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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A VEZ DOS ULTRABOOKS

Fonte: Fernando Braga, Diário de Pernambuco de 05.10.2011


São Francisco (EUA) — Você entende as particularidades que existem entre as diferentes categorias de computadores portáteis? O que tem os notebooks que netbooks e tablets não têm? Bem, prepare-se, pois em breve as lojas de eletrônicos terão uma nova seção de produtos: a de ultrabooks. Mais finos, leves e com alta performance, esses modelos chegam ao mercado para combinar a portabilidade dos tablets com o desempenho oferecido pelos PCs.

Idealizado pela Intel, com o apoio dos principais fabricantes do setor, os ultrabooks são computadores que obedecem a uma série de especificações formuladas pela indústria. Elas abrangem desde espessura máxima (2,1cm), peso (até 1kg) e duração mínima da bateria (5h). “Alguns podem entender os ultrabooks como uma nova categoria de computadores. Outros podem achar que se trata, na verdade, de uma evolução dos notebooks. O importante é que, no fundo, o que vai melhorar é a experiência que os consumidores terão ao usar as suas máquinas”, disse ao Correio/Diario Mooly Eden, vice-presidente e diretor da área de computadores pessoais da Intel.

Esses dispositivos não serão apenas mais atraentes — finos o bastante para disputar mercado, por exemplo, com o Macbook Air, da Apple. Terão alto poder de processamento, pois usarão chips de 2ª e 3ª geração (Sandy Bridge e Ive Bridge) da família Intel Core, que chegam a ser até cinco vezes mais rápidos que os processadores Core 2 Duo.

“As pessoas desejam e exigem mais de seus computadores — seja para criar, consumir ou apenas compartilhar conteúdo”, alega Eden. “Essa é a razão pela qual desafiamos a indústria e a nós mesmos a fazer do ultrabook um dispositivo completo e adaptável às necessidades do usuário”. Molly foi um dos organizadores do Intel Developer Forum (IDF) 2011), evento realizado anualmente pela Intel que reúne algumas das principais companhias do setor de TI. Fabricantes como Toshiba, Lenovo, Asus e Samsung apresentaram, inclusive, modelos de ultrabooks que chegarão às prateleiras ainda no fim deste ano.

Agilidade é o triunfo

Além dos aspectos físicos, os ultrabooks se diferenciam dos demais por contar com algumas soluções proprietárias da Intel — como é o caso do Rapid Start Technology, que diminui o tempo gasto durante o processo de inicialização do computador. “Ao apertar o botão de ligar, em menos de cinco segundos o notebook já está pronto para ser utilizado”, disse Eden.

Esse tipo de portátil também conta com a função Smart Connect, que permite a atualização constante de informações do usuário, como a chegada de novos e-mails à caixa de entrada ou de mensagens recebidas nas redes sociais, mesmo quando o computador estiver desligado (desde que esteja ligado à internet).

Para Mariano Yacovino, diretor de netbook e tablet da Intel para a América Latina, no início esses produtos terão mais ações de marketing por parte dos fabricantes, que irão ressaltar as suas qualidades frente aos demais, diferenciado-os em uma categoria específica. “No entanto, acreditamos que os requisitos formulados para esse tipo de produto ditarão, daqui por diante, um novo padrão dentro do mercado.

No fim, não haverá mais distinções de segmentos”, avalia. Segundo ele, no próximo ano, aproximadamente 40% dos computadores portáteis oferecidos pelas marcas serão de ultrabooks. De acordo com a Intel, esses produtos deverão custar, em média, US$ 1 mil.

Incentivo

Para acelerar o desenvolvimento dessa nova categoria de computador, a Intel investiu US$ 300 milhões em um fundo destinado a encorajar fabricantes a desenvolverem produtos e soluções focadas nela. O dinheiro será distribuído ao longo de três anos. A intenção é estimular a criação, por exemplo, de baterias que garantam uma maior autonomia, de discos rígidos menores e com maior capacidade ou designs inovadores.

A Intel aproveitou o evento para apresentar também o Haswell, o mais poderoso processador já desenvolvido pela empresa — e que deverá chegar ao mercado somente em 2013. Construídos sobre uma base de 22 nanômetros (nm), diferentemente dos 32nm dos atuais chips Sandy Bridge, a futura geração Core permitirá fazer ainda mais com os ultrabooks. “Além da performance, que crescerá significativamente, os avanços na tecnologia deverão reduzir o consumo dos chips em até 20 vezes em relação aos designs atuais, sem comprometer o desempenho.” Com isso, com apenas uma carga, a bateria do ultrabook poderá resistir até 10 dias em modo stand by. (F.B.)


Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_10_06&pagina=noticias&id=06904

Cientistas americanos criam tapete voador



Folha de plástico se move a um centímetro por segundo e parece planar no ar

Cientistas da Universiade de Princeton, em Nova Jersey (Estados Unidos), construíram uma espécie de tapete voador, assim como no filme da Disney, Alladin. Segundo a BBC, o protótipo é feito com uma folha de plástico de dez centímetros.

O mecanismo do equipamento funciona da seguinte forma: correntes elétricas conduzem pequenas massas de ar para baixo do tapete e, assim, a folha de plástico plana no ar e se movimenta a um centímentro por segundo.

O criador do projeto, Noah Jafferis, disse ter se inspirado em um trabalho de matemática que leu no início do seu curso de PhD. De acordo com ele, o simples processo de incorporar sensores a cada pedaço do tapete levou cerca de dois anos. Ainda foi necessário testar o comportamento do material para evitar que, com altas frequências de energia, ele se deformasse.

Jafferis lembra, no entanto, que o protótipo tem limitações e só funciona a bateria ou plugado na tomada. A equipe de cientistas que está trabalhando no projeto quer incorporar energia solar na invenção para alcançar maiores distâncias.

Assista ao vídeo de demonstração.

Doe sangue e ganhe um pen drive!



Campanha norte-americana quer aumentar a estocagem de sangue nos hospitais e incentivar os jovens a fazerem doações
05 de Outubro de 2011 | 19:05h

A Cruz Vermelha dos Estados Unidos criou uma campanha que irá presentear os doadores com um pen drive, segundo o site The Die Line. A medida tem o objetivo de aumentar a estocagem de sangue nos hospitais, além de incentivar jovens a fazer doações, já que eles são o público-alvo da instituição.

O pen drive, batizado de "Bloodriver", tem 2GB de memória. A embalagem imita o formato de uma bolsa de sangue e vem com um vídeo institucional da Cruz Vermelha, que explica a importância de se doar sangue. No final do filme, os doadores recebem um convite para participar de um grupo no Facebook, a fim de dividir suas experiências a respeito desse assunto.

Apesar da iniciativa ter aumentando o número de doadores, principalmente os mais jovens, muita gente criticou a atitude da instituição. Eles alegam que a campanha estimula as pessoas a doar sangue pelo motivo errado.

De acordo com a revista Super Interessante, o Brasil, assim como o resto do mundo, enfrenta graves problemas com a falta de doadores. Dados da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo mostram que, a cada dois minutos, uma pessoa precisa de transfusão de sangue no país, mas apenas 2% da população tem o hábito de fazer doações. A porcentagem mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 5%.

E você? Já fez a sua doação? Para saber mais, acesse os sites do INCA (Instituto Nacional do Câncer) e do Pró-Sangue.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/doe_sangue_e_ganhe_um_pen_drive

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SOCIEDADE - INTERNET: Entrevista Clay Shirky

“O Google não é a solução” – Levaremos décadas para construir a biblioteca ideal para a era da internet, diz o escritor americano.

QUEM É: Clay Shirky, de 46 anos é professor de jornalismo da Universidade Nova York.
O QUE FAZ: É escritor e conferencista. Estuda a influência cultural dos novos meios de comunicação.
O QUE PUBLICOU: Os livros Here comes everybody (ago como Aí vem todo mundo) e Cognitive surplus (ou Excedente cognitivo), nenhum deles publicados no Brasil.

Peter Moon

O excesso de informação a que somos submetidos é aparente, diz Clay Shirky, professor da escola de jornalismo da Universidade de Nova York. Segundo Shirky, nossa sobrecarga de informação não é recente. Tem anais de 500 anos. Começou com a invenção da imprensa por Gutenberg. Naquela época como hoje, o problema era o excesso de informações, mas a falta de meios eficientes para filtrar e achar o que se busca. Hoje, essa ausência faz as pessoas recorrerem aos celulares, às redes sociais e ao Goolge. Mas isso não resolve. Segundo Shirky, levou décadas para a humanidade aperfeiçoar o modelo de organizar a s informações dos livros em grandes bibliotecas. Agora, com o dilúvio via internet, o desafio é equivalente. Só que numa escala incomparavelmente maior.

ÉPOCA: A era da informação é marcada pelo excesso de notícias a que somos submetidos. Quanto esse excesso começou?
Clay Shirky: Em 1453, com a invenção da imprensa. Deste então, nós sempre estivemos sobrecarregados de informações. Em nenhum momento da história moderna ninguém pôde – por seus próprios meios – dar conta do dilúvio de informações a que foi submetido. Por causa da internet, temos a impressão de que o excesso atual é maior. O problema não é o aumento exponencial na quantidade de informação disponível, mas a falta de meios eficientes para organizar a busca do que se deseja no meio de um oceano de dados.

