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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Obesidade se alastra em ritmo alarmante, indica estudo da OCDE



Pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico aponta aumento da taxa de obesidade em diversas nações e alerta para as consequências do que chama de "epidemia mundial".
Obesidade atinge centenas de nações
A obesidade tem se tornado um dos principais problemas de saúde nos 33 países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo o estudo divulgado nesta quinta-feira (23/09) pela entidade, metade de todos os cidadãos nos países da organização, incluindo um terço das crianças, está com sobrepeso. Muitas vezes, o problema começa em casa. Filhos de pais obesos têm até quatro vezes mais chances de desenvolver o mesmo problema, se comparados com crianças de pais com peso normal.
Uma das razões para isso é o fato de as crianças assumirem os hábitos alimentares pouco saudáveis dos pais, comendo mal e se movimentando pouco, afirma o estudo.
No topo da lista de países com maiores índices da doença, segundo a OCDE, encontram-se os Estados Unidos e o México, onde duas em cada três pessoas estão acima do peso e uma em cada três é considerada obesa.
Filhos de obesos têm mais risco de desenvolver a doença
Só na Alemanha, 60% dos homens e 45% das mulheres estão acima do peso. O problema vai além, um em cada seis alemães apresenta obesidade doentia. Em toda a Europa, o quadro só é pior no Reino Unido, Espanha e Grécia.
Risco de morte prematura
Cada 15 quilos a mais representam um risco 30% maior de morte prematura, escreve o documento. Além disso, os quilos em excesso também são vistos como desvantagem no ambiente profissional. Os funcionários obesos recebem salários até 18% mais baixos do que os de peso normal, revela a OCDE.
Antes de 1980, o problema era pouco conhecido. Dados mostram que até 30 anos atrás, apenas 10% das pessoas eram consideradas obesas. No entanto, de lá para cá, a doença se tornou uma epidemia mundial. E a OCDE adverte: em 10 anos, mais de dois terços da população mundial poderá sofrer de excesso de peso.
As razões são muitas: aumento da oferta de produtos alimentícios, maior consumo de comidas prontas e de fast food, sedentarismo, trabalho excessivo e estresse.
A organização critica ainda os subsídios agrícolas, que baratearam os alimentos, e a política de transportes, que incentiva o uso de carros em detrimento do transporte público e do uso da bicicleta.
Iniciativas contra a obesidade
Campanhas podem incentivar hábitos saudáveis
As estratégias da luta contra a obesidade precisam vir de um esforço conjunto entre política e economia, conclui o estudo. Campanhas que promovam a saúde e o bem-estar, e uma maior regulamentação estatal poderiam salvar centenas de milhares de pessoas que morrem de doenças crônicas decorrentes do sobrepeso.
Tais pacientes representam 75 mil pessoas a cada ano na Itália, 70 mil na Inglaterra e 40 mil no Canadá, por exemplo. Para evitar as mortes, seria necessário um investimento entre 10 e 30 dólares por paciente, conclui a OCDE.
A Organização Mundial da Saúde define como vítimas de sobrepeso os adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 30. Pessoas com índice mais alto são tidas como obesas. Para calcular o IMC, deve-se dividir o peso corporal pela altura ao quadrado.
MDA/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuqueque

Bases científicas abertas no Japão ultrapassam 1 milhão de artigos


Serviço, em japonês e inglês, reúne mais de 200 repositórios de produção científica e tecnológica com conteúdo disponível e gratuito
Notícias


21/06/2012
Agência FAPESP – O número de artigos científicos e tecnológicos e outros registros em bases de acesso livre no Japão ultrapassou a marca de 1 milhão.
O anúncio foi feito pela Jairo (sigla para “Repositórios On-line Institucionais Japoneses”), um serviço do Instituto Nacional de Informática do país que reúne metadados de mais de 200 bases individuais japonesas de artigos científicos.
milionésimo artigo foi publicado no dia 1º de junho, na base de dados de Kagoshima, intitulado “Studies on the Relationship between the Gear-types and the Fishing Efficiencies in the Trawl Nets II : Relationship between the Towing Force of the Trawler and the Catch of the Eastern Net”.
Mais informações sobre a Jairo: http://jairo.nii.ac.jp/en
 

