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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pai Nosso do Agradecimento - para nossa reflexão

Pai Nosso Onipotente que estais em todo lugar.
Fonte inesgotável de Amor, Paz, Luz e Sabedoria.
Graças vos dou por minha vida!
Obrigado por reconhecer o Teu Amor, a Tua Misericórdia e a Tua Luz.
Obrigado por fazer-me uma pessoa melhor a cada dia.
Obrigado por eu poder reconhecer no outro o meu Irmão.
Obrigado por eu dividir Tuas dádivas com o meu próximo.
Obrigado por reconhecer que somos pequenos e humildes, mas grandes em Teu Amor.
Obrigado por Tua Paz.
Obrigado por ser desprendido dos bens materiais.
Obrigado por fazer-me prestativo às pessoas.
Obrigado por saber perdoar.
Obrigado por estar sempre ao meu lado guiando-me em Teus caminhos.
Obrigado Senhor Deus Pai Todo Poderoso.
Amém !
Sérgio c. dos Reis

Fabricante promete bateria de notebook com durabilidade de três anos

PC World/EUA
26-05-2011
Lançamento da Leyden Energy promete reduzir frustração de usuários de notebook, que geralmente precisam trocar baterias a cada ano e meio de uso.

A Leyden Energy anunciou uma nova bateria de laptop de lítio-íon que, segundo a empresa, permanecerá com carga total a cada ciclo de recarga por pelo menos três anos e será oferecida com uma garantia de três anos. Se a promessa for confirmada, será um grande alívio para os usuários de portáteis.

Se você tem um laptop, então conhece a frustração de ver sua máquina com cada vez menos tempo de autonomia. Depois de 12 ou 18 meses de uso, a maioria da baterias de laptop precisa ser trocada, pois não segura mais a carga. Além de representar custo e inconveniência extras, a troca de baterias tem um impacto negativo no ambiente.

A Leyden Energy afirma que sua bateria tem uma das maiores densidades de energia e tempo de autonomia entre as baterias de lítio-íon. Por exemplo, a empresa diz que a bateria pode ser carregada mais de mil vezes (mil ciclos) e tem a capacidade de operar a temperaturas maiores que a média.

A bateria Leyden vai custar mais que as baterias padrão (que geralmente vêm com uma garantia de um ano), mas vai custar menos que o dobro do preço da bateria de um ano. O vendedor canadense de baterias Dr. Battery será um dos primeiros a oferecer esta bateria de longa duração - outros varejistas serão incluídos em breve.

A HP tem uma oferta semelhante, em parceria com a Boston Power, mas está disponível apenas para certos modelos (e, é claro, apenas para laptops HP).
Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/05/26/fabricante-promete-bateria-de-notebook-com-durabilidade-de-tres-anos/

Quem disse que margarina não é saudável?

Margarina contém em sua formulação mistura de óleos de palma e canola.

Imagine uma margarina probiótica e livre de gorduras trans. Essa é a nova descoberta de um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP). Após avaliarem oito formulações, os cientistas chegaram à fórmula final: um produto livre das gorduras hidrogenadas e que contém ácidos graxos essenciais (ácidos linoleico e linolênico).

A bióloga Cinthia Hoch Batista de Souza, que participou da pesquisa, conta que margarina contém em sua formulação uma mistura de óleos de palma e canola, o que é positivo à saúde humana. A pesquisadora explica que para um produto ser considerado probiótico, deve ter uma concentração mínima de 106 unidades formadoras de colônias de micro-organismos probióticos por grama de produto (ufc/g), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cinthia explica que o micro-organismo probiótico B. animalis Bb-12 exerce várias funções positivas no intestino humano, principalmente no cólon. - Ele impede que bactérias patogênicas se multipliquem no intestino, por exemplo, e o consumo da margarina desenvolvida pelo nosso grupo de pesquisa pode colaborar com o aumento das defesas do organismo -, garante a pesquisadora.

Além disso, o consumo dos produtos probióticos repõe os micro-organismos probióticos no intestino, aumentando suas populações.

Entre as formulações testadas, os cientistas também obtiveram um produto simbiótico. Cinthia explica que nesta margarina, a contagem do probiótico também foi satisfatória, sendo acima da quantidade exigida pela Anvisa. - Para obtermos um produto simbiótico acrescentamos na formulação um ingrediente prebiótico -, descreve a pesquisadora.

Nos testes, Cinthia acrescentou um prebiótico chamado inulina. Assim, um produto simbiótico resulta da combinação de probióticos e prebióticos. A cientista explica que o ingrediente prebiótico, no caso a inulina, pode ser metabolizado pelo micro-organismo probiótico.

- Nas formulações adicionadas de 3% de inulina obtivemos maiores contagens de B. animalis Bb-12, atingindo 108 ufc/g ao término do armazenamento em uma das formulações -, contabiliza.
(Agência USP)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=77717

Usinas nucleares europeias passarão por teste de resistência



Usina nuclear na Suiça: o fim pode estar próximo
Avaliação vai analisar segurança dos reatores em caso de terremoto, enchentes, incêndio e corte de energia. Ameaça terrorista fica de fora do teste. Na Suíça, abandono da energia nuclear entra em discussão parlamentar.

Os 143 reatores nucleares europeus passarão por teste de resistência a partir de 1° de junho. A exemplo da avaliação realizada pela Alemanha, a segurança das centrais nucleares será analisada em caso de terremoto ou enchentes, conforme anunciado pela Comissão Europeia na quarta-feira (25/05). O teste também vai verificar a resistência a eventos como incêndios florestais, acidentes de transporte e corte de fornecimento de energia elétrica.

Depois de dois meses de debates, a Comissão se disse satisfeita: "Chegamos a critérios de testes muitos abrangentes", avaliou Günter Oettinger, comissário europeu de Energia. Ele acresceu que a avaliação não se limitará às instalações. "Em nível europeu, nós iremos inspecionar também os inspetores. Erro humano exerceu um papel no acidente de Fukushima, então achamos que o erro humano e a ação humana têm que fazer parte do teste de resistência."

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, recebeu bem a iniciativa. "Nem todas as nossas expectativas foram atendidas. Mas levando em consideração que a Europa, até agora, não tinha experiência nesse assunto e já entrou em concordância, isso é, sem dúvida, uma grande avanço."

Ameaça terrorista

Áustria e Alemanha queriam que o teste avaliasse também a resistência das usinas contra ataques terroristas. No entanto, outros países-membros da União Europeia (UE), como França e Reino Unido, se opuseram. Eles argumentam que avaliações desse tipo devem ficar em mãos do próprio governo, já que se trata de segurança nacional.

Segundo especialistas, o terrorismo seria a ameaça mais séria aos reatores nucleares europeus. Apesar dos esforços do comissário Oettinger em acrescentar esse quesito ao teste, o comissário disse respeitar a posição dos que se opuseram.

Oettinger reconheceu, no entanto, que a Comissão não terá poder para determinar o fechamento de alguma usina nuclear caso problemas sejam identificados. Criticado por parlamentares europeus, que argumentam que a indústria nuclear não será submetida a um teste de resistência verdadeiro, o comissário disse acreditar que a avaliação segue por um bom caminho.

Sem energia nuclear

Também nesta quarta-feira, o governo da Suíça deu mostras de que pretende abandonar a geração nuclear de energia. O governo helvético recomendou ao Parlamento em Berna que inicie os debates com vista ao desligamento das centrais nucleares em 2034.

"O conselho federal quer continuar garantindo a segurança de abastecimento de energia na Suíça, mas sem geração nuclear em médio prazo. As atuais usinas nucleares serão fechadas no fim do prazo de vida útil das unidades e não serão substituídas", diz a nota do governo suíço.

O Parlamento em Berna deve iniciar a discussão em torno do assunto em 8 de junho, e uma decisão é aguardada para o fim do mês.

NP/rts/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque

fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15108207,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

Nova lei ambiental pode prejudicar credibilidade brasileira no exterior



Medo é que florestas cedam lugar a lavouras
Com a aprovação do novo Código Florestal, a produção agrícola no Brasil pode voltar a ser associada ao desmatamento, já que a derrubada de árvores pode aumentar com as mudanças na lei ambiental.

A mesma plateia que aplaudiu as iniciativas brasileiras para frear o desmatamento e impulsionar o mundo rumo ao desenvolvimento sustentável, agora volta a olhar o cenário com preocupação.

"O afrouxamento das leis ambientais para favorecer a agricultura terá uma repercussão negativa. Afinal, o aumento da produção (agrícola e pecuária) terá um custo ambiental à custa da Amazônia, que tem toda essa percepção no exterior", avalia Fabíola Zerbini, secretária-executiva da Forest Stewardship Council, FSC, no Brasil.

A organização é baseada em Bonn, na Alemanha, e no Brasil é conhecida como Conselho Brasileiro de Manejo Florestal. O selo da FSC é encontrado em diversos produtos nos supermercados europeus, originários de florestas com manejo certificado – com garantia de boas práticas ecológicas, benefícios sociais e viabilidade econômica.

A Europa, que recebe boa parte dos produtos agrícolas e da carne de origem brasileira e exige cada vez mais responsabilidade ambiental, pode voltar a ficar desconfiada. Em conversa com a Deutsche Welle, Marina Silva faz uma previsão pouco animadora.

"O desmatamento vai aumentar, com prejuízo para as florestas, para a biodiversidade, para os recursos hídricos e prejuízo duplo para a agricultura, porque mina as bases naturais do nosso desenvolvimento e também porque, novamente, o agronegócio brasileiro vai ser associado ao desmatamento", advertiu nesta quarta-feira (25/05) a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente.

Amarras para agricultura

O tema é controverso. Flávio Viegas, presidente da Associtrus, Associação Brasileira de Citricultores, diz que o setor é a favor do novo texto, aprovado na madrugada desta quarta-feira. "E rejeitamos a pecha de antiambientalistas e destruidores da natureza. A nossa posição é a do Brasil, de forma geral", disse à Deutsche Welle.

