abre caminho para micróbios geradores de energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/06/2011



A proteína encontrada na superfície da bactéria ajuda a explicar como uma cadeia de átomos de ferro forma uma espécie de fio que permite que a eletricidade escoe de dentro da célula para o seu exterior.[Imagem: Clarke et al./Pnas]


Biobaterias

O uso de bactérias para gerar energia ficou um pouco mais perto da realidade graças a uma descoberta de cientistas da Universidade East Anglia, no Reino Unido.

A equipe do Dr. Thomas Clarke desvendou a estrutura molecular exata das proteínas que permitem que as bactérias transfiram cargas elétricas de dentro para fora de suas células.

Ricas em ferro, essas proteínas funcionam como um verdadeiro fio biológico, com grandes possibilidades de exploração tecnológica.

Isto significa que os cientistas agora podem desenvolver técnicas para "ancorar" as bactérias diretamente aos eletrodos, criando células a combustível microbianas de alta eficiência - as também chamadas biobaterias.

Transferência de elétrons

Embora já tenham sido construídas biobaterias alimentadas por xixi, a descoberta pode também dar um impulso ao desenvolvimento de células a combustível alimentadas por detritos animais ou humanos, além de agentes biotecnológicos capazes de eliminar poluentes do solo.

"Este é um avanço entusiasmante no nosso entendimento de como algumas espécies de bactérias movimentam os elétrons de dentro para fora de uma célula," afirmou o Dr. Clarke.

"Identificar a estrutura molecular precisa das proteínas-chave envolvidas nesse processo é um passo crucial para a utilização dos micróbios como uma fonte viável de energia no futuro," prevê ele.

Fio biológico

Os cientistas já sabiam que as bactérias produzem nanofios condutores de eletricidade.

Depois, eles descobriram uma espécie de respiração primordial, na qual as bactérias usam o ferro presente nos minerais para a transferência de elétrons, abrindo a possibilidade da criação de biocélulas a combustível sem as células.

Nesta nova pesquisa, a equipe do Dr. Clarke trabalhou com a mesma bactéria, a Shewanella oneidensis.

Usando uma técnica chamada cristalografia de raios X, eles descreveram a estrutura das proteínas que, ligadas à superfície da bactéria, funcionam como fios através dos quais os elétrons são transferidos.

Bibliografia:

Structure of a bacterial cell surface decaheme electron conduit
Thomas A. Clarke, Marcus J. Edwards, Andrew J. Gates, Andrea Hall, Gaye F. White, Justin Bradley, Catherine L. Reardon, Liang Shi, Alexander S. Beliaev, Matthew J. Marshall, Zheming Wang, Nicholas J. Watmough, James K. Fredrickson, John M. Zachara, Julea N. Butt, David J. Richardson
Proceedings of the National Academy of Sciences
May 2011
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1073/pnas.1017200108

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=biobateria-fio-biologico-bacterias-geradoras-energia&id=010115110610&ebol=sim

IBM apresenta primeiro circuito integrado de grafeno

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/06/2011



O circuito integrado é formado por um único transístor de grafeno e um par de bobinas (L1 e L2), construídos sobre uma pastilha de carbeto de silício.[Imagem: Adaptado de Lin et al./Science]


Cientistas da IBM apresentaram o primeiro circuito integrado feito com componentes de grafeno.

Embora muito simples, a demonstração é um passo importante na transição do grafeno da categoria de material promissor para material útil.

Chip de grafeno

Em 2009, um grupo do MIT havia construído um chip de grafeno, bastante rudimentar, mas mostrando que seria possível utilizar as folhas de carbono com apenas um átomo de espessura em conjunto com componentes da eletrônica tradicional.

Em 2010, um outro grupo da própria IBM construiu um transístor de grafeno que bateu o recorde mundial de velocidade, operando a 300 GHz.

Agora, Phaedon Avouris e seus colegas construíram um circuito integrado de verdade, usando equipamentos industriais e componentes de grafeno.

O circuito consiste de um único transístor de grafeno com um par de indutores integrados em uma pastilha de carbeto de silício (SiC).

Pensando diferente

O maior avanço desse pequeno circuito está no desenvolvimento de uma técnica para fixar o grafeno no silício, já que vinha sendo difícil convencê-lo a aderir nos metais ou nos óxidos usados pela indústria eletrônica.

Avouris e seus colegas tiveram uma ideia genial: em vez de fabricar o grafeno e depois fixá-lo sobre o silício, eles pegaram o carbeto de silício, que é formado de silício e carbono, e retiraram o silício da camada superficial, deixando apenas os átomos de carbono, que formaram o grafeno.

A litografia fez o resto, desenhando o transístor no grafeno que já nasceu fixado no silício.

Os indutores - ou bobinas - foram construídos de alumínio diretamente sobre a pastilha. Uma camada de 120 nanômetros de dióxido de silício, depositado por evaporação, isola as voltas das bobinas do restante do circuito.


O circuito funciona como um misturador de frequências, operando a 10 GHz. [Imagem: Lin et al./Science]
Misturador de frequências


O circuito funciona como um misturador de frequências, operando a 10 GHz. Misturadores de frequência são utilizados em sistema de comunicação por rádio como, por exemplo, nas redes de comunicações sem fios.

O próximo passo da pesquisa será otimizar o transístor, para que ele opere em velocidades mais altas, e projetar circuitos mais complexos.

É grande a expectativa na indústria para a construção de circuitos híbridos, incluindo componentes feitos com os semicondutores tradicionais e componentes feitos com grafeno.

Bibliografia:

Wafer-Scale Graphene Integrated Circuit
Yu-Ming Lin, Alberto Valdes-Garcia, Shu-Jen Han, Damon B. Farmer, Inanc Meric, Yanning Sun, Yanqing Wu, Christos Dimitrakopoulos, Alfred Grill, Phaedon Avouris, Keith A. Jenkins
Science
10 June 2011
Vol.: 332 no. 6035 pp. 1294-1297
DOI: 10.1126/science.1204428

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ibm-apresenta-primeiro-circuito-integrado-grafeno&id=010110110610&ebol=sim

Ar-comprimido no motor reduz consumo de combustível à metade

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/06/2011



Quando há ar disponível no reservatório, o motor passa a funcionar no chamado "modo compressor", em que a explosão do combustível é substituída pelo ar-comprimido. [Imagem: Sasa Trajkovic]


Motor híbrido a ar

Os veículos híbridos e elétricos capturam a energia dos freios, transformando-a em energia elétrica, que é utilizada para recarregar as baterias.

Per Tunestal, engenheiro da Universidade de Lund, na Suécia, diz ter uma ideia melhor.

Segundo ele, seria melhor usar a energia das frenagens para comprimir ar dentro de um pequeno cilindro.

Esse ar pode ser então usado para ajudar a empurrar os pistões do motor, em um conceito conhecido como motor híbrido a ar, ou híbrido pneumático.

Quando há ar disponível no reservatório, o motor passa a funcionar no chamado "modo compressor", em que a explosão do combustível é substituída pelo ar-comprimido.

Motores multicombustível

O conceito não é novo. A montadora Ford levou-o bastante a sério há cerca de uma década, mas arquivou o projeto por dificuldades tecnológicas.

Mas Tunestal afirma que agora a tecnologia é totalmente realística, exigindo poucas alterações no projeto de um carro normal para chegar ao mercado.

Segundo o pesquisador, toda a tecnologia para construção do motor híbrido a ar está disponível, não exigindo nenhum material especial. Além disso, o motor híbrido pneumático é menor do que o motor híbrido elétrico, otimizando o projeto dos carros.

A tecnologia pode ser usada com motores a gasolina, etanol, gás natural ou diesel.

Motor quase real

"Esta é a primeira vez que alguém faz experimentos em um motor real. As pesquisas até hoje eram apenas teóricas. Além disso, nós usamos dados que resultam em ciclos de rodagem realistas, como, por exemplo, dados dos padrões de direção dos ônibus de Nova Iorque," afirma Sasa Trajkovic, coautor da pesquisa.

Os resultados indicam que os maiores ganhos do motor híbrido a ar vêm justamente dos padrões de uso urbano dos veículos, que andam e param constantemente.

"Minhas simulações mostram que os ônibus urbanos podem ter uma redução no consumo de combustível de até 60% com o uso dos motores híbridos a ar," afirmou Trajkovic.

A eficiência de conversão da energia das frenagens em ar-comprimido, e daí em energia utilizável pelo motor, chegou a 48%, equivalente à dos veículos híbridos elétricos.

O motor real utilizado nos testes, contudo, tem apenas um cilindro. O próximo passo da pesquisa será construir um motor híbrido a ar de quatro cilindros, o que poderá colocar a tecnologia mais próximo da utilização prática.

fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=motor-hibrido-ar&id=010170110608&ebol=sim

Criado primeiro revestimento antiembaçante definitivo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/06/2011



As ligações químicas que conectam as diferentes camadas moleculares da base garantem a dureza e a durabilidade de todo o revestimento.[Imagem: Science/AAAS]


Pesquisadores canadenses desenvolveram o primeiro revestimento antiembaçante permanente.

O Dr. Gaétan Laroche e seus colegas da Universidade de Laval afirmam que o material pode resolver de uma vez por todas o problema do embaçamento em óculos, pára-brisas, lentes de câmeras e em qualquer superfície transparente, seja de vidro ou de plástico.

Embaçamento

Uma superfície embaça quando o vapor de água no ar condensa-se sobre ela na forma de gotículas.

"Apesar das aparências, a névoa que se forma sobre os vidros não é um filme contínuo. Na verdade, ela consiste de minúsculas gotículas de água que se aglutinam na superfície, reduzindo a transmissão da luz," explica Laroche.

Um revestimento antiembaçante eficiente deve justamente evitar a formação dessas gotículas.

Os pesquisadores usaram álcool polivinílico, um composto hidrofílico que permite que a água se espalhe uniformemente, evitando a formação das gotículas.

São as gotas as responsáveis pelo espalhamento da luz em diversas direções, atrapalhando a visão.

Revestimento antiembaçante

O desafio foi encontrar uma forma de fazer com que o composto aderisse firmemente à superfície de vidro ou plástico.

Para superar esse problema, os pesquisadores criaram uma base aplicando quatro camadas sucessivas de moléculas, que formaram ligações fortes com suas camadas adjacentes, antes de acrescentar o composto anti-neblina.

O resultado é um fino revestimento transparente que não altera as propriedades ópticas da superfície sobre a qual é aplicado.

Além disso, as ligações químicas que conectam as diferentes camadas moleculares da base garantem a dureza e a durabilidade de todo o revestimento.

"Os tratamentos antiembaçantes existentes não têm essas propriedades e não resistem à lavagem, o que exige que a aplicação do produto tenha que ser refeita regularmente," observa o professor Laroche. "Nosso revestimento, por outro lado, é permanente."

