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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Guia do HPV já está disponível na internet



Obra editada por especialistas do Instituto do HPV traz informações sobre as doenças causadas pelo vírus, meios de prevenção e de diagnóstico

Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Camisinha impede totalmente o contágio pelo papilomavírus humano (HPV)? Quais as doenças que o HPV pode causar? Existe cura? Como diagnosticar a infecção? Para responder a essas e a outras dúvidas muito comuns na população acaba de ser lançado o Guia do HPV.
A obra foi editada por especialistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças Associadas ao Papilomavírus (INCT-HPV), – financiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – e coordenada por Luisa Lina Villa, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Villa conta que os textos foram originalmente reunidos para servirem de material de consulta para jornalistas que participaram de um workshop promovido pelo Instituto do HPV em junho, na Santa Casa de São Paulo.
“Agora estamos dando uma divulgação mais ampla, pois essas informações podem ser úteis para outros grupos, principalmente estudantes de pós-graduação, graduação e nível médio. Pode ainda auxiliar os pais a entender como agem as vacinas e quais são as outras formas de prevenção existentes, já que a imunização ainda não está disponível na rede pública”, disse.
Segundo a pesquisadora, o primeiro passo para se proteger é conhecer as doenças causadas pelo HPV. Entre os mais de 100 tipos diferentes do vírus, de 30 a 40 podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando doenças como verrugas genitais, cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis. Além disso, provocam tumores benignos e malignos na garganta.
“Muitas vezes a infecção é assintomática e as pessoas nem ficam sabendo que estão contaminadas, mas podem transmitir o vírus. Muitos também confundem o HPV com o vírus da hepatite ou com o HIV”, afirmou.
Apesar da desinformação ainda ser grande, a infecção por HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum. Estima-se que existam 600 milhões de pessoas infectadas no planeta. Entre 75% e 80% da população adquire um ou mais tipos de HPV em algum momento da vida.
O vírus se instala na pele ou em mucosas. Em qualquer tipo de contato com a área genital de uma pessoa infectada pode ocorrer a transmissão. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se também pelo contato com mão, pele, objetos, toalhas, roupas íntimas e até pelo vaso sanitário. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões.
Mais informações no site www.incthpv.org.br/default.aspx 

Cartucho jato de tinta inspirado no olho humano nunca entope


Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/07/2012

Impressora jato de tinta inspirada no olho humano nunca entope
O mecanismo é semelhante à película finíssima de óleo que impede a camada de lágrimas de se evaporar do olho. O que é feito pelo piscar em nosso olho, é feito por uma corrente elétrica no cartucho antientupimentos. [Imagem: Almeida/Kwon/JMS]
Limpeza de cartucho
Uma nova tecnologia inspirada no olho humano promete acabar para sempre com os entupimentos dos cartuchos das impressoras jato de tinta.
Para limpar os bicos entupidos, a maioria das impressoras usa um "disparo" de tinta fresca para romper a crosta de tinta seca que se forma quando a máquina não é utilizada constantemente.
Ao longo do tempo, esta operação de limpeza desperdiça uma grande quantidade da tinta, reduzindo a vida útil dos caríssimos cartuchos - sem contar que, algumas vezes, a operação de desentupimento não tem sucesso, e então o cartucho é perdido de vez.
A nova tecnologia elimina o desperdício ao dispensar o esguicho de tinta.
Cartucho que pisca
A invenção utiliza uma gotícula de óleo de silicone para cobrir a abertura de cada um dos bocais de saída de tinta quando eles não estão em uso.
O mecanismo é semelhante à película finíssima de óleo que impede a camada de lágrimas de se evaporar do olho. Quando piscamos, as pálpebras espalham e uniformizam essa película de óleo sobre a camada de lágrimas.
Contudo, na escala minúscula de cada um dos bocais de jato de tinta - que disparam picolitros de tinta -, obturadores mecânicos que tentassem imitar as pálpebras não iriam funcionar, porque eles ficariam presos no lugar pela tensão superficial.
Riberet Almeida e Jae Wan Kwon, da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, tiveram uma ideia melhor - eles criaram uma "piscada elétrica".
Em vez de um dispositivo mecânico, uma gotícula de silicone é movida para cima e para fora do bocal por um campo elétrico. A coordenação precisa dos movimentos garante que o "olho da impressora" estará sempre aberto quando necessário, mas sempre protegido quando fora de uso.
"O olho e um bocal de cartucho de jato de tinta têm um problema em comum: eles precisam permanecer abertos, mas não podem secar. Nós usamos a biomimética, a imitação da natureza, para resolver um problema humano," disse Kwon.
Impressoras 3D que não entopem
A tecnologia poderá ter outros usos, além das tradicionais impressoras jato de tinta.
"Outros equipamentos de impressão utilizam mecanismos semelhantes às impressoras jato de tinta," explica Kwon.
O pesquisador refere-se sobretudo aos equipamentos de prototipagem rápida efabricação aditiva.
Inicialmente utilizados por engenheiros e projetistas, eles hoje já permitem a fabricação de aviõesimplantes médicosossos artificiais e até robôs.
Essas chamadas impressoras 3D disparam correntes de plástico líquido através de bicos, em um sistema similar ao de uma impressora jato de tinta.
O líquido é espesso e pegajoso, inviabilizando até mesmo o sistema de "disparo" de gotas para limpeza. Quando entopem, o jeito é substituir o bico. Um bico que saiba "piscar", usando a nova tecnologia, poderá durar muito mais.
Bibliografia:

Nonvolatile Liquid-Film-Embedded Microfluidic Valve for Microscopic Evaporation Control Without Stiction Problem at Liquid-Air Interfaces
Riberet Almeida, Jae Wan Kwon
Journal of Microelectromechanical Systems
Vol.: Accepted for publication

Vaso sanitário inovador transforma dejetos em adubo e combustível



Bangcoc, 19 jul (EFE).- Um grupo de cientistas de Cingapura criou um vaso sanitário ecológico que transforma a urina e as fezes em adubo e combustível através de um sistema que ainda economiza até 90% de água.
Os pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang anunciaram que o protótipo do No-Mix Vacuum começará a ser utilizado em 2013 nos banheiros da instituição acadêmica de Cingapura, um dos países mais desenvolvidos da Ásia.
"A Universidade está produzindo seu próprio vaso sanitário para o ano que vem. Várias companhias, incluindo imobiliárias e até um parque temático já mostraram interesse no sistema de evacuação desde que foi anunciado (no final de junho)", contou à Agência Efe Lester Kok, do Departamento de Comunicação do centro.
O vaso ecológico é equipado com dois recipientes que recolhem separadamente os dejetos líquidos e sólidos, além de um sistema de sucção similar ao utilizado em aviões.

A urina é transportada a uma câmara onde se decompõe em nitrogênio, fósforo e potássio, utilizados como adubo, enquanto os excrementos chegam a um biorreator que os processa e transforma em biocombustível de metano.
O gás metano é inodoro e pode ser utilizado para substituir o gás natural no fogão e ainda pode ser empregado como gerador de eletricidade.
"O sistema No-Mix Vacuum não exige que o vaso sanitário esteja conectado aos encanamentos da rede de hidráulica e ao esgoto", explicou Kok.
O vaso sanitário usa apenas 200 ml de água para evacuar a urina e um litro para os dejetos, o que representa 90% de economia em relação ao sistema convencional, que utiliza de quatro a seis litros a cada vez.
Com uma média de cem usos por dia, o banheiro idealizado pelos pesquisadores de Cingapura utiliza 160 mil litros a menos em um ano, suficiente para encher uma piscina de 160 metros cúbicos.
Vaso sanitário ecológico que transforma a urina e as fezes em fertilizante e combustível.O professor Wang Jing-Yuan, diretor do projeto, afirma que o sistema que leva o material, que também transforma as sobras de comida e outros resíduos orgânicos em fertilizante e energia, representa um método de reciclagem mais eficiente e barato, já que realiza esse processo de forma automática.
"Separando os dejetos humanos domésticos e processando-os in situ, economizaremos a verba dos processos tradicionais de reciclagem, já que o sistema inovador utiliza um método mais simples e barato para produzir fertilizantes e combustível", defende Wang, doutor em tecnologia ambiental pela Universidade da Carolina do Norte (Estados Unidos).
A universidade singapuriana negocia agora com as autoridades da cidade-Estado a instalação de protótipos nas casas de uma área residencial que se planeja construir e acredita que cidadãos de outros países possam adotar os banheiros ecológicos nos próximos três anos.
Segundo os pesquisadores, o sistema também foi pensado para hotéis e construções afastadas que não contam com rede hidráulica e saneamento e precisam de certa autonomia.
O dispositivo No-Mix Vacuum faz parte de um programa iniciado há dois anos com um financiamento de dez milhões de dólares singapurianos, (cerca de US$ 7,8 milhões), concedido pela Fundação Nacional de Pesquisa de Cingapura.
A Universidade Tecnológica de Nanyang apresentou o projeto na feira de ciência e tecnologia WasteMet Asia 2012 em 4 de julho em Cingapura e assinou um acordo de colaboração com o Centro de Engenharia da Terra da Universidade de Colúmbia (Estados Unidos). EFE

MEC quer definir novos critérios para carreira de professores de institutos federais




 
Governo diz que reajuste proposto será acima da inflação para todos os níveis até 2015. Greve continua.

O Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) vão formar um grupo de trabalho para formular uma nova proposta de ascensão para a carreira dos professores dos institutos federais. A categoria está em greve há um mês, junto com os professores das universidades federais.

De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, que se reuniu na tarde de ontem (18) com os reitores dos institutos federais, os docentes dessas instituições têm um perfil de formação diferenciado. Ao contrário do corpo docente das universidades federais, em que pelo menos dois terços têm doutorado, nos institutos os profissionais têm uma formação mais técnica. Por isso o grupo de trabalho vai definir quais serão os critérios para progressão na carreira que não levem em conta apenas os títulos.

"Uma parcela importante do corpo docente dos institutos tem especialização ou um profundo conhecimento tecnológico não associado à titulação. Essas especificidades precisam ser observadas", disse o ministro. A proposta deverá ser apresentada no prazo de 60 dias.

A reestruturação da carreira é uma das reivindicações dos profissionais em greve. Além disso, a categoria quer a criação de um piso para os professores de R$ 2,4 mil e a promoção imediata de concurso público para acompanhar a expansão da rede federal de educação profissional.

Greve - O Ministério do Planejamento informou ontem (18) que a proposta de reajuste dos professores univesitários oferecida pelo governo federal na última sexta-feira (13) proporciona a todos os docentes ganhos salariais acima da inflação até 2015. Os professores dizem que a inflação vai corroer o salário até 2015.
Em nota divulgada à imprensa, o Planejamento disse que mantém a política de valorização de carreira, iniciada em 2003, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Desde este período, os professores vêm recebendo aumentos reais de salário, recompondo as perdas de vencimentos acumuladas em décadas passadas".

O órgão apresentou a remuneração dos servidores em dezembro de 2002 e como ficaria caso aceitassem a proposta do governo. No caso dos docentes com dedicação exclusiva e doutorado, o salário inicial era R$ 2.436. Com o reajuste proposto passaria para R$ 8.439 em 2015. Ao atingir o topo da carreira, a renda seria de R$ 17.057. Aumento real (descontado a inflação) de 56,82% no salário final, segundo o Planejamento.

No entanto, ainda segundo a tabela publicada, os professores com mestrado e em regime de 40 horas semanais terão aumento real de apenas 0,55% no salário final, em 2015. A remuneração chegaria a R$ 5,502. Em 2002, a renda era de R$ 2,574.

Os representantes da categoria reclamam que a proposta do governo beneficia apenas os docentes em topo de carreira. Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não atende às reivindicações da categoria.

"A proposta do jeito que está não contempla nossas reivindicações, que é a reestruturação da carreira, considerando uma carreira atrativa para todos os níveis. Do jeito que está não contempla desde o professor graduado até o professor com doutorado".

Os cálculos do Planejamento descontam a inflação do período, considerando índices estimados de 4,7% em 2012 e 4,5% em 2013, 2014 e 2015. O impacto fiscal da oferta do governo aos professores de universidades federais será de R$ 3,9 bilhões nos próximos três anos.

A próxima reunião entre representantes dos professores e do governo federal está agendada para dia 23 de julho. Até lá, a greve, que dura dois meses, continua.

Segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.
(Agência Brasil)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Disco rígido que dura 1 milhão de anos


A fiabilidade dos discos rígidos pode ser um problema, mas não para este modelo criado por um grupo de cientistas para durar.