ÉPOCA: Temos o Google.
Clay Shirky: O buscador do Goolge é a melhor solução encontrada até o momento. Não é a definitiva. Ainda será necessário décadas até descobrirmos um mecanismo digital de busca que seja tão eficiente e confiável como a boa e velha biblioteca. No século XVI, com a explosão de publicações de livros, as pessoas se sentiam afogadas em informação. No começo, os livros impressos eram grandes e caros. Em torno de 1500, os editores italianos reduziram as dimensões dos livros para um formato bem menor. O novo formato permitiu aos leitores carregar livros no bolso e na bolsa. O preço dos livros caiu enquanto as edições e as tiragens aumentaram. Foi aí que o leitor de início do século XVI se viu sobrecarregado de informações. Mesmo os intelectuais ricos não tinham tempo para ler tudo o que era publicado.

ÉPOCA: A solução foi a biblioteca?
Clay Shirky: Sim, mas a idéia da biblioteca teve primeiro que ser resgatada. Na Antiguidade, bibliotecas eram locais para guardar livros e buscar informações. Essa função foi desvirtuada pela Igreja nos 1.000 anos da Idade Média, quando bibliotecas passaram a ser lugares destinados a esconder livros. A reinvenção da biblioteca passou pela criação tanto de um espaço físico para reunir leitores e livros quanto pela invenção de métodos para organizar e guardar livros, de modo a serem rapidamente localizados quando necessário. Todo esse processo levou décadas. É o que acontece hoje. A internet pública tem quase 20 anos. Ainda não surgiu um método definitivo de busca de informações. Hoje, o Google pode ser o mecanismo mais popular, mas não é perfeito nem de uso universal, como a biblioteca tem sido nos últimos 500 anos.
ÉPOCA: O que falta para termos uma biblioteca digital ideal?
Clay Shirky: Nosso problema é o mesmo dos anos 1990. Ainda não contamos com filtros realmente eficientes para pinçar no meio do palheiro digital aquela agulha especifica que buscamos. Levará décadas para aprendermos a gerenciar as informações neste novo mundo digital.


ÉPOCA: Em Excedente cognitivo, você diz que o excesso de informações é benéfico para a liberdade de expressão. Mas o que se vê é o fechamento de jornais e revistas em todo o mundo.
Clay Shirky: A transformação por que passa a imprensa escrita é um processo doloroso e sem volta. Quando surgiu, a imprensa escrita eliminou os antigos folhetins do século XVII. A imprensa escrita mostrou-se um modelo de negócio tão bom que sobreviveu por 200 anos. Esse modelo de negócio sustentado pela venda de publicidade, venda avulsa e assinaturas acabou. Os jornais e as revistas precisam mudar para sobreviver ou desaparecer. O estrago é maior na imprensa local, a dos diários das cidades médias e pequenas e dos jornais de bairro. Nos Estados Unidos, a imprensa local acabou. Ainda não surgiu um substituto para filtrar e levar as notícias aos leitores. Quem assumiu esse papel foi o cidadão, usando o celular, as redes sociais e o Twitter.

ÉPOCA: São ferramentas poderosas. Seu uso mobilizou multidões nas manifestações por democracia nos países árabes. Corremos o risco de censura?
Clay Shirky: A censura já começou. Os governos e as empresas estão apavorados com o poder dos novos meios. Veja o (site) WikiLeaks, que vem vazando milhares de documentos do governo norte-americano. Sua publicação na internet revelou ao mundo como os governos agem. Faltaram ao WikiLeaks os meios para filtrar e organizar aquela montanha de dados. Assim mesmo. Tudo mudou. Compara o WikiLeaks ao Napster, o primeiro serviço de troca de músicas via internet, fechado em 2001 (que abriu caminho para cópia generalizada de música na Internet). O gênio saiu da garrafa.

ÉPOCA: A agilidade da internet e do celular não substitui o bom jornalismo. Prova disso foi a investigação do diário inglês The Guardian, que expôs as práticas ilegais do tablóide News of the World e colocou na berlinda o magnata Rupert Murdoch.
Clay Shirky: O trabalho do The Guardian foi excepcional. É o melhor jornal do mundo. Os caras ficaram quase dez anos em cima da mesma história! E conseguiram o que se pensava impossível. Praticamente colocaram no banco dos réus o até então todo-poderoso dono da News Corp. Foi lindo. Políticos e empresários ingleses morriam de medo de Murdoch. Temiam o poder de seus tablóides, que ele usava para atingir seus objetivos e atacar seus inimigos. Ao ver Murdoch na TV, interrogado no Parlamento inglês, as pessoas perderam o medo. O poder dele acabou. Eu o compara à Microsoft, Em 1998, ela foi processada pelo governo norte-americano por práticas monopolistas. Naquele momento, seus concorrentes perderam o medo. Hoje, a Microsoft ainda é rica. Porém, é irrelevante para a indústria de informática.