O invento rendeu duas patentes, que já estão sendo negociadas com empresas interessadas em aplicá-lo em diversos produtos, sobretudo pára-brisas e óculos.

Bibliografia:

Characterization of Multilayer Anti-Fog Coatings
Pascale Chevallier, Stphane Turgeon, Christian Sarra-Bournet, Raphal Turcotte, Gatan Laroche
Applied Materials & Interfaces
Vol.: 2011, 3 (3), pp 750-758
DOI: 10.1021/am1010964

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=revestimento-antiembacante-definitivo&id=010160110609&ebol=sim

Voyager encontra bolhas magnéticas na fronteira do Sistema Solar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/06/2011



Visão antiga (esquerda) e atualizada (direita) da camada exterior da heliosfera, chamada heliosheath. As espirais em vermelho e azul são as linhas magnéticas curvas deduzidas pelos modelos tradicionais. A nova pesquisa acrescenta um mar de bolhas magnéticas.[Imagem: NASA]


Bolhas magnéticas

Observações das sondas espaciais Voyager, os mais distantes objetos construídos pelo homem, sugerem que a borda do nosso Sistema Solar pode não ser lisa e suave, mas cheia de um mar turbulento de bolhas magnéticas.

Usando um novo modelo de computador para analisar os dados das duas Voyager, os cientistas encontraram campo magnético constituído de bolhas de aproximadamente 160 milhões de quilômetros de diâmetro cada uma.

As bolhas são criadas quando as linhas do campo magnético emanadas pelo Sol se reorganizam.

O novo modelo sugere que as linhas do campo magnético quebram-se em estruturas auto-contidas, desconectadas do campo magnético solar.

Tal como a Terra, o Sol tem um campo magnético com um pólo norte e um pólo sul. As linhas desse campo são esticadas para fora pelo vento solar, um fluxo de partículas eletricamente carregadas que emana da estrela e que interage com o material expelido por outros corpos celestes em nossa vizinhança da Via Láctea.

As sondas Voyager, a quase 15 bilhões de quilômetros da Terra, estão passando agora pela fronteira do Sistema Solar, justamente onde o vento solar e o campo magnético são afetados por essas emanações de outros pontos da galáxia.



As bolhas magnéticas teriam cerca de 160 milhões de km de diâmetro, o equivalente à distância entre o Sol e a Terra. [Imagem: NASA]
Raios cósmicos galácticos

Explicar a estrutura do campo magnético do Sol permitirá que os cientistas compreendam como os raios cósmicos galácticos entram em nosso Sistema Solar e ajudará a definir como nossa estrela interage com o resto da galáxia.

De forma curiosa, a maior parte dos dados que levou os cientistas a concluir pela existência das bolhas magnéticas provém de um instrumento a bordo das sondas que mede partículas energéticas.

Os cientistas agora estão checando os dados para tentar encontrar as assinaturas das bolhas magnéticas nos dados dos sensores de magnetismo da Voyager.

Lançadas em 1977, as sondas gêmeas Voyager continuam em uma jornada que já dura 33 anos. Elas estão a caminho de atingir a borda do espaço interestelar.

Bibliografia:

Learning from the Outer Heliosphere: Interplanetary Coronal Mass Ejection Sheath Flows and the Ejecta Orientation in the Lower Corona
R. M. Evans, M. Opher, T. I. Gombosi
Astrophysical Journal
June 9
Vol.: 2011 ApJ 728 41
DOI: 10.1088/0004-637X/728/1/41

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voyager-bolhas-magneticas-fronteira-sistema-solar&id=010130110610&ebol=sim

Componentes bioeletrônicos juntam proteínas e circuitos eletrônicos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/06/2011



Quando a luz é dirigida sobre as proteínas, elas convertem os fótons em elétrons e os despacham pelo eletrodo. [Imagem: Bonnell Group]


Componente e medidor

Pesquisadores desenvolveram uma forma de criar moléculas biológicas que podem ser diretamente integradas em circuitos eletrônicos, sensores ou células solares.

A técnica, desenvolvida pela equipe do Dr. Dawn Bonnell, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, permite que as moléculas possam operar em condições ambientais normais.

Para viabilizar o trabalho, eles tiveram que desenvolver também uma nova técnica de microscopia capaz de medir as propriedades elétricas dos dispositivos bioeletrônicos.

Molécula fotoativa

A técnica utiliza proteínas artificiais, aglomerados de peptídeos contendo em seu interior uma molécula fotoativa.

As proteínas são colocadas ordenadamente sobre eletrodos que transmitem cargas elétricas entre elementos metálicos e não metálicos.

Quando a luz é dirigida sobre as proteínas, elas convertem os fótons em elétrons e os despacham pelo eletrodo.

"É um mecanismo semelhante ao que acontece quando as plantas absorvem a luz, exceto que, no vegetal, o elétron é usado para uma reação química que gera energia para a planta," explica Bonnell. "Aqui, queremos usar o elétron em circuitos elétricos."

Isto já havia sido demonstrado antes por vários grupos, em pesquisas que mostraram que as proteínas realmente reagem à luz - contudo, não em condições práticas para implementação de um circuito elétrico.

"Nós não sabíamos o que acontece com os elétrons em eletrodos secos com essas proteínas. Nem sequer sabíamos se elas permaneciam fotoativas quando ligadas a um eletrodo," diz Bonnell.

Medidor elétrico de componentes biológicos

Construir circuitos eletrônicos com silício e trabalhar com eles é muito mais fácil do que com proteínas.

Pode-se medir as propriedades elétricas de um pedaço do semicondutor e, com base nesse parâmetro, miniaturizar os componentes. E, para trabalhar com eles, basta colocar a ponta de prova de um multímetro em suas extremidades e ler os valores.



Os pesquisadores tiveram que desenvolver uma nova técnica de microscopia, adaptando um microscópio de força atômica (AFM) como um medidor para os seus componentes bioeletrônicos. [Imagem: Bonnell Group]
Mas não se pode "desminiaturizar" uma proteína para medir suas propriedades. E nem tampouco existe um medidor capaz de avaliar suas propriedades elétricas - sobretudo a capacitância, que indicará a capacidade de manutenção de cargas elétricas.

Para isso, os pesquisadores tiveram que desenvolver uma nova técnica de microscopia, adaptando um microscópio de força atômica (AFM) como um medidor para os seus componentes bioeletrônicos.

"O que nós fizemos na nossa versão [do AFM] foi usar uma ponta metálica e colocar nela um campo elétrico oscilante. Ao ver como os elétrons reagem com o campo, podemos medir interações mais complexas e propriedades mais complexas, como a capacitância," explicou Bonnell.

De posse do seu "multímetro biológico", os pesquisadores só tiveram que disparar o processo de automontagem das proteínas em cima do grafite, o material usado para fazer os eletrodos.

Células solares e sensores

É um passo importante, ainda longe de um circuito funcional, sem dúvida, mas o suficiente para apontar algumas possibilidades interessantes de uso.

As células solares representam um alvo natural para a tecnologia, uma vez que as proteínas podem converter os fótons da luz solar em elétrons e despachá-los para os eletrodos, produzindo uma corrente elétrica.

Outra possibilidade é que, vem vez de reagir com os fótons, as proteínas sejam projetadas para produzir uma carga na presença de determinadas toxinas, seja mudando de cor, seja acionando um medidor que possa ser lido em escala humana.

Isto as transformaria no elemento principal de um biossensor ou de um sensor químico aplicável ajustável para detectar virtualmente qualquer substância alvo.

Bibliografia:

Direct Probe of Molecular Polarization in De Novo Protein-Electrode Interfaces
Kendra Kathan-Galipeau, Sanjini Nanayakkara, Paul A. OBrian, Maxim Nikiforov, Bohdana M. Discher, Dawn A. Bonnell
ACS Nano
Vol.: Articles ASAP
DOI: 10.1021/nn200887n

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bioeletronicos-proteinas-circuitos-eletronicos&id=010110110609&ebol=sim

Dínamo fluido: Ímã líquido gera magnetismo pelo movimento

Com informações da Physical Review Focus - 08/06/2011



Simulação gerada em computador das linhas magnéticas continuamente geradas e distorcidas pelo núcleo metálico da Terra. O experimento quer reproduzir esse campo magnético auto-sustentado.[Imagem: G. A. Glatzmaier/Los Alamos National Lab/Wikimedia Commons]


Ímãs cósmicos

A Terra, o Sol e outros corpos celestes geram campos magnéticos através do movimento dos seus fluidos internos condutores de eletricidade.

Estes fluidos são frequentemente muitíssimo turbulentos.

Mas pode ser possível gerar magnetismo em um fluido que flui com suavidade, por exemplo, em um tanque de sódio líquido posto para girar suavemente.

Uma equipe de físicos anunciou ter alcançado uma amplificação de oito vezes de um campo magnético "semente". Na próxima fase de seu projeto, eles esperam demonstrar um campo magnético auto-sustentável, como ocorre na Terra, assim como em todos os planetas e estrelas.

Dínamos fluidos

Na última década, pesquisadores conseguiram criar campos magnéticos em laboratório usando os chamados dínamos fluidos. Assim como seus equivalentes astronômicos, esses sistemas são baseados na rotação de um fluido, tipicamente o sódio, devido à sua alta condutividade.

Um pequeno campo magnético inicial, aplicado ao tanque com o sódio em rotação, pode gerar uma corrente elétrica.

Esta, por sua vez, gera mais campo magnético, criando um círculo virtuoso que pode levar a um crescimento exponencial do campo.

Em vez de discutir as complexas interações corrente-campo magnético, os pesquisadores frequentemente descrevem essa amplificação como um processo de alongamento e dobramento das linhas do campo magnético, que são essencialmente arrastadas pelo fluido.

Mas não tem havido consenso nessas explicações. Alguns pesquisadores argumentam que o feedback positivo é gerado pela turbulência, que cria vórtices capazes de realimentar o processo de reforço do campo magnético.

Outros, porém, argumentam que a turbulência é aleatória - dessa forma, alguns turbilhões atuarão no sentido da amplificação, enquanto outros terão o efeito oposto, tornando o campo magnético mais difuso e mais fraco.

Dínamo sem turbulência

Stirling Colgate e seus colegas do Laboratório Nacional Los Álamos, nos Estados Unidos, decidiram então partir para trabalhar com dínamos fluidos sem turbulência, nos quais o sódio é girado suavemente, de maneira contínua e previsível.

Isso permitirá descrever com bastante precisão o papel da turbulência nesses processos essenciais ao "funcionamento do cosmos".

O fluido está dentro de um tanque em forma de anel, de 30 centímetros de altura, cujo raio interno é metade do raio externo.

Em vez de usar hélices, a equipe rotaciona o fluido girando as paredes do tanque. A parede interna gira a 68 rotações por segundo, enquanto a parede externa gira um quarto mais rápido.

