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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Banco Central muda regras para fornecimento e sustação de cheques




SÃO PAULO - O CMN (Conselho Monetário Nacional) do Banco Central aprovou nesta quinta-feira (28) resolução que muda algumas regras de fornecimento, devolução e oposição ao pagamento de folhas de cheques.

A nova resolução determina que as instituições financeiras adotem procedimentos próprios para o fornecimento de cheques aos correntistas e criem mecanismos para inibir práticas como cancelamentos indevidos e uso de folhas de cheques roubadas.

“O objetivo é aumentar a segurança, a transparência e a credibilidade desse instrumento de pagamento”, disse o CMN, em nota.

Medidas
Entre as medidas estabelecidas pela resolução, os bancos passam a ser obrigados a deixar claro para seus clientes quais são os critérios para o fornecimento e uso do cheque, além de manterem os correntistas orientados sobre as medidas necessárias, no caso de descumprimento do contrato.

Segundo o CMN, as regras para o fornecimento de folhas de cheques devem fazer parte dos contratos. Essas regras devem se basear, entre outros aspectos, em restrições cadastrais, histórico de ocorrências com cheques, suficiência de saldo, estoque de folhas de cheque em poder do correntista, registro no cadastro de emitentes de cheques sem fundos e regularidade dos dados e documentos de identificação do correntista.

Impressão da data no cheque
O CMN também tornou obrigatória a impressão da data de confecção nas folhas de cheque, o que, segundo o conselho, criará mais um parâmetro de avaliação para aqueles que recebem o cheque.

Além disso, “a medida contribuirá para o aperfeiçoamento do controle do estoque de folhas de cheque mantido pelo correntista, evitando as folhas com data muito antiga”, diz a nota.

Boletim de ocorrência
Nos casos de sustação por furto, roubo ou extravio de folhas de cheque em branco, será exigida a apresentação de boletim de ocorrência policial, assim como já ocorre com os cheques preenchidos pelo correntista.

Ao mesmo tempo, com as novas medidas, não poderão ser anuladas a sustação e a revogação de cheques furtados, roubados ou extraviados, devolvidos pelo sistema de compensação.

Informações sobre ocorrências
A nova resolução também torna obrigatório que os bancos disponibilizem informações sobre diversas ocorrências relativas a um determinado cheque, “visando aumentar a segurança no momento do recebimento do cheque, notadamente pelos estabelecimentos comerciais”.

Segundo o CMN, essas informações vão permitir que o recebedor saiba, no ato da apresentação para o pagamento, se o cheque está bloqueado por falta de confirmação de recebimento pelo correntista, ou se o documento está vinculado a conta de depósitos encerrada, entre outras ocorrências.

Fornecimento de dados do depositante
Por fim, a resolução obriga que, em caso de inclusão do emissor do cheque no CCF (cadastro de cheques sem fundos), os bancos forneçam o nome completo e o endereço residencial e comercial do beneficiário-depositante ao emissor de cheque, mediante apresentação do cheque e autorização do beneficiário.

“Essa medida permite que os correntistas incluídos no CCF localizem o beneficiário do título e regularizem o débito, sem necessidade de aguardar cinco anos para a exclusão automática da ocorrência”, diz a nota do CMN.

Prazo
O Banco Central estipulou um prazo de seis meses para que os bancos comecem a imprimir a data de confecção da folha de cheque e de 12 meses para as alterações contratuais com os correntistas e para a disponibilização das informações sobre cheques.

Fonte:http://br.finance.yahoo.com/noticias/Banco-Central-muda-regras-inmoney-1828268035.html

Trem-bala pode ajudar a ampliar rede de fibra óptica no Brasil

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a iniciativa pode ser implementada por meio de decreto.

O governo brasileiro anunciou hoje (28/4) intenções de aproveitar as grandes obras, como o projeto de Transporte de Alta Velocidade (TAV), para ampliar a rede de fibra óptica do País. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que é provável que a medida seja implementada por meio de decreto presidencial.

As obras do TAV, que prevê a ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e Campinas, passando por São Paulo, por meio de trem de alta velocidade, farão uso de fibras ópticas. “É provável que, por meio do decreto, todas as obras do governo sejam obrigadas a usar fibras ópticas”.

Entre as obras que teriam essa obrigação, além do TAV, estão algumas previstas para a Copa de 2014, na área de mobilidade urbana. Segundo o ministro, a Copa deixará legados que servirão para a difusão de internet.

Paulo Bernardo apontou a precariedade da rede de distribuição (backhaul) em cidades de menor porte como uma preocupação. Ele também destacou a necessidade de dar condições para o aumento da velocidade da banda larga, a preços mais acessíveis. A previsão do ministro é que o Estado invista entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7 bilhões apenas nessas frentes.

Bernardo aproveitou a ocasião para defender que os custos de implantação do Plano Nacional de Banda Larga sejam cobertos por meio de parcerias entre o poder público e empresas privadas. Além disso, o ministro confirmou a bronca que levou da presidente Dilma Rousseff sobre a velocidade da banda larga e reiterou que as empresas que prestam serviços terão a obrigação de baixar preços.

*Com informações da Agência Brasil

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/negocios/2011/04/28/trem-bala-pode-ajudar-a-ampliar-rede-de-fibra-optica-no-brasil/

Reconhecimento de voz sai da ficção

Embora ainda tenha muito a avançar, tecnologia ganha impulso com computação em nuvem e mobilidade.

O primeiro (e último) contato com a tecnologia de reconhecimento de voz acontecia apenas quando o usuário acabava de comprar seu celular ou outro dispositivo e utilizava aplicações embarcadas neles para realizar operações por meio de voz. O funcionamento precário, no entanto, freava seu avanço. Mas o poder computacional da nuvem e os novos esforços para desenvolvimento estão tornando o recurso cada vez mais utilizável. E esse cenário só tende a melhorar.

De acordo com o gerente geral de Voz da Microsoft, Zig Serafin, um dos grandes motores da tecnologia é a computação em nuvem. Tanto, que um dos mais importantes sistemas de nuvem da companhia é dedicado justamente ao reconhecimento de voz. Isso porque são vários serviços reunidos. Talvez o mais essencial, do ponto de vista de faturamento, sejam os serviços telefônicos baseados em respostas de voz usados por grandes companhias como Orbitz e American Airlines. Mas entra também a tecnologia que possibilita aos usuários móveis do Bing fazer buscas por voz e ainda aos donos de automóveis Ford usar a voz para solicitar direções ao GPS do computador de bordo. Todos baseados na mesma nuvem.

A entrada da Microsoft nesse campo ocorreu em 2007, com a aquisição da empresa Tellme, na época em que a tecnologia era pouco usada. Mas, de acordo com a Microsoft, o avanço foi o suficiente para que 20% de todas as buscas oriundas de aparelhos móveis pelo Bing sejam feitas por voz. “Antes disso, tentar usar software de voz do próprio celular era doloroso, mesmo se a tentativa fosse em uma sala silenciosa”, relembra o analista da IDC, Will Stofega.

A nuvem é usada pela Microsoft também para coletar informações sobre como as pessoas usam o serviço, buscando melhorias. Um exemplo: se o usuário fala “restaurante italiano São Paulo” para o Bing, em seu dispositivo com Windows Phone 7, a empresa verifica se o usuário clica em um resultado, presumindo que ele encontrou a resposta. Em vez disso, é possível que ele tente a consulta outra vez, indicando que a Microsoft provavelmente não obteve reconhecimento preciso. As informações sobre a conectividade do telefone também são coletadas, já que problemas nesse aspecto, em muitos casos, podem ser culpados por resultados pobres. “Todos esses dados ajudam a basear a ciência do sistema”, diz Serafin.

É um processo parecido com o do Google, que tem serviço semelhante de busca por reconhecimento de voz e também realiza processamento de ponta a ponta das informações para aprender a forma como os usuários lidam com o serviço. Novamente, a nuvem entra como uma das protagonistas no processo.