Fonte: Revista Época, n.694, 5 set. 2011

JSTOR disponibilizou gratuitamente ao público cerca de 500.000 artigos de mais de 200 revistas.

Este "Early Journal Content" inclui conteúdos no JSTOR publicados antes de 1923 nos Estados Unidos e antes de 1870 fora dos Estados Unidos.
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A pedra com alma: a fascinante história do magnetismo

Publicada em 2005, em inglês, pela editora Wiley VCH, uma das mais importantes do mundo, chega aos leitores brasileiros a edição em português da fascinante história do magnetismo, de Alberto Passos Guimarães.

Com uma narrativa instigante - que toma como ponto de partida o interesse dos antigos gregos pelas forças da atratividade e percorre, até os dias atuais, um longo período que testemunhou o nascimento da ciência e a revolução científica dos séculos XVI e XVII - A pedra com alma: a fascinante história do magnetismo, publicado pela Civilização Brasileira, do grupo editorial Record, já está destinado a preencher uma lacuna na literatura brasileira de divulgação científica.

Com prefácio do ex-ministro Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia, A pedra com alma conduz o leitor pela notável história do magnetismo, abrindo espaço também para uma perspectiva filosófica da ciência. Com maestria e sem abrir mão do rigor científico, Alberto Passos Guimarães apresenta de modo envolvente os acontecimentos que levaram às conexões entre magnetismo e eletricidade, no século XIX, e à compreensão da estrutura da matéria trazida pela mecânica quântica, projetando sua narrativa sobre um pano de fundo de ideias cambiantes sobre a natureza, sobre a possibilidade de adquirir conhecimentos a respeito dela e a melhor estratégia para fazê-lo.

O físico Alberto Passos Guimarães é pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), membro da Academia Brasileira de Ciências e um dos mais respeitados especialistas brasileiros em magnetismo, além de ter uma vasta experiência em divulgação da ciência, adquirida ao longo de 30 anos como colaborador da Revista Ciência Hoje.

O livro A pedra com alma: a fascinante história do magnetismo será lançado no dia 6 de outubro, às 18 horas, na Casa da Ciência (UFRJ), no Rio de Janeiro. Na ocasião, o autor também apresenta a mostra de fotografias Lugares - sua perspectiva dos quatro cantos do mundo.
(Ascom do CBPF)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79558

Ensino de Ciências melhora aprendizagem de alunos no Rio

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro encara um desafio: melhorar os índices de aprendizagem de Ciências para 20 mil alunos de 130 escolas de Ensino Fundamental com avaliação abaixo dos padrões preconizados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na cidade.

Para isso, vem apostando numa parceria com o Instituto Ciência Hoje (ICH) e implantou na cidade o Projeto Ciência Hoje de Apoio à Educação das Crianças, que incorpora atividades científicas no dia a dia de professores alunos e pais.

Como resultado, o aproveitamento médio dos alunos dessas escolas vem se igualando ou superando os índices dos estudantes da rede municipal. "A média das turmas de 5º ano em Ciências se igualou à do restante da rede", revela a secretária de Educação, Cláudia Costin. "Algumas escolas se aprofundaram nas atividades, participam de mostras regionais e vêm superando a média da rede".

Metodologia - O Projeto está no segundo ano de implantação. Nele, os alunos recebem a Ciência Hoje das Crianças, única publicação científica para o público infanto-juvenil. Os professores, por sua vez, participam de uma formação e desenvolvem seu trabalho a partir dos interesses dos alunos e incorporam em suas aulas instrumentos, como estudo de campo, organização de informação no modelo científico e a realização de experimentos na classe, utilizando materiais simples. "Ensinando desta forma, a matéria ficou mais divertida e percebemos que os alunos, além de ficarem mais curiosos, passaram a gostar de Ciências", comenta Michele Madeira, professora da Escola Municipal José Pedro Varela.

O Projeto incorporou neste ano as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como instrumento pedagógico em sala de aula, por meio do portal "Casa de Curioso" (www.casadecurioso.com.br). O portal oferece tutoriais de como editar e divulgar em mídias um experimento científico, incluindo suporte dos formadores do ICH e uma área para os professores postarem as produções com seus alunos. O objetivo é fazer os professores registrarem seus experimentos em sala de aula e os converterem em mídias como vídeo, animação, ilustração e fotonovela.

"Queremos que o professor incorpore a prática experimental as suas aulas e ao mesmo tempo explore e incorpore as TICs ao elaborar o seu portfólio de projeto, substituindo o formato impresso em caderno, pasta ou papel", explica Maria del Carmem Chude, diretora pedagógica do Projeto.