O setor é responsável por 60% da produção mundial de suco de laranja, e faz do Brasil o campeão de exportações do produto. Segundo Viegas, o cenário brasileiro de citricultura é composto por 90% de pequenos produtores, cujas propriedades têm menos de 60 hectares.

Na visão da Associtrus, o Código Florestal vigente, de 1965, destoa da realidade da agricultura brasileira. "E inviabiliza muitas atividades. Em Santa Catarina, por exemplo, as maçãs são plantadas em encostas. O café é plantado em região de encosta em Minas Gerais. Quanto à produção de leite, os pastos ficam em encostas de montanhas", argumenta Viegas, se referindo à proibição de atividade econômica em área de proteção permanente, APP, conforme a lei ainda vigente e prestes a mudar.

Entre os produtores de laranja, o desrespeito mais comum ao código é a ausência de reserva legal. Segundo a legislação, toda a propriedade é obrigada a manter uma área de mata nativa que não pode ser desmatada. O novo texto aprovado pelos deputados isenta os pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor a reserva legal em propriedades de até quatro módulos fiscais – um módulo pode variar de 40 hectares a 100 hectares.


Plantação de soja no Mato Grosso

Na contramão

Marina Silva não se deixa convencer pelos argumentos dos produtores e vê, ao longo de todo o texto da proposta do novo código, pequenos incentivos para o aumento do desmatamento. A suspensão do embargo automático, por exemplo, é um dos pontos citados pela ex-ministra.

Segundo o decreto assinado ainda no governo Lula, quando o Ibama constatava um desmatamento ilegal, a área em questão era embargada. "Quem plantasse, comprasse e transportasse os produtos dessa área era passível também de ser punido. E automaticamente os créditos para os embargados eram vedados. Agora isso tudo está suspenso."

Para Flávio Viegas, a legislação atual beira a inviabilidade. "Gostaríamos que esse Código Florestal brasileiro fosse aplicado em todos os países do mundo, inclusive na Europa, o que seria inviável. O nível de proteção no Brasil é muito superior ao da Europa. "A representante da FSC chama a atenção para outro caso polêmico – e que envolve os europeus: "A China nunca priorizou o meio ambiente, mas todo mundo continua comprando os produtos agrícolas chineses."

No caso do Brasil, que propaga internacionalmente uma postura mais sustentável, o caso pode ser diferente. "Se haverá efeito comercial, não podemos dizer. Mas pode ser que venham retaliações do campo público", supõe Fabíola Zerbini.

A decisão final sobre as alterações do Código Florestal vai passar pelas mãos de quem é considerado o maior plantador de soja do mundo. Blairo Maggi, empresário e senador, foi eleito pelo Mato Grosso – estado responsável por 480 km2 do total de 593 km2 desmatados na Amazônia entre março e abril de 2011, segundo dados de satélites do Inpe. O Senado prevê que a discussão do texto possa durar até quatro meses, antes de seguir para a sanção da presidente, Dilma Rousseff.

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer
Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15109718,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

LÍNGUA E IGNORÂNCIA

Fonte: Maria José Foltran(*)
Nas duas últimas semanas, o Brasil acompanhou uma discussão a respeito do livro didático Por uma vida melhor, da coleção *Viver, aprender*, distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático do MEC. Diante de posicionamentos virulentos externados na mídia, alguns até histéricos, a *ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINGUÍSTICA* - *ABRALIN* - vê a necessidade de vir a público manifestar-se a respeito, no sentido de endossar o posicionamento dos linguistas, pouco ouvidos até o momento.

Curiosamente é de se estranhar esse procedimento, uma vez que seria de se esperar que estes fossem os primeiros a serem consultados em virtude da sua *expertise*. Para além disso, ainda, foram muito mal interpretados e mal lidos.

O fato que, inicialmente, chama a atenção foi que os críticos não tiveram sequer o cuidado de analisar o livro em questão mais atentamente. As críticas se pautaram sempre nas cinco ou seis linhas largamente citadas. Vale notar que o livro acata orientações dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) em relação à concepção de língua/linguagem, orientações que já estão em andamento há mais de uma década. Além disso, não somente este, mas outros livros didáticos englobam a discussão da variação linguística com o intuito de ressaltar o papel e a importância da norma culta no mundo letrado. Portanto, em nenhum momento houve ou há a defesa de que a norma culta não deva ser ensinada. Ao contrário, entende-se que esse é o papel da escola, garantir o domínio da norma culta para o acesso efetivo aos bens culturais, ou seja, garantir o pleno exercício da cidadania. Esta é a única razão que justifica a existência de uma disciplina que ensine língua portuguesa a falantes nativos de português.

A linguística se constituiu como ciência há mais de um século. Como *qualquer outra ciência*, não trabalha com a dicotomia certo/errado. Independentemente da inegável repercussão política que isso possa ter, esse é o posicionamento científico. Esse trabalho investigativo permitiu aos linguistas elaborar outras constatações que constituem hoje material essencial para a descrição e explicação de qualquer língua humana.

Uma dessas constatações é o fato de que *as línguas mudam no tempo*, independentemente do nível de letramento de seus falantes, do avanço econômico e tecnológico de seu povo, do poder mais ou menos repressivo das Instituições. As línguas mudam. Isso não significa que ficam melhores ou piores. Elas simplesmente mudam. Formas linguísticas podem perder ou ganhar prestígio, podem desaparecer, novas formas podem ser criadas. Isso sempre foi assim. Podemos ressaltar que muitos dos usos hoje tão cultuados pelos puristas originaram-se do modo de falar de uma forma alegadamente inferior do Latim: exemplificando, as formas "noscum" e "voscum", estigmatizadas por volta do século III, por fazerem parte do chamado "latim vulgar", originaram respectivamente as formas "conosco" e "convosco".

Outra constatação que merece destaque é o fato de que *as línguas variam num mesmo tempo*, ou seja, qualquer língua (qualquer uma!) apresenta variedades que são deflagradas por fatores já bastante estudados, como as diferenças geográficas, sociais, etárias, dentre muitas outras. Por manter um posicionamento científico, a linguística não faz juízos de valor acerca dessas variedades, simplesmente as descreve. No entanto, os linguistas, pela sua experiência como cidadãos, sabem e divulgam isso amplamente, já desde o final da década de sessenta do século passado, que essas variedades podem ter maior ou menor prestígio. O prestígio das formas linguísticas está sempre relacionado ao prestígio que têm seus falantes nos diferentes estratos sociais. Por esse motivo, sabe-se que o descon hecimento da norma de prestígio, ou norma culta, pode limitar a ascensão social. Essa constatação fundamenta o posicionamento da linguística sobre o ensino da língua materna.

Independentemente da questão didático-pedagógica, a lingüística demonstra que não há nenhum caos linguístico (há sempre regras reguladoras desses usos), que nenhuma língua já foi ou pode ser "corrompida" ou "assassinada", que nenhuma língua fica ameaçada quando faz empréstimos, etc. Independentemente da variedade que usa, qualquer falante fala segundo regras gramaticais estritas (a ampliação da noção de gramática também foi uma conquista científica). Os falantes do português brasileiro podem fazer o plural de "o livro" de duas maneiras: uma formal: *os livros*; outra informal: *os livro*. Mas certamente nunca se ouviu ninguém dizer "o livros". Assim também, de modo bastante generali zado, não se pronuncia mais o "r" final de verbos no infinitivo, mas não se deixa de pronunciar (não de forma generalizada, pelo menos) o "r" final de substantivos. Qualquer falante, culto ou não, pode dizer (e diz) "vou comprá" para "comprar", mas apenas algumas variedades diriam 'dô' para 'dor'. Estas últimas são estigmatizadas socialmente, porque remetem a falantes de baixa extração social ou de pouca escolaridade. No entanto, a variação da supressão do final do infinitivo é bastante corriqueira e não marcada socialmente.

Demonstra-se, assim, que falamos obedecendo a regras. A escola precisa estar atenta a esse fato, porque precisa ensinar que, apesar de *falarmos* "vou comprá" precisamos *escrever* "vou comprar". E a linguística ao descrever esses fenômenos ajuda a entender melhor o funcionamento das línguas o que deve repercutir no processo de ensino.

Por outro lado, entendemos que o ensino de língua materna não tem sido bem sucedido, mas isso não se deve às questões apontadas. Esse é um tópico que demandaria uma outra discussão muito mais profunda, que não cabe aqui.

Por fim, é importante esclarecer que o uso de formas linguísticas de menor prestígio não é indício de ignorância ou de qualquer outro atributo que queiramos impingir aos que falam desse ou daquele modo. A ignorância não está ligada às formas de falar ou ao nível de letramento. Aliás, pudemos comprovar isso por meio desse debate que se instaurou em relação ao ensino
de língua e à variedade linguística.

(*) Maria José Foltran, Presidente da Abralin

Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2011_05_26&pagina=noticias&id=06480

Nasa desiste de contactar a Spirit



A Nasa desistiu de tentar contactar a sonda Spirit que explorava Marte.


Nasa
O veículo sonda Spirit manteve o silêncio após um ano de tentativas de contacto feitas pelas Nasa. A última vez que deu informações foi a 22 de março do ano passado. Desde aí, a Nasa tentou as mais diversas técnicas para tentar recolher informações do veículo. A rede de antenas Deep Space, na Terra, e duas naves em órbita no planeta vermelho foram usadas, sem sucesso.


Os engenheiros da Nasa tinham esperança de que as baterias solares da sonda pudessem recarregar com a chegada do verão em Marte. No entanto, durante o inverno, sem luz do sol o suficiente para manter as temperaturas mínimas, devem ter sido danificados uma série de componentes internos.


A Spirit chegou a Marte em janeiro de 2004 para uma missão que deveria durar três meses. Após cumprir os primeiros objetivos, foram-lhe atribuídas novas missões.