Com todo seu sistema, a Microsoft recebe cerca de 11 bilhões de requisições de reconhecimento de fala ao ano. Nos novos dispositivos com Windows Phone 7, basta o usuário segurar o botão de início para abrir o mecanismo de fala, que além de buscas, pode ser utilizado para controlar muitas aplicações nos dispositivos.

Esse grande volume de informações é peneirado em um centro de operações de rede da Microsoft no Vale do Silício e boa parte das requisições é realizada por um mecanismo que processa informações de maneira automática. Uma parcela dos dados passa por olhar mais próximo de especialistas que podem pensar em realizar mudanças no sistema.

A habilidade em aprender com a massa de dados, na nuvem, é um dos fatores que vai permitir à Microsoft atingir a próxima etapa no reconhecimento de voz, patamar que a tecnologia chama de entendimento conversacional. “Nessa fase, as tecnologias de fala terão a possibilidade de interagir com aplicações múltiplas”, destaca o diretor sênior da Microsoft para Negócios, Ilya Bukshteyn.

A solução almejada é bastante ambiciosa. Bukshteyn cita um exemplo no qual ele poderia dizer :”Achar um lugar para eu e Serafin jantarmos na segunda-feira”. Em um estágio avançado, o sistema poderia automaticamente checar a agenda dos dois envolvidos para descobrir se eles estão na mesma cidade, se têm horários compatíveis e se já comeram sushi alguma vez na vida. O telefone poderia, então, sugerir a Bukshteyn um restaurante de sushi na cidade de ambos.
Enquanto não é alcançado a esse grau de sofisticação, o que a Microsoft quer é se manter à frente do Google, um competidor emergente nesse espaço na opinião de Serafin. A Microsoft defende que está na ponta porque possui um sistema capaz de apurar mais detalhes e informações, além de já ter ofertas baseadas na mesma plataforma para uma variedade de tipos de usuários, incluindo aficionados por jogos de console, usuários de telefones e motoristas.

Bern Elliot, analista do instituto de pesquisas Gartner, concorda que há uma vantagem clara. “Com a aquisição da Tellme, eles atingiram um grau de alcance de sistemas, tanto locais quanto em nuvem. Com isso, a Microsoft consegue entregar sistemas de busca para um número grande de mercados”, avalia.

Apesar de estar supostamente atrás, o Google não deixa de procurar avanços, tanto é que recentemente comprou uma empresa chamada Phonetic Arts, que talvez tenha o potencial de colocá-lo em condições de igualdade com a Microsoft. Foi o que deu a entender nos comentários que se sucederam à aquisição.

Mesmo assim, Sofega, da IDC, afirma que a Microsoft mantém a vantagem de ter soluções em andamento e conseguido oferecer boa experiência para o usuário. Ele cita um detalhe simples, que faz a diferença: em telefones com Windows 7 Mobile, o usuário consegue visualização do progresso de busca, por meio de pequenos pontos, enquanto a consulta é processada. “Não é tão tecnológico, mas do ponto de vista do usuário, é algo importante”, diz.

A interface do Windows 7 Mobile, que agradou Sofega, deve basear uma identidade a ser usada por todos os serviços da Microsoft relacionados ao reconhecimento de voz. Dessa forma, os usuários entenderiam que a dinâmica de funcionamento é igual, seja usando Kinect, Windows Phone ou outro dispositivo que use a mesma tecnologia.

Embora a conversa concentre-se em Google e Microsoft, há um terceiro na arena: a Nuance, líder em um campo de desenvolvedores de tecnologia de reconhecimento de voz. “A companhia tem a reputação de possuir a melhor tecnologia do mercado”, diz Elliot. No entanto, a empresa pode ser comprada. E rumores do mercado apontam para um interesse da Apple, o que tornaria a briga por esse mercado ainda mais interessante.

De forma geral, os avanços na indústria do reconhecimento de voz são animadores, mas ainda existe trabalho a fazer. “Há alguns problemas, como a interferência provocada por ruídos de fundo, entre outros temas não resolvidos”, destaca Sofega.

O próximo passo
O avanço perseguido pela Microsoft em tecnologia conversacional é também a grande meta de qualquer pessoa envolvida na engenharia de tecnologias de fala. Pergunte a alguém qual é o próximo passo para uma tecnologia mais abrangente e de adoção em massa e a resposta será: processamento de linguagem natural.

O vice-presidente de Gestão de Marketing e Produtos da Nuance, Matt Revis, descreve isso como um sistema que entende o que você quer dizer, não somente o que você fala. E tudo isso sem limitações na forma como o usuário fala algo. Ele afirma que a meta é fazer o sistema ser capaz de entender frases tão complexas como “Mande uma mensagem de texto para Raquel dizendo que chegarei com 20 minutos de atraso”.

Na visão dos fornecedores, a oferta de tecnologias com esse grau de sofisticação representa desafio dobrado. “Primeiro, é necessário reconhecer as tarefas e depois interpretar o significado. A primeira parte está ficando mais fácil, mas a segunda ainda é algo distante. Significado depende de contexto e é um campo incerto, sendo que os próprios humanos têm dificuldades de interpretar frases de outras pessoas”, opina o gerente de Produtos do Google, Amir Mane.

O gerente de produto sênior do time da Microsoft, responsável pela incorporação da TellMe, Abhi Rele, acredita que os serviços adicionais típicos dos smartphones, como a bússula ou o GPS, são recursos que podem aumentar a exigência por processamento de linguagem natural, apesar da dificuldade de alcançar a tecnologia.

Muito a melhorar
Os fornecedores gostam de destacar as futuras possibilidades dos serviços de reconhecimento de voz, mas o fato é que eles ainda estão muito distantes de algo que possa ser aplicado cotidianamente e ainda desagradam bastante os usuários, mesmo os que mostram boa vontade em usar intensamente as aplicações.

O líder de ciências de computação da Universidade de Rochester, James Allen, diz que é excessiva a frustração que tais produtos geram do ponto de vista da experiência do usuário. Conquistá-lo por vezes é um desafio que supera a lógica e o entendimento sobre as tecnologias. Um exemplo são soluções de reconhecimento de voz utilizados por sistemas automatizados de help desk e outros tipos de atendimento de call center. Eles são relativamente eficientes e entendem o que os humanos dizem 98% das vezes. Mesmo assim, as pessoas ainda têm resistência em usar esse tipo de tecnologia.

E o motivo da resistência é o fato de esses sistemas não seguirem um rumo de conversa natural. Alguns centros de atendimento de grandes empresas implementaram as soluções e uma voz realiza perguntas que devem ser respondidas pelo usuário. Existe um roteiro por trás dessas questões e um número limitado de respostas que são entendidas, já que elas são dirigidas.“Não se trata de responder ao que a pessoa procura, mas de descobrir o que realmente ela precisa”, diz Allen.

Esses sistemas, na verdade, são um composto de tecnologias diferentes. Há o reconhecimento de voz, ou a habilidade do computador em entender e traduzir, de forma bem-sucedida, o que o interlocutor está dizendo. A outra tecnologia é o processamento de linguagem, que tenta converter o que o interlocutor está falando em um comando para o computador executar, ou resumir para um operador humano.

Grandes avanços foram feitos nessas duas tecnologias nos últimos anos, o que não significa que a experiência para o usuário sofreu grande reviravolta. “Quando ligamos para esses telefones, é porque já temos algum problema. E, para alguns, lidar com esses sistemas pode representar verdadeira batalha”, diz Allen, que lidera uma pesquisa acadêmica, em andamento, na qual procura formas de estabelecer uma conversa com a máquina da mesma maneira que seria com outro ser humano.

Mesmo respostas muito simples algumas vezes são complicadas para o sistema. Em suas pesquisas de campo, Allen gravou conversas em locais públicos, como estações de trem, por exemplo. Em uma delas, o interlocutor dizia para uma atendente somente “8:50 para Windor?”. Compreendendo a pergunta, a atendente logo disse “Portão 10, atraso de 20 minutos”. Para um ser humano, é muito fácil saber exatamente o que se pretende com essa pergunta, mas sistemas computadorizados não têm essa inteligência.