Blog premiado - Em seis meses no ar, o portal conta com mais de 60 experimentos registrados e vários blogues criados por professores. Aline Lobo, do CIEP Barão de Itararé, nunca havia utilizado essas ferramentas e em pouco tempo passou a produzir vídeos de experimentos, postá-los e compartilhá-los por redes sociais. Criou um blogue, pelo qual divide todo o seu processo de ensino e aprendizagem pela web. Detalhe: foi eleito o segundo melhor blog de Educação pelo Prêmio Rioeduca, principal láurea educacional do município.

"É um prêmio muito importante para todos os professores que desejam incorporar essas tecnologias ao seu dia a dia na classe", avalia Aline, que reconhece: "No começo tive um pouco de dificuldade, mas o suporte on-line da formação me ajudou com as dúvidas e me estimulou a superá-las; hoje, termos como experimentos, vídeos, blogues e internet fazem parte da rotina na minha sala de aula", completa.

Beatriz, aluna do 5º ano do CIEP Padre Paulo Corrêa de Sá, aprova a iniciativa: "Fazer experiência científica é muito divertido; além disso, podemos ensinar as pessoas para que elas possam aprender e passar para outras". Fora da classe, os alunos, a partir deste novo enfoque, acabam estimulados a utilizar o conhecimento científico para identificar e solucionar problemas em sua comunidade.

No final deste processo, as crianças relatam o que aprenderam por meio de trabalhos científicos em mostras regionais. Alguns trabalhos são selecionados para uma mostra municipal aberta à comunidade. Em 2011, esta exposição será realizada no Riocentro, no dia 27 de outubro, das 10h às 14h.
(Jornal do Brasil)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79560

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Manto da invisibilidade funciona com efeito miragem

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/10/2011


Cientistas criaram um manto da invisibilidade que foge completamente ao padrão usado até agora para esconder coisas.

Em vez de usar os já tradicionais metamateriais, o grupo do professor Ray Baughman, da Universidade do Texas, tirou proveito do conhecido efeito miragem.

O efeito miragem é observado não apenas em desertos, mas também sobre o asfalto em dias muito quentes.

Esse fenômeno óptico ocorre porque o ar próximo ao solo fica mais quente do que o ar logo acima, criando uma interface que faz com que os raios de luz curvem-se.

Assim, em vez de simplesmente atingir o asfalto, os raios de luz viram e levam a imagem do céu até os olhos do observador, criando a ilusão de que o asfalto está molhado.

Tecido de nanotubos de carbono

Os pesquisadores usaram uma espécie de tecido feito com nanotubos de carbono - na verdade trata-se de um aerogel de nanotubos.

Apesar de terem a mesma densidade do ar, os nanotubos são fortes como o aço e excelentes condutores de calor.

Aplicando uma tensão à folha de nanotubos, os cientistas fazem com que ela se aqueça a temperaturas muito altas.

Ao transferir o calor para o ambiente à sua volta, cria-se um gradiente de temperatura muito íngreme no ar ao redor.

Exatamente como na miragem do asfalto, esse gradiente de temperatura faz com que os raios de luz curvem-se para longe do objeto a ser escondido - que fica por detrás da folha de nanotubos - tornando-o invisível.



Os pesquisadores usaram uma espécie de tecido feito com nanotubos de carbono - na verdade trata-se de um aerogel de nanotubos. [Imagem: Aliev et al.]
Invisibilidade controlável

Sendo acionado por eletricidade, o novo manto da invisibilidade tem, além da maior simplicidade, a vantagem de poder ser ligado e desligado ao toque de um interruptor.

Quando a camuflagem é ligada, gera-se a invisibilidade por meio de um efeito conhecido como deflexão fototermal, ou efeito miragem de feixe único.

"Usando essas folhas de nanotubos, a camuflagem pode ser feita ao longo de todo o espectro óptico (visível) e ligada e desligada à vontade, usando aquecimento elétrico ou pulsos de radiação eletromagnética," diz o Dr. Ali Aliev, responsável pelos experimentos.

Para ele, o experimento mostra a possibilidade de uso das folhas de nanotubos como projetores termoacústicos e em sonares, com o som sendo produzido pelo aquecimento provocado por uma corrente alternada.

Bibliografia:

Mirage effect from thermally modulated transparent carbon nanotube sheets
Ali E Aliev, Yuri N Gartstein, Ray H Baughman
Nanotechnology
03 October 2011
Vol.: 22 Number 43 435704
DOI: 10.1088/0957-4484/22/43/435704+

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=manto-invisibilidade-efeito-miragem&id=010160111004&ebol=sim

Folha artificial produz hidrogênio com luz do Sol

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/10/2011



A folha artificial nem mesmo é verde, mas é uma das maiores esperanças atuais de uma fonte de energia inteiramente renovável e limpa.[Imagem: Dominick Reuter]


Folhas artificiais

Ela não é verde, não cresce e seu comportamento se parece mais com o de uma alga fotossintética.

Mas Daniel Nocera e seus colegas do MIT preferem chamar sua invenção de "folha artificial".