Agora, a Nasa conta apenas com a sonda Opportunity que continua a investigar o planeta vermelho. Em Novembro, parte para Marte a sonda Curiosity.

Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/nasa-desiste-de-contactar-a-spirit=f1009633

Criado o mais completo mapa 3D do Universo



O mapa será exibido hoje (26/5) no 218º encontro da Sociedade Astronômica Americana

Depois de quase 10 anos em construção, o mais completo mapa 3D do Universo foi criado. Ele mostra uma estrutura de 380 milhões de anos-luz, que inclui 45.000 galáxias vizinhas à nossa. Especialistas planejam exibi-lo nesta quinta-feira (26/5) durante o 218º encontro da Sociedade Astronômica Americana.

"Ele (mapa) cobre 95% do céu", disse Karen Masters, pesquisadora da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, e uma das responsáveis pela apresentação. "No infravermelho, nossa visão não é tão afetada pelo lamaçal que é a Via Láctea, nos tornando capazes de ver, de forma ainda mais clara, como é a galáxia".

Para fazê-lo, astrônomos usaram dados dos projetos 2MASS (Two-Micron All-Sky Survey) e 2MRS (Redshift Survey). Também foram coletadas informações por outras pesquisas a partir do escaneamento do espaço com luzes em infravermelho nos observatórios de Cerro Tololo Inter-American Observatory e Fred Lawrence Whipple Observatory, localizados, respectivamente, no Chile e nos Estados Unidos.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/criado_o_mais_completo_mapa_3d_do_universo?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=Falha+de+seguran%E7a+no+IE+%7C+fisl12+%7C+iPad+2+no+Brasil+%7C+Mapa+3D+do+Universo&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

quarta-feira, 25 de maio de 2011

HOMENS LIVROS



O Universo é uma imensa livraria.
A Terra é apenas uma de suas estantes.
Somos os livros colocados nela.

Da mesma maneira que as pessoas compram livros,
apenas pela beleza da capa, sem pesquisarem o índice
e conteúdo do mesmo, muitas pessoas avaliam os outros
pela aparência externa, pela capa física,
sem considerarem a parte interna.

Outras procuram livros com títulos bombásticos,
sensacionalistas histórias de terror
ou romances profundos.

Também é assim com as pessoas:

há aquelas que buscam sensacionalismos baratos,
dramas alheios ou apenas um romance.

Somos homens-livros lendo uns aos outros.

Podemos ficar só na capa ou aprofundarmos
nossa leitura até as páginas vivas do coração.

A capa pode ser interessante,
mas é no conteúdo que brilha a essência do texto.

O corpo pode ter uma bela plástica,
mas é o espírito que dá brilho aos olhos.

Também podemos ler nas páginas experientes
da vida, muitos textos de sabedoria.
Depende do que estamos buscando na estante.

Podemos ver em cada homem-livro um texto-espírito
impresso nas linhas do corpo.
Deus colocou sua assinatura divina ali, nas páginas
do coração, mas só quem lê o interior descobre isso.

Só quem vence a ilusão da capa
e mergulha nas páginas da vida íntima de alguém,
descobre seu real valor, humano e espiritual.

Que todos nós possamos ser bons leitores conscientes.
Que nas páginas de nossos corações,
possamos ler uma história de amor profundo.

Que em nossos espíritos possamos ler
uma história imortal.


E que, sendo homens-livros, nós possamos ser leitura
interessante e criativa nas várias estantes
da livraria-universo.

A capa amassa e as folhas podem rasgar.
Mas, ninguém amassa ou rasga as idéias e
sentimentos de uma consciência imortal.

O que não foi bem escrito em uma vida,
poderá ser bem escrito mais à frente,
em uma próxima existência ou além ...

Mas, com toda certeza,
será publicado pela editora da vida,
na estante terrestre...

...ou em qualquer outra estante por aí.


Autor * Wagner Borges
Do Livro " Falando de Espiritualidade "
Editora Pensamento

DDD terá custo local entre 560 municípios a partir do dia 28

A medida da Anatel irá beneficiar 68 milhões de pessoas em todo o País.

Por REDAÇÃO DA COMPUTERWORLD

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulga medida que irá beneficiar , direta ou indiretamente, até 68 milhões de pessoas em todo o Brasil, em cerca de 560 municípios: a partir de 28 de maio, usuários de telefones fixos de 39 regiões metropolitanas e três regiões integradas de desenvolvimento poderão realizar chamadas a custo de ligação local para municípios que apresentem continuidade geográfica e mesmo código de área nacional (DDD).

A mudança foi publicada pela Anatel em 21 de janeiro de 2011, com a revisão do Regulamento sobre Áreas Locais para o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). O novo Regulamento amplia os critérios de definição de áreas locais, que passa a abranger o conjunto de municípios pertencentes a uma região metropolitana ou região integrada de desenvolvimento (Ride) que tenham continuidade geográfica e pertençam a um mesmo código nacional de área (DDD).

O novo regulamento também estabelece que as novas situações que se enquadrem na definição de Áreas com Continuidade Urbana ou em decorrência de solicitação fundamentada por parte da concessionária de telefonia fixa na modalidade do serviço local, serão revistas anualmente. As revisões de configuração da área local resultante da criação ou da alteração de regiões metropolitanas ou de Rides ocorrerão junto com as revisões quinquenais dos Contratos de Concessão. Os valores de ligações entre fixos e móveis [e vice-versa] não sofrerão mudanças com as alterações de áreas locais.

As regiões metropolitanas contempladas no Regulamento são: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Londrina (PR), Maringá (PR), Baixada Santista (SP), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Vale do Aço (MG), Rio de Janeiro (RJ), Grande Vitória (ES), Goiânia (GO), Vale do Rio Cuiabá (MT), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Agreste (AL), Campina Grande (PB), João Pessoa (PB), Recife (PE), Natal (RN), Cariri (CE), Fortaleza (CE), Sudoeste Maranhense (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Capital (RR), Central (RR), Sul do Estado (RR), Florianópolis (SC), Chapecó (SC), Vale do Itajaí (SC), Norte/Nordeste Catarinense (SC), Lages (SC), Carbonífera (SC), Tubarão (SC).

Segundo a Anatel, quanto às regiões de Foz do Rio Itajaí (SC), Grande São Luís (MA) e São Paulo (SP), todos os seus municípios já são considerados uma mesma área local. As Rides são Distrito Federal e Entorno (DF/GO/MG), Polo Petrolina e Juazeiro (PE/BA) e Grande Teresina (PI/MA).

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/telecom/2011/05/24/ddd-tera-custo-local-entre-560-municipios-a-partir-do-dia-28/

Combustão do avesso



Projeto coordenado por Nancy Jackson, presidente da Sociedade Norte-Americana de Química, tenta utilizar o calor da luz solar para produzir combustíveis líquidos a partir do CO2, invertendo o processo de combustão (foto:F.Castro)
Por Fábio de Castro, de Florianópolis (SC)

Agência FAPESP – A tecnologia de baterias poderá passar por uma revolução no futuro, mas, enquanto isso não acontecer, os combustíveis líquidos permanecerão como a forma de energia mais concentrada e eficiente disponível para suprir as necessidades da humanidade.

Utilizar a energia do sol para transformar os resíduos da combustão em insumos para a fabricação de novos combustíveis líquidos é o objetivo das pesquisas de um grupo de cientistas dos Estados Unidos, com coordenação de Nancy Jackson, presidente da Sociedade Norte-Americana de Química (ACS, na sigla em inglês).

Jackson apresentou nesta terça-feira (24/5), na 34ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), em Florianópolis, a conferência Sunshine to petrol: solar thermal conversion of carbon dioxide to liquid fuels (“Da luz do sol para o petróleo: conversão termal solar de dióxido de carbono em combustíveis líquidos”).

Formada na Universidade George Washington em 1979 – ano em que ingressou na ACS –, Jackson concluiu seu doutorado na Universidade do Texas, em Austin, em 1990. Atualmente, é gerente do Departamento de Redução de Ameaças do Centro de Segurança Global dos Laboratórios Nacionais Sandia.

A equipe de seu laboratório já está trabalhando na engenharia do reator capaz de utilizar a energia solar para transformar o dióxido de carbono – produto da queima de combustíveis como gasolina e etanol – em monóxido de carbono, que pode ser utilizado na produção de combustíveis. A reação, portanto, corresponde exatamente ao inverso da combustão.

Agência FAPESP – Por que investir em pesquisas voltadas para a produção de combustíveis líquidos?
Nancy Jackson – Os combustíveis líquidos são muito importantes por várias razões. Uma delas é que, levando em consideração o peso e o volume, há uma energia muito concentrada nesse tipo de combustível. Eles são muito melhores que baterias, que são muito pesadas. Os combustíveis líquidos são leves e densos em termos energéticos. Essa capacidade de armazenar energia explica em parte por que os combustíveis líquidos são uma boa alternativa.

Agência FAPESP – A densidade energética dos líquidos, então, é insuperável?
Nancy Jackson – Sim, pelo menos até o dia em que houver um salto tecnológico revolucionário no desenvolvimento de baterias. Outro fator que torna os combustíveis líquidos muito importantes é a facilidade de transporte. É muito fácil transportar líquidos, porque eles podem fluir e ser bombeados em canos por muitos quilômetros, sem precisar de veículo algum. Eles permitem utilizar a infraestrutura instalada e as tecnologias existentes.

Agência FAPESP – Infraestrutura de transporte?
Nancy Jackson – Sim, podemos aproveitar a infraestrutura já pronta para transportar os combustíveis e utilizá-los em todo tipo de necessidade energética. E, em relação à tecnologia, refiro-me aos motores. Temos motores muito eficientes para o uso de combustíveis líquidos. O problema é que não podemos depender do petróleo para sempre, porque ele vai acabar, ou se tornar muito caro ou impraticável para explorar. Por isso estamos trabalhando no projeto Sunshine to petrol.