Na visão de Allen, dois elementos faltam para os sistemas modernos: a habilidade de analisar o que o interlocutor está dizendo e conversar com ele para obter mais informações que ajudem a chegar ao entendimento sobre o que quis dizer e chegar à resposta correta. “Várias das soluções de processamento de linguagem natural de prateleira tendem à superficialidade. Não há tecnologia que dê significado às sentenças”, diz Allen. Entre as ferramentas que teriam o potencial de melhorar os sistemas estão as de processamento estatístico e de definição de palavras que ajudem a encontrar relações e aproximem a máquina da resposta certa.

Outros cuidados que precisariam ser tomados: ao estabelecer uma conversa, a máquina precisa pedir mais informações para o interlocutor e ter grande capacidade para processar tudo cumulativamente, sem irritar os usuários com perguntas que já foram respondidas de alguma forma. “Esse é o futuro, é o que todos querem que os sistemas façam e creio que já estamos próximos de criar sistemas de diálogo nesse grau de complexidade”, atesta.

A ideia já está em protótipo. Allen e um grupo de pesquisadores projetaram um programa chamado Cardiac, que tenta reproduzir as questões que uma enfermeira perguntaria para o paciente com doença do coração. O programa foi criado com financiamento de um instituto de saúde do governo norte-americano. Allen garante que a tecnologia já conta com recursos para não repetir perguntas e para manter questionamentos somente sobre o que ainda é necessário.

Outro software de Allen e do seu time, chamado Plow, é capaz de dar ao computador capacidade de aprendizado no reconhecimento de voz. “É um sistema que possibilita ao usuário ensinar o sistema a fazer coisas por ele por meio do diálogo”, diz.

Como exemplo, Allen demonstrou o programa aprendendo como navegar por restaurantes próximos usando um browser. O usuário abre um navegador, visita um site de localização de restaurantes, digita o tipo de local buscado e onde fica e depois copia e cola os resultados em uma página em branco. Enquanto faz isso, descreve cada passo com a voz, ao mesmo tempo em que os realiza.

Nesse processo, o Plow reconhece e grava cada passo e responde por som toda vez que um passo é compreendido. Mais tarde, quando o usuário quiser buscar outro restaurante, o programa automaticamente realiza os mesmos passos, produzindo outra lista automaticamente em uma página. O desenvolvimento do programa foi financiado pelo departamento de defesa do governo norte-americano.

O que isso pode acrescentar? Quanto mais informações, mais fácil fica construir sistemas de processamento de linguagem humana, algo com o qual o cientista chefe da Microsoft, Larry Heck, concorda. “Se não houver dados, não interessa o grau de sofisticação dos algoritmos. Os sistemas simplesmente não vão funcionar adequadamente”, diz.

Para Heck, um caminho para encontrar mais informações seriam as pesquisas de mecanismos de buscas. As pessoas já estão treinadas a estruturar buscas em uma série de palavras-chave, em vez de escrever sentenças inteiras descrevendo o que precisam. Os conjuntos de resultados poderiam ajudar os sistemas no melhor entendimento sobre o que as pessoas procuram com determinados termos.

A previsão de Heck é que mais pessoas usem sistemas ativados por voz de diversos fornecedores, que aos poucos vão conquistar mais inteligência necessária para, com o tempo, melhorar os sistemas de processamento de linguagem natural.

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/04/29/reconhecimento-de-voz-sai-da-ficcao/

Toyota investe em abastecimento sem fio para carros elétricos

Tecnologia desenvolvida pela companhia americana WiTricity pode facilitar e agilizar o processo para 'recarregamento' do veículos



A WiTricity anunciou nesta quarta-feira (28/4) que assinou um acordo com a montadora Toyota para o desenvolvimento de um carregador wireless para carros elétricos da companhia, como o Prius. A pequena empresa baseada em Massachusetts é responsável pelo desenvolvimento da tecnologia que permite a transmissão de eletricidade sem fio entre dispositivos.

Com a tecnologia, a Toyota espera tornar o carregamento dos carros mais práticos. Bastaria que o usuário estacionasse ao lado de um ponto de recarga e aguardasse o abastecimento, sem a necessidade de nenhuma conexão entre fios.

Diferente de outros métodos de indução elétrica, o sistema desenvolvido pela WiTricity não requer qualquer tipo de contato entre e a fonte de energia e o dispositivo a ser carregado. Através de um emissor de ressonância magnética a eletricidade seria transferida para um receptor instalado no carro. Segundo a companhia, a energia pode ser transferida sem dificuldades através de obstáculos como paredes.

A Toyota não é a primeira montadora a se interessar em tecnologias para o carregamento sem fios em carros elétricos. Em janeiro do ano passado, a General Motors anunciou uma parceria com a Powermat em uma apresentação durante a Consumer Electronics Show (CES).

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/carro_tecnologia/noticias/toyota_investe_em_abastecimento_sem_fio_para_carros_eletricos

Governo brasileiro impõe Belo Monte com brutalidade assustadora, diz documentarista



Indígena lava o rosto no Rio Xingu durante protesto contra hidrelétrica
Martin Kessler atua como jornalista há 25 anos e investigou o polêmico projeto da usina hidrelétrica que o governo brasileiro quer construir no rio Xingu. Brutalidade do governo brasileiro o espanta.

Martin Kessler esbarrou na história de Belo Monte por acaso. Em 2008, o documentarista alemão iniciou a pesquisa para um filme a ser apresentado no Fórum Social Mundial do ano seguinte. Realizando em Belém do Pará, o encontro tinha como tema a Amazônia.

Dali nasceu Um outro mundo é possível? A luta na Amazônia, filmado durante seis meses em comunidades indígenas e cidades que serão afetadas pela polêmica usina hidrelétrica de Belo Monte. Kessler não conseguiu mais abandonar o tema e lançou, recentemente, um novo vídeo: Count–Down no Xingu, filmado em janeiro e fevereiro de 2011.

O documentarista conversou com a Deutsche Welle sobre seu processo de imersão no tema brasileiro: suas descobertas feitas durante as filmagens, os interesses europeus em jogo no projeto Belo Monte, e a discussão do assunto pela comunidade internacional.

Deutsche Welle: O senhor se surpreendeu com tudo o que encontrou e descobriu sobre Belo Monte?

Martin Kessler: Eu fiquei mais chocado com a brutalidade com a qual o governo de então – também o novo governo – executa esse projeto, a obstinação com que essa ideia tem sido perseguida ao longo dos anos, apesar de todas as deficiências já tão conhecidas, e todos os processos que correm na Justiça.

Uma das maiores controvérsias deve-se ao fato de os indígenas não terem sido ouvidos, das dúvidas em relação aos efeitos sobre a qualidade da água e do alastramento de doenças decorrente. Esses são alguns dos pontos que não estão claros e é por isso que a Procuradoria Geral da República tem se posicionado contra o projeto.

Ainda assim, existe uma enorme pressão para que o projeto saia. E isso acontece porque está claro que a continuidade do crescimento econômico do Brasil, e de outros países emergentes, depende bastante do baixo custo da energia.

Outro motivo, assim como também acontece na Alemanha – onde existem alguns projetos que renderiam lucros enormes a grupos específicos – são os ganhos envolvidos. No Brasil, os grandes consórcios, inclusive os da construção civil, querem tirar proveito do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal.

E esses interesses são perseguidos com tamanha obstinação, que todas as polêmicas envolvidas são desconsideradas. Não se consegue olhar para o assunto e dizer: "Precisamos fazer uma pausa, precisamos considerar esses pontos críticos e, dependendo de como o processo correr, continuaremos".