Esse fluxo suave reproduz o que se acredita acontecer no interior das estrelas jovens e ao redor dos buracos negros.



O gigantesco aparato do experimento Alfa-Ômega, um dínamo líquido de sódio. [Imagem: Stirling Colgate]
Amplificação magnética

No último experimento, a equipe aplicou um campo magnético semente de cerca de 12 gauss, apontando radialmente para dentro.

Como era de se esperar de um líquido condutor de eletricidade, o sódio "agarrou" as linhas do campo magnético e as fez girar em torno do tanque em forma de anel, como uma criança enrolando a si própria com um fio de telefone.

Este envolvimento e alongamento, que é chamado de efeito Ômega, criou um campo magnético na direção do fluxo do sódio que chegou a ser oito vezes mais forte do que o campo semente.

Mas o efeito Ômega não é suficiente para que um campo magnético se auto-sustente. Para completar o dínamo, a equipe vai precisar dobrar uma parte do campo amplificado na direção radial original.

Isto poderá ser feito pelo chamado efeito Alfa, que resulta de movimento helicoidal do fluido.

A turbulência, com os seus redemoinhos espirais, é uma fonte natural de movimento helicoidal, mas o grupo espera criar um efeito Alfa suave, sem turbulência, disparando jatos de sódio a partir do fundo do tanque rotativo.

Alfa e Ômega

"A mensagem importante em termos de física é que os fluxos laminares podem produzir campos magnéticos em grande escala mais facilmente do que os fluxos turbulentos," comentou Cary Forest, da Universidade de Wisconsin, que trabalha em outro experimento de dínamo fluido.

Mas o próprio Forest salienta que a turbulência tem sido observada nos dínamos estelares e galácticos. Outros pesquisadores admitem que a turbulência diminui a eficiência dos dínamos fluidos, mas que ela, a turbulência, seria inevitável.

O projeto Alfa-Ômega pode tirar essas dúvidas. E, se Fores e outros tiverem razão, exatamente por não reproduzir com naturalidade os processos que ocorrem nas estrelas e nos planetas, o experimento poderá revelar o peso que a turbulência exerce neles.

Ou, quem sabe, resultar em um gerador de campos magnéticos de alta potência, eventualmente com muitas aplicações práticas

Bibliografia:

High Magnetic Shear Gain in a Liquid Sodium Stable Couette Flow Experiment: A Prelude to an α-ω Dynamo
Stirling A. Colgate, Howard Beckley, Jiahe Si, Joe Martinic, David Westpfahl, James Slutz, Cebastian Westrom, Brianna Klein, Paul Schendel, Cletus Scharle, Travis McKinney, Rocky Ginanni, Ian Bentley, Timothy Mickey, Regnar Ferrel, Hui Li, Vladimir Pariev, John Finn
Physical Review Letters
Vol.: 106, 175003
DOI: 10.1103/PhysRevLett.106.175003
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=dinamos-fluidos-magnetismo-auto-sustentavel&id=010115110608&ebol=sim

Brasileiros desenvolvem nova técnica de fabricação de nanocanais

Com informações do Jornal da Unicamp - 08/06/2011



O professor Omar Teschke coordenou o desenvolvimento da nova técnica de fabricação de nanocanais, que foi publicada em uma das revistas de maior impacto na área. [Imagem: Antoninho Perri]


Pesquisadores brasileiros desenvolver um novo método de fabricação de nanocanais, uma das estruturas mais promissoras da nanotecnologia, permitindo medir os complexos mecanismos de transporte que atuam em seu interior.

Os nanocanais são a base da chamada microfluídica, que estuda o escoamento de fluidos por canais minúsculos.

Esses canais minúsculos são usados na fabricação dos biochips, nos chamados chips de DNA, que revolucionaram a análise genômica e nos mais futurísticos chips celulares.

Tecnologia microfluídica revoluciona telas e monitores
A equipe do professor Omar Teschke, a Universidade Estadual de Campinas, anunciou suas descobertas na revista inglesa Nanotechnology, de alto impacto na área.

Efeito Kelvin

Nas nanoestruturas feitas de nanotubos de carbono, é muito difícil encontrar um método específico para medir como o escoamento do fluido evolui no tempo e qual a sua distribuição dentro dele.

"O que fizemos foi, em vez de usar um nanotubo de carbono, criar uma estrutura de nanocanais feita ao ar, usando um microscópio de força atômica (AFM). Fizemos uma varredura em cima da mica, um mineral antes utilizado como isolante no ferro de passar roupa," conta Omar.

A vantagem de usar a mica é que se trata de uma superfície plana e com ela é possível produzir uma superfície limpa, bastando para isso "descamá-la".

O experimento inicialmente demonstrou a relevância do efeito Kelvin - teoria formulada pelo físico inglês Lord Kelvin - que descreve o que ocorre numa estrutura rugosa de pequenas dimensões (micrômetros) por onde se escoa um fluido: as moléculas vão sair dos locais convexos para irem aos locais côncavos.

No entanto, se as dimensões do tubo são muito pequenas, não vai haver escoamento.

Nanocanais na prática

Segundo Omar, o que existe na área são pesquisadores atuando em simulações e modelos teóricos.

"Nós medimos e mostramos que esse efeito que estava sendo aplicado não era significativo. A limitação é que, se a dimensão do tubo for muito menor que o livre caminho médio do vapor, ou do gás, não existe realmente o transporte. Então o fluido não vai escoar e não poderá ser utilizado na microfluídica," explica o físico.

O mecanismo que nivela o depósito de água é 104 vezes mais lento do que o calculado pela teoria.

Para observar a estrutura da água, foi utilizado então o AFM, que possui resolução suficiente para visualizar moléculas de água condensada sob superfície (a água condensa quando é uma camada muito fina), e é possível determinar inclusive qual é a estrutura do gelo, se hexagonal ou cúbica.



Esses canais minúsculos são usados na fabricação dos biochips, nos chamados chips de DNA, que revolucionaram a análise genômica e nos mais futurísticos chips celulares. [Imagem: Teschke et al.]
Nanocanais

A princípio, o grupo observou que, quando se coloca a mica à temperatura ambiente de 25 graus e com umidade de 65 graus, a água se condensa em cima do material, não como água, porém como gelo, com uma espessura de alguns nanômetros (10-9 metro).

Ou seja, o fenômeno transforma-se em uma técnica simples para a construção de uma nanoestrutura, que nasce com as dimensões na ordem de nanômetros, como se espera dos nanocanais.

O próximo passo foi fazer uma série de nanocanais em cima dessa superfície de gelo. Para isso, a ponta do microscópio eletrônico, que mede 5 nanômetros e é feita de nitreto de silício, varre a superfície, desenhando ranhuras no padrão desejado.

Um programa faz a ponta do AFM deslocar-se da direita para a esquerda, voltar, descer alguns nanômetros, e assim sucessivamente, até construir o padrão.

Segundo Omar, esta foi a primeira parte do trabalho, "formar nanoestruturas de uma maneira relativamente fácil" - a outra maneira de desenvolver o processo seria empregando nanolitografia, um processo mais complexo e mais caro.

Sólido que varia no tempo

Feito o padrão de nanocanais, os pesquisadores partiram para averiguar como se dá sua evolução no tempo. O desafio era determinar que mecanismos relevantes atuam na camada de água.

Trabalhos teóricos anteriores reforçavam a ideia de que esse escoamento sofre uma forte influência da natureza da superfície, quanto à sua hidrofobicidade ou hidrofilicidade - a capacidade da superfície de repelir ou atrair água.

Ocorre que esses trabalhos não tinham valores experimentais para ajustar seus parâmetros.

"Nós conseguimos isso olhando como é a evolução do perfil do canal no tempo e aí determinamos os mecanismos que atuam no processo. O que descobrimos foi que a água, a uma espessura de alguns nanômetros, é sólida, não líquida. Então agora tínhamos um sólido e queríamos ver como ele evoluía no tempo, como ele 'escoava'," contextualiza Omar.

De acordo com ele, através do microscópio, observou-se que as imagens vão se alargando e, assim, é possível perceber que existe algum mecanismo atuando localmente. "É um sólido que aparece estático, mas que está variando no tempo", revela.

Evolução dos nanocanais

Na primeira tentativa para avaliar esse tempo, o grupo tentou realizar uma varredura a 90 graus para constatar como se comportava a superfície.

O problema é que a passagem da ponta do AFM altera o formato do canal, já que a ponta é dura o gelo é relativamente "macio" e, além disso, está escoando. Um outro método consistiu em cobrir o perfil de nanocanais com uma camada de metal, levando-o a um microscópio de transmissão por vários intervalos depois da fabricação.

Depois de algum tempo, os pesquisadores constataram que não era preciso proceder a uma nova varredura. Uma maneira muito mais fácil de fazer isso consiste em utilizar a volta da varredura e medir o volume escoado para a região do canal.

"Deste modo, pode-se determinar a evolução do perfil, já que observávamos o que era coletado na varredura da direita para a esquerda, lembrando-se que o canal é feito na varredura da esquerda para a direita," explica o pesquisador.

Após um intervalo de tempo, as paredes do canal começavam a escoar. "Quando voltamos com a ponta no mesmo percurso, pudemos determinar quanto material estava ocupando o canal original. Medindo o seu volume, determinamos a constante de tempo que queríamos", realça.

Bibliografia:

Drainage kinetics of nanochannels fabricated in water films a few molecules thick on mica at room temperature
Omar Teschke, Juracyr Ferraz Valente Filho, Elizabeth Fatima de Souza
Nanotechnology
Vol.: 22 165304
DOI: 10.1088/0957-4484/22/16/165304

fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tecnica-fabricacao-nanocanais&id=010165110608&ebol=sim

MEC fecha vagas de 136 cursos de Direito

Autor: Éboli, Evandro
Fonte: O Globo, 03/06/2011, O País, p. 16

Das 10,9 mil vagas cortadas, 1,2 mil são de faculdades do estado do Rio; medida ainda pode ser revertida

BRASÍLIA. O Ministério da Educação fechou provisoriamente 10.912 vagas de 136 cursos de Direito, distribuídas em 107 instituições de ensino superior no país. Esses cursos apresentaram desempenho insatisfatório em exames aplicados em 2009 pelo MEC. Tiraram notas no Conceito Preliminar do Curso (CPC) inferior a 3, numa escala até 5. As notas são obtidas a partir do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). As faculdades têm um mês para recorrerem da medida.

A decisão da redução de vagas foi da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC. No despacho publicado no Diário Oficial, o secretário Luís Fernando Massonetto afirmou que esse desempenho ruim pode comprometer de maneira irreversível a formação dos estudantes, "e que o prejuízo que se apresenta é irreparável no futuro". Se esses cursos não melhorarem seu desempenho em exames futuros, podem ter as vagas canceladas definitivamente.