Agência FAPESP – Qual é o objetivo do projeto?
Nancy Jackson – Estamos tentando utilizar o dióxido de carbono e submetê-lo ao calor do sol concentrado para atingir temperaturas realmente altas. Com isso queremos transformar dióxido de carbono em monóxido de carbono, retirando um átomo de oxigênio da molécula.

Agência FAPESP – Como isso é feito?
Nancy Jackson – Desenvolvemos um reator, com um disco de mais de quatro metros de diâmetro, que capta a luz solar e utiliza seu calor para provocar a reação. O dióxido de carbono é uma molécula muito estável, por assim dizer, muito “preguiçosa”. É difícil fazê-la mudar. É preciso gastar uma grande quantidade de energia para reagir com o que quer que seja. É por isso que estamos tentando usar o sol para alterá-la, para fazer então um combustível líquido. O processo inclui uma série de outras reações muito bem conhecidas e compreendidas. Mas o verdadeiro segredo, o que realmente estamos fazendo de novo, é transformar o dióxido de carbono em monóxido de carbono.

Agência FAPESP – Isso é a combustão reversa?
Nancy Jackson – Sim. Quando usamos combustíveis em nossos carros, o monóxido de carbono é queimado e transformado em dióxido. Estamos fazendo o oposto, como se fosse uma combustão reversa. É uma estratégia de reciclagem. A ideia é poder reciclar o dióxido de carbono várias e várias vezes, produzindo combustíveis a partir do resíduo dos combustíveis.

Agência FAPESP – Só os combustíveis líquidos poderão gerar o dióxido de carbono para ser utilizado no reator?
Nancy Jackson – De modo algum. Nos Estados Unidos, temos a maior parte da energia elétrica baseada em carvão. Queimando carvão, temos uma quantidade gigantesca de dióxido de carbono. Achamos que podemos utilizar o dióxido de carbono que sai das chaminés, transformando-o em combustíveis líquidos. Também temos muito dióxido de carbono quando fermentamos a cana-de-açúcar para fazer etanol. Para cada molécula de etanol, é produzida também uma molécula de dióxido de carbono.

Agência FAPESP – Seria então uma estratégia ideal para ser utilizada em combinação com várias alternativas energéticas?
Nancy Jackson – Isso mesmo. O método seria empregado em conjunto com o uso de etanol de cana-de-açúcar, carvão, gás natural, plantas e assim por diante. Quando se queima tudo isso, é gerado o dióxido de carbono. Há outros grupos de pesquisa que estão aprendendo como separar o dióxido de carbono a partir do ar. É o que as plantas fazem: usam o dióxido de carbono do ar para crescer. Então há diferentes maneiras para conseguir o dióxido de carbono. Essas tecnologias já existem.

Agência FAPESP – Qual será o aspecto desse novo combustível líquido?
Nancy Jackson – Vai ser como o diesel, ou o etanol. Não muito diferente do que temos agora, mas o processo de obtenção é que será muito diferente.

Agência FAPESP – Quanto tempo essa tecnologia levará ainda para ser implementada?
Nancy Jackson – Provavelmente precisaremos de mais uns quatro anos de desenvolvimento de engenharia. Em seguida, entrará o período necessário para o desenvolvimento e o processamento em escala. Estamos falando em algo como sete ou oito anos.

Agência FAPESP – O conceito já está desenvolvido e o que falta é a engenharia e o escalonamento?
Nancy Jackson – Sim. Há ainda muitos desafios, porque a temperatura de que precisamos para mudar o dióxido de carbono, que é tão estável, é tão alta que isso torna difícil a tarefa de definir materiais. Muitos deles não aguentam altas temperaturas e, se esquentamos e esfriamos sucessivamente, a maior parte dos materiais tende a não resistir. Há muitos desafios. O primeiro passo é o mais difícil. E é isso que estamos fazendo agora.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/13931

terça-feira, 24 de maio de 2011

'Metamateriais' podem permitir transmissão de energia wireless mais facilmente.

Criado por pesquisadores da Universidade de Duke, material pode evitar que dispositivos sejam 'fritados' durante a recarga

Engenheiros da Universidade de Duke afirmaram em um estudo que metamateriais poderiam tornar mais fácil a transmissão de eletricidade wireless sem a interferência de microondas e lasers. De acordo com os pesquisadores, uma peça desse tipo de material poderia ser colocada entre a fonte de energia e o dispositivo para funcionar como uma ponte para facilitar a transmissão elétrica.

Pequenas quantidades de energia já podem ser transmitidas através de distâncias curtas, como em dispositivos de radiofrequência ou da tecnologia NFC (near field communication) que permite, por exemplo, o pagamento de contas através de smartphones. Apesar disso, transferências de maior escala, como por exemplo a energia necessária para recarregar um celular, podem ser mais perigosas, já que microondas poderiam "fritar" o dispositivo no meio da recarga.

De acordo com o professor Yaroslav Urzhumov, um dos responsáveis pelo projeto, um metamaterial colocado no meio do caminho poderia funcionar como uma "lente", focando a energia em um ponto e evitando que ela se espalhe pelo ambiente.

Um exemplo desse metamaterial consistiria em uma série de laços de cobre e fibra de vidro, em um padrão semelhante a venezianas. Mas o material precisa ter uma forma específica para cada dispositivo de carregamento wireless disponível em um casa.

fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/metamateriais_podem_permitir_transmissao_de_energia_wireless_mais_facil?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=L%EDngua+dos+Rob%F4s+%7C+iPhone+4+filma+em+360+graus+%7C+WinPhone+no+Brasil&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

Bengala do futuro vem com GPS embutido e dita instruções no ouvido do usuário

A E-Touch traz um mapa e guia o deficiente visual com intruções, via Bluetooth, para um fone de ouvido

Yanko Design
Os designers Messizon Li e Fan Yang criaram um protótipo de uma bengala do futuro, que usa tecnologia de ponta para aprimorar algo que pouco evoluiu durante os anos. O projeto da dupla foi divulgado no site-referência Yanko Design.

A bengala é chamada de E-Touch e foi desenvolvida para pessoas com deficiência visual. Portanto, consegue guiar o usuário de acordo com informações enviadas por um GPS embutido.

Com um espaço para cartão SD, a bengala pode armazenar mapas e transmitir, via Bluetooth, as instruções de caminho para um fone de ouvido. Então, assim que o mapa é carregado e o destino do usuário é digitado, basta a pessoa seguir as intruções para chegar ao local de destino sem nenhum problema, pois o aparelho ainda possui detector de espaço.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/bengala_do_futuro_vem_com_gps_embutido_e_dita_instrucoes_no_fone_do_usuario?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=L%EDngua+dos+Rob%F4s+%7C+iPhone+4+filma+em+360+graus+%7C+WinPhone+no+Brasil&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

Australianos criam robôs que se comunicam em sua própria língua

Chamados de Lingodroid, os robôs são capazes de dar nomes para locais novos e trocar informações com outros robôs

Robôs desenvolvidos na Universidade de Queensland, Austrália, são capazes de se comunicar e trocar informações através de sua própria língua, criada conforme eles reconhecem o mundo à sua volta. Chamados de Lingodoirds, os robôs são capazes de criar padrões silábicos para designar as regiões por onde navegam, criando suas palavras em uma língua de "beeps".

Com a línguagem, um robô é capaz de informar o outro sobre a posição onde estão e, inclusive, dar direções para que outro chegue a determinados lugares. De acordo com Dr. Ruth Schulz, um dos responsáveis pelo projeto, é importante que robôs sejam capazes de gerar suas próprias palavras, já que a linguagem humana é muito complexa para que eles entendam. "Isso é importante porque demonstra que robôs entendem o significado de palavras escritas independentemente de humanos", afirma Schulz.

Os Lingodroid se movimentam através de rodas e possuem uma câmera, sonar e detector a laser, que eles utilizam para fazer o mapeamento do mundo ao redor. Ao atingir um local desconhecido, os robôs geram uma sequência de sílabas para definir o local.

Através de um microfone embutido, eles podem se comunicar assim que se encontram, trocando informações. Os nomes gerados pelos robôs consistem em palavras simples como "kuzo", "jaro" e "fexo".

Veja um exemplo dos Lingodroid se comunicando no vídeo.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/australianos_criam_robos_que_se_comunicam_em_sua_propria_lingua?utm_source=Tecla%20Email%20Marketing&utm_medium=emailmarketing&utm_campaign=L%EDngua+dos+Rob%F4s+%7C+iPhone+4+filma+em+360+graus+%7C+WinPhone+no+Brasil&utm_content=S%E9rgio+Reis+sergiocdreis%40yahoo.com

Retrato de um Brasil que não conhecemos

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.
Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.


Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties ' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo
objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tanto proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa
Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

Opinião pessoal:
Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra.
Conto com sua participação, no envio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

Fonte:mensagem recebida por E-mail

Civilização humana é fascinada pela superação da morte

Imortalidade, eterna juventude ou, pelo menos, a perspectiva de atingir uma idade mais avançada têm um grande apelo e despertam a curiosidade das pessoas.

E pela primeira vez, a ciência moderna pode proporcionar conhecimentos e ferramentas para interferir no processo de envelhecimento. Esse é o tema abordado por José Luis Cordeiro, engenheiro da Nasa, em sua palestra no 25º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, evento promovido pela Associação Brasileira de Cosmetologia de hoje (24) a quinta-feira (25), em São Paulo.

Na idade medieval, a fonte da juventude era um mito popular, muitas vezes ilustrado em obras, como nas pinturas do alemão Lucas Cranach. Mesmo na idade contemporânea, esse fascínio da sociedade pela imortalidade ainda é retratado, como, por exemplo, nos filmes de Hollywood: Indiana Jones (1989) e Highlander (2000).

