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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Luva controlada por computador leva usuário pela mão


Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/10/2012

Luva controlada por computador leva usuário pela mão
É como se a mão estivesse sendo puxada em direção ao alvo.[Imagem: Lehtinen et al.]
Luva robótica
Controlar computadores com as mãos não é mais novidade desde a chegada do Kinect, que logo estará sendo usado até para controlar satélites no espaço.
Mas uma equipe de pesquisadores alemães e finlandeses decidiu inverter o processo.
Ville Lehtinen e seus colegas criaram uma luva que é controlada remotamente pelo computador.
Isso permite que o usuário da luva tenha sua mão guiada para um objeto de interesse.
Segundo a equipe, a luva controlada remotamente terá grande utilidade para ajudar as pessoas a encontrarem objetos em ambientes visualmente complexos, como bibliotecas ou prateleiras de supermercados.
Puxando a mão
A luva háptica usa vibrações sobre as diversas partes da mão para guiar o usuário na direção do objeto, sem que este precise ficar procurando visualmente pelo item de seu interesse.
A busca visual por um objeto pode ser muito frustrante porque a capacidade de reconhecimento de padrões dos humanos reduz a tarefa a uma busca serial quando os diversos itens são muito parecidos - a saída é olhar um por um e testar "É este que quero?" a cada fixação do olhar.
"A vantagem de dirigir a mão por meio de impulsos táteis é que o usuário pode interpretá-los facilmente em relação ao seu campo visual. Isso oferece uma experiência muito intuitiva, como se a mão estivesse sendo puxada em direção ao alvo," disse Lehtinen.
Apontando o dedo
São quatro atuadores vibrotáteis na luva e, sem surpresa, um Kinect para rastrear a posição da mão no espaço 3D e acionar os comandos para "puxar" a mão do usuário rumo ao destino.
Nos testes conduzidos em laboratório, um usuário com a luva localizou os objetos três vezes mais rápido do que usuários sem a luva.
Além de ajudar a encontrar produtos em prateleiras, a tecnologia poderá ser muito útil para os deficientes visuais.
Todos os componentes usados no experimento foram comprados no comércio, o que torna a tecnologia muito próxima do mercado, bastando que um empresário de visão saiba apontar o dedo para o nicho de mercado mais promissor.

Manganês torna aço mais forte e mais leve


Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/10/2012

Manganês torna aço mais forte e mais leve
A primeira linha de produção do novo aço-manganês está sendo construída por uma empresa alemã.[Imagem: Salzgitter]
Aço verde
Mesmo sendo a base de toda a indústria atual, a imagem do aço não mudou muito ao longo das últimas décadas.
Ele continua sendo forte e durável, mas também é pesado e difícil de conformar, gerando produtos - carros, por exemplo - que poderiam ser mais leves e mais ambientalmente amigáveis.
A solução pode estar a caminho, segundo resultados anunciados por pesquisadores de várias universidades europeias, reunidos no projeto PROMS.
O grupo afirma ter produzido um novo tipo de aço que é mais leve, mais dúctil e ultraforte, em comparação com os aços tradicionais.
A chave da inovação está em um processo que permite a fabricação de aços com alto teor de manganês.
Liga de aço-manganês
A maioria dos aços contém até 1,2% de manganês, enquanto as chamadas ligas de aço-manganês, ou ferro-manganês, têm cerca de 13% de manganês.
O novo aço tem um teor de até 25% de manganês - essencialmente uma liga de ferro-manganês.
O aço, tanto o novo quanto os atuais, têm frações percentuais de outros elementos, como silício, níquel, cromo, alumínio, molibdênio e cobre - o percentual de cada um varia conforme a aplicação.
O problema de fabricar aços com alto teor de manganês é que o percentual desses outros elementos precisa ser ajustado com muita precisão para que o metal final não perca suas qualidades.
Os pesquisadores logo viram que a indústria ainda não faz isso porque o processo atual de fabricação do aço não permite.
Novo processo de fabricação de aço
O jeito foi inventar um processo novo.
"Esse aço de alta resistência não pode ser fabricado pelo sistema de lingotamento contínuo convencional," explica Karl-Heinz Spitzer, da Universidade Clausthal de Tecnologia, na Alemanha.
"Ele precisa de novas tecnologias de produção. O projeto mostrou que, com a combinação correta de elementos, a produção em massa de aços com alto teor de manganês é possível usando tanto a rota de altos-fornos quanto a rota de forno de arco voltaico," completou.
Para demonstrar isso, a equipe contou com a participação da siderúrgica Salzgitter, que aceitou o desafio de construir a primeira linha de produção do novo aço-manganês.
Segundo a empresa, como o novo aço precisa ser fabricado em lâminas mais finas - 8 a 15 milímetros (mm), contra 200 a 250 mm do aço convencional - o processo economiza até 75% de energia.
Aços leves
Aços mais resistentes são particularmente interessantes para a indústria automobilística, permitindo reduzir o peso dos carros e, em decorrência, seu consumo de combustível.
Outras áreas onde esses aços superfortes podem ser usados incluem as termoelétricas, onde eles resistem mais à oxidação e à corrosão, sem perder a ductilidade.
"Há uma ampla gama de aplicações industriais onde esses aços de alta resistência poderão ser usados," resume Spitzer.