Essa brutalidade contra a lei me chocou, também observada no governo Lula – e ninguém contava com isso. Antes de ele ser presidente, Lula tinha se pronunciado fortemente contra o projeto. E quando virou presidente, passou a ser favorável.

Essa situação que o senhor encontrou no Brasil, a maneira como o processo é conduzido, é muito diferente do que se faz aqui na Alemanha em sua opinião?

Como comparação, aqui na Alemanha temos atualmente a situação de Stuttgart 21. Nesse caso, existem grandes negócios imobiliários envolvidos. Essa grande área que agora está coberta pelos trilhos deverá ser liberada e muitas pessoas deverão lucrar com isso. Esse aspecto ficou claro com o passar do tempo e o desenrolar do conflito.

A princípio, as estruturas aqui na Alemanha são honestas. Quer dizer, eu acredito que aqui a Justiça seja um pouco mais independente do que no Brasil. Mas o problema fundamental em Belo Monte é claro: há o envolvimento de empresa europeias como a austríaca Andritz, a francesa Alstom e a alemã Voith, que está associada à Siemens na entrega das turbinas para Belo Monte.

Essas empresas argumentam formalmente, e dizem que o Brasil é um Estado de direito, que tudo está autorizado e que, portanto, elas podem fazer negócio com Belo Monte. Apesar de essas empresas saberem muito bem quão controverso é todo esse conflito, porque elas têm representantes no Brasil e seguem a discussão. E elas participam do projeto porque há uma grande quantia em jogo.

Então, quer dizer, há também interesses europeus em jogo na construção de Belo Monte?

É preciso dizer que há um extremo envolvimento político, também do lado europeu. Existe, por exemplo, essa unidade de extração de alumínio em Bacarena, que foi comprada recentemente pela norueguesa Norsk Hydro. Ou seja, é uma empresa multinacional europeia que usa, no momento, a energia que vem de Tucuruí para produzir o alumínio, mas que, no futuro, conta com a energia de Belo Monte.

Antigamente também se produzia muito mais alumínio aqui na Alemanha. Mas aqui a energia é bem mais cara, o meio ambiente seria bastante prejudicado, e as pessoas ficam felizes se isso acontece na Amazônia.

Quer dizer, é uma moral dupla. Porque aqui o alumínio é bastante utilizado, como na montagem de carros, e diz-se que esse é um material que agride menos o meio ambiente porque é mais leve, e por ser mais usado no lugar do ferro e do aço.

Mas ignora-se o fato de que, nesse mesmo alumínio, é empregada uma quantidade enorme de energia, e ele vem importado do Brasil. E que essa energia é obtida apenas se o meio ambiente for destruído e os povos indígenas intimidados, e assim por diante. Isso não é discutido publicamente aqui na Alemanha. Então: é uma moral dupla. Há o interesse do governo brasileiro, mas também o interesse das indústrias alemãs, dos consumidores daqui.

Como essa discussão e polêmica em torno de Belo Monte deveriam ser conduzidas?

Acho que toda essa brutalidade não pode continuar. E que os pontos incertos têm que ser esclarecidos, como aquelas 40 condicionantes impostas pelo Ibama. É preciso que haja o tempo apropriado para esclarecer tudo isso. E nesse período, a sociedade brasileira precisa discutir intensamente qual o tipo de crescimento econômico se deseja: o que agride a natureza, ou o que busca fontes alternativas – como a energia eólica e solar.

Depois da experiência que teve no Brasil, o senhor acredita que isso acontecerá?

Não sei, mas sou um pouco cético. Por um lado, sei como é o processo e que, portanto, é muito provável que Belo Monte seja construída. Por outro lado, existem essas pessoas que lutam contrariamente à usina, e elas já alcançaram tanto!

Um exemplo é o bispo do Xingu, Erwin Kräutler, que chamou a atenção intencional para o tema. Também Antônia Melo, do movimento Xingu Vivo para Sempre, e mesmo os procuradores da República. Eu imagino que todo esse movimento de resistência possa frear um pouco o governo brasileiro.

Também espero que aqui na Europa e em toda comunidade internacional esse assunto seja mais debatido publicamente. Isso já acontece na Áustria, sobre a atuação da Andritz, e agora começa a acontecer na Alemanha, em relação à participação da empresa Voith em Belo Monte. Se as empresas que fazem parte do projeto se recusarem a continuar, talvez o governo brasileiro reflita e aja de outra maneira. Dessa maneira, o Brasil poderia procurar outras fontes de energia e investir de outra maneira.

Tem a questão de Angra 3 também, que inicialmente seria financiada pela Alemanha, e agora talvez isso não aconteça frente ao debate intenso aqui na Alemanha sobre energia atômica. Isso também aumentaria ainda mais a pressão sobre o Brasil para produção de energia barata.

Acho que há algumas possibilidades. Mas é grande a probabilidade de que Belo Monte seja mesma construída.

Entrevista: Nádia Pontes
Revisão: Augusto Valente

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15036605,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

UFJF compra equipamentos para criar o maior observatório didático do país



Galáxia de Andrômeda, uma das maiores e distante 27,55 trilhões de quilômetros (Foto: Nasa)
A UFJF finalizou a licitação para a compra de equipamentos para o observatório astronômico que formará, com um planetário, o Centro Didático de Astronomia, ao lado da Praça Cívica, no campus.
Será o maior e mais avançado observatório didático do País, segundo Luiz Sampaio, consultor de projetos da Omnis Lux, empresa que fornecerá os materiais e que está à frente de 15 unidades brasileiras.
“Não há nenhum com tecnologia igual, principalmente pela quantidade de telescópios [serão 12] e por um ter lente de 20 polegadas, que permite captar mais detalhes dos corpos celestes. Os maiores no País até hoje medem 16 polegadas”, afirma, citando características de todos os 27 observatórios nacionais. Equipamentos desse porte ou maiores estão presentes em unidades voltadas exclusivamente para pesquisa.
Dos 12 telescópios, um é específico para observação do Sol. Entre outros materiais comprados, destacam-se a câmera com capacidade para fazer fotos dos astros, binóculos, cúpula retrátil com 6,7 metros de diâmetro e outros itens. O investimento soma US$ 370.482,67 ( R$ 581.102,89).
A compra foi ratificada, nesta quinta-feira, 28, quando terminou o prazo para possíveis recursos contra o resultado da concorrência internacional, feita no último dia 19, na UFJF, e divulgada no site www.comprasnet.gov.br. Não houve contestação.
Entrega e etapas de obras
A empresa tem até dezembro para entregar os telescópios, importados dos Estados Unidos, a cúpula, que virá da Austrália, e os outros equipamentos.
Antes, até a última semana de maio, os projetos arquitetônicos do planetário e do observatório devem ser finalizados, para que, até julho, seja lançado o edital para a construção das duas cúpulas, conforme informam os pró-reitores de Infraestrutura, Paschoal Roberto Tonelli, e de Planejamento e Gestão, Alexandre Zanini.
Nesse meio tempo, chegam até a última semana de junho, a cúpula e o sistema de projeção de imagens em 180 graus do planetário, fornecidos pela mesma empresa do observatório, e importados da alemã Carl Zeiss.
A inauguração de todo o Centro de Astronomia está prevista para o primeiro semestre de 2012.
Céu em altíssima definição


Saturno será um dos planetas que poderão ser vistos através do observatório e projetado no planetário (Foto: Nasa)
O observatório permitirá diversos tipos de contemplação, indo desde detalhes em altíssima definição, como das crateras da Lua, distante em média 384,4 mil quilômetros da Terra, à visualização de uma nebulosa ou galáxia, como Andrômeda, a 2,9 milhões de anos-luz, aproximadamente 27,55 trilhões de quilômetros.
Os anéis de Saturno, todos os planetas do Sistema Solar e plêiades – aglomerados estrelares -, são outros dos bilhões de corpos celestes que ficarão mais próximos do olhar de quem passar pelo campus da UFJF.
O que for visto poderá ser gravado pela câmera fotográfica de longo alcance. Seus acessórios são empregados em pesquisa de astronomia, e as imagens poderão ser projetadas, inclusive, no planetário da própria instituição.
O planetário da UFJF será o maior de Minas Gerais, com a cúpula de 12 metros de diâmetro, conforme lista da Associação Brasileira de Planetários (ABP). O equipamento será capaz de projetar todo o céu visível e , no mínimo, sete mil estrelas fixas nos hemisférios Norte e Sul celestes. Segundo Luiz Sampaio, da Omnis Lux, só existem nove unidades no mundo com a tecnologia a ser adotada pela Universidade.
Os novos equipamentos irão se somar ao planetário inflável do Centro de Ciências da instituição, instalado ao lado do Colégio de Aplicação João XXIII, em um domo de lona de seis metros de diâmetro com um telescópio.