Não é para menos. Imagine um mundo onde a pele nunca perde sua aparência jovial, onde o câncer já não amedronta e ninguém envelhece. Um mundo em que se pode viver mais. Onde, ao invés de 73 anos, nossa expectativa de vida fosse de 110 ou 120 anos. Utopia? Não. Isso pode se tornar realidade em um futuro não tão distante.

Com o sequenciamento do genoma humano e o advento de ferramentas tecnológicas que permitem buscas por meio de milhares de genes de uma só vez, o entusiasmo tem tomado conta de cientistas de todo o mundo. Caso o ritmo de desenvolvimento das pesquisas científicas se mantenha à função exponencial de agora, a morte poderia começar a ser evitada em surpreendentes 30 anos.

Essa possibilidade de prolongamento da vida, ou até mesmo de "extinção" da morte gera um intenso debate entre os profissionais da área. Principalmente, sobre o potencial das pesquisas de tratamentos antienvelhecimento e suas conseqüências éticas e sociais.

Na palestra, que ocorre no dia 25, José Luis evidenciará os avanços mais recentes sobre o genoma e longevidade humana. Segundo o engenheiro, nas próximas duas décadas, a maioria dos cânceres e males, como o de Parkinson e Alzheimer, já poderão ser controlados e curados.

"Entender como funciona o genoma é a pedra fundamental da medicina do futuro. Ao que tudo indica, trata-se do ponto de partida para a desmistificação da vida eterna", completa Alberto Keidi Kurebayashi, presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia.

A medicina está se tornando tecnologia da informação e, assim, finalmente, deixando de ser arte, como no cinema hollywoodiano e nas pinturas de Cranach, para se tornar uma ciência real.
(MM Comunicação Empresarial)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=77680

Bactéria intestinal causa mortes e assusta alemães



As autoridades de saúde ainda não sabem origem do surto
Surto da bactéria EHEC já infectou centenas de alemães, principalmente no norte do país. Doença tem proliferado com rapidez incomum desde meados de maio, causando as primeiras mortes.

Um subtipo da bactéria Escherichia coli encontrada no trato intestinal preocupa a Alemanha, após as autoridades sanitárias terem confirmado nesta terça-feira (24/05) as primeiras mortes depois do início do surto que atinge o país desde meados de maio.

Três óbitos foram verificados em três estados no norte do país. Nos três casos, as vítimas são mulheres. Para uma delas, entretanto, não há ainda confirmação laboratorial de infecção pela doença, e nos três casos não houve confirmação oficial de que a infecção tenha sido a causa principal do óbito. Permanece obscura a razão para a proliferação anormal das bactérias intestinais, que podem causar diarreia hemorrágica e levar a insuficiência renal aguda.

Os especialistas afirmam que se trata de uma variante desconhecida da bactéria, capaz de resistir à maioria dos antibióticos.

Ao menos 400 casos no país

Até esta terça-feira foram contabilizados pelo menos 400 casos de infecção ou suspeita de contaminação na Alemanha. A Escherichia coli êntero-hemorrágica (EHEC, do inglês) foi atestada em uma paciente de 83 anos de uma cidade nos arredores de Hannover, na Baixa Saxônia. Ela morreu no sábado após ser internada em 15 de maio com diarreia hemorrágica.

Em Bremen, uma moça morreu na madrugada de segunda para terça-feira, após apresentar sintomas típicos da doença. No estado de Schleswig-Holstein, uma idosa recém-operada de mais de 80 anos faleceu após ser infectada.



A EHEC vive normalmente no intestino de ruminantes
A EHEC tem se espalhado com rapidez atípica há alguns dias, afetando principalmente o norte da Alemanha. Alguns dos doentes se encontram em estado crítico, sendo tratados em UTIs. Somente em Schleswig-Holstein, na terça-feira foram constatados 200 casos suspeitos de diarreia hemorrágica associada à bactéria, o dobro do número de casos do dia anterior. Na Baixa Saxônia, foram registrados 96 casos suspeitos. Em Hamburgo, 42 pacientes foram internados com suspeita de portarem a doença.

Especialistas não descartam mais mortes

Segundo o Instituto Robert Koch, nesta terça-feira havia mais de 80 casos conhecidos de síndrome hemolítico-urêmica, uma perigosa consequência da doença, que pode levar a insuficiência renal aguda e ser fatal. O elevado número de casos com risco de vida para os doentes é extremamente incomum, segundo especialistas, que consideram possível um aumento de óbitos em decorrência da doença.

Em todo ano de 2010, o Instituto Robert Koch registrou apenas 65 casos dessa síndrome na Alemanha, com duas mortes. As autoridades de saúde suspeitam que a transmissão possa estar ocorrendo através de verduras ou legumes mal lavados, não havendo até agora indícios por que as mulheres são mais atingidas.

MD/dpa/ap/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15103317,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

Filosofia permanecerá sempre indispensável, diz professor Robert Alexy



Filósofo do Direito Robert Alexy
Filósofo e jurista é autor do clássico "Teoria da Argumentação Jurídica". Em entrevista à Deutsche Welle, o docente na Universidade de Kiel fala sobre a relação entre justiça e direito.

O jurista Robert Alexy é professor titular da cadeira de Direito Público e Filosofia do Direito na Universidade de Kiel. Considerado um dos mais importantes filósofos do direito da Alemanha, sua pesquisa se concentra na interface entre Direito Constitucional e Filosofia do Direito, especialmente nos temas que envolvem a jurisdição constitucional, os Direitos Fundamentais, a Teoria da Justiça e a relação entre as esferas do Direito e da Moral.

Seu livro mais conhecido é a Teoria da argumentação jurídica, trabalho de referência obrigatória nas Faculdades de Direito e traduzido para pelo menos oito idiomas diferentes, inclusive o português. Nesse livro ele defende, em linhas gerais, que uma argumentação jurídica não deve ficar apenas no campo exclusivo da racionalidade lógica da decisão jurídica, mas deve valorar os fatos e as normas (argumentação lógico-valorativa), procurando assim uma justificação racional e ao mesmo tempo prática do discurso jurídico.

Em reconhecimento à sua pesquisa, o professor Alexy tem recebido prêmios, honrarias e títulos de doutor honoris causa por diversas universidades. Na entrevista oferecida a Deutsche Welle, ele esclarece, entre outros assuntos, os caminhos da atual filosofia do direito, as características que diferenciam o seu trabalho e a questão da justiça e da moral em face da ciência do direito.

Deutsche Welle: Para que precisamos da filosofia ainda hoje, ou especialmente hoje?

Robert Alexy: A filosofia sempre foi indispensável e permanecerá assim enquanto existirem seres humanos – ou criaturas de algum modo racionais. Diante da situação atual, caracterizada por uma explosão de informações, uma intromissão ininterrupta dos meios de comunicação e uma crescente confusão nas ciências e em muitas outras áreas, a filosofia – entendida como aspiração à clareza, à profundidade e ao sistema – é mais importante do que nunca.

Quais são as tendências da filosofia, mais especificamente da filosofia do direito, hoje na Alemanha?

Superficialmente falando, a atual filosofia do direito na Alemanha é caracterizada por um alto nível de diversidade. No entanto, ao observarmos mais de perto, surgem algumas tendências características. Um tema central é a relação entre as abordagens universalistas, por um lado, e as abordagens particularistas, por outro.
'Teoria da argumentação jurídica' foi publicado pela ed. Suhrkamp

Os particularistas enfatizam a dependência do contexto e a historicidade. Isso compreende uma forte tendência à relativização cultural. No polo oposto estão os universalistas, entre os quais me incluo. No que diz respeito à gênese das interpretações, admite-se que tudo o que existe em termos de pensamento cresceu historicamente, dentro de contextos. Em contrapartida, no plano da validade, enfatiza-se que aquilo que cresce historicamente pode tanto ser verdadeiro, ou correto, quanto falso.

Um tópico central da posição universalista é a justificação de direitos humanos válidos universalmente. Os universalistas, dos quais Jürgen Habermas faz parte, dão seguimento à tradição do Iluminismo. Os particularistas estão mais na tradição do Romantismo alemão.

Ao lado dessa diferença substancial, existe uma considerável diferença metodológica. Para muitos filósofos, o ideal de exatidão e clareza da filosofia analítica continua sendo um fio condutor. Isso também vale para mim, embora eu seja, ao mesmo tempo, fortemente influenciado pela ética discursiva.

O partido oposto gostaria de renunciar ao rigor metodológico e enfatiza um caráter mais artístico do filosofar. Sou um grande amigo da arte e também não quero negar a necessidade da criatividade na filosofia. Todavia, sou da opinião de que o postulado de clareza, inalienavelmente ligado à filosofia, tem de excluir o "filosofar a bel-prazer".

Pode-se falar ainda hoje em filosofia alemã e, caso positivo, como distingui-la? Onde o senhor vê diferenças em relação a outros colegas europeus e norte-americanos?

Como em tantas outras áreas, também na filosofia assinala-se uma decidida globalização. Entretanto, a filosofia alemã tem conservado algumas propriedades características. Ela herdou de Immanuel Kant o conceito de razão, e de Friedrich Hegel o conceito de sistema. Essa ênfase na razão e no sistema implica diferenças importantes em relação a muitas outras abordagens europeias e norte-americanas.

Ao mesmo tempo, quero assinalar que não se deve almejar razão e sistema às custas da clareza. Assim, é a tríade razão, sistema e clareza que caracteriza as áreas da filosofia alemã que estão entre as melhores.

A Alemanha ainda é a terra da filosofia?

A Alemanha foi a terra da filosofia no tempo de Kant e Hegel e, certamente, ainda no tempo de Gottlob Frege e Ludwig Wittgenstein. Hoje, ela talvez não seja mais "a" terra da filosofia, mas continua sendo "uma" terra da filosofia.

O que diferencia o seu trabalho do de outros filósofos alemães?