Mundo quântico funde-se apenas parcialmente


Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/10/2012

Mundo quântico funde-se apenas parcialmente
Nuvens de átomos ultrafrios (vermelho) foram criadas dentro de um chip quântico (em cima). Sua interferência cria um padrão ordenado de interferência matéria-onda (embaixo).[Imagem: Vienna University of Technology]
Equilíbrio termal
Coloque um cubo de gelo em uma vasilha de água quente e ele perderá a estabilidade, fundindo-se totalmente.
As moléculas do gelo e as moléculas da água vão atingir um equilíbrio termal, atingindo a mesma temperatura, e não será mais possível identificar umas e outras.
É assim que um cristal sólido bem ordenado acaba na forma de um líquido totalmente desordenado.
Big Bang e computadores quânticos
No mundo quântico, porém, essa transição para um equilíbrio termal é mais interessante e bem mais complicada do que os cientistas acreditavam até agora.
Entre o estado ordenado inicial e o estado amorfo final, emerge algo que está sendo chamado de "estado intermediário quase estacionário".
É uma espécie de pré-termalização, onde sinais muito claros dos estados iniciais perduram por um longo tempo.
Segundo Jorg Schmiedmayer e seus colegas da Universidade Tecnológica de Viena, na Áustria, isso pode ajudar a explicar vários processos fora de equilíbrio na física quântica, o que inclui o estado inicial do Universo, instantes após o Big Bang, e as perdas de dados nos computadores quânticos.
Equilíbrio termal quântico
Os pesquisadores dividiram em dois um condensado de Bose-Einstein, um aglomerado de átomos ultrafrios que se comporta como se fosse um único átomo gigante.
Mas as duas metades não caminharam para o equilíbrio termal como se esperava.
A análise mostrou que "as duas nuvens não se esqueceram de que vieram da mesma nuvem atômica," disse Schmiedmayer.
Em vez de decair rápida e homogeneamente rumo ao equilíbrio, as duas deram uma longa parada no agora descoberto estado intermediário, ou de pré-termalização.
Evitando perda de dados
A transição de sistemas para o equilíbrio termal é importante em muitos campos da física quântica, incluindo o emergente campo da computação quântica.
Um experimento nunca consegue atingir exatamente o zero absoluto, de forma que os cientistas estão sempre às voltas com efeitos de mudanças de temperatura.
Fazer cálculos usando qubits ou armazenar dados em memórias quânticas inevitavelmente cria estados de não-equilíbrio, o que destrói os dados.
O novo conhecimento adquirido com este experimento poderá ajudar a evitar essas perdas de dados.
Bibliografia:

Relaxation and Prethermalization in an Isolated Quantum System
M. Gring, M. Kuhnert, T. Langen, T. Kitagawa, B. Rauer, M. Schreitl, I. Mazets, D. Adu Smith, E. Demler, J. Schmiedmayer
Science
Vol.: 337 no. 6100 pp. 1318-1322
DOI: 10.1126/science.1224953