13/07/2012 18:18:47
De acordo com a Science, Patrick Charton, da agência Francesa responsável por gerir os desperdícios nucleares (ANDRA) apresentou uma solução para o problema de armazenar informação a muito longo prazo: um disco de safira, no qual a informação é gravada recorrendo a platina.
O protótipo custa 25 mil euros para fazer, mas Charton diz que é capaz de sobreviver um milhão de anos. O objetivo é fornecer informação aos futuros arqueólogos. Todavia, diz: “Não faço qualquer ideia sobre em que linguagem escrever”.
Segundo a Science, a maioria dos países com centrais de energia nuclear concorda que a solução para lidar com o lixo nuclear que tem de ser enterrado é encontrar uma solução para a questão da informação. É necessário criar uma forma de fazer a informação sobreviver durante longos períodos de tempo.
A ANDRA iniciou um projeto em 2010 para resolver estes problemas. Para tal, reuniu especialistas de vários campos de especialidades, incluindo cientistas de materiais, arquivistas, arqueólogos, antropologistas, linguistas e até artistas.
O disco de safira é um dos produtos que resulta deste esforço. É feito de dois discos finos de safira industrial, com 20 centímetros de diâmetro. Num dos lados, gravam-se imagens com platina (até 40 mil imagens em miniatura), e depois fundem-se os dois discos.


Ler mais: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2012/07/13/disco-rigido-que-dura-1-milhao-de-anos#ixzz211yTXe7A

Aparelho de baixo custo controla computador com os olhos


Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/07/2012

Aparelho de baixo custo controla computador com os olhos
Mesmo depois de um "banho de design", o aparelho poderá chegar ao mercado por uma fração do custo das versões atualmente disponíveis. [Imagem: Abbott/Faisal/JNE]
Sem as mãos
Implantes neuraisinterfaces cérebro-máquina e sensores já permitem controlar computadores, próteses e até robôs, apenas com o pensamento.
A maioria, contudo, ainda está em estágio de pesquisas, disponíveis apenas para laboratórios - os poucos disponíveis têm baixa resolução e ainda são equipamentos caros.
Mas isso está prestes a mudar, graças ao trabalho de dois engenheiros do Imperial College, de Londres.
William Abbot e Aldo Faisal construíram um equipamento capaz de controlar um computador apenas com os olhos a um custo de cerca de US$60 (R$125,00).
Segundo eles, a tecnologia logo estará disponível para pessoas com diversos tipos de deficiências, incluindo pacientes de esclerose múltipla, Parkinson, distrofia muscular, lesões na medula espinhal ou amputados.
Controle do computador com os olhos
Fabricado com equipamentos comprados no comércio, o aparelho monitora com exatidão o movimento dos olhos, permitindo o controle de um cursor na tela exatamente como um mouse.
Com um consumo inferior a 1 watt, o aparelho, batizado de GT3D, pode transmitir os dados para qualquer computador rodando Windows ou Linux, conectado a uma porta USB ou por meio de uma conexão Wi-Fi.
Na demonstração, os pesquisadores permitiram que voluntários, sem nenhum treinamento, usassem o equipamento para brincar de Pong, usando apenas os olhos.
O sistema é composto por duas câmeras de baixo custo montadas sobre um par de óculos.
As câmeras capturam continuamente a imagens dos olhos, enquanto um programa processa as imagens e determina o movimento da pupila.
Esse movimento faz as vezes do mouse, controlando o cursor na tela. O clique é feito por um movimento especial do olho, que pode ser calibrado no software.
Profundidade do olhar
O programa de controle já alcançou uma precisão suficiente para determinar a "profundidade do olhar" - ele determina se o usuário está focando o olhar mais próximo ou mais distante.
Embora ainda não tenham tirado proveito dessa capacidade na versão atual do GT3D, os pesquisadores afirmam que isso poderá permitir o controle de cadeiras de rodas ou próteses robotizadas.
Nesses casos, bastará que o usuário focalize o olhar no ponto para onde deseja se deslocar, ou onde quer colocar a mão, por exemplo.
Bibliografia:

Ultra-low-cost 3D gaze estimation: an intuitive high information throughput compliment to direct brain-machine interfaces
William W. Abbott, Aldo A. Faisal
Journal of Neural Engineering
Vol.: 9 046016
DOI: 10.1088/1741-2560/9/4/046016