Talvez possa dizer que meu trabalho se diferencia do de outros filósofos e filósofos do direito alemães, pelo fato de eu dar mais ênfase aos conceitos de razão e de sistema. Além disso, a análise lógica é mais importante para mim do que para alguns outros filósofos alemães.

A justiça é o tema principal da filosofia do direito? O direito ainda é uma ciência da justiça?

A justiça foi sempre um tema central da filosofia do direito e continuará sendo assim, enquanto existir filosofia do direito. Aqui se deve enfatizar que hoje o conceito de justiça está estreitamente ligado ao conceito de direitos humanos. O Direito nunca foi uma ciência pura da justiça, visto que se compõe essencialmente de normas positivas, isto é, normas impostas de forma regular e socialmente operantes.

No entanto, esse lado fático ou real do direito corresponde a um lado ideal e crítico. Por essa razão, o direito tem necessariamente uma natureza dupla. Pelo lado ideal ou crítico, o direito ainda é uma ciência da justiça.

Como a Teoria da Argumentação Jurídica compreende a separação entre direito e moral?

A Teoria da Argumentação Jurídica diferencia com grande ênfase o direito positivo, da moral. No entanto, diferenciar duas coisas não significa separá-las. Num segundo momento, a Teoria da Argumentação Jurídica objetiva encontrar uma conexão metodicamente controlada entre direito e moral. Nesse ponto vigora, prima facie, uma primazia do direito positivo.

Essa primazia não significa, na verdade, que a moral desempenhe um papel secundário. Em todos os casos difíceis, que não podem ser decididos univocamente com base no direito positivo, entra em jogo novamente a moral e, com ela, a justiça. Ademais, existem casos em que a primazia tem que ser dada à moral. Isto se aplica em especial à área dos direitos humanos e fundamentais.

Entrevista: Pedro Proscurcin Jr.
Revisão: Augusto Valente

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15098328,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

Resort do Jornada nas Estrelas, com atrações do século 23!

Grupo hoteleiro está trabalhando em um hotel inspirado na série Star Trek, que vai oferecer experiências multi-sensoriais


Agora que a Disney World tem sua própria atração do Star Wars, o Rubicon Group resolveu criar algo para os fãs da série Star Trek (Jornada nas Estrelas) também. Segundo o site Dvice, as pessoas que acompanharam a saga do Capitão Kirk e sua equipe podem viver um pouco da experiência da série em um resort em Aqaba, na Jordânia, chamado Red Sea Astrarium.

O grupo hoteleiro desembolsou US$ 1 bilhão para criar uma atração da série, que vai oferecer aos clientes "uma variedade de experiências multi-sensoriais do século 23". De acordo com o site, o Red Sea Astrarium trará aventuras em um voo espacial, que pode ser feito dentro de uma réplica da U.S.S Enterprise.

Para quem ficou animado com a ideia de viajar a bordo da nave que acolheu Spock e sua turma, precisa ter um pouco mais de paciência, pois o resort só deve ficar pronto em 2014.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/resort_do_jornada_nas_estrelas?

Telescópio Einstein: em busca das ondas gravitacionais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/05/2011



O Telescópio Einstein vai procurar ondas gravitacionais, minúsculas variações na estrutura do espaço-tempo, previstas por Albert Einstein em 1916. [Imagem: ASPERA]


Um grupo internacional de cientistas finalizou o projeto do Telescópio Einstein, um observatório de ondas gravitacionais 100 vezes mais sensível do que os instrumentos atuais.

O Telescópio Einstein será subterrâneo, construído a uma profundidade entre 100 e 200 metros, e terá três detectores, interligados por túneis de 10 quilômetros de extensão.

Ondas gravitacionais

Ondas gravitacionais são ondulações no tecido do espaço-tempo, produzidas por eventos violentos no Universo, como colisões de buracos negros e explosões de supernovas, previstas por Albert Einstein em 1916, como uma consequência da sua Teoria Geral da Relatividade.

As ondas gravitacionais são emitidas pela aceleração de massas, de forma muito parecida com que as ondas eletromagnéticas são produzidas pela aceleração de cargas elétricas - como os elétrons em uma antena.

Ao contrário das outras formas de radiação conhecidas pelo homem, as ondas gravitacionais estariam viajando até nós desde o início do Universo totalmente incólumes, livres de qualquer interferência.

Ou seja, a informação que os cientistas coletam a partir da luz, das radiofrequências e de outras ondas, estão de certa forma "corrompidas" por interferências. Isto não deve acontecer com as ondas gravitacionais.



Representação das ondas gravitacionais gerados por dois buracos negros em processo de fusão. [Imagem: NASA]
Astronomia de ondas gravitacionais

A capacidade de detectar diretamente as ondas gravitacionais poderá inaugurar uma nova era na astronomia, permitindo insights totalmente novos sobre o Universo.

Nenhuma forma de emissão dos outros tipos de radiação é, ao mesmo tempo, uma fonte forte de ondas gravitacionais.

Desta forma, para ter um quadro completo do Universo, os cientistas deverão juntar as observações das ondas gravitacionais, eletromagnéticas, dos neutrinos e dos raios cósmicos.

Por exemplo, usando as ondas gravitacionais será possível sondar partes do Universo escondidas por poeiras cósmicas. Ou obter-se visões totalmente novas de eventos cósmicos já observados ou até agora invisíveis a outros instrumentos, dando uma perspectiva completamente diferente aos acontecimentos astronômicos, assim como um telescópio de infravermelho dá informações diferentes de um telescópio na faixa visível.



Esquema de funcionamento do Telescópio Einstein. A partir de cada um de seus cantos, um feixe de laser é dividido e disparado em direção aos dois outros cantos. [Imagem: ASPERA]
Telescópio Einstein

O Telescópio Einstein, apesar de seu nome, nada tem em comum com outros telescópios.

Ele será formado por um conjunto de três interferômetros subterrâneos, cada um a uma distância de 10 quilômetros um do outro.

Seu princípio de funcionamento é bastante simples, apesar da grande complexidade de engenharia envolvida na sua construção.

A partir de cada um de seus cantos - há um detector em cada um deles, um feixe de laser é dividido e disparado em direção aos dois outros cantos. Depois de percorrer os 10 quilômetros de um túnel, o laser atinge um espelho e é refletido de volta ao seu ponto de origem, onde interfere com o feixe original.

Qualquer onda gravitacional que passar por um desses "braços de laser" irá torná-lo ligeiramente mais longo do que o outro, alterando assim o padrão de interferência entre os lasers - uma alteração mínima, mas mensurável.



Visão artística do feixe de laser do Telescópio Einstein, propagando-se no interior de um tubo de vácuo de 10 quilômetros de extensão. [Imagem: ASPERA]
Questão de precisão

Já existem detectores de ondas gravitacionais em operação, como o GEO600, na Alemanha, Virgo, na Itália e LIGO, nos Estados Unidos.

Contudo, até agora, nenhum deles obteve êxito.

Os cientistas acreditam que o fracasso pode ser uma questão de precisão, ou seja, os detectores atuais não seriam sensíveis o suficiente - no momento, o LIGO e o Vigo estão sofrendo atualizações, para se tornarem mais precisos.

Entrará em cena, então, o Telescópio Einstein, com uma sensibilidade 100 vezes maior do que os atuais, capaz de explorar uma região do Universo com um raio de bilhões de anos-luz, coletando dados de milhares de eventos emissores de ondas gravitacionais por ano.



Esquema dos túneis de 10 quilômetros de comprimento do detector de ondas gravitacionais. [Imagem: ASPERA]
Medidas anti-ruído

Os espelhos encarregados de refletir os feixes de laser terão diâmetros acima de 0,5 metro, a fim de permitir feixes de grande diâmetro, e serão resfriados abaixo de 20 K, para diminuir o ruído térmico.

Jóia de precisão vai ajudar a detectar ondas gravitacionais
Para eliminar os ruídos sísmicos, esses espelhos terão "suspensões" de mais de 20 metros de altura, junto com sofisticadas estratégias de controle.

Os lasers terão potência de 1 kW, a fim reduzir o "ruído" em seu disparo - variações no número de fótons disparados.

Tanta precisão permitirá que o Telescópio Einstein estude toda a gama de frequência das ondas gravitacionais - de 1 Hz até 10 kHz.

O observatório de ondas gravitacionais está orçado em €790 milhões e deverá estar pronto em 2025. Ainda não foi selecionado o local de sua instalação.

Fonte:

Pneus produzem energia para recarregar baterias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/05/2011



Com o veículo rodando a 100 km/h - o que equivale a uma rotação do pneu de 854 giros por minuto - a malha piezoelétrica produziu 4,6 watts, de forma sustentada, por pneu. [Imagem: Makki/Pop-Iliev]


Rumo ao carro elétrico

Uma pesquisa recente, feita pela Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, mostrou o que os donos de carros a gasolina levam em conta quando consideram a possibilidade de migrar para um carro elétrico:

a autonomia (quantos quilômetros o veículo roda sem precisar recarregar;
a diferença de custo entre a gasolina e a eletricidade, e
o tempo de recarregamento das baterias.
Maior autonomia e menor tempo de recarregamento são questões diretamente afetas às baterias - que, infelizmente, vêm progredindo muito lentamente.

O que vai alimentar os carros do futuro?
Assim, enquanto as baterias não dão seu tão esperado salto tecnológico, que possa viabilizar de vez os veículos elétricos, começam a surgir alternativas para, pelo menos, facilitar seu recarregamento.

KERS, flywheels e supercapacitores fazem parte desses esforços.

Geradores piezoelétricos

Agora, Noaman Makki e Remon Pop-Iliev, da Universidade de Ontário, no Canadá, voltaram sua atenção para os nanogeradores, minúsculos fios piezoelétricos que estão sendo pesquisados sobretudo para a alimentação de pequenos equipamentos portáteis.

Os materiais piezoelétricos transformam uma deformação mecânica em energia elétrica - assim, basta dobrá-los para um lado e para o outro para que eles gerem eletricidade.