E não apenas eles: a ideia de usar a luz solar para a produção de hidrogênio e outros combustíveis já se estabeleceu na academia como o campo da fotossíntese artificial.

E, como as folhas fazem fotossíntese, qualquer aparato criado nessa área passou a ser conhecido como folha artificial.

Eletrólise com luz solar

A nova folha artificial representa um grande salto em relação aos dispositivos anteriores.

Sem qualquer fio externo e sem necessidade de um circuito de controle, a folha artificial só precisa ser colocada dentro de um recipiente com água e posta à luz do Sol para começar a dividir as moléculas da água e produzir oxigênio e hidrogênio.

A folha artificial é basicamente uma célula solar ligada a materiais catalisadores diferentes colocados nos dois lados de uma fina folha de silício.

A célula solar gera um fluxo de elétrons que é dirigido para uma camada de um catalisador à base de cobalto, que quebra a molécula de oxigênio e libera oxigênio. A descoberta desse catalisador é um dos grandes feitos da equipe do professor Nocera, anunciado em 2008.

O outro lado da folha de silício é coberto com outro catalisador, uma liga de níquel, molibdênio e zinco, que libera o hidrogênio.

Os prótons liberados quando a molécula de água é quebrada são dirigidos para essa face, onde o níquel os ajuda a reunir-se com elétrons para formar o hidrogênio.

Este é um dos grandes diferenciais da nova folha artificial: ela é inteiramente baseada em materiais baratos e abundantes. Outros experimentos do mesmo tipo geralmente utilizam catalisadores extremamente caros, pertencentes ao grupo da platina.



Basta mergulhar a folha artificial na água e colocar tudo ao Sol para que ela comece a produzir oxigênio de um lado e hidrogênio do outro (as pequenas bolhas que "saem" da placa. [Imagem: Sun Catalytix]
Algas fotossintéticas

Nocera afirma que sua folha artificial não precisa nem mesmo ter o formato de uma "folha de silício": ela pode ser construída na forma de minúsculas partículas capazes de quebrar as moléculas da água na qual forem mergulhadas.

Isto faz o sistema se parecer mais com as algas fotossintéticas do que com folhas.

Mas este conceito tem a dificuldade adicional de exigir um sistema para coletar e separar os gases, enquanto a folha de silício pode ela própria servir como uma membrana, produzindo oxigênio e hidrogênio em segmentos diferentes.

Avanços e desafios

Apesar do avanço inegável, ainda há trabalho a ser feito para que a fotossíntese artificial tenha uma utilidade prática.

O maior desafio será aumentar a eficiência da folha artificial: os pesquisadores relataram uma capacidade de converter 2,5% da energia do Sol que incide sobre a folha artificial em hidrogênio. No caso de um protótipo que usa fios - em vez de misturar o catalisador com as células solares - essa eficiência chega aos 4,7%.

Uma célula solar de silício tem uma eficiência ao redor dos 20% - assim, seria mais vantajoso usar a energia elétrica gerada por essas células para fazer a eletrólise da água e produzir mais hidrogênio.

Isto não tira o mérito desse desenvolvimento - as células solares tampouco nasceram com o rendimento que têm hoje - sobretudo a possibilidade de produzir hidrogênio com materiais tão simples.

Futuro energético do planeta está nas folhas artificiais, diz cientista
Bibliografia:

Wireless Solar Water Splitting Using Silicon-Based Semiconductors and Earth-Abundant Catalysts
Steven Y. Reece, Jonathan A. Hamel, Kimberly Sung, Thomas D. Jarvi, Arthur J. Esswein, Joep J. H. Pijpers, Daniel G. Nocera
Science
September 29 2011
Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.1209816

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=folha-artificial-produz-hidrogenio-luz-sol&id=010115111003&ebol=sim

Antena de tecido salva vida de náufragos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/10/2011



A antena é totalmente flexível e lavável, resistindo a quaisquer mergulhos, mesmo em água do mar.[Imagem: ESA-J. Makinen]


Antenas salva-vidas

Qualquer que seja o uso das roupas inteligentes, ou dos chamados e-tecidos, eles vão precisar de antenas para se comunicar.

Em 2009, a agência espacial europeia demonstrou o funcionamento das primeiras antenas de tecido, capazes de fazer comunicações via satélite.

Agora, em parceria com a empresa finlandesa Patria, as antenas de tecido estão estreando no mercado.

O objetivo inicial é que as antenas sejam incorporadas em salva-vidas, enviando sinais de localização sem necessidade de qualquer ação por parte do acidentado - que pode estar impossibilitado de fazer isto.

Busca e salvamento via satélite

Confeccionadas com um material altamente flexível e totalmente resistente à água, a antena foi projetada para se comunicar com o sistema Cospas-Sarsat, um sistema de busca e salvamento via satélite, em operação há quase 30 anos, e responsável pela localização e salvamento de mais de 26.000 vítimas.