A redução do número de vagas é obrigatória até a renovação do reconhecimento do curso. Um curso considerado ruim tem prazo de renovação menor que um outro de excelência.

Seis instituições do Rio foram atingidas pela decisão do ministério. Das 10.912 vagas de Direito fechadas em todo o país, 1.233 estão sendo cortadas em faculdades fluminenses. Essas instituições do Rio oferecem, ao todo, 5.090 vagas anualmente. No estado, foram afetados 20 cursos, 15 deles ofertados pela Universidade Estácio de Sá, no Rio e em Macaé. Também estão na lista do Rio a Universo, unidade de Niterói; a Santa Úrsula; a Faculdade Santo Antônio de Pádua, nesta cidade; e o Centro Universitário de Barra Mansa. Em São Paulo, foram atingidos 32 cursos; em Minas, 19.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que a medida faz parte das ações de saneamento não só nos cursos de Direito, mas também de pedagogia e medicina:

- Trata-se de um critério objetivo, com base num sistema de avaliações. Trabalhamos com indicadores objetivos.

O ministro afirmou ainda que, ao mesmo tempo em que se fecham vagas em cursos deficitários, também são abertas novas em outras instituições:

- Continuamos entregando novos cursos, e o propósito é a expansão com qualidade, com projetos pedagógicos.

Haddad afirmou também que essas três áreas de ensino superior na mira do MEC foram escolhidas para serem avaliadas por um "clamor social":

- São cursos que despertam preocupação muito grande, que têm apelo, clamor social.

Estácio diz que pode reverter resultado

A Estácio de Sá informou, por sua assessoria, que a redução de vagas realizada pelo MEC poderá ser revertida. "A instituição poderá reverter este resultado preliminar por meio da avaliação in loco. Dessas avaliações gerais resultará, então, o Conceito de Curso (CC), este, sim, de caráter definitivo", afirmou a assessoria da universidade. Ainda segundo a Estácio, "sendo o CC positivo em todas as dimensões, ocorrerá a suspensão da medida cautelar e o restabelecimento das vagas do curso".

Outra do Rio a perder vagas de Direito, a Universidade Salgado de Oliveira informou que só poderia se pronunciar por meio do seu presidente, Wellington Salgado de Oliveira, que não foi localizado.

fonte:http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/200521/1/noticia.htm

Outro livro do MEC traz erros grosseiros

Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 04/06/2011, O País, p. 10

Material didático para alunos de escolas rurais tem contas com resultados errados. Obra custou R$14 milhões

BRASÍLIA. O Ministério da Educação (MEC) distribuiu material didático a escolas públicas rurais de ensino fundamental com diversos tipos de erro. Um dos volumes destinados à matemática diz que 10 menos 7 é igual a 4. A resposta correta, na verdade, é 3. As falhas foram divulgadas ontem pelo próprio MEC, que informou ter descoberto o problema e pedido à Controladoria Geral da União (CGU) que abra sindicância para apurar quem é o responsável pelas falhas. O material custou R$14 milhões.

Além de erros em contas de subtração, os livros têm frases incompletas e erros banais de revisão - o número da página a que se referem as respostas de um exercício, por exemplo, é informado equivocadamente. Os problemas foram detectados na coleção do Programa Escola Ativa, editada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad).

A abertura da sindicância pela CGU será oficializada na segunda-feira. Mas os erros na publicação já provocaram uma baixa no governo: o secretário-executivo da Secretaria de Direitos Humanos, André Lazaro, pediu demissão ontem. Ele era o chefe da Secad até o ano passado, quando os livros foram editados e distribuídos.

Coleção com erros será refeita a partir de 2013

O ministério já orientou as secretarias de Educação nos estados e municípios a suspenderem o uso da coleção Escola Ativa. Foram tantos os problemas encontrados que o MEC desistiu da ideia de editar uma errata. A partir de 2013, a ideia é refazer a coleção, que será incorporada ao Programa Nacional do Livro Didático. Nas próximas semanas, os coordenadores regionais e municipais do programa Escola Ativa deverão reunir-se em Brasília para debater formas de contornar as falhas, evitando que os exemplares tenham como destino a lata do lixo.

O Programa Escola Ativa existe para prestar apoio às escolas rurais em todo o país, com ênfase no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A coleção contém 35 volumes destinados a professores e alunos das séries iniciais de ensino fundamental, das chamadas turmas multisseriadas: numa única sala, um mesmo professor leciona para alunos da 1ª à 4ª série.

A tiragem foi de 200 mil coleções (7 milhões de exemplares), mas o MEC informa não saber se todos os volumes contêm falhas ou se elas teriam ficado restritas a um lote de impressão. O material foi distribuído às secretarias de Educação estaduais e municipais, que deveriam repassá-las a 39.200 escolas rurais, que atendem 1% do total de alunos nessa etapa, no país.

O secretário-executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes, diz que o pedido de sindicância à CGU tem como objetivo saber: 1) Por que ocorreram as falhas?; e 2) Quem foram os responsáveis?

- Temos que saber por que esses erros ocorreram. Por isso, solicitamos que a CGU faça a apuração - disse Paim Fernandes ontem.

Em princípio, o ministério considera que os erros foram resultado de inépcia e não de má-fé. Ou seja, na avaliação do MEC não houve desvio de recursos, já que a coleção foi impressa e distribuída. Dependendo do resultado da sindicância, os eventuais responsáveis poderão ser condenados a devolver o dinheiro, pagar multa e, caso sejam servidores públicos, até mesmo perder o cargo.

A coleção Escola Ativa foi criada em 1998, no governo Fernando Henrique, e era distribuída anualmente. Em 2008, no segundo mandato do governo Lula, o MEC decidiu revisar e atualizar o material. As mesmas autoras foram chamadas e uma equipe editorial, formada por servidores da Secad, cuidou do assunto.

MEC não foi alertado sobre livros com os erros

A impressão foi feita na gráfica Posigraf, de Curitiba. A coleção atualizada começou a ser distribuída em junho para ser usada neste ano letivo de 2011. Segundo o MEC, ninguém alertou o ministério sobre os erros, que teriam sido detectados por funcionários da pasta.

O grupo de servidores da equipe editorial da Secad, segundo o ministério, deixou a secretaria, em meio à saída de André Lázaro - o então secretário trocou de endereço na Esplanada, logo no início do governo Dilma, assumindo a secretaria executiva da pasta de Direitos Humanos.

Fonte:http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/200517/1/noticia.htm

Um histórico de falhas
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 04/06/2011, O País, p. 10

Não é a primeira vez em que erros de impressão causam prejuízos ao ensino e ao Ministério da Educação (MEC). No ano passado, milhares de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2010) foram prejudicados por falhas em provas do teste, que continham questões duplicadas ou em número menor do que o previsto.

Os erros ocorreram num lote de 21 mil cadernos impressos pela gráfica RR Donnelley. O MEC acabou tendo que realizar nova edição do Enem para os participantes prejudicados pelo problema. Além da falha na gráfica, o Enem de 2010 foi prejudicado por um erro de impressão no cabeçalho da folha de respostas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem, equivocou-se ao elaborar a folha de respostas, invertendo a ordem das questões. Esse problema acabou atingindo todos os participantes do Enem, gerando muita confusão, já que fiscais de provas deram orientações contraditórias em diferentes locais de aplicação do teste.

A Justiça Federal chegou a conceder liminares cancelando o Enem de 2010, mas o governo conseguiu reverter a situação recorrendo ao Tribunal Regional Federal em Recife. O então presidente do Inep, Joaquim Neto, acabou deixando o cargo.

Embora não se trate de falha de impressão nem edição, a distribuição de um livro didático de língua portuguesa que diz que é certo falar com erros de concordância também suscitou polêmica nas últimas semanas.

A obra "Por uma vida melhor", distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático a turmas de educação de jovens e adultos, no ensino fundamental, registra as diferenças entre a norma culta e a norma popular da língua, afirmando que a norma popular não está errada, mas pode levar quem a utiliza a sofrer preconceito linguístico. Para o MEC, o livro didático não está errado e apenas se filia a uma corrente linguística defendida por especialistas.

Situação bem diferente é a da coleção Escola Ativa, que levou o Ministério da Educação a pedir a investigação do caso. O ministério determinou a suspensão da utilização da coleção e recomendou às escolas que se limitem a utilizar os livros didáticos também distribuídos pelo governo.

Fonte:http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/200517/2/complemento_1.htm

FHC vai à ONU pedir fim da guerra às drogas

Autor: Godoy, Fernanda
Fonte: O Globo, 03/06/2011, O Mundo, p. 37

Ex-presidente preside comissão defendendo descriminalização do uso e o fim da proibição de entorpecentes

NOVA YORK. A guerra contra as drogas fracassou, segundo a Comissão Global de Políticas sobre Drogas. Após lançar um relatório defendendo a descriminalização do uso e o fim do regime de proibição, uma comissão de alto nível - sob o comando do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - se reúne hoje com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, levando uma petição com mais de 500 mil assinaturas pelo fim dessa guerra e pela transferência de recursos para educação e saúde.

- Por causa da influência dos Estados Unidos e de alguns regimes autoritários, a ONU mantém uma antiga convenção dizendo que o objetivo é o consumo zero de drogas, e a guerra seria o principal instrumento para alcançar isso. Isso é antiquado e tem que mudar - disse Fernando Henrique, que citou o documentário "Tabu", recém-lançado no Brasil.

A Convenção da ONU sobre narcóticos, adotada há 50 anos, prega o combate às drogas. O relatório apresentado ontem defende que os governos adotem experimentos legais que descaracterizem o consumo de drogas como crime e deem apoio às vítimas, como vem sendo feito na Suíça, em Portugal, na Holanda e no Reino Unido.

Os líderes do movimento são nomes de peso como os ex-presidentes Cesar Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México), o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, os escritores Mario Vargas Llosa e Carlos Fuentes, o ex-presidente do Fed Paul Volcker e o ex-secretário de Estado dos EUA George Shultz - pessoas que, na definição de Fernando Henrique, "não são libertárias, são do establishment, mas reconhecem a importância de abrir um debate sobre a questão das drogas".

Primeira reação da Casa Branca é negativa

As assinaturas da petição foram recolhidas na internet pela ONG Avaaz - e o país com o maior número de signatários é o Brasil. "É bom para mim", comentou Fernando Henrique. Mas o objetivo não é legalizar as drogas, e sim descriminalizar, suprimir o cerco policial ao usuário. Eles defendem que os viciados sejam tratados como caso de saúde pública e que se aumentem os investimentos em educação e prevenção.

Fernando Henrique, Gaviria e Zedillo têm percorrido grandes universidades e centros de estudo nos EUA e sabem que a batalha para conquistar a opinião pública do país não será fácil.