Farol inteligente deixa chuva invisível


Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/07/2012

Farol inteligente deixa chuva invisível
Outro benefício do farol inteligente é que a câmera poderá detectar os veículos vindo em sentido contrário, eliminando os raios de luz que se dirigem na direção dos olhos do outro motorista. [Imagem: Narasimhan Lab/CMU]
Se dirigir à noite já apresenta sérias dificuldades de visibilidade, dirigir à noite com chuva pode ser um desafio.
Em vez de iluminar a estrada, a luz dos faróis dispersa-se ao atingir as gotas de chuva e a água no asfalto - pior do que isso, só quando vem outro carro em sentido contrário.
Mas uma solução está a caminho.
Farol inteligente
Engenheiros da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de redirecionar continuamente a luz dos faróis, para que os raios de luz passem entre as gotas de chuva, evitando grande parte da reflexão.
"Se você estiver dirigindo sob uma tempestade, os faróis inteligentes farão com que ela pareça uma garoa," garante o Dr. Srinivasa Narasimhan.
O mais interessante é que o Dr. Narasimhan descobriu como contornar as gotas de chuva quando ele desenvolvia uma tecnologia para projetar imagens em cortinas de água.
Descoberto como acertar as gotas, desviar delas foi uma questão de inverter o raciocínio e o funcionamento do equipamento.
Farol antichuva
O farol inteligente usa uma câmera para rastrear o movimento das gotas de chuva, ou dos flocos de neve.
As imagens são processadas continuamente por um algoritmo que prevê onde cada uma das gotas estará apenas uns poucos milissegundos mais tarde.
Farol inteligente deixa chuva invisível
À esquerda, a chuva simulada iluminada por um farol normal; à direita, uma precipitação idêntica, iluminada pelo farol antichuva. [Imagem: Narasimhan Lab/CMU]
O sistema de farol inteligente antichuva então ajusta-se rapidamente em resposta a esses cálculos, desativando os feixes de luz que incidiriam sobre as gotas de chuva ou flocos de neve nas suas novas posições previstas.
"Um olho humano não é capaz de ver o piscar dos faróis," garante Narasimhan. "E como as partículas em precipitação não são iluminadas, o motorista nem mesmo verá a chuva ou a neve."
Para o olho humano, as gotas de chuva parecem linhas alongadas de água caindo em direção ao chão. Mas, para uma câmera infravermelha, elas são gotas bem pequenas e independentes, com um bocado de espaço entre elas.
Assim, segundo o pesquisador, o sistema nem mesmo precisa ser tão rápido para conseguir redirecionar os feixes de luz para os espaços vazios.
Chuva invisível
Nos testes em laboratório, o protótipo do sistema conseguiu prever a posição das gotas de chuva e ajustar o farol em 13 milissegundos.
Extrapolando esses resultados, prevê-se que, em um veículo em baixa velocidade, o sistema irá eliminar até 80% da chuva visível durante uma tempestade muito forte, ao custo de 5 a 6% de perda da iluminação do farol.
Os cientistas calculam que, para ser útil nas velocidades reais com que os carros trafegam em uma rodovia será necessário aprimorar o sistema até que ele alcance por volta de 5 milissegundos.
Eles já estão trabalhando nisso, assim como na construção de um dispositivo compacto, que possa ser instalado em um carro para testes reais.
Luz baixa automática
Outro benefício do sistema é que a câmera poderá detectar os veículos vindo em sentido contrário, eliminando os raios de luz que se dirigem na direção dos olhos do outro motorista.
Isso acabará com a necessidade de ficar alternando entre luz alta e luz baixa.
"Outra coisa boa desse sistema é que ele nunca falhará de forma catastrófica. Se tudo parar de funcionar, ele continuará sendo um farol normal," disse Narasimhan.