Sensor de luz detecta e pesa menor vírus conhecido


Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/10/2012

Sensor de luz detecta e pesa menor vírus conhecido
As galerias sussurrantes nasceram como fenômeno acústico, mas é na óptica que elas estão mostrando todo o seu poder. [Imagem: Jiangang Zhu/Jingyang Gan/WUSTL]
Galerias sussurrantes ópticas
As galerias sussurrantes nasceram como fenômeno acústico.
A reflexão do som no interior de uma grande galeria oval ou semi-oval permite que duas pessoas em posições opostas conversem como se estivessem uma ao lado da outra.
Mas, com o advento da nanotecnologia, logo ficou claro que é com a luz que essas galerias são mais promissoras - o fenômeno que ocorre com as ondas sonoras também ocorre com as ondas de luz.
Usando este efeito, pesquisadores acabam de criar um super-sensor capaz de detectar mesmo os menores vírus conhecidos.
Detector de vírus
As ondas de luz são dirigidas para o interior de uma minúscula esfera de vidro, onde elas entram em ressonância em uma frequência muito precisa.
Da mesma forma que tocar na corda de um violino muda sua frequência, mesmo o menor objeto que entrar na galeria de vidro altera a frequência da luz de uma forma mensurável.
Desta forma, o aparato funciona como um sensor muito preciso.
Nessa configuração, é possível detectar vírus grandes, como o responsável pela gripe.
Mas vírus menores, como o causador da poliomielite, por exemplo, passam ser serem notados.
Sensor de luz detecta e pesa menor vírus conhecido
O próximo passo será adaptar o sensor para que ele detecte proteínas e marcadores de doenças no sangue. [Imagem: F.Vollmer et al./PNAS]
Biossensor
Um grupo da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, conseguiu aumentar a sensibilidade do sensor em mais de 70 vezes simplesmente adicionando alguns "poluentes" no interior da galeria ressonante.
Em vez de interferir nas medições, as nanoesferas de ouro que os pesquisadores introduziram criaram o que os cientistas chamaram de "focos plasmônicos", áreas onde a luz se acopla com ondas de elétrons, os chamados plásmons de superfície.
Esse sensor híbrido fotônico/plasmônico não apenas conseguiu detectar o minúsculo vírus MS2 - o menor vírus de RNA que se conhece - como também foi capaz de determinar o peso do vírus a partir da interferência que ele causa no feixe de luz ressonante.
Segundo os pesquisadores, o próximo passo será adaptar o sensor para que ele detecte proteínas e marcadores de doenças no sangue.
Bibliografia:

Taking whispering gallery-mode single virus detection and sizing to the limit
V.R. Dantham, S. Holler, V. Kochenko, Z. Wan, S. Arnold
Applied Physics Letters
Vol.: 101, 043704
DOI: 10.1063/1.4739473

Luva-teclado permite usar computador com uma mão só


Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/10/2012

Luva-teclado permite usar computador com uma mão só
Como os teclados insistem em não evoluir, Jiake Liu decidiu criar uma luva-teclado.[Imagem: UAH]
Interface manual
Como os teclados insistem em não evoluir, Jiake Liu decidiu criar um teclado para uma mão só.
Liu e seus colegas da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, tiraram proveito das tecnologias de digitação usadas em celulares, que permite que várias letras compartilhem a mesma tecla.
Para que tudo ficasse portátil e cômodo de usar, eles projetaram toda a interface na forma de uma luva, que se comunica com os aparelhos por uma conexão sem fios.
Em vez de apertar teclas, o usuário toca seu polegar nos pontos de cada dedo atribuídos às letras, números e outras funções do teclado.
"Podemos imaginar inúmeras aplicações para a luva-teclado," disse Liu. "A mais natural é um teclado para computadores e celulares. Mas ela será útil para pessoas com deficiências, em dispositivos de entretenimento ou usada como um instrumento musical, para sintetização digital."
Luva teclado
Uma malha condutora detecta o contato com cada ponto em particular, e envia o comando para um circuito miniaturizado fixado na parte posterior da luva, junto às costas da mão.
Uma conexão Bluetooth se encarrega de transmitir os dados para o computador, celular ou qualquer aparelho que aceite a conexão de um teclado sem fios.
Uma pesquisa básica indicou quais são as letras mais usadas no idioma inglês, o que permitiu colocá-las nas partes dos dedos mais fáceis de tocar - letras menos usadas exigem um pouco mais de contorcionismo dos dedos.
Para facilitar a memorização da posição das letras elas foram bordadas nas posições adequadas.
Com a ajuda da universidade, o grupo está procurando parceiros na indústria para colocar a luva-teclado no mercado.