- É necessário mais ativismo, mas com seriedade. Nossa bandeira não é "liberar geral", não vai funcionar. As mães de família têm medo das drogas, e têm razão de ter medo - disse o ex-presidente.

Ontem, a primeira reação do governo Barack Obama não foi positiva. O czar da Casa Branca para a luta contra as drogas, Gil Kerlikowske, afirmou que o relatório é "mal direcionado". "Tornar as drogas mais acessíveis - como o relatório sugere - tornará mais difícil manter nossas comunidades sadias e seguras", disse Kerlikowske, por meio de seu porta-voz, citando estatísticas mostrando uma queda de 46% no consumo de cocaína entre adultos nos EUA, nos últimos cinco anos. Segundo dados da ONU citados no relatório da comissão, o consumo de maconha no mundo cresceu 8,5% em dez anos (de 1998 a 2008) e o de cocaína, 27%.

Mas, para Fernando Henrique, a luta pelo apoio da Casa Branca está só começando:

- Os EUA têm um problema de gastos enormes com a questão das drogas, de deficiência de resultados, e um problema internacional, que cria dificuldades com seus vizinhos. Acho que a Casa Branca vai ler melhor nosso documento e ver que ele merece consideração mais séria.

O ex-presidente colombiano Cesar Gaviria destacou a importância do problema do México com os cartéis do narcotráfico.

- Para a América Latina, para os países que estão lutando contra os cartéis, é muito importante que as políticas dos EUA sejam eficazes. O México tem direito a exigir que esse tema seja debatido - lembrou Gaviria.

Fonte:http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/200506/1/noticia.htm

Suíços aprovam abandono da energia nuclear

Deputados aprovam proposta do governo que prevê mais investimento em energias alternativas e inovação tecnológica.

A Suíça deu ontem o primeiro passo concreto para abandonar a energia nuclear com a aprovação, pelos deputados do país, de um projeto de lei do governo nesse sentido. A proposta ainda tem de passar pelo Senado e por uma votação popular, mas a fase mais difícil foi superada. A Suíça e a Alemanha são os primeiros países a mudar sua política energética, depois do desastre com a central nuclear de Fukushima no Japão.

O projeto prevê incrementar a pesquisa sobre energia alternativa e dar mais incentivo à inovação tecnológica. A lei também limita a capacidade de grupos ambientalistas de barrar a construção de instalações de energia eólica ou solar. Na prática, com a proposta, o governo quis evitar a pecha de ecologista e também de rejeição à competitividade.

Cerca de 40% da energia na Suíça vem de usinas nucleares. Para conseguir o apoio para adotar a lei, o governo afirmou que fará pesados investimentos em novas fontes de energia. A proposta é de que as cinco centrais nucleares da Suíça sejam desativadas até 2034. "Há um mundo antes e depois de Fukushima", afirmou Roberto Schmidt, deputado democrata-cristão, de centro-direita. Pela Europa, o desastre no Japão obrigou governos a rever suas políticas e dar uma resposta à preocupação da população.

'Eleitoreiro' - A resistência veio do partido de extrema-direita, o SVP. O grupo acusa o governo de ter antecipado a proposta para o primeiro semestre como carta eleitoral. As eleições gerais ocorrem em outubro e a aprovação da proposta será usada pelo governo para ganhar votos. Da população, 75% se disseram favoráveis ao fim das usinas nucleares. O SVP apresentou um projeto para adiar o debate para o final do ano. Mas a proposta foi rejeitada em outra votação, também ocorrida ontem. Polêmico, o debate no Parlamento foi transmitido ao vivo pelas principais emissoras de TV, apesar de a discussão ter levado mais de cinco horas.

Há menos de uma semana, deputados alemães também aprovaram uma proposta similar de Berlim e o governo também foi acusado de usar o tema para ganhar as eleições.

Para o setor mais próximo do lobby industrial, a proposta é "irresponsável, irrealista e trará danos para economia". Para o grupo, abandonar a energia atômica representará um custo maior para abastecer a economia local, o que representará uma queda na competitividade do país.

A ministra de Energia, Doris Leuthard, afirmou que a proposta considerava o impacto econômico. Mas ela insistiu que inovação e energia renovável substituiriam as usinas nucleares.

A entidade Economiesuisse - o principal lobby industrial - alertou que o país está tomando um "caminho errado"; também afirmou que o gasto superará os US$ 2,5 bilhões que o governo estima com a transição. Entidades como Greenpeace e WWF elogiaram a decisão. Mas criticaram o fato de a lei os impedir de barrar novos projetos de energia em outros setores.
(O Estado de São Paulo)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=77910

'Mochila voadora' pode virar realidade



Protótipo de máquina voadora, que tem sido desenvolvida há 30 anos, pode chegar ao mercado em 2012

DailyMail
O desenvolvedor Glenn Martin, que vem trabalhando há 30 anos em uma máquina de voar, similar a um Jetpack , ou uma 'mochila voadora', pretende torná-la disponível ao mercado em 2012, segundo o jornal inglês Telegraph.

A 'mochila voadora' usa ventiladores canalizados ao invés de jatos e custa em torno de US$ 100 mil. De acordo com o jornal, o Jetpack está pronto para fabricação, depois que fez seu primeiro voo de testes, no dia 21 de maio de 2011, usando um piloto fictício. A máquina foi controlada por um aparelho a 1.500 metros de altura.

Ainda segundo o Telegraph, a revista Time publicou uma matéria dizendo que o jato era uma das invenções mais aguardadas do mundo. "As primeiras pessoas a usar esse equipamento nas cidades serão ligadas a trabalhos de resgates e estarão envolvidas em situações de emergância", comenta o criador. "Então, as pessoas vão colocar câmeras na máquina para reportar informações do tráfico e, eventualmente, o uso vai evoluir até que as pessoas passem a voar para se divertir ou trabalhar", completa.

O Jetpack de Martin consiste em um par de cilindros contendo ventoinhas de propulsão fixadas em uma estrutura de fibra de carbono. O piloto fica de costas para a máquina, coloca o cinto de segurança e controla os jatos por meio de joysticks. A máquina voadora é impulsionada por um motor V4, que gera cerca de 200 cavalos de potência. Martin explica que o funcionamento é simples: basta mandar bastante ar para baixo com muita rapidez para fazer com que a pessoa consiga subir. Outros detalhes de segurança não foram revelados, uma vez que o desenvolvedor demorou décadas para conceber o conceito.

Depois de vários protótipos, o modelo que Martin espera colocar em produção foi desenhado para atender aos padrões americanos de ultraleve, com peso inferior a 115 quilos e acoplado a um tanque de 20 litros. Teoricamente, a quantidade de combustível possibilita até 30 minutos de voo ou 50 quilômetros de distância, embora Martin já esteja trabalhando em versões com mais capacidades.

Aos que se sentiram inseguros com a ideia, é importante saber que a 'mochila voadora' carrega um paraquedas, caso algo de errado aconteça. No vídeo você confere como foi o voo de teste.

Fonte:http://olhardigitalweb1.clientes.ananke.com.br/produtos/digital_news/noticias/mochila_voadora_pode_virar_realidade?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=Mochila+Voadora+%7C+Crie+seu+personagem+dos+Simpsons+%7C+Tarifas+mais+baratas+de+celular&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

Garoto de 13 anos patenteia campainha 'inteligente' utilizando o celular



O menino já recebeu 20 mil pedidos de compra do produto, que significa um ganho de cerca de R$ 650 mil para os próximos meses

Laurence Rook, 13 anos, é um britânico de Croydon, em Londres, e inventor da primeira campainha (imagem) que faz ligações para celular. De acordo com a BBC, quando alguém toca a campainha, uma ligação é feita para o celular do morador, que atende e conversa com o visitante. Laurence afirmou, em entrevista à rede de televisão, que o celular pode evitar tentativas de furto, já que o morador pode fingir que está dentro de casa.

O menino já recebeu mais de 20 mil pedidos de compra do produto, o que significa cerca de £ 250 mil (R$ 650 mil) nos próximos meses. Lawrence pretende guardar esse dinheiro para pagar uma universidade no futuro. Com o que sobrar, ele prefere gastar em diversão.

O garoto conta que a ideia surgiu quando um entregador tentou deixar um pacote em sua casa várias vezes seguidas, mas ninguém estava ali para receber. "Na segunda ou terceira tentativa de entrega, em vez de deixar um bilhete dizendo 'por favor venha ao correio pegar o seu pacote', eu pensei 'por que eles não telefonam?'", explica Rook.

O pequeno inventor também se mostrou um ótimo empreendedor, pois já patenteou a ideia e ainda fechou contrato com uma fabricante chinesa para produção da campainha em escala.

Lawrence acredita que o produto deve chegar às lojas britânicas em setembro deste ano.

Update: o leitor lino4000 nos alertou, nos comentários, que já existe um sistema parecido aqui mesmo no Brasil.

Fonte:http://olhardigitalweb1.clientes.ananke.com.br/jovem/digital_news/noticias/garoto_de_13_anos_inventa_campainha_que_toca_no_celular?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=Mochila+Voadora+%7C+Crie+seu+personagem+dos+Simpsons+%7C+Tarifas+mais+baratas+de+celular&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

quinta-feira, 9 de junho de 2011

VooMote: transforme seu iPhone num controle universal

O acessório usa transmissor infravermelho e promete controlar até 98% dos dispositivos eletrônicos
07 de Junho de 2011 | 13:06h Imprimir

Mesmo com vários aplicativos e acessórios que transformam o iPhone num controle remoto, o VooMote, que já está no mercado há algum tempo, se destaca por sua versatilidade e design.

O VooMote usa um transmissor infravermelho e promete controlar até 98% dos dispositivos eletrônicos que funcionam com controle remoto. O controle universal é composto por um hardware que é acoplado ao telefone, e um aplicativo que precisa ser instalado no aparelho para funcionar.

O VooMote permite a criação de perfis para cada um dos dispositivos associados a ele. Assim, fica mais fácil selecionar o aparelho a ser controlado.

Veja uma demonstração do produto:

fonte:http://olhardigitalweb1.clientes.ananke.com.br/produtos/mobilidade/noticias/voomote_transforme_seu_iphone_num_controle_universal?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=Twitter+em+Portugu%EAs+%7C+Bolsas+de+TI+no+exterior+%7C+Jailbreak+do+iOS+5&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

Índia é o país com o maior potencial para cozimento com energia solar



Fogões solares concentram os raios do sol
Três bilhões de pessoas utilizam madeira, esterco ou biomassa como combustível. Essa prática prejudica o clima e causa o desaparecimento das florestas. Fogões solares podem aliviar o problema – e até mesmo salvar vidas.