Mantido pelo Canadá, França, Rússia e Estados Unidos, o sistema de resgate via satélite opera 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Ele funciona com base em transmissores de um "bip-bip" específico, que são acionados no caso de acidente. Os satélites captam os bip-bips e alertam imediatamente as centrais de resgate.

Os testes com a antena de tecido mostraram que um náufrago usando um salva-vidas com a antena pode ser localizado em poucos minutos.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=antena-de-tecido&id=010110111003&ebol=sim

Brasileiros entram no seleto grupo da tecnologia dos materiais celulares

Com informações do Jornal da Unicamp - 01/10/2011



Um dos primeiros resultados da pesquisa nacional com materiais celulares é um novo espaçador do ventilador do motor de um trator. [Imagem: Antoninho Perri/Unicamp]


Materiais celulares

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) estão entrando em uma área de pesquisas até agora reservada a laboratórios de ponta no Japão e na Alemanha: o desenvolvimento de materiais celulares.

Os materiais celulares são estruturas porosas - os metais celulares, por exemplo, têm apenas 30% do peso dos metais maciços.

Isso os torna promissores para aplicações aeronáuticas e automobilísticas - peças mais leves permitem a redução do peso dos veículos e a utilização de motores menos potentes, menos poluentes e mais econômicos.

Os materiais celulares apresentam ainda elevada capacidade de deformação, o que lhes confere maior absorção de impacto do que os metais convencionais. São ainda atenuadores de vibrações e isolantes acústicos e térmicos, propriedades que ampliam seu espectro de utilização para além da indústria automotiva.

Novos processos e novos materiais

Mas, se são promissores, os materiais celulares pertencem à classe dos chamados novos materiais, o que significa que eles ainda estão em fase de desenvolvimento.

Este é o trabalho a que está se dedicando a equipe da professora Maria Helena Robert, da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp.

O grupo está se dedicando tanto à descoberta de novos processos - formas para fabricar materiais já comprovadamente eficientes - como à descoberta de novos materiais, com estruturas ainda desconhecidas, mas com potencial para utilização industrial.

O grupo procura processos de produção diferenciados dos já conhecidos e que requeiram menores custos de produção e maior flexibilidade de produtos.

Por isso, os pesquisadores brasileiros estão usando o metal na forma pastosa, e não na fase líquida, como convencionalmente se faz, que exige temperaturas mais altas.

Outra inovação adotada em termos de processo é a utilização de cavacos de alumínio (raspas) resultantes da usinagem de componentes fabricados com o metal compacto.

Quanto ao desenvolvimento de novos produtos, o grupo está pesquisando compósitos de baixa densidade, que resultam da mistura de metal e material cerâmico poroso. As ligas resultantes apresentam baixa densidade, alta resistência ao atrito, além de propriedades isolantes térmicas e acústicas.

Esponjas e espumas

A professora Maria Helena lembra que as ligas celulares podem dar origem a espumas e a esponjas.

Nas espumas não há comunicação entre os poros. As esponjas, nas quais os poros são intercomunicáveis, podem ser usadas também como filtros, eletrodos para baterias e nos processos químicos de troca iônica.

Ela enfatiza ainda que a pesquisa apresenta um potencial de aplicação enorme, que vai além das aplicações nas áreas de engenharia, automobilística, aeronáutica, química e de biomateriais.

"Trata-se de um campo relativamente novo no mundo e com aplicações ainda restritas, principalmente aos poucos países que dominam a tecnologia", afirma.

Peça para tratores

Um dos primeiros resultados da pesquisa é um novo espaçador do ventilador do motor de um trator, componente que tem a função de manter uma distância adequada entre o motor e a hélice responsável pela refrigeração. A peça é resultado do trabalho de Francioni Gomes Pinheiro, membro da equipe de Maria Helena.

Para ele, "o mais importante é que desenvolvemos o processo completo para a fabricação da peça real, desde o projeto do molde para tixoinfiltração, as etapas de fabricação, as análises metalúrgicas, os ensaios mecânicos até o teste no motor, ou seja, todas etapas do desenvolvimento de um componente de motor o que não é usual em trabalhos acadêmicos".

A tixoinfiltração, a que o pesquisador se refere, é um processo no qual a liga metálica (geralmente de alumínio), no estado semi-sólido, é injetada sob pressão entre as partículas de um agente bloqueador inerte.

O metal penetra nos espaços entre as partículas - daí o nome bloqueador - que são removidas após a solidificação, gerando poros no produto final ocupados pelo ar.

Uma das vantagens do processo é a possibilidade de obter uma peça próxima à sua forma final, enquanto na fundição convencional o componente bruto necessita de processos de usinagens posteriores para acerto dos detalhes que permitam a montagem do componente no motor.