NASA começa a testar avião supersônico em túnel de vento


Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/10/2012

NASA testa avião supersônico em túnel de vento
Os testes serão realizados em vários túneis de vento, cada um com capacidade levar os modelos ao seu limite em diferentes aspectos. [Imagem: NASA]
Modelos supersônicos
A NASA e a Boeing estão realizando uma série de testes com dois modelos de aviões supersônicos.
Os aviões estão sendo projetados para superar a barreira do som sem produzir o estrondo característico, conhecido como boom sônico.
Foram construídos dois modelos, que estão sendo testados em túneis de vento.
O primeiro deles, visto na foto, possui sensores destinados a avaliar as forças e as ondas geradas com o avião em diversas inclinações, laterais e frontais, e até de cabeça para baixo.
O segundo modelo, um pouco menor, possui sensores para detectar as pressões fora do corpo do avião, que resultam na onda de choque propriamente dita, que causa o estrondo.
Os testes serão realizados em vários túneis de vento, cada um com capacidade levar os modelos ao seu limite em diferentes aspectos.
Estrondo supersônico
Existem vários projetos de aviões supersônicos em andamento, mas nenhum deles receberá aprovação para voar sobre áreas continentais se o problema do boomsônico não for eliminado.
A explosão sônica produz uma onda de choque capaz não apenas de quebrar janelas, mas eventualmente de colocar estruturas metálicas em ressonância, com graves consequências.
Mas bastaria o susto da explosão sobre o motorista de um carro para produzir vítimas fatais em um acidente. É por isso que os engenheiros trabalham tão arduamente na eliminação do problema.
Uma das razões do Concorde nunca ter-se tornado um sucesso de vendas é que ele só podia atingir a velocidade supersônica sobre o oceano, o que restringia suas operações a um número pequeno de rotas.

Seu computador ainda terá um gravador cassete


Com informações da New Scientist - 24/10/2012

Seu computador ainda terá um gravador cassete
A nova fita é o primeiro protótipo fabricado usando a ferrita de bário (BaFe) desenvolvida pela equipe, com uma densidade de 29,5 bilhões de bits por polegada quadrada. [Imagem: IBM Research]
Avalanche de dados
As fitas cassete estão para voltar aos palcos em uma reestreia triunfante.
Dados dos grandes telescópios e radiotelescópios, os resultados de colisores de partículas como o LHC, ou mesmo coisas mais corriqueiras, como os comentários de um bilhão de usuários do Facebook, estão entre as realidades que exigem novas formas de armazenamento de dados.
E parece que essa sede sem precedentes pelo registro de dados não conseguirá suporte dos discos rígidos, que não têm crescido no mesmo ritmo que os zeros e uns que eles devem guardar.
Mas o futuro do armazenamento de dados pode não estar nos discos, mas nas fitas.
Armazenamento em fitas magnéticas
Pesquisadores da Fuji Film e da IBM construíram um protótipo de uma fita magnética capaz de armazenar 35 terabytes de dados em um único cartucho.
O último grande avanço na área, relatado em 2006 pela mesma equipe, conseguiu colocar 8 terabytes de dados em um único cartucho magnético.
No final de 2010, a parceria IBM/Fuji desenvolveu um novo material, chamado ferrita de bário (BaFe), que oferece uma densidade de armazenamento de dados de 29,5 bilhões de bits por polegada quadrada.
A nova fita é o primeiro protótipo fabricado usando este novo material - o cartucho mede 10 x 10 x 2 centímetros.
Seu computador ainda terá um gravador cassete
A nanotecnologia está permitindo que a densidade de dados das fitas magnéticas avance muito à frente dos discos rígidos. [Imagem: FujiFilm]
Apenas 30 das novas fitas seriam suficientes para armazenar os dados que serão produzidos em um dia pelo Square Kilometre Array (SKA), o maior radiotelescópio do mundo, que está sendo construído na Austrália - dentre os vários desafios de engenharia a serem vencidos na sua construção está uma forma para armazenar o 1 petabyte de dados diários.
Evangelos Eleftheriou, da IBM, afirma que, quando o SKA estiver pronto, a nova fita cassete que ele e seu grupo estão desenvolvendo já deverá armazenar 100 terabytes de dados.
Economia de energia e durabilidade
O uso de fitas magnéticas, em lugar dos discos rígidos, poderá também ter um grande impacto no consumo de energia das centrais de dados.
Estudos indicam que data-centers de fitas magnéticas consumirão 200 vezes menos energia do que data-centers que usam discos rígidos, simplesmente porque as fitas cassete não precisam ficar girando o tempo todo, mesmo quando não são usadas.
Por outro lado, as fitas, que são largamente utilizadas em sistemas de backup de bancos e grandes empresas, têm um tempo de acesso mais lento do que os discos rígidos porque elas dependem de sistemas robóticos que precisam pegar a fita em um prateleira e colocá-la no leitor quando seu dado é necessário.
Mas Eleftheriou garante que o Sistema Linear de Arquivos em Fitas que ele e seus colegas estão desenvolvendo deverá ter um tempo de acesso comparável ao dos discos rígidos.
Outra vantagem é a durabilidade.
Enquanto a memória eterna não chega, uma fita magnética pode guardar seus dados com segurança por um século - um disco rígido não garante mais do que uma década.