Outras informações: (32) 2102-3712 – Pró-reitoria de Infraestrutura
(32) 2102-3967 – Secretaria de Comunicação
www.omnislux.com.br
www.planetarios.org.br

Fonte:http://www.ufjf.br/dircom/?p=42027

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Buscapé: centenas de milhões de dólares para investir em empresas online



Pequenas companhias que atuem com atividades relacionadas ao e-commerce estão entre os candidatos a receber investimentos

Tatiana Americano

O bom desempenho da economia brasileira, somado ao resultado das empresas digitais, torna o setor de internet no País extremamente atraente a investidores. Na lista das empresas interessadas em colocar dinheiro em projetos online está o Buscapé. Este último, um grupo brasileiro que ficou conhecido por seu site de comparação de preços e que hoje atua em diversos setores da web, com operações no Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Espanha.

“Temos várias centenas de milhões de dólares para investir em empresas, principalmente em start-ups (companhias iniciantes)”, informa o vice-presidente de fusões e aquisições do Buscapé, Ayrton Aguiar. “Nosso interesse é bastante vasto, mas se concentra em companhias que tenham algum tipo de sinergia com o setor de e-commerce”, acrescenta.

Como parte do aporte de investimentos previsto pelo Buscapé, a companhia está promovendo uma campanha intitulada “Sua Ideia Vale Um Milhão”. Por meio dela, a empresa quer virar sócia e investir R$ 300 mil em um projeto de comércio eletrônico ou mobile commerce (comércio móvel). Os interessados em receber o investimento podem realizar a inscrição em um hotsite criado especialmente para a campanha, até o dia 9 de maio de 2011.

Aguiar relata que, até o momento, o Buscapé já recebeu mais de 400 projetos de empresas interessadas no investimento. “E até mais importante do que o dinheiro é a possibilidade dessas companhias aproveitarem nosso conhecimento para desenvolverem o negócio”, pontua o executivo.

O vice-presidente lembra também que o Buscapé já realizou uma dezena de investimentos em start-ups. Entre as companhias que receberam o aporte estão a Pagamento Digital, a Fcontrol e a SaveMe.

fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/buscape_centenas_de_milhoes_de_dolares_para_investir_em_empresas_online

China planeja lançar estação espacial em 2020



A estação, que vai pesar 60 toneladas, será constituída por três cápsulas e dois módulos para a realização de experimentos

China Daily Report
De acordo com o China Daily Report, a China está planejando lançar uma estação espacial em 2020. Ela será constituída por três cápsulas, um módulo central e dois módulos para a realização de experimentos. O país ainda pretende desenvolver uma nave de carga que irá transportar suprimentos para a estação.

Com 60 toneladas, a estação espacial da China será pequena em comparação à estação internacional, que pesa 149 toneladas e é, atualmente, a única em órbita. A estação espacial russa, MIR, saiu de órbita em 2001 e pesava 137 toneladas.

O nome e o logo da estação serão escolhidos pelo público. As pessoas serão convidadas a apresentar suas sugestões até 25 de julho através do site ou via email. Os resultados serão anunciados em setembro.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/china_planeja_lancar_estacao_espacial_em_2020

Um espelho retrovisor com GPS, bluetooth e jogos touchscreen



O aparelho está à venda na Chinavasion por US$ 101,55

A loja Chinavasion lançou na última terça-feira (25/04) um espelho retrovisor que funciona como GPS, player e videogame touchscreen. O dispositivo também possui conectividade bluetooth para a segurança do motorista, que pode conversar através do aparelho, sem segurar o celular ou arrumar o fone de ouvido.

Claro, o espelho retrovisor também tem sua função básica de checar o que está atrás do carro. Apenas o canto esquerdo, em 4x3, é dedicado aos recursos adicionais.

O dispositivo está à venda na Chinavasion por US$ 101,55 e pode ser exportado para o Brasil.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/espelho_retrovisor_com_gps_bluetooth_e_jogos_touchscreen

Laser mais potente do mundo vai gerar energia superior à de toda a civilização



Laser atravessará o vácuo do espaço com uma potência de 200 petawatts - algo jamais produzido pelo mundo.

A Comissão Europeia aprovou a construção de três lasers gigantescos que, unidos, poderão produzir um novo laser com energia centenas de vezes maior que a gerada pela nossa civilização até hoje. O quarto laser será criado para atravessar o vácuo, para que se estude a teoria de que partículas aparecem e desaparecem a todo momento.

De acordo com a New Scientist, o laser possui uma infra-estrutura de luz que combina 200 petawatts em um único pulso. Só para se ter uma noção da potência, 200 petawatts são equivalentes a 200.000.000.000.000.000 watts, uma energia jamais produzida pelo mundo. Até então, o laser mais potente foi produzido em 2008, com a capacidade de 1 petawatt.

O projeto está sendo chamado de ELI (Europe's Extreme Light Infrastructure). Nele o quarto laser será ligado por 1.5 x 10^-14 segundos, já que, quanto menor o tempo, maior a potência. Assim, o laser poderá criar partículas, a partir do nada, rasgando o tecido do universo e o espaço-tempo.

O laser ELI está programado para ser ligado em 2017.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/laser_mais_potente_do_mundo_sera_capaz_de_rasgar_o_manto_do_universo

Volta aos primórdios do Universo



Estrelas responsáveis por produzir elementos há 12 bilhões de anos tinham rotação rápida, indica estudo com participação brasileira publicado na Nature (foto: Athena Stacy/Univ. Texas)
28/04/2011

Por Maria Guimarães

Revista Pesquisa FAPESP – No início da formação do Universo, estrelas de grande massa (pelo menos dez vezes a massa do Sol) e vida curta eram as principais fábricas de elementos químicos que entravam na composição de novas estrelas.

Além de grandes, esses corpos celestes também giravam depressa, propõe um estudo liderado pela astrônoma brasileira Cristina Chiappini, do Instituto Leibnitz para Astronomia de Potsdam, na Alemanha, publicado na edição desta sexta-feira (28/4) da revista Nature.

“A presença de alguns elementos em estrelas antigas só pode ser explicada se as estrelas massivas da época tivessem rotação rápida”, disse Cristina.

A ideia brotou do trabalho de Beatriz Barbuy, professora titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), que em 2009 publicou um artigo no qual analisou estrelas muito velhas – por volta de 12 bilhões de anos – no centro da Via Láctea.

Barbuy coordena o Projeto Temático "Evolução química e populações estelares galácticas e extragalácticas, por espectroscopia e imageamento", apoiado pela FAPESP.

A pesquisadora examinou imagens captadas pelo Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO), que registram os espectros de elementos que compõem a atmosfera dos corpos celestes. Notou uma abundância excessiva de bário e lantânio, elementos pesados que precisam de um processo lento para se formarem.

Só que essas estrelas nasceram no início da formação do Universo, quando ainda não tinha passado tempo suficiente para que esses elementos se formassem da forma tradicionalmente aceita. “Mas ninguém percebeu essa dica no meu trabalho, até que a Cristina o leu com atenção”, disse Barbuy.