NASA: asteroide pode atingir a Terra em 2040


Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/06/2012

NASA: há chances de que asteroide atinja a Terra em 2040
A expectativa será se, em Fevereiro de 2023, o 2011 AG5 passará ou não através de uma região no espaço que os astrônomos chamam de "buraco de fechadura", medindo 365 quilômetros de diâmetro. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
2011 AG5
Em uma nota confusa divulgada nesta sexta-feira, mostrando um claro conflito entre o desejo de não causar alarme e a necessidade de ater-se com fidelidade às informações disponíveis, a NASA anunciou os resultados das observações do asteroide 2011 AG5.
As observações feitas até o momento indicam que há uma pequena chance de que o asteroide 2011 AG5, descoberto em janeiro de 2011, atinja a Terra em 2040, diz a nota, embora a manchete no site da NASA diga o contrário.
Mas a pequena chance de impacto foi consensual entre os participantes de um encontro internacional promovido pela NASA para discutir as observações do asteroide feitas por astrônomos de todo o mundo, usando telescópios terrestres e espaciais.
O 2011 AG5 mede 140 metros de diâmetro.
Segundo a agência espacial, é provável que as observações ao longo dos próximos 4 anos reduzam a probabilidade do impacto para menos de 1%.
Buraco de fechadura
O nível de risco vai ganhar ainda mais clareza em 2023, quando o asteroide chegará a aproximadamente 1,8 milhão de quilômetros da Terra.
A expectativa será se, em Fevereiro de 2023, o 2011 AG5 passará ou não através de uma região no espaço que os astrônomos chamam de "buraco de fechadura", medindo 365 quilômetros de diâmetro.
Se ele passar por essa região, a atração gravitacional da Terra poderá influenciar a órbita do asteroide o suficiente para trazê-lo de volta para uma rota de colisão, que ocorreria em 05 de fevereiro de 2040.
Se o asteroide não passar pelo buraco da fechadura, um impacto em 2040 será descartado.
"Dado o nosso entendimento atual da órbita deste asteroide, há apenas uma chance muito remota de que esta passagem pelo buraco de fechadura ocorra," disse Lindley Johnson, do programa NEO, da NASA (Near-Earth Object Observation, observação de objetos próximos à Terra).
Estado de atenção
"Embora haja um consenso geral de que há apenas uma chance muito pequena de que poderíamos estar lidando com um cenário de impacto real para este objeto, continuaremos atentos e prontos para tomar medidas se as observações adicionais indicarem que ele está garantido," disse Johnson.
Vários anos atrás, um outro asteroide, chamado Apophis, foi considerado uma ameaça, com uma possibilidade de impacto semelhante prevista para 2036.
Observações adicionais, feitas entre 2005 e 2008, cientistas da NASA refinaram seus cálculos da trajetória do asteroide, mostrando uma probabilidade significativamente reduzida de um impacto com a Terra.
Embora os cientistas esperem que o mesmo ocorra com o 2011 AG5, eles reconhecem a pequena chance de que as probabilidades calculadas aumentem com os resultados das observações a serem feitas entre 2013 e 2016.
De acordo com os especialistas que participaram do evento, mesmo se essas chances aumentarem, haverá tempo suficiente para planejar missões para mudar o curso do asteroide.

Físicos propõem existência de Universo paralelo


Joan Robinson - 18/06/2012

Físicos propõem existência de Universo paralelo
O desaparecimento repentino de nêutrons, que não pode ser explicado pela física atual, pode ser o sinal da existência de um universo-espelho. [Imagem: Andrey Prokhorov/Site Inovação Tecnológica]
Partículas-espelho
Uma anomalia no comportamento de partículas subatômicas comuns pode ser o sinal da existência de partículas-espelho, que transitam entre o nosso Universo e um universo paralelo.
O fenômeno também poderia oferecer uma explicação para a matéria escura, como hoje os cientistas chamam um ponto de interrogação que representa a massa que parece estar faltando no Universo.
Dois cientistas italianos usaram a hipótese da existência das partículas-espelho para explicar uma anomalia nos experimentos, onde os nêutrons parecem desaparecer.
A existência dessa matéria-espelho tem sido sugerida em vários contextos científicos nos últimos tempos, incluindo a procura de candidatos adequados para explicar a matéria escura.
Os físicos Zurab Berezhiani e Fabrizio Nesti, da Universidade de L'Aquila, reanalisaram os dados experimentais obtidos pelo grupo de pesquisa de Anatoly Serebrov, no Instituto Laue-Langevin, França.
Mistério dos nêutrons que desaparecem
Eles mostraram que a taxa de perda de nêutrons livres muito lentos parece depender da direção e da intensidade do campo magnético aplicado.
Essa anomalia não pode ser explicada pela física conhecida.
Os cientistas acreditam que a perda de nêutrons pode ser interpretada à luz de um mundo paralelo hipotético formado por partículas-espelho.
Físicos propõem existência de Universo paralelo
Os nêutrons parecem estar oscilando na fronteira entre dois universos paralelos, indo e voltando de um para o outro. [Imagem: Berezhiani/Nesti]
Cada nêutron teria a capacidade de fazer uma transição para esse seu gêmeo invisível, e voltar, oscilando de um mundo para o outro.
A probabilidade dessa transição foi calculada como sendo dependente da presença de campos magnéticos.
Assim, o mundo invisível das partículas-espelho poderia ser detectado experimentalmente.
Essa oscilação nêutron-espelho-nêutron pode ocorrer em uma escala temporal de poucos segundos, segundo os pesquisadores.
Matéria escura
A possibilidade desse desaparecimento rápido de nêutrons - muito mais rápido do que o decaimento de nêutrons, com seus 10 minutos de duração - embora surpreendente, não pode ser excluído pelos atuais limites experimentais e astrofísicos.
Esta interpretação é sujeita à condição de que a Terra possui um campo magnético espelho da ordem de 0,1 Gauss.
Tal campo pode ser induzido por partículas-espelho flutuando na galáxia - algo como a matéria escura.
Hipoteticamente, a Terra poderia capturar a matéria-espelho por meio de interações fracas entre as partículas comuns e as partículas desses mundos paralelos.
Bibliografia:

Magnetic anomaly in UCN trapping: signal for neutron oscillations to parallel world?
Zurab Berezhiani, Fabrizio Nesti
European Physical Journal C
Vol.: 72, Number 4 (2012)
DOI: 10.1140/epjc/s10052-012-1974-5

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Célula a combustível gera eletricidade com energia do cérebro


Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/06/2012

Célula a combustível gera eletricidade com energia do cérebro
Células a combustível a glicose de várias dimensões, estampadas sobre uma pastilha de silício de 15 centímetros de diâmetro. [Imagem: Rapoport et al./PLoS ONE]
Implantes cerebrais
Talvez não seja preciso apelar para aeletricidade sem fios para alimentar marca-passos e outros implantes médicos.
Engenheiros do MIT, nos Estados Unidos, desenvolveram uma célula a combustível que gera eletricidade a partir do mesmo açúcar que abastece as células humanas, a glicose.
A principal característica do dispositivo, contudo, é que ele já nasceu visando a aplicação que se tem em mente: ele foi projetado para ser implantado no cérebro humano.
Segundo os pesquisadores, quando totalmente desenvolvida, a célula a combustível alimentada por glicose poderá ser usada para abastecer sobretudo os delicados implantes cerebrais, que ajudarão pacientes com paralisia a reconquistar seus movimentos.
Energia do açúcar
Rahul Sarpeshkar e seus colegas construíram a célula a combustívelsobre um chip de silício, o que permite que ela seja integrada com outros circuitos eletrônicos miniaturizados, como é típico dos implantes médicos, sobretudo aqueles voltados para inserção no cérebro.
A ideia não é exatamente nova: uma célula a combustível alimentada a glicose foi usada para alimentar um marca-passos nos anos 1970. Mas a ideia foi abandonada com o surgimento das baterias de lítio, capazes de fornecer uma potência maior.
Aqueles protótipos também usavam enzimas que se degradavam rapidamente, inviabilizando o uso das células a glicose por longos períodos.
Mas a nova célula a combustível construída em um chip de silício não tem componentes biológicos: ela usa um catalisador de platina para capturar elétrons da glicose, imitando a atividade das enzimas celulares que quebram a glicose para gerar ATP.
Célula a combustível gera eletricidade com energia do cérebro
O "gerador cerebral" poderá gerar eletricidade apenas entrando em contato com o fluido cerebroespinhal, que fica entre o cérebro e o crânio. [Imagem: Rapoport et al./PLoS ONE]
Energia do cérebro
O protótipo de célula a combustível a glicose gera algumas centenas de microwatts (1-100 µW cm2), o suficiente para alimentar um implante neural.
Benjamin Rapoport, que construiu a célula, afirma que o equipamento poderia tirar todo o seu combustível do fluido cerebroespinhal, que separa o cérebro do crânio.
A equipe do Dr. Sarpeshkar é pioneira em um campo que tenta interligar a biologia com a eletrônica - não a eletrônica digital, mas a eletrônica analógica:
Bibliografia:

A Glucose Fuel Cell for Implantable Brain-Machine Interfaces
Benjamin I. Rapoport, Jakub T. Kedzierski, Rahul Sarpeshkar
PLoS ONE
Vol.: Published online
DOI: 10.1371/journal.pone.0038436