Após o terremoto de janeiro de 2010 no Haiti, apenas a água fervida era realmente segura. Mas fervê-la era um problema, pois a madeira para fazer o fogo praticamente não existia ou custava muito caro. Segundo o alemão Hans Michlbauer, 97% da floresta nativa já desapareceram. "As mulheres gastam horas procurando lenha", conta.

Ele trabalha para a EG Solar, associação responsável por projetos de cozinhas solares em todo o mundo. Não apenas no Haiti os fogões solares são úteis. Em diversos países em desenvolvimento, a tecnologia pode melhorar as condições de vida, além de contribuir com a preservação do meio ambiente. Atualmente, 17% das emissões mundiais de CO2 são produzidas no cozimento doméstico e provêm da queima de lenha, esterco ou biomassa.


Mulheres e crianças são as maiores beneficiadas pela nova tecnologia

Fogo de cozinha mata 1,5 milhão por ano

Três bilhões de pessoas dependem desses combustíveis. Em busca da lenha, as florestas são desmatadas, o que aumenta a erosão e contribui com a sedimentação dos rios. E a extração da madeira custa tempo – um tempo que falta para outras atividades rentáveis. Além disso, a fuligem polui o ar.

A cada inverno, uma nuvem de fumaça cobre o sul da Ásia, causada principalmente, segundo um estudo suíço, pela queima de madeira. E essa massa de ar poluído pode ser letal: 1,5 milhão de pessoas morrem todo ano, segundo a Organização Mundial da Saúde, em função de doenças respiratórias consequentes da queima de madeira.

Centenas de iniciativas visam ampliar o uso de fogões solares no mundo. Muitos deles são elaborados na Suíça, Áustria e Alemanha. Também no cenário político já foram iniciados inúmeros projetos, mas os avanços globais ainda assim permanecem estagnados. Cerca de um milhão de fogões estão em uso no mundo – enquanto a demanda atual, só do continente asiático, de acordo com a Solar Cookers International Association (SCIA), se aproximaria dos 300 milhões de aparelhos.

"A tecnologia está pronta, o potencial de preservação ambiental é alto. Porém falta um nível de aceitação maior", analisa Marlies Kees, da Sociedade Alemã para a Cooperação Técnica (GTZ).

Muitos projetos carecem de um marketing profissional, segundo ela, que ressalta ainda a importância da manutenção. "As pessoas precisam de um representante que sempre tenha peças de reposição disponíveis, que os encoraje a continuar utilizando os fogões", argumenta Hans Michlbauer. Em boa parte dos casos, os usuários acabam vencidos pelo hábito: muitos se deixam convencer pela nova tecnologia, mas logo voltam ao tradicional fogo à lenha.

"Caixa de Kyoto" oferece uma solução simples

Existem hoje quase 200 modelos de fogões solares: o espectro abrange desde grandes equipamentos com espelhos parabólicos ajustáveis, até modelos mais simples, como as apelidadas "caixas de Kyoto", feitas com embalagens de sapatos e papel alumínio.

Normalmente, um espelho – ou apenas uma superfície espelhada – concentram os raios solares em um receptor (geralmente preto e opaco), sobre o qual são preparados os alimentos. Os raios são absorvidos por esse receptor e seu corpo é aquecido – um isolamento térmico faz com que o calor não se disperse.

A tecnologia, no entanto, não é apropriada para todos os lugares: há problemas em regiões com pouco sol e também onde não se cozinha fora de casa ou onde a escassez de combustível não é tão grave. "Aí costuma ser bastante útil combinar os fogões solares com, por exemplo, fornos que economizem energia", explica Willington Ortiz, do Instituto de Wuppertal, que pesquisa a inserção dos fornos solares no mercado.

Até o momento, a tecnologia tem sido particularmente bem-sucedida em regiões de planalto, que não possuem muitas árvores e têm uma forte incidência solar.

A esse grupo pertencem os territórios dos Andes, assim como o Tibet, o Nepal, a Mongólia e parte da China –, onde 600 mil aparelhos já estão em uso. Todavia, segundo a SCIA, o maior potencial está na Índia. Lá, o governo tem promovido iniciativas nacionais de energia térmica renovável, inclusive fogões solares e principalmente em vilarejos no interior do país.



Na Índia, a escola Muni Seva cozinha à base de energia solar

A primeira vila indiana 'livre de fumaça'

Até mesmo as empresas do país já reconheceram o potencial dessa tecnologia e estão engajadas em torná-la, pela primeira vez, em um fator significativo na economia de um país em desenvolvimento. A empresa Gadhia Solar, por exemplo, se transformou na maior fabricante mundial de cozinhas solares.

E foi o seu equipamento que modificou as vilas indianas: em Bysanapali, no estado de Uttar Pradesh, a fumaça proveniente de fogões já não existe mais. Os moradores da região adotaram fogões solares e outras 20 vilas já demonstraram interesse em fazer o mesmo.

A Gadhia Solar também desenvolve plantas maiores, para templos e hospitais. Até 2012, a previsão é de que os 18 grandes projetos já iniciados no país economizem 4 mil toneladas de CO2.

Outro projeto que traz esperança nesse sentido é o centro de estudos e retiro espiritual de Muni Seva, no estado de Gujarat. Todos os alimentos servidos aos alunos da instituição são cozidos usando energia solar. "Seria muito importante que as cozinhas solares fossem incorporadas às escolas e faculdades de forma mais enfática", afirma Marlies Kees. "É necessária toda uma geração para que um comportamento seja alterado. Deveria se começar o quanto antes", finaliza.

Autor: Torsten Schäfer (mdm)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6049754,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

Dez questões que você precisa saber sobre a mudança para o IPv6

Por Computerworld/EUA
Publicada em 08 de junho de 2011 às 22h25
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Entenda porque a migração para o IPv6 é necessária e o que acontecerá com o IPv4.

Os gestores das tabelas de endereços IPV4 em todo o mundo têm uma mensagem para as empresas que ainda relutam em migrar suas redes para IPv6: fariam melhor se não deixassem para a última hora. Esperar até o último minuto vai acarretar investimentos urgentes em atualização de equipamentos e transformar o que poderia ser um incremento na funcionalidade dos negócios em um pesadelo da modernidade.

Agora que os últimos lotes de endereços IPv4 foram designados, os operadores de redes globais devem acelerar a migração para o modelo IPv6, que dispõe de um volume de endereçamentos muito mais amplo que seu antecessor.

Por isso, muitos administradores de TI e consumidores começam a pensar mais sobre endereços de IP.

Aqui estão respostas para algumas das perguntasmais importantes sobre os números que fazem a rede mundial funcionar:

1 - O que é IP?

IP é a abreviação, em inglês, de Protocolo Internet. Um protocolo nada mais é do que a definição do conjunto de regras e códigos utilizados pelos computadores para se comunicarem em uma rede. No Protocolo Internet, uma dessas regras diz que cada um deles deve ser identificado de maneira unívoca, através de um número, que também leva o nome de IP. Não pode haver mais de um computador usando o mesmo IP em toda a Internet, o que permite que os dados sejam sempre encaminhados ao destino correto.

Pode-se fazer uma analogia entre o número (ou endereço) IP e o endereço, no mundo real e físico, de uma casa. Assim, o protocolo IP pode também ser comparado ao conjunto de regras de trânsito, mapas e sinalização que permitiriam a alguém chegar a esse local.

2 - O que é o IPv6?

IPv6 é abreviação de Internet Protocol version 6 ou, em português, Protocolo Internet versão 6. O IPv6 é o sucessor do IPv4. Ele foi desenvolvido ao longo da última década com essa finalidade. Hoje ele é um protocolo maduro, com várias vantagens em relação ao IPv4, e suportado pelos principais equipamentos e programas de computador. Sua implantação na Internet já está em andamento, e deve ser acelerada nos próximos meses.

Prevê-se que ambos, IPv4 e IPv6, funcionem lado a lado na Internet por muitos anos. Mas, a longo prazo, o IPv6 substituirá o IPv4.

Se compararmos o endereço IP com o endereço de uma casa, com a adoção do IPv6 será como se todas as casas ganhassem um número novo, mas diferente do antigo. Por exemplo, que fosse, ao invés de um número simples, um código baseado em números e letras. Dessa forma as casas teriam ainda seu número antigo e o novo código: eles não se misturariam ou se confundiriam, porque seriam diferentes. Ambos poderiam ser usados para se chegar a um determinado destino... Quando todas as casas recebessem o novo código o antigo poderia, finalmente, ser deixado completamente de lado, pois não teria mais utilidade.

3 - Posso ficar em endereços de IPv4?

Se você é usuário de internet móvel na Ásia, isso pode acontecer muito em breve, de acordo com Cricket Liu, vice-presidente de arquitetura de software da fornecedora de softwares Infoblox. A Asia-Pacific Network Information Centre (APNIC) utilizou as últimas alocações em IPv4 para registros regionais porque precisava de dois novos blocos de endereços para lidar com o rápido crescimento de demanda na regiãio. Os celulares são a primeira opção de conexão à internet em locais em desenvolvimento na Ásia, e atribuir endereços IP à essa região é razão para crises. Quando as operadoras móveis esgotarem os endereços IPv4, eles terão que vender aparelhos apenas com endereço IPv6, disse Liu.

Ao se perceber o iminente esgotamento dos números IP, quando se iniciou a utilização comercial da Internet, por volta de 1993, imediatamente o desenvolvimento de uma nova geração do Protocolo Internet começou. Essa nova geração deveria ser a solução definitiva para o problema e, de fato, esse desenvolvimento resultou no que hoje conhecemos por IPv6.

O desenvolvimento de um novo protocolo, no entanto, requer tempo e recursos consideráveis. Então, outras soluções tecnológicas, paliativas, foram também adotadas no curto prazo. Essas novas tecnologias, nomeadas a seguir, permitiram a redução da demanda por novos endereços, e a racionalização na forma como eles eram distribuídos, adiando assim seu esgotamento.

O estoque de IPv6 do IANA acabaram em 2010. Mas as entidades regionais, como o LACNIC (América Latina e Caribe), o ARIN (América do Norte), o RIPE (Europa), o APNIC (Ásia e Pacífico) e o AFRINIC (Africa), ainda têm seu próprio estoque. O mesmo vale para entidades locais como o NIC.br. Estima-se que esse estoque local terminará em 1 ou 2 anos após o término do estoque da IANA, o que significa que não haverá IPs novos para os usuários em algum momento entre 2011 e 2013. O final do estoque pode ocorrer em momentos diferentes em cada região.

Pode ser também que redes com determinadas necessidades não possam ser atendidas mesmo que ainda haja IPs no estoque. Por exemplo, no caso de uma rede necessitar de um grande bloco contíguo de IPs: esse pode não estar disponível, mesmo quando ainda houver blocos menores no estoque. Na verdade, as políticas de distribuição dos endereços remanescentes IPv4 estão sendo também discutidas. Conforme as políticas adotadas, a data de término pode ser um pouco adiantada ou postergada.