Chiappini, que fez o doutorado no IAG com Bolsa da FAPESP, leu e logo percebeu a ligação com o trabalho do grupo do Observatório de Genebra, a que está associada, com modelos de alta rotação de estrelas.

A rotação poderia explicar a presença desses metais porque funciona como uma batedeira. A rotação da estrela mistura as camadas nas quais o ferro se formou com outras ricas em nêutrons, que são adicionadas ao ferro, dando origem a elementos mais pesados.

Chiappini então entrou em contato com Barbuy e pediu que verificasse por meio dos espectros a quantidade de outros metais, como ítrio e estrôncio, nessas estrelas antigas.

A professora do IAG voltou às imagens e o que viu se encaixou exatamente no modelo de Chiappini: só estrelas de grande massa em rotação vigorosa poderiam gerar aqueles elementos nas quantidades necessárias para compor as anciãs ainda vivas hoje.

Mais tempo de observação

Não é a única explicação possível, mas é a mais plausível. A conclusão é ainda mais forte porque dois pesquisadores do grupo de Genebra, proponentes de outro modelo para explicar a evolução química da galáxia, também assinam o artigo na Nature.

“O modelo deles explica a evolução de algumas estrelas nesse aglomerado, mas o nosso explica todas”, disse Chiappini. Para Barbuy, o trabalho quebra um paradigma aceito pela maior parte dos pesquisadores na área.

“Há 30 anos, um autor falou que as estrelas velhas são compostas por elementos formados por um processo rápido, e mostramos que não é assim”, afirmou.

É um grande passo, mas as duas pesquisadoras brasileiras veem a publicação do artigo como um início de algo maior. Com a repercussão que o trabalho deve ter, elas esperam conseguir mais tempo de observação no VLT e no Hubble, telescópios disputados por pesquisadores do mundo todo e cujo uso é determinado por mérito.

“Precisamos melhorar os modelos. Mas incluir outros metais é um processo muito lento”, disse Chiappini.

Não é para menos. Os elementos que as estrelas criam – e lançam no gás do Universo quando morrem – não só formam outras estrelas como também o Sol, a Terra e os corpos de seus habitantes. Não é uma busca modesta.

O artigo Imprints of fast-rotating massive stars in the Galactic Bulge (doi:10.1038/nature10000), de Cristina Chiappini e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/13788

Ar-condicionado natural



Uso de chaminé solar para estimular a ventilação em ambientes pode reduzir a conta de luz, proporcionar conforto térmico e contribuir para a preservação do meio ambiente, indica pesquisa feita na UFSCar
28/04/2011

Por Mônica Pileggi

Agência FAPESP – Morar em um país como o Brasil, onde cada região possui um clima diferente, pode ser bom para uns e ruim para outros. Um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sobre chaminés solares , no entanto, pode ajudar a refrescar quem vive em áreas mais quentes.

A chaminé solar desenvolvida pelo professor Maurício Roriz e seus orientandos Fernando Sá Cavalcante e Letícia de Oliveira Neves, do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFSCar, adota o mesmo princípio de um aquecedor solar de água e pode ser instalada para estimular a ventilação natural em residências ou escritórios.

“A chaminé funciona como um coletor solar: os raios solares atravessam um vidro e aquecem uma placa metálica preta, situada abaixo dele. Aquecida, a placa emite calor, mas em frequência diferente da que vem do sol e para a qual o vidro é opaco. Assim, o calor entra, mas não consegue sair”, disse Roriz à Agência FAPESP.

Nos coletores solares convencionais a água se aquece ao circular em tubos que passam sob a placa quente. “Na chaminé solar, em vez de água passa o ar”, disse.

Esse ar-condicionado natural se baseia no chamado “efeito chaminé”: no interior da estrutura, o ar aquecido se torna mais leve e tende a subir, aspirando o ar dos ambientes e substituindo-o pelo ar exterior, mais puro e geralmente mais confortável, particularmente nos climas típicos do Brasil.

“Trata-se, portanto, de um processo de ventilação provocado por diferenças de temperatura e de pressão, sendo muito eficiente para promover o conforto térmico nas horas quentes, mesmo em áreas urbanas densamente ocupadas, onde os obstáculos impedem o aproveitamento da ação direta do vento”, comentou Roriz.

Arquitetura bioclimática

Por uma conjugação de diversos fatores, as cidades se tornam cada vez menos confortáveis, provocando as chamadas ilhas urbanas de calor. “Além dos obstáculos à ventilação natural, as áreas com pavimentação impermeável crescem, invadindo os espaços onde havia parques, bosques e jardins, cuja vegetação contribuiria significativamente para amenizar o clima”, disse o pesquisador.

De modo geral, os edifícios também não são projetados e construídos de modo a favorecer os processos naturais de promoção do conforto térmico. O uso indiscriminado do vidro, sem o devido sombreamento, transforma a edificação em verdadeiro coletor solar.

“Tentando se proteger, o usuário fecha cortinas, interrompendo a ventilação natural e escurecendo o ambiente. Então, acende lâmpadas, que também geram calor, assim como os outros equipamentos elétricos que usamos em nossos escritórios e residências. Desse círculo vicioso resultam desconforto e desperdício de energia”, disse Roriz.

Segundo ele, existem diversas técnicas e estratégias, denominadas bioclimáticas, que poderiam contribuir para elevar a qualidade dos edifícios, mas que ainda são pouco conhecidas e aplicadas no Brasil. Essas técnicas têm como objetivo contribuir com a preservação do meio ambiente e a eficiência energética do ambiente construído, obtidas por meio do uso racional dos recursos naturais, além de proporcionar o conforto térmico aos ocupantes das edificações.

A chaminé solar é uma das técnicas da arquitetura bioclimática, assim como as coberturas "verdes" (uso de vegetação sobre as coberturas das edificações), a refrigeração evaporativa (sistema natural de resfriamento baseado na evaporação da água) e a inércia térmica do solo e dos sistemas construtivos (que guarda o calor nas horas quentes para combater o frio das madrugadas, ou vice-versa).

De acordo com Roriz, é possível construir edifícios confortáveis sem condicionador de ar, aproveitando a ventilação natural. “Os condicionadores convencionais de ar ressecam o ambiente e prejudicam o sistema respiratório humano, além de impactarem negativamente o meio ambiente. A chaminé solar proporciona ventilação, sem consumir eletricidade e sem agredir a natureza”, afirmou.

Como um dos resultados da pesquisa, o professor desenvolveu um software, chamado Chaminé, que calcula a ventilação provocada por diferentes situações de uma chaminé solar, contém dados climáticos de mais de 300 cidades de todo o país e pode ser baixado gratuitamente no endereço www.roriz.eng.br/download_6.html.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/13789

Unicamp lança portal de conteúdos educacionais



OpenCourseWare Unicamp facilitará o acesso pelo público geral de textos, fotos, animações, apostilas e vídeos utilizados nas disciplinas de graduação da universidade (Unicamp)
28/04/2011

Agência FAPESP – A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lançou no dia 25 o OpenCourseWare (OCW) Unicamp, portal desenvolvido para hospedar conteúdos das disciplinas dos cursos de graduação em formato digital, originários de disciplinas de cursos de graduação da universidade.

O objetivo da iniciativa é disponibilizar para a sociedade, de forma gratuita, materiais como textos, fotos, animações, apostilas e vídeos. O serviço já conta com 12 disciplinas de diferentes áreas do conhecimento.

“Para a Unicamp, é muito importante tornar esses conteúdos acessíveis à comunidade acadêmica e à sociedade em geral. Temos convicção de que cada vez mais professores se interessarão pelo uso dessa ferramenta”, disse o reitor Fernando Ferreira Costa.

A Unicamp é a primeira universidade pública do Brasil a contar com o OCW. A criação do portal começou a ser formatada há pouco mais de dois anos, por meio de um acordo com a Universia Brasil. Na oportunidade, o objetivo era lançar a ferramenta com dez disciplinas disponíveis.