Cerebelo artificial humaniza movimentos de robô


Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/07/2012

Cerebelo artificial humaniza movimentos de robô
Depois de aprender seus movimentos iniciais em um robô construído no laboratório da universidade, o cerebelo artificial agora será transplantado para um robô industrial estado-da-arte. [Imagem: Niceto R. Luque]
Cerebelo de robô
Pesquisadores espanhóis desenvolveram um cerebelo artificial que controla um braço robótico com uma precisão quase humana.
O cerebelo é a parte do cérebro humano que controla o sistema locomotor e coordena os movimentos do corpo.
É verdade que robôs podem ser muito mais rápidos e muitíssimo mais precisos do que uma mão humana.
Contudo, se isso é uma vantagem para robôs industriais, manipulando peças em alta velocidade, torna-se um problema para robôs que devem interagir diretamente com trabalhadores humanos.
Simulador neural
As técnicas de alta velocidade usadas nos robôs industriais, ao requererem forças intensas, tornam-se perigosas para os seres humanos; e por consumirem muita energia, são inadequadas para robôs móveis ou autônomos.
Isso levou Niceto Luque e seus colegas da Universidade de Granada a desenvolverem um cerebelo virtual, um simulador neural que controla o robô, não por instruções detalhadas e rígidas, mas por um sistema de aprendizado e adaptação.
Além de armazenar suas "leituras sensoriais", o sistema adapta-se a correções, em vez de simplesmente travar, como acontece com circuitos eletrônicos comuns.
Cerebelo artificial humaniza movimentos de robô
Modelo que serviu de inspiração para o desenvolvimento do simulador neural, que está disponível no endereço http://code.google.com/p/edlut. [Imagem: Luque et al./IJNS]
"Além disso, ele grava os comandos motores para prever a ação ou o movimento a ser realizado pelo braço robótico," diz o pesquisador.
Em outras palavras, o robô dotado do cerebelo artificial aprende automaticamente conforme ele vai manipulando diferentes objetos.
É possível também dizer a ele "Vá daqui até lá" e ele se vira para encontrar a melhor forma de fazer isso, sem tropeçar em seus colegas.
Transplante virtual
O controle tradicional de robôs industriaisexige a inserção de comandos precisos para cada movimento.
Os problemas aparecem quando um trabalhador surge repentinamente na frente do robô.
Segundo o pesquisador, a adaptabilidade a condições variáveis propiciada pelo simulador neural dá ao robô condições ideais para a interação com seres humanos trabalhando lado a lado com ele em uma fábrica.
Depois de aprender seus movimentos iniciais em um robô construído no laboratório da universidade, o cerebelo artificial agora será transplantado para um robô industrial estado-da-arte.
Bibliografia:

From sensors to spikes: evolving receptive fields to enhance sensorimotor information in a robot-arm
Niceto R. Luque, Jesús A. Garrido, Jarno Ralli, Juanlu J. Laredo, Eduardo Ros
International Journal of Neural Systems
Vol.: Accepted: 01 June 2012

Brasileiros desenvolvem queima de cerâmica em forno de micro-ondas



Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/07/2012
Ao ouvir falar de uma cerâmica, a maioria das pessoas logo se lembra de uma indústria com jeitão pré-industrial, com uma enorme chaminé.
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão trabalhando para mudar essa paisagem.
Cerâmica em micro-ondas
Ruth Kiminami e seus colegas querem levar para as cerâmicas uma tecnologia já bem conhecida das donas de casa: o forno de micro-ondas.
As pesquisas mostram que a monoqueima de porcelanas esmaltadas neste tipo de forno apresenta perfeita adesão do esmalte, densidade aparente e resistência mecânica igual às obtidas pelo processo convencional.
E não se trata apenas de igualar a tecnologia secular: há um enorme ganho de tempo e energia.
O método convencional, chamado biqueima, utiliza mais tempo e energia porque depende da queima do corpo cerâmico sem esmalte, numa primeira fase, e de uma nova queima, depois que o material passa por um processo de esmaltação.
Com esse procedimento em fases o processo de produção leva no mínimo 18 horas.
No forno de micro-ondas a queima da cerâmica é feita em apenas 24 minutos.
Porcelanas
A pesquisadora acredita que o avanço e a disseminação da técnica de queima cerâmica em forno de micro-ondas podem ter enorme impacto em uma indústria caracterizada por pequenas e médias empresas.
A adoção da monoqueima em micro-ondas seria um processo inovador para a produção de cerâmicas, sobretudo para a produção de porcelanas.

Governo anuncia plano de navegação gratuita em celulares


Páginas com o domínio 0800.br poderiam ser acessadas mesmo por quem não tem plano de dados. Operadoras arcariam com os custos

12 de Julho de 2012 | 14:30h
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Reprodução
Celular em sala de aula
O Ministério das Comunicações anunciou nesta quinta-feira, 12, um projeto que possibilitaria o acesso gratuito de páginas da internet em celulares.

O governo espera criar um domínio específico – 0800.br – que permitira o acesso a algumas páginas da web mesmo para a pessoa que não paga um plano de dados. Os gastos do programa seriam revertidos para as próprias operadoras. As páginas governamentais gratuitas trarão informações como vagas de emprego, agenda cultural, horários do transporte público, informações sobre vagas públicas e também algumas notícias de relevância geral.

80 pessoas da cidade de São Sebastião, próxima à capital Brasília, começarão a testar um modelo do serviço no próximo sábado (14).

A iniciativa foi criada em parceria entre o governo federal e o governo estadual do Distrito Federal, e conta com a parceria das operadoras Vivo, Tim, Claro e Oi.