4 - O que aconteceria se meu aparelho tivesse apenas IPv6 e tentasse acessar um site em IPv4?

Na pior hipótese, você não se depararia com a conhecida mensagem de “servidor não encontrado”, de acordo com Liu. Esse aviso, também conhecido como “Erro 404”, vem do servidor de internet que não aloca mais a página que voce está tentando acessar. Sem um endereço IP usado, nenhum servidor web pode ser alcançado. “Provavelmente daria algum tipo de erro de rede”, disse Liu. Leo Vegoda, gerente de recursos de numeração na ICANN, declarou que a mensagem que você vai receber varia de acordo com o seu provedor de internet.

5 - Então, o IPv6 pode me tirar da web?

Os prestadores de serviços estão avaliando uma variedade de ferramentas para fornecer conteúdo exclusivamente em IPv4 para clientes que tenha apenas o IPv6 em seus dispositivos. A solução mais comum é uma rede técnica de tradução de endereços chamada NAT64, que pode ser executada em aparelhos conectados à internet por meio de um provedor. Quando um servidor de nomes não encontra o endereço IPv6 correspondente ao site que o usuário quer visitar, um aparelho NAT64 compacta o endereço IPv4 em IPv6, criando algo que o dispositivo equipado apenas com IPv6 possa entender. Da mesma forma, o aparelho pode permitir que usuários com diferentes tipos de endereços IP enviem e-mails uns aos outros.

6 - E se um site migrar para IPv6 e eu ainda estiver em IPv4?

“Isso não será um problema, ao menos durantes os próximos anos, porque quando empresas adotarem o novo protocolo, a maioria usará a configuração ‘dual-stack’”, afirmou o especialista da InfoBox. Redes deste tipo têm o sofware necessário para se comunicarem em sistemas IPv4 e em IPv6. Quando um cliente solicita um endereço de IP, de qualquer tipo, que seja associado ao domínio, é possível acessar o site. Este é o sistema mais usado pelas empress que estão testando o IPv6 hoje. “Não é comum suportar IPv6, mas se você suporta, é comum usar um dual-stack”, declarou Liu.

7 - Por quanto tempo posso manter minha empresa no IPv4?

Como a oferta de novos endereços IPv4 únicos vem diminuindo, algumas empresas e provedores de serviço usarão a tradicional NAT (Network Address Translation) para conservar os endereços que eles já possuem. Esta técnica, usada em redes corporativas e residenciais, permite que vários clientes de uma rede interna compartilhem um ou poucos endereços de IPv4 para se comunicar com a Internet. Cada endereço de IP compartilhado pode ter algumas centenas de sistemas juntos sem necessidade de novos locais de IPv4 ou IPv6. De qualquer forma, o IPv4 e o IPv6 devem coexistir na Internet por muitos anos.

8 - Quais os riscos, caso minha empresa não adote o IPv6 à tempo?

Caso sua empresa esteja atrasada em relação ao resto do mundo na adoção do IPv6, pode ter problemas para usar determinados recursos na Internet. Boa parte desses recursos, provavelmente, será formada de aplicações novas, funcionando exclusivamente com IPv6. Se alguma dessas aplicações tornar-se importante para seus negócios, seus concorrentes, já conectados com IPv6, poderão ter uma vantagem competitiva importante.

Outro ponto a ser considerado é a oportunidade perdida de sua empresa desenvolver uma aplicação inovadora baseada no IPv6. Há o risco, também, da própria implantação do IPv6 na Internet falhar, no sentido de que o esgotamento dos endereços v4 ocorra antes da larga disseminação do IPv6. Se isso acontecer, os custos de implantação de novas redes ligadas à Internet pode aumentar.

O uso de NAT também aumentará, dificultando o gerenciamento da rede e a criação de aplicações para comunicação fim a fim. Novas aplicações deixarão de ser desenvolvidas. Isso poderá ser bem negativo, não só para sua empresa, como para toda a sociedade.

9 - Então, por que nós não usamos o NAT em ​​vez de migrar para o IPv6?

O NAT normalmente usa um firewall dinâmico, que mantém informações sobre navegações em andamento na internet usadas por todos os sistemas de endereço compartilhado, afirmou Vegoda ICANN. A capacidade do aparelho limita o número de sessões que pode acompanhar, e se chegar ao limite, as sessões de longa duração podem ser descartadas.

Isso pode não afetar um vídeo de cinco minutos assistido no YouTube, mas pode causar problemas ao usuário que tentar ver um longa-metragem. Alguns recursos na internet utilizam muitas sessões de uma só vez, como um mapa online, que costuma criar uma sessão para cada parte da imagem do mapa, disse Vegoda. Se qualquer uma dessas sessões for derrubada, pode haver atrasos para completar o mapa.

Ao contrário do tradicional NAT, o NAT64 não precisa manter informações sobre status da rede, porque é fundamentalmente diferente e não deve compartilhar seu nome, de acordo com o diretor de estratégia de IPv6 da Hurricane Electric.

10 - O que o Dia Mundial do IPv6 vai provar?

Google, Facebook, Yahoo e outras 315 empresas, agências e universidades ofereceram conteúdo em ambos protocolos, IPv4 e IPv6, por 24h. Isso permite que quem tem IPv6 possa acessar vários sites diferentes. A idéia é expor os problemas técnicos, como erros de configuração de usuário final ou problemas de software em operadoras, que privam usuários de acessar a internet com o novo protocolo.

(Stephen Lawson)

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/06/08/dez-questoes-que-voce-precisa-saber-sobre-a-mudanca-para-o-ipv6/

UNIVERSIDADES FEDERAIS EM GREVE - TAE'S

Greve da categoria chega a 24 IFES


Qua, 08 de Junho de 2011 18:01

Subiu para 24 as universidades federais cujos técnico-administrativos paralisaram as atividade em função da greve organizada em todo o país pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras – FASUBRA. Até as 18h02min desta quarta-feira, também haviam aderido ao movimento os servidores administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB/BA), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal de Viçosa (MG).

Fonte:http://www.fasubra.org.br/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

16 UNIVERSIDADES FEDERAIS EM GREVE - TÉCNICOS ADMINISTRATIVO EM EDUCAÇÃO

Ter, 07 de Junho de 2011 17:18

Já são 16 as universidades federais que integram a greve deflagrada pela categoria nesta segunda-feira em universidades federais de todo o país. O número foi elevado com os complementos de informes de ontem, com a adesão dos trabalhadores da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia, e da UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, e de hoje (07), quando os técnico-administrativos em educação da Universidade de Brasília decidiram aderir ao movimento grevista organizado pelos sindicatos da base FASUBRA. Esse contingente será ampliado em breve, com várias assembléias marcadas para amanhã e para quinta.
Comando - Amanhã (08), a partir das 09h, será instalado, em Brasília, o Comando Nacional de Greve (CNG), que deliberará sobre futuras atividades, montará o quadro conjuntural da greve nas IFES, formará a rede de apoio aos sindicatos de base, e analisará as reuniões de negociação que venham a ocorrer com o Governo Federal.
Acompanhe a lista das universidades em greve:
06/06
1 - UFRN;
2 - UFRPE;
3 - UFSC;
4 - UFPE;
5 - UFOP;
6 - UFMT;
7 - UFT;
8 - UFAM;
9 - UFSM;
10 - UFSCAR;
11 - UFES;
12 - UFRGS;
13 – UFAC
14 – UFRA
15- - UFCSPA

07/06
16 – UNB

Acompanhe no site diariamente e veja as outras instituições que estão aderindo à greve.

Fonte:http://www.fasubra.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1937:16-universidades-federais-com-greve-da-categoria&catid=6:greve&Itemid=19

Publicações acadêmicas da Unesp em acervo digital



Ferramenta com mais de 25 mil itens educacionais tem acesso gratuito
08/06/2011

Agência FAPESP – O Acervo Digital da Universidade Estadual Paulista (Unesp), desenvolvido como um repositório de conteúdos gerados e adquiridos pela universidade, ganhou um novo projeto gráfico, com sistema de busca e submissão on-line de arquivos.

Pelo site, é possível pesquisar entre os mais de 14 mil itens educacionais ou acessar o banco de teses e dissertações da instituição, com cerca de 11 mil títulos.

"A produção da Unesp precisa estar acessível a todos. Mais do que um espaço de armazenamento, o Acervo Digital é uma forma de compartilhamento entre a comunidade acadêmica e a sociedade", disse o vice-reitor no exercício da reitoria, Julio Cezar Durigan.

"Também esperamos que o acervo incentive a produção acadêmica, sua divulgação em âmbito nacional e internacional e a utilização dos diferentes recursos tecnológicos no ensino de graduação e pós-graduação", disse.

Professores, pesquisadores e funcionários da instituição também passaram a contar com um canal exclusivo para envio de materiais educacionais, que serão arquivados e disponibilizados gratuitamente ao público. Por meio da ferramenta é possível submeter produções relacionadas aos cursos de graduação e pós-graduação, nos formatos de textos, vídeos, imagens, apresentação de slides e documentos em geral.

Todos os arquivos submetidos pelos professores também contarão pontos como "publicação" para a avaliação docente da Unesp. Um comitê editorial, formado por especialistas das áreas de humanas, exatas e biológicas, ficará responsável por avaliar os documentos enviados e autorizar a publicação no Acervo Digital.

A equipe do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da Unesp, responsável pela ferramenta, fará o suporte aos usuários.

Mais informações: www.acervodigital.unesp.br
Fonte:http://agencia.fapesp.br/14006

terça-feira, 7 de junho de 2011

Caps/HU realiza campanha para montar biblioteca para pacientes - UFJF

publicada em: 7 de junho de 2011 - visualizada pela 9º vez



Carla e Rejane organizam a campanha (Foto: divulgação)
A leitura é uma importante ferramenta de comunicação, aprendizado e criatividade. Pensando nisso, o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está realizando a campanha do livro, uma iniciativa que visa a criação de uma biblioteca para os pacientes.
Segundo a residente de Psicologia Carla Cristina do Vale, a biblioteca seria mais uma opção para diversificar as atividades do Centro, além de proporcionar o acesso à cultura. “Aqui nós temos muitos pacientes alfabetizados, por isso, a necessidade de termos um espaço para a leitura. Futuramente, pensamos em encaixar alguma atividade de leitura na grade do Caps, mas
agora o projeto é abrir essa biblioteca para incentivar a leitura entre os pacientes. Aqui eles poderão pegar um livro e levar para casa.”
Para a realização dessa campanha o Caps conta com o apoio do Núcleo de Humanização. “Estamos oferecendo suporte ao Caps, colhendo algumas doações e divulgando a campanha aos amigos e colegas de trabalho”, ressalta a coordenadora Rejane Guingo.
As doações começaram a ser recebidas no mês passado com o apoio de amigos, estagiários do Caps, Editora UFJF, Editora Vozes e Editora Leitura. Ao todo foram recebidos 94 livros. “Todos os tipos de livros são bem-vindos, dos contos infantis ao ‘Código da Vinci’, nós temos pacientes de todos os níveis” afirma Carla. As doações podem ser feitas no Caps/HU, que fica localizado na Rua Melo Franco 11, no Bairro São Mateus.
Outras informações: (32) 4009-5393 (Assessoria do HU)
www.ufjf.br/hu
www.twitter.com/huufjf_noticia

fonte:http://www.ufjf.br/dircom/?p=45021

Obs.: pequenas ações fazem a diferença.