“Assim que a atual administração assumiu, demos impulso ao projeto. Não foi uma tarefa trivial criar uma plataforma que contasse com recursos de edição simples e que observasse questões importantes como o respeito ao direito autoral”, disse Marcelo Knobel, pró-reitor de Graduação.

O trabalho de concepção da ferramenta ficou a cargo da Pró-Reitoria de Graduação, em conjunto com o Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE).

O acesso aos dados disponíveis poderá ser realizado de forma livre e sem custo. Não haverá necessidade de inscrição ou do cumprimento de outras formalidades. Entretanto, o usuário terá que estar de acordo com as condições previstas nos termos de Uso do serviço.

“No momento da publicação, o GGTE confere com o docente se os direitos autorais relativos aos materiais que compõem a aula foram observados. Se houver alguma dúvida, nós adiamos a publicação até que esse ponto seja devidamente esclarecido”, explicou o coordenador do grupo, José Armando Valente.

“Essa ferramenta certamente mexerá com uma série de situações, inclusive com métodos pedagógicos. O desafio que fica aos professores é fazer com que os conteúdos de suas aulas também possam ser aprendidos a distância”, disse Ricardo Fasti, diretor-geral da Universia Brasil.

A estrutura do OpenCourseWare Unicamp segue uma tendência mundial que possibilita ampliar a relação institucional com a comunidade, a exemplo do que ocorre no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, por meio do projeto MIT OpenCourseWare.

OpenCourseWare Unicamp: www.ocw.unicamp.br

Fonte:http://agencia.fapesp.br/13791

Ciência e divulgação



Livro Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas, com textos de vários especialistas no tema, será lançado no dia 29 na UFBA
28/04/2011

Agência FAPESP – Qual a relação da ciência com a cultura? O que é cultura científica? Como o bioetanol, a tuberculose e as células-tronco estão sendo abordados pela mídia brasileira? Políticas públicas de comunicação para a ciência? A ciência nas músicas de Gilberto Gil?

Essas são algumas das questões abordadas no livro Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas, que será lançado no dia 29 de abril, às 19 horas, no auditório da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Vale do Canela.

O evento contará com a participação de Carlos Vogt, coordenador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e ex-presidente da FAPESP, que ministrará a palestra “De Ciência, Divulgação, Futebol e Bem-estar Cultural”, tema do prefácio do livro.

A obra, editada pela Edufba, é organizada pelos pesquisadores Cristiane Porto, Antonio Brotas e Simone Bortoliero, membros do Grupo de Pesquisa Ciência e Cultura, do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA.

O livro aborda a relação da ciência e sua divulgação e estabelece diálogos entre pesquisadores dos mais diversos temas sobre ciência e suas interfaces. Entre os especialistas que participam com textos estão Graça Caldas (diretora acadêmica da Associação Brasileira de Jornalismo Científico), Wilson Bueno (professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo) e as professoras da UFBA Iara Souza e Graciela Natansohn.

Mais informações: (71) 9984-2956 / 3176-2299 / 8852-5301
Fonte:http://agencia.fapesp.br/13790

Disponibilização do Sistema de Gestão Acadêmica Unificada-SAGU

a quinta-feira disponibilizamos oficialmente o Sistema de Gestão Acadêmica Unificada-SAGU, no Portal do Software Público. O lançamento do SAGU, licenciado como software livre, ocorreu na segunda-feira dia 28/03, na sede da Companhia de Processamento de Dados do RS (Procergs), na cidade de Porto Alegre, com a presença de representantes do Ministério do Planejamento e da Cooperativa Solis.

De acordo com Junior Mulinari, representante da Solis no evento, uma das finalidades do Sagu é automatizar os processos de instituições de ensino, como o registro da vida escolar do estudante, desde a sua admissão até a expedição do certificado do curso. A solução de gestão acadêmica (Sagu) tem o objetivo de automatizar os processos de instituições de ensino, acompanhando a vida do aluno desde a sua inscrição no processo de seleção, até a emissão do seu certificado de conclusão. A solução prevê todas as interações que existem entre o aluno e a instituição de ensino.

O Sistema SAGU pode ser baixado pelos usuários do Portal SPB diretamente pelo endereço
http://www.softwarepublico.gov.br/ver-comunidade?community_id=30725662

A solução nasceu dentro do Centro Universitário Univates e na primeira fase foi desenvolvida somente para atender demandas internas da Univates. A instituição, em parceria com a Cooperativa Solis, licenciou as soluções como Software Livre, com intuito de fomentar o desenvolvimento regional e expandir o uso do Sagu pra todo país.


RESUMO do SAGU

01) Público-alvo e principais usuários: Reitoria, Chefes de departamentos, gestores acadêmicos, gerentes de TI, secretários de educação e alunos.

02) Características Técnicas: Framework Miolo, Banco PostgreSQL, PHP, Apache, respeito as normas ISO-3166-1 e ISO-4217.

03) Principais funcionalidades: Sistema integrado para gestão acadêmica, com os seguintes módulos: Financeiro, Acadêmico, Portal do professor, Portal do Aluno, Integração com outras ferramentas, inclusive Moodle, Infraestrutura básica, Processo seletivo, Módulo de relatórios e serviços de customização/parametrização de sistema.

A Cooperativa Solis

A Solis desenvolve e integra soluções em software livre. Postura que atende à crescente necessidade do uso da tecnologia como elemento de apoio estratégico, alinhado às atividades fim de seus clientes de maneira econômica, confiável e expansível. O resultado é o aumento de competitividade, a independência e o poder de escolha.

Notícias do Portal:

Anúncio dos 100.000 usuários do Portal SPB feito em Luxemburgo
http://www.softwarepublico.gov.br/news-item179

Portal do Software Público adere à Campanha de "Liberdade dos Documentos"
http://www.softwarepublico.gov.br/news-item177

Lançamento do Sistema de Gestão de Bibliotecas GNUTECA
http://www.softwarepublico.gov.br/news-item178

A Licença Pública de Marca-LPM é aplicada em quatro soluções
http://www.softwarepublico.gov.br/news-item174

Sony sofre maior roubo digital de dados de sua história



Empresa está sendo cirticada pela demora em comunicar
Hackers invadiram a rede PlayStation Network e violaram dados de mais de 77 milhões de usuários. A gigante japonesa é criticada pela demora em comunicar o roubo, que está sendo considerado um dos maiores da história.

Foram oito dias de sigilo até que a Sony viesse a público nesta terça-feira (26/04) para revelar o maior roubo de dados desde a fundação da corporação e um dos maiores da história. A popular rede de jogos online PlayStation Network foi invadida por hackers, que conseguiram acessar ilegalmente dados de mais de 77 milhões de usuários.

A informação foi publicada no blog da empresa dirigido a usuários de videogames. Segundo a Sony, foram furtadas informações como nome, endereço, e-mail e senha de acesso ao sistema. "Embora, até agora, não haja evidência de que dados de cartões de crédito tenham sido roubados, não podemos descartar essa possibilidade", diz o post assinado pelo diretor de comunicação corporativa e mídias sociais da Sony.

A invasão na rede PlayStation Network e da plataforma multimídia Qriocity ocorreu entre 17 e 19 de abril. De imediato, a Sony interrompeu temporariamente o acesso ao sistema. Só nesta terça-feira a corporação se dirigiu aos milhares de usuários frustrados e impacientes, pedindo "compreensão e boa vontade pois estamos fazendo o necessário para resolver esses problemas o mais rápido possível e da maneira mais eficiente."

A Sony se defendeu, dizendo que "foram necessários vários dias de investigação forense" após a ação dos hackers até que a empresa percebesse que dados dos usuários haviam sido comprometidos.

No blog especializado, a marca japonesa pede que os cadastrados no sistema PlayStation Network não forneçam informações pessoais pedidas em nome da Sony por e-mail, telefone ou carta.