Os dois engenheiros decidiram inserir os nanogeradores dentro dos pneus, que se deformam naturalmente durante o rodar normal de um veículo, devido à sua flexibilidade e às oscilações do piso.

Submetidos à deformação constante dos pneus, os nanogeradores podem produzir uma quantidade razoável da energia - quanto mais rápido o carro estiver rodando, e quanto maior for o aro do pneu, mais energia é gerada.

Os nanofios de PZT (as iniciais químicas dos elementos usados na liga piezoelétrica titanato zirconato de chumbo) já foram usadas em pneus antes, mas apenas para alimentar os sensores que monitoram a pressão dos pneus, que não precisam funcionar continuamente.

Pneu gerador

Para gerar uma maior corrente, os pesquisadores verificaram que é necessário cobrir uma área maior da superfície interna do pneu com os nanogeradores.

Em seu protótipo, eles usaram uma malha de 4 x 40 fios, colada no interior de um pneu aro 14 com um adesivo flexível.

Com o veículo rodando a 100 km/h - o que equivale a uma rotação do pneu de 854 giros por minuto - a malha piezoelétrica de teste produziu 2,3 watts, de forma sustentada, por pneu.

Usando uma segunda camada de nanogeradores, superposta à primeira, a produção de energia saltou linearmente para 4,6 watts, o que demonstra o potencial da tecnologia, uma vez encontrada a cobertura ótima de nanofios no interior de toda a área interna do pneu.

A energia gerada é inicialmente armazenada em um capacitor, e passada para o interior do veículo por um comutador, que mantém um contato contínuo entre a o chassi e a roda em movimento.

Bibliografia:

Piezoceramic benders attached to pneumatic tires use the cyclic deformation of the contact patch to generate energy for onboard electronics.
Noaman Makki, Remon Pop-Iliev
SPIE
20 May 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1117/2.1201104.003702

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=geradores-piezoeletricos-pneus-geradores-energia&id=010170110524&ebol=sim

Computadores químicos fazem seus primeiros cálculos

Da New Scientist - 24/05/2011



O computador químico conseguiu calcular o diagrama de Voronoi de um conjunto de formas bidimensionais - útil, por exemplo, no mapeamento da cobertura de uma rede de antenas de telefonia celular. [Imagem: Andrew Adamatzky]


Computação não-convencional

Você pode escolher o formato do seu computador - desktop, notebook, tablet, netbook -, sua cor, ou mesmo decorá-lo no seu próprio exercício de casemod.

Qualquer que seja a aparência da sua máquina, contudo, todos os computadores terão o mesmo genótipo: elétrons circulando através de pastilhas de silício.

Mas isso é comum demais para Adamatzky Andrew, professor de Computação Não-Convencional na Universidade de West England, na Grã-Bretanha, que está tentando construir computadores baseados em reações químicas.

Computador químico

Misturas de determinados compostos químicos formam algo que é conhecido como uma reação de Belousov-Zhabotinsky (BZ).

Essas reações emitem ondas que se auto-perpetuam, que podem ser usadas para construir portas lógicas e realizar cálculos rudimentares.

"Quando as ondas se chocam, elas podem morrer ou mudar de direção, e podemos interpretar isso como uma computação", explica Adamatsky.

Esta não é uma ideia totalmente nova, mas agora Adamatzky e seus colegas descobriram que os computadores químicos podem resolver alguns problemas em geometria computacional.

Estes novos computadores são coleções de pequenas bolsas químicas, chamadas vesículas, que podem produzir e combinar as ondas emitidas pela reação BZ (Belousov-Zhabotinsky).

Uma tentativa anterior utilizou uma malha hexagonal de vesículas, mas é difícil construir um arranjo regular. Assim, Adamatzky e seus colegas decidiram usar vesículas irregulares em sua computação nada convencional.



O objetivo dos pesquisadores é desenvolver componentes químicos e suas interconexões, formando arquiteturas funcionais capazes de fazer computações. [Imagem: NeuNeu]
Diagramas de Voronoi

Eles descobriram que um computador vesicular consegue calcular o diagrama de Voronoi de um conjunto de formas bidimensionais - uma tarefa que envolve essencialmente descobrir quais pontos em uma folha plana estão mais próximos a um determinado desenho.

Isso pode parecer por demais arbitrário, mas os diagramas de Voronoi têm uma ampla gama de aplicações, como o mapeamento da cobertura de uma rede de antenas de telefonia celular.

Os pesquisadores também utilizaram o computador químico para resolver um problema relacionado, descobrindo o esqueleto topológica de um formato.

Os resultados foram obtidos inicialmente em uma simulação em um computador normal, de silício e elétrons, mas Adamatzky afirmou que sua equipe está preparando um artigo científico que detalha os mesmos resultados obtidos com os produtos químicos reais.

Computadores implantáveis

É importante ressaltar que, no caso destes computadores químicos, trata-se unicamente de reações entre compostos.

Há pesquisas bastante adiantadas no campo dos computadores biológicos, onde os cálculos são feitos dentro de células ou através da programação de bactérias, sem contar os neurocomputadores.

O trabalho é parte de um amplo esforço para produzir computadores químicos, que Adamatzky afirma terem uma gama de aplicações: "Poderíamos construir computadores que sejam implantados no corpo humano", prevê ele.

Biocomputadores moleculares poderão revolucionar a Medicina

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=computadores-quimicos&id=010150110524&ebol=sim

Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras do planeta

Janaína Simões - Inova Unicamp - 24/05/2011



As terras raras são 17 elementos químicos muito parecidos, mas que diferem no número de elétrons em uma das camadas da eletrosfera do átomo. São agrupadas em uma família na tabela periódica porque ocorrem juntos na natureza e são quimicamente muito parecidos. [Imagem: Peggy Greb/USDA]


O Brasil pode ser dono de uma das maiores reservas de terras raras do planeta, mas, hoje, praticamente não explora esses recursos minerais.

As terras raras são usadas em superimãs, telas de tablets, computadores e celulares, no processo de produção da gasolina, e em painéis solares.

Estimativas da agência Serviços Geológico Norte-Americano (USGS), apontam que as reservas brasileiras podem chegar a 3,5 bilhões de toneladas de terras raras.

De olho no potencial brasileiro, a Fundação Certi, de Santa Catarina, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, e Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Rio de Janeiro, estão se articulando para dar apoio à iniciativa privada, caso o Brasil decida explorar esses recursos minerais e entrar no mercado.

Reservas de terras raras

Um mercado hoje inteiramente dominado pela China, responsável por 95% da produção e dona de 36% das reservas conhecidas. O valor do mercado mundial dos óxidos de terras raras é da ordem de US$ 5 bilhões anuais.

"Estamos nos estruturando para, caso alguém se interesse por entrar na mineração, a gente poder apoiar as iniciativas. Temos alguns projetos de pesquisa, mas começamos devagar porque se não amadurecer a mineração de terras raras no Brasil, não tem sentido a gente investir em pesquisa e desenvolvimento para exploração e produção", afirma Fernando Landgraf, diretor de inovação do IPT.

Como parte da ação das entidades acadêmicas de colocar o assunto em discussão e contribuir para o debate, Landgraf publicou um artigo no jornal Valor Econômico no dia 13 de abril, chamando a atenção para o potencial brasileiro.

Nos 3,5 bilhões de toneladas de terras raras, após os processos industriais que concentram e separam os elementos químicos que ocorrem de forma agregada nos minérios, há 52,6 milhões de toneladas de metal.

Essa estimativa do USGS consta no documento Os principais depósitos de elementos terras rara nos EUA - Um resumo dos depósitos domésticos e uma perspectiva global.

Com base em dados do geólogo da CPRM, Miguel Martins de Souza, publicados em revista científica especializada, a USGS calculou também que a reserva de 2,9 bilhões de toneladas de terras raras na mina de Seis Lagos, na Amazônia, resultaria em 43,5 milhões de toneladas de metal contido.

Em Araxá, Minas Gerais, em uma mina explorada pela Vale, haveria o segundo maior depósito brasileiro: a estimativa dada pelo documento é de 450 milhões de toneladas de terras raras e 8,1 milhões de metal contido para essa mina.

Terras raras

As terras raras são 17 elementos químicos muito parecidos, mas que diferem no número de elétrons em uma das camadas da eletrosfera do átomo. São agrupadas em uma família na tabela periódica porque ocorrem juntos na natureza e são quimicamente muito parecidos.

Também têm como característica comum os nomes complicados: lantânio, neodímio, cério, praseodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, escândio e lutécio.

Apesar do nome sugerir, esses metais não são tão raros como o ouro, por exemplo.

Se, até poucos anos atrás, não compensava para o Brasil entrar no setor, por não haver condições de competição com a China, o potencial das reservas brasileiras e o aumento dos preços das terras raras no mercado internacional podem tornar o negócio economicamente viável, defende o diretor do IPT.

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Preços em disparada

Em média, os preços das terras raras no mercado internacional praticamente triplicaram nos últimos anos, segundo Landgraf.

O óxido de neodímio, que em janeiro de 2009 custava US$ 15 o quilograma, em janeiro de 2011 atingiu o valor de US$ 150 o quilograma.

"Na hora em que o preço sobe tanto, o que não era economicamente viável há três anos pode se tornar viável no presente. E o Brasil está na posição de ter a maior reserva de terras raras no planeta", aponta.

Algumas reservas do Brasil são bem conhecidas, particularmente as de fosfato em Poços de Caldas, Araxá e Catalão. As terras raras estão contidas nos rejeitos da mineração de fosfato. "São minas que não estão mais na fase de pesquisa mineral, mas de pesquisa de viabilidade econômica: sabemos quanto tem, mas é viável economicamente concentrar?", explica Landgraf.