Luz é gerada é partir do nada

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/06/2011



O vácuo quântico é o tecido do próprio Universo e sempre houve curiosidade dos cientistas em saber se seria possível extrair energia dele. [Imagem: iStockphoto/Evgeny Kuklev/Umich]


O estranho mundo quântico

Se você não entende nada de física quântica, não se avexe: Richard Feynman, um dos mais aclamados físicos do último século, dizia que ninguém entende de física quântica.

A realidade, contudo, é que ela está lá e, de forma bem prática, é a física quântica que explica o funcionamento dos computadores, dos supercondutores, dos microscópios eletrônicos, das comunicações por fibra óptica, enfim, de quase tudo o que nos leva a chamar o período em que vivemos de "era da tecnologia".

Mas que a física quântica é estranha, isso ela é, sobretudo porque, nas dimensões atômicas e subatômicas, as coisas se comportam de maneiras que ferem nossa intuição, fundamentada no que chamamos de "mundo clássico", explicado pela "física clássica".

Máquina quântica é escolhida a descoberta do ano pela Science
Vácuo quântico

Um exemplo típico da estranheza do mundo quântico é o vácuo: faça um vácuo perfeito, eliminando tudo de um determinado espaço, até a última molécula e o que você terá? Nada?

Não exatamente: você terá o vácuo quântico.

O vácuo quântico é um estado com a menor energia possível, uma espécie de sopa de campos e ondas de todas as frequências, o que inclui as forças eletromagnéticas, mas também as ondas que representam as partículas.

Nessa sopa real, partículas saltam continuamente entre a existência e a inexistência.

Essas partículas são tão efêmeras que os físicos as chamam de "partículas virtuais", embora elas tenham efeitos sobre o mundo real.

É por isso que os físicos afirmam que a matéria é resultado das flutuações do vácuo quântico.

Eles acreditam também que corpos celestes extremos podem atuar diretamente sobre o vácuo quântico, produzindo energias capazes de interferir até com fenômenos astrofísicos.

Estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico
Faça-se a luz

A maior parte dessas explicações ainda está no reino das hipóteses e das teorias. Ou, pelo menos, estava.

Pela primeira vez, uma equipe de físicos afirma ter conseguido gerar coisas desse "nada" quântico. Mais especificamente, eles fizeram com que vácuo quântico gerasse fótons reais. Ainda mais claramente, tentando trazer isso para o senso comum, eles emitiram luz do nada.

Será necessário esperar que outros grupos refaçam o experimento; mas, se confirmado, esta certamente se transformará em uma das experiências científicas mais bizarras e famosas da história, e uma importante prova prática da validade da mecânica quântica.



O vácuo quântico é um estado com a menor energia possível, uma espécie de sopa de campos e ondas de todas as frequências, de onde partículas virtuais saltam continuamente entre a existência e a inexistência. [Imagem: Lee Brain]
Realizando o virtual

Ora, se o vácuo quântico é uma sopa na qual pululam partículas virtuais, deve ser possível detectar ou mesmo capturar essas partículas. Foi isto o que motivou Per Delsing e seus colegas da Universidade Tecnologia de Chalmers, na Suécia.

Os cientistas já sabiam como detectar indiretamente as partículas virtuais "emitidas" pelo vácuo quântico usando dois espelhos, colocando-os muito próximos um do outro.

Essa proximidade limita a quantidade de partículas virtuais que podem vir à existência entre os dois espelhos. Como passam a existir mais partículas virtuais fora dos espelhos do que entre eles, cria-se uma força que empurra um espelho na direção do outro.

Esse empurrão, conhecido como Força de Casimir, é forte o suficiente para ser medido pelos instrumentos atuais.

Luz do nada

Mas os teóricos previam que as coisas poderiam ficar mais interessantes se fosse usado um espelho só, que poderia absorver energia das partículas virtuais e, sendo um espelho, reemití-las na forma de fótons reais.

O problema é que, para isso dar certo, o espelho teria que se mover a uma velocidade próxima à velocidade da luz, algo impraticável com a tecnologia atual.

Delsing e seus colegas deram um jeito de sair desse impasse usando um sensor extraordinariamente sensível a campos magnéticos, chamado SQUID (Superconducting Quantum Interference Device), e fazendo-o funcionar como um espelho.

Quando um campo magnético atravessa o SQUID, ele move-se ligeiramente. Alterando-se o sentido do campo magnético vários bilhões de vezes por segundo força-se o SQUID-espelho a sacudir velozmente - tão rápido que ele atinge cerca de 5% da velocidade da luz.

E essa velocidade parece ter sido suficiente.

Segundo os físicos, o espelho gera um chuveiro de fótons, que saem desse nada chamado vácuo quântico, refletem-se no espelho, e surgem para o mundo real, onde podem ser detectados por fotocélulas.



O espelho gera um chuveiro de fótons, que saem desse nada chamado vácuo quântico, refletem-se no espelho, e surgem para o mundo real, onde podem ser detectados por fotocélulas. [Imagem: Wilson et al.]
Os cientistas afirmam que, conforme previsto pela teoria quântica, os fótons têm cerca de metade da frequência das sacudidas do espelho.

Luz de Feynman

No estágio atual, com este experimento pioneiro, ainda não é possível prever alguma aplicação para o efeito, uma vez que a luz gerada é muito fraca para fins práticos.

Mas pode ser uma luz suficiente para clarear as esquisitices da mecânica quântica e, quem sabe, tirar a razão de Feynman: quem sabe dos cientistas já não estejam começando a entender "alguma coisa" de mecânica quântica?

Se este for o caso, logo poderá ser dada razão a um outro grupo de físicos que, em 2006, previu que será possível, no futuro, construir nanomáquinas alimentadas pela energia do "nada".

Veja outras pesquisas sobre o vácuo quântico:

Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada
Super laser poderá criar matéria do nada
Estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico
Confirmado: a matéria é resultado de flutuações do vácuo quântico
Bibliografia:

Observation of the Dynamical Casimir Effect in a Superconducting Circuit
C.M. Wilson, G. Johansson, A. Pourkabirian, J.R. Johansson, T. Duty, F Nori, P. Delsing
arXiv
24 May 2011
http://arxiv.org/abs/1105.4714

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=luz-gerada-partir-nada&id=010815110606&ebol=sim

Neuro-robótica leva comportamentos humanos aos robôs

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/06/2011



Modelo em CAD do sistema de visão artificial usado pelos pesquisadores [Imagem: Eyeshots]


Visão e percepção robóticas

Depois de três anos de trabalho, pesquisadores do projeto europeu EYESHOTS apresentaram os resultados de um estudo cujo objetivo era reproduzir em robôs comportamentos humanos, como a visão e a percepção espacial.

Graças aos progressos no controle da interação entre visão e movimento, os pesquisadores desenvolveram um avançado sistema de visão tridimensional, sincronizado com braços robóticos.

O protótipo mostrou ser possível dar aos robôs a capacidade para observar e ficarem atentos ao que acontece ao seu redor.

Além disso, as imagens capturadas são mantidas na memória, podendo ser utilizadas em suas ações futuras.

A equipe de Ángel del Pobil Pasqual, da Universidade Jaume I, na Espanha, ficou responsável pela validação dos resultados do projeto, usando um robô construído na Universidade de Castellón, constituído de uma cabeça de robô com olhos móveis integrados em um tronco com braços articulados.

Inspiração humana

Os modelos de computador usados para controlar o robô partiram do conhecimento da biologia humana e animal, fruto de um trabalho multidisciplinar que incluiu especialistas em neurociência, psicologia, robótica e engenharia.

O estudo começou com o registro dos neurônios do córtex visuo-motor de macacos, que possuem uma percepção do ambiente similar à dos seres humanos.

A primeira característica do sistema visual dos primatas replicado artificialmente foi o chamado movimento sacádico dos olhos, que está relacionado com a alteração dinâmica da atenção.

"Estamos constantemente mudando o ponto de vista através de movimentos oculares muito rápidos, tão rápidos que dificilmente ficamos conscientes deles," explica o Dr. Pasqual. "Quando os olhos estão se movendo, a imagem fica desfocada e não podemos ver claramente. O cérebro deve integrar os fragmentos de imagens como se fossem peças de um quebra-cabeça, para dar a impressão de uma imagem contínua e perfeita do nosso entorno."


"Nossos resultados poderão ser aplicados a qualquer tipo de robô humanoide que seja capaz de mover seus olhos e se concentrar em um ponto." [Imagem: Ruvid]
Neuro-robótica

Partindo dos dados neurais, os pesquisadores desenvolveram modelos computadorizados da seção do cérebro que integra as imagens com os movimentos dos dois olhos e dos braços.

Essa integração é muito diferente daquilo que normalmente é feito por engenheiros e especialistas em robótica - é uma espécie de neuro-robótica.

O grupo queria provar que, quando fazemos um movimento para agarrar um objeto, o nosso cérebro não precisa calcular previamente as coordenadas desse movimento.

"A verdade é que a sequência é muito mais simples: os nossos olhos olham para um ponto e dizem ao nosso braço onde ir. Os bebês aprendem isto progressivamente conectando neurônios," explica o pesquisador.

Assim, o próximo passo foi simular também esses mecanismos de aprendizagem, usando uma rede neural que permite aos robôs aprenderem como olhar, como construir uma representação do ambiente, como preservar as imagens apropriadas, e como usar sua memória para alcançar os objetos, ainda que estes estejam fora do alcance dos seus olhos naquele momento.

Passo importante

Os resultados preliminares foram encorajadores, dentro dos parâmetros dos programas de teste.


"Nossos resultados poderão ser aplicados a qualquer tipo de robô humanoide que seja capaz de mover seus olhos e se concentrar em um ponto. Essas são questões prioritárias para que os outros mecanismos possam funcionar corretamente", ressalta o pesquisador.

Para que um robô humanoide interaja com sucesso com o seu ambiente e desenvolva tarefas sem supervisão, contudo, será necessário primeiro aperfeiçoar esses mecanismos básicos, que ainda não estão completamente resolvidos, alerta o pesquisador.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=neuro-robotica-comportamentos-humanos-robos&id=010180110607&ebol=sim