O pesquisador acredita que, com novos desenvolvimentos, a usinagem poderá ser totalmente eliminada.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=materiais-celulares&id=010170111001&ebol=sim

Como em um helicóptero: Google Maps agora permite sobrevoar rota em 3D

PC World/EUA
03-10-2011
(Christina DesMarais)
Com a nova integração com o Google Earth, o internauta pode pausar o voo e acessar fotos e informações com geolocalização.


O Google Maps incluiu um recurso que permite que o internauta sobrevoe a rota escolhida, como uma animação em 3D da visão de um pássaro, e não importa se você programou o caminho de carro, transporte público ou a pé. O serviço, lançado na última sexta-feira (30/09), adicionou um botão “3D” próximo à caixa de endereços.

Por enquanto, o serviço está disponível apenas nos Estados Unidos e ainda não foram divulgadas informações sobre a chegada no serviço a outros países.

Para usar o recurso, o internauta deve clicar em “Get directions” e inserir seu ponto de partida e destino. Ao pressionar o botão, a visualização 2D do mapa passa para 3D na versão web do Google Earth. O site poderá renderizar elevações como prédios, montanhas e vales enquanto o Google leva você pela rota que programou.

É possível pausar o sobrevoo clicando em qualquer lugar do mapa ou no botão no canto inferior esquerdo da tela. Enquanto a imagem estiver pausada, o usuário pode explorar os arredores do local em 3D clicando e arrastando o mapa.

Por exemplo, é possível dar um tempo no seu passeio de helicóptero e clicar em fotos, vídeos do Youtube ou até mesmo artigos da Wikipedia com geolocalização durante a sua rota. Para retomar a “viagem”, basta clicar no botão inferior esquerdo da tela novamente.

Veja as fotos no blog do Google de um passeio na Califórnia.

fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/10/03/como-em-um-helicoptero-google-maps-agora-permite-sobrevoar-rota-em-3d/

Rede social de ciência completa 20 anos

ArXiv, plataforma que surgiu para debater física, ganha cada vez mais espaço e já tem mil novos artigos por mês.

O físico Nikodem Poplawski, da Universidade de Indiana, EUA, defende que um enorme buraco negro teria dado origem ao Universo. Boa parte dos trabalhos em que ele descreve sua teoria não está em revistas científicas, mas no ArXiv (http://arxiv.org), um tipo de rede social para debates científicos que está fazendo 20 anos.

O "Facebook da ciência" surgiu como um espaço de interação para físicos que trabalhavam com alta energia. "A ideia era simplificar o intercâmbio dos manuscritos inéditos entre pesquisadores", explicou o físico Paul Ginsparg, criador do ArXiv, em uma "Nature" de agosto.

Hoje, o ArXiv tem mais de 700 mil artigos publicados em áreas como física, matemática e estatística. São cerca de mil artigos depositados por mês -o dobro da média mensal de 2005. E aproximadamente 400 mil usuários fazem download dos textos por semana.

Os artigos do ArXiv são prévias de textos aprovados por revistas científicas (os "pre-prints") ou estudos que aguardam aprovação. Mas a repercussão é bem maior. De acordo com Poplawski, seus trabalhos publicados no ArXiv (são 38 até agora) tiveram muito mais "barulho". "Recebo muitos e-mails de cientistas interessados no meu trabalho, inclusive com críticas e comentários", diz.

Mais ágil - Os textos do ArXiv são gratuitos, publicados assim que o autor os posta e podem ser debatidos sem restrições. "Em áreas experimentais, como a física, a publicação no ArXiv funciona bem e é mais ágil", diz Poplawski. Nas revistas científicas, a aprovação de um artigo pode levar até dois anos, desde o recebimento do texto.

Além da agilidade, o acesso livre aos trabalhos é um dos grandes atrativos. Para o físico Piotr Trzesniak, da Universidade Federal de Itajubá, defensor do acesso livre, o ArXiv ganhou força também por causa dos preços exorbitantes das revistas científicas.

Quando o sistema surgiu, uma assinatura anual de uma revista custava, em média, o preço de um carro popular. "As editoras comerciais foram se apossando dos meios de transmitir e difundir a informação científica", diz.

O movimento ArXiv, no entanto, ainda não chegou a outras áreas, como as ciências humanas e biológicas. "Não sei se chegará. Os cientistas preferem ler um artigo que tenha passado por peer-review [revisão de pares], a terem que eles próprios de fazer uma seleção numa base livre", explica Rogério Meneghini, coordenador científico do projeto SciELO.

No Brasil, o SciELO (www.scielo.br), plataforma que tem cerca de 230 revistas científicas nacionais e estrangeiras com acesso aberto, é o mais próximo do ArXiv. Mas o modelo de submissão de artigos é o "tradicional", com revisão por pares.
(Folha de São Paulo)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79534