Surge nova geração de telas digitais baseada em elementos de terras raras


Os chamados superimãs, usados nos geradores de energia eólica e nos motores miniaturizados, são feitos de neodíminio, um dos componentes da família das terras raras. [Imagem: CREMC]
A China e as terras raras

O aumento de preços das terras raras está diretamente relacionado ao que ocorreu no mercado chinês, explica Landgraf. A preocupação com o meio ambiente aumentou muito na China nos anos mais recentes e o governo tem pressionado as empresas a melhorarem suas práticas.

Os produtores de terras raras estão sendo duramente atingidos, pois é uma atividade que causa elevado impacto ambiental na China. "Quando o governo chinês pressionou para organizar o aspecto ambiental da produção, muitas minas e pequenas empresas de processamento fecharam, diminuindo a oferta", acrescenta.

Além dessa contração no fornecimento, o mercado chinês não pára de crescer e o consumo de terras raras da China aumentou muito mais do que o consumo do resto do mundo.

"A China era exportadora porque não consumia muito, mas o aumento da demanda interna faz sobrar menos terras raras para serem exportadas", aponta. Há suspeita também de que os chineses estão adotando cotas de exportação, o que motiva outros países a comprarem mais desses minérios para estocar.

No ano passado, a China deu uma amostra de seu controle sobre o fornecimento de terras raras: embargou as exportações de terras raras para o Japão, em represália pela prisão de um comandante de um barco de pesca chinês em uma área marítima disputada por ambos os países. Os japoneses tiveram problemas, já que sua indústria é sustentada em produtos de alta tecnologia que usam as terras raras.

Diante desse panorama, os Estados Unidos, por exemplo, já elegeram as terras raras como recursos críticos para sua economia, igualmente baseada na produção e venda de produtos de alto conteúdo tecnológico. A empresa Molycorp Minerals, com operações na Califórnia, está investindo US$ 200 milhões para recolocar sua fábrica em operação.

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Terras raras no Brasil

No Brasil também se observa alguma movimentação. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, conversa com a Vale sobre a possibilidade de a mineradora entrar no negócio, algo que precisará do apoio do governo, de condições de financiamento favoráveis, melhoria no transporte e logística e de investimentos em P&D para que o empreendimento possa competir com a produção chinesa, como apontou reportagem do jornal Valor Econômico de 11 de maio.

"Cerca de 10 empresas no Brasil estão discutindo o tema [entrar na produção de terras raras]. A Vale é citada por ser a maior, mas há outras interessadas, que não se manifestam publicamente", conta o diretor do IPT.

Outra iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) está na negociação de um acordo de cooperação técnica em inovação com a Alemanha, pelo qual a projetos-pilotos de produção de superimãs, que usam terras raras, receberia apoio do Instituto Fraunhofer, conforme a citada reportagem do jornal paulista.

Outra iniciativa do governo, e que ganhou pouco destaque até agora, é a da empresa CPRM Serviços Geológicos do Brasil, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Ela começou a executar em 2011 o projeto Avaliação do Potencial dos Minerais Estratégicos do Brasil, que vai identificar novas áreas em todo o território brasileiro onde pode haver ocorrência de terras raras. O projeto deve durar três anos e receber R$ 18,5 milhões em recursos, vindos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Somente em 2011 o governo planeja investir quase R$ 2,4 milhões no projeto, segundo a CPRM.

Tecnologia para exploração das terras raras

Landgraf afirma que as tecnologias para mineração e processamento de terras são dominadas.

"A gente já soube fazer, no passado, e temos competência para produzir terras raras. Não há um desafio tecnológico intransponível", prossegue.

Ele recorda que o Brasil fez superimãs na década de 90. "Havia cinco grupos de pesquisa, pelo menos, fazendo superimãs, isso foi meu tema no doutorado. Chegamos a ter uma empresa produzindo superimãs; ela quebrou em 1994", comenta.

Para o diretor do IPT, o problema é econômico. "A questão é saber se alguém tem cacife para montar uma empresa no Brasil, ou se podemos fazer um conjunto de empresas entrar no ramo, e enfrentar um possível dumping chinês", analisa.

Do ponto de vista da pesquisa e do desenvolvimento, Landgraf explica que seria preciso estudar a produção em escala industrial. "A gente fez coisas em escala laboratorial, não em escala comercial. Então, se houver decisão empresarial e do governo e o País entrar nesse setor, o próximo desafio é fazer a escala piloto dos processos para chegar à escala industrial", diz.

Ele acrescenta que hoje o Brasil tem instrumento para financiar as plantas industriais previstas em projetos de P&D que operem em escala piloto, como é o caso do Funtec, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Tecnologia para o uso

Landgraf defende que o Brasil não seja um mero exportador de minerais, mas que desenvolva toda a cadeia de produção. Começa com a mineração e concentração das terras raras, etapas de menor valor na cadeia. A seguir passa pela indústria química, responsável por fazer a etapa de separação.

"Não existe imã de terras raras, existe imã de neodímio. As terras raras são quimicamente parecidas, então precisa separar uma da outra", explica. "A tecnologia necessária é relativamente sofisticada, mas sabemos fazer em universidades, institutos de pesquisa", prossegue.

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Ele comenta que, no passado, havia grupos de pesquisa na USP, no Cetem, e em outros centros que faziam, em laboratório, a separação, mas tudo se desarticulou nos anos 1990, quando a China começou a praticar preços baixos no mercado internacional. "São Paulo tem tradição nisso, tínhamos a empresa Orquima, que depois foi adquirida pela Nuclebras e passou a se chamar Nuclemon, posteriormente incorporada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB)", recorda.

O mercado para venda de terras raras é crescente. Hoje, o mundo consome 150 mil toneladas por ano de terras raras, de acordo com o diretor do IPT. O neodímio, elemento químico mais usado dentro desse grupo, está presente nos superimãs. Estes, por sua vez, são cada vez mais usados em motores que precisam ter dimensões pequenas, como os que regulam bancos e espelhos em automóveis mais luxuosos.

"São imãs que permitem miniaturizar os motores. Esse mercado vai crescer muito", aponta Landgraf. O gerador de energia eólica pode ser feito com os superimãs, outro nicho de aplicação que se expande com a necessidade de fontes renováveis de energia.

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O lantânio é usado para fabricar gasolina. Numa das etapas de produção do combustível na refinaria, os gases passam por cima de um catalisador de óxido de lantânio, que promove a junção das moléculas que formam a gasolina. "O Brasil consome 1.000 toneladas por ano de lantânio. Não é um grande mercado, mas se não tivermos lantânio, não fabricamos gasolina. Somos dependentes da China", destaca.

Os outros 12 elementos que formam o grupo terras raras são usados em menor quantidade em várias aplicações. O óxido de cério, por exemplo, é usado para polir lentes de óculos.

Nos LEDs brancos, que estão substituindo lâmpadas fluorescentes porque consomem menos energia, também se usa óxidos de terras raras. "O laser é verde, azul ou vermelho. Para obter a luz branca, o laser bate numa camada fluorescente branca e quem gera essa luz branca é uma mistura de óxidos de terras raras aplicada aos LEDs", explica. "Se o mercado de LEDs for crescer como indicam as projeções, será preciso muita terra rara", afirma.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=reservas-terras-raras-brasil&id=010160110524&ebol=sim

Batido recorde mundial de velocidade na transmissão de dados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/05/2011



O método de decodificação opto-elétrico é baseado em um cálculo puramente óptico, a fim de quebrar a alta taxa de dados em taxas de bits menores, que podem ser processadas eletricamente.[Imagem: Hillerkuss/Nature Photonics]


Feixe enciclopédico

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, conseguiram codificar dados a uma taxa de 26 terabits por segundo, em um único feixe de laser, transmiti-los a uma distância de 50 km, e então descodificá-los corretamente.

Este é o maior volume de dados já transportados por um único feixe de raio laser.

O processo desenvolvido pelo grupo permite transmitir o conteúdo de 700 DVDs em apenas um segundo, ou transmitir até 400 milhões de chamadas telefônicas ao mesmo tempo.

Com este experimento, a equipe do professor Jürg Leuthold bateu seu próprio recorde de velocidade de transmissão de dados, obtido em 2010, quando eles superaram o limite mágico de 10 terabits por segundo.

Cálculo óptico

O novo sucesso do grupo foi obtido graças a um novo processo de decodificação de dados.

O método de decodificação opto-elétrico é baseado em um cálculo puramente óptico, a fim de quebrar a alta taxa de dados em taxas de bits menores, que podem ser processadas eletricamente.

A redução óptica inicial das taxas de bits é necessária, já que não existe nenhum método de processamento eletrônico disponível para uma taxa de dados de 26 terabits por segundo.

Para codificar os dados, a equipe usou a técnica chamada multiplexação por divisão de frequência ortogonal (OFDM: orthogonal frequency division multiplexing), um processo que tem sido usado com sucesso em comunicações móveis.

"Nosso resultado demonstra que os limites físicos ainda não foram ultrapassados mesmo com taxas extremamente elevadas de dados," disse Leuthold.

Bibliografia:

26 Tbit s-1 line-rate super-channel transmission utilizing all-optical fast Fourier transform processing
D. Hillerkuss, R. Schmogrow, T. Schellinger, M. Jordan, M. Winter, G. Huber, T. Vallaitis, R. Bonk, P. Kleinow, F. Frey, M. Roeger, S. Koenig, A. Ludwig, A. Marculescu, J. Li, M. Hoh, M. Dreschmann, J. Meyer, S. Ben Ezra, N. Narkis, B. Nebendahl, F. Parmigiani, P. Petropoulos, B. Resan, A. Oehler, K. Weingarten, T. Ellermeyer, J. Lutz, M. Moeller, M. Huebner, J. Becker, C. Koos, W. Freude, J. Leuthold
Nature Photonics
22 May 2011
Vol.: Advance online publication
DOI: 10.1038/nphoton.2011.74
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=recorde-mundial-transmissao-dados&id=020175110523&ebol=sim