Usuários estão impedidos de jogar online
Para não arruinar o lançamento

O silêncio da empresa foi mantido até a chegada ao mercado do primeiro tablet desenvolvido pela marca. O lançamento aconteceu em Tóquio nesta terça-feira. Na ocasião, os executivos da Sony não mencionaram a invasão.

O computador em formato de prancheta da companhia japonesa está disponível em dois tamanhos diferentes e é o primeiro a fornecer acesso aos jogos do PlayStation, uma estratégia para competir com a gigante Apple.

Críticas pela demora

Além de terem seus dados roubados, os fãs dos jogos online não aprovaram a demora da Sony em comunicar o fato. Um senador norte-americano chegou a enviar uma carta à corporação pedindo explicações pela postura da empresa.

A rede foi lançada em meados de 2006, e quase 90% dos usuários registrados estão na Europa e nos Estados Unidos.

NP/dpa/rts
Revisão: Rodrigo Rimon

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15032278,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pesquisadores desenvolvem fibra que cria água limpa a partir do ar


Material criado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts pode extrair até um litro de água por dia do ar.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts basearam-se no pequeno besouro da Namíbia para criar um novo material capaz de absorver e transformar a água do ar em líquido. O inseto africano é capaz de coletar o vapor d´água em suas costas e levar o líquido até a boca através de uma especie de "painel trançado" que possui em sua carapaça.

De maneira semelhante, o novo material desenvolvido pode ser utilizado em coletores já existentes para aumentar a eficiência com que a água é absorvida. Porém, diferente do inseto, o material é maleável e não sólido. "Nós tentamos replicar o que o besouro tem, mas descobrimos que esse tipo de superfície aberta e permeável é melhor", afirmou Shreerang Chatre, um dos responsáveis pelo projeto.

Em testes de campo, os coletores conseguiram transformar um litro de vapor em água potável por dia para cada metro quadrado do tecido utilizado. Agora, o grupo está focado em expandir a técnica para possibilitar a coleta de ainda mais água por área do material. Atualmente, cerca de um terço de toda a água não salina do planeta encontra-se na forma de vapor dissolvido no ar.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/pesquisadores_desenvolvem_fibra_que_cria_agua_limpa_a_partir_do_ar

Energia solar pode ser possível sem células solares

Universidade de Michigan - 26/04/2011



Cientistas descobriram que o magnetismo da luz pode ser milhões de vezes mais forte do que o previsto pela teoria atual.[Imagem: L.Kuipers & Tremani/Science]


Bateria óptica

Um dramático e surpreendente efeito magnético da luz pode gerar energia solar sem as tradicionais células solares fotovoltaicas.

Usando este efeito, os pesquisadores descobriram uma maneira de construir uma "bateria óptica".

"Você pode olhar para as equações de movimento durante todo o dia e você não vai ver essa possibilidade. Todos aprendemos na escola que isso não acontece," conta Stephen Rand, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

"É uma interação muito estranha. É por isso que ela passou despercebida por mais de 100 anos," diz ele.

Magnetismo da luz

A luz tem componentes elétricos e magnéticos. Até agora, os cientistas acreditavam que os efeitos do campo magnético da luz eram tão fracos que eles poderiam ser ignorados.

Magnetismo da luz é medido diretamente pela primeira vez
O que Rand e seus colegas descobriram é que, na intensidade certa, quando a luz viaja através de um material que não conduz eletricidade, o campo de luz pode gerar efeitos magnéticos que são 100 milhões de vezes mais fortes do que o anteriormente esperado.

Nestas circunstâncias, os efeitos magnéticos da luz apresentam uma intensidade equivalente à de um forte efeito elétrico.

"Isso pode permitir a construção de um novo tipo de célula solar sem semicondutores e sem absorção para produzir a separação de cargas," afirma Rand. "Nas células solares, a luz entra em um material, é absorvida e gera calor."

"Aqui, esperamos ter uma carga térmica muito baixa. Em vez de a luz ser absorvida, a energia é armazenada como um momento magnético. A magnetização intensa pode ser induzida por luz intensa e, em seguida, é possível fornecer uma fonte de energia capacitiva," explica o pesquisador.

Retificação óptica

O que torna isto possível é uma espécie de "retificação óptica" que nunca havia sido detectada, afirma William Fisher, coautor da pesquisa.

Na retificação óptica tradicional, o campo elétrico da luz provoca uma separação de cargas, distanciando as cargas positivas das negativas no interior de um material. Isto cria uma tensão elétrica, semelhante à de uma bateria.

Este efeito elétrico só havia sido detectado em materiais cristalinos, cuja estrutura atômica apresenta uma certa simetria.

Rand e Fisher descobriram que, sob certas circunstâncias, o campo magnético da luz também pode criar retificação óptica em outros tipos de material.

Bateria solar

"Acontece que o campo magnético começa desviando os elétrons, forçando-os a assumir uma rota em formato de C, e fazendo-os avançar aos poucos," disse Fisher. "Esse movimento das cargas em formato de C gera tanto um dipolo elétrico quanto um dipolo magnético."

"Se pudermos configurar vários desses elementos em linha ao longo de uma fibra poderemos gerar uma tensão enorme; extraindo essa tensão, podemos usar a fibra como uma fonte de energia," explica ele.

Para isso, a luz deve ser dirigida através de um material que não conduz eletricidade, como o vidro. E ela deve ser focalizada a uma intensidade de 10 milhões de watts por centímetro quadrado.

A luz do Sol sozinha não é tão intensa, mas o cientista afirma que seu grupo está procurando materiais que trabalhem com intensidades mais baixas. Por outro lado, concentradores solares de alta eficiência já conseguem aumentar a concentração da luz em quase 2.000 vezes.

"Em nosso trabalho mais recente, mostramos que uma luz incoerente como a luz solar é teoricamente quase tão eficiente em produzir a separação de cargas quanto a luz de um laser," disse Fisher.

Do laser ao Sol

Segundo os pesquisadores, esta nova técnica poderia tornar a energia solar mais barata.

Eles preveem que, com materiais melhores, será possível alcançar uma eficiência de 10 por cento na conversão da energia solar em energia utilizável. Isso é praticamente equivalente à eficiência das células solares vendidas no comércio hoje, embora já existam células solares muito mais eficientes em escala de laboratório.

"Para fabricar as células solares modernas, você precisa de um enorme processamento dos semicondutores", defende Fisher. "Tudo o que nós precisamos são lentes para focar a luz e uma fibra para guiá-la. O vidro é suficiente para essas duas tarefas. Cerâmicas transparentes poderiam ser ainda melhores."

A seguir, os pesquisadores vão trabalhar na transformação da luz em eletricidade usando uma fonte de raios laser. A seguir eles trabalharão com a luz solar.

Recentemente, outro grupo de cientistas construiu um metamaterial capaz de interagir com o campo magnético da luz.

Bibliografia:

Optically-induced charge separation and terahertz emission in unbiased dielectrics
William M. Fisher, Stephen C. Rand
Journal of Applied Physics
Vol.: 109, 064903 (2011)
DOI: 10.1063/1.3561505
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=energia-solar-sem-celulas-solares&id=010115110426&ebol=sim

Carro é movido com alumínio de latinhas de refrigerante

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/04/2011



Os pesquisadores veem seu carrinho de controle remoto movido a alumínio como uma plataforma para desenvolvimento de carros maiores.[Imagem: UPC]


Carros feitos de alumínio não são nenhuma novidade.

Mas que tal um carro que usa o alumínio como combustível?

Mas especificamente, um carro cujo combustível sejam os anéis usados para tampar as latinhas de alumínio de refrigerante.

Foi justamente isto o que criaram Aleix Llovet e Xavier Salueña, da Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha.

Carro movido a alumínio

O carro é um pequeno modelo de controle remoto, batizado de dAlH2Orean, que pode "queimar" tanto anéis de latinhas de alumínio descartados quanto quaisquer outros pedaços residuais de alumínio.

No tanque, o alumínio é misturado com hidróxido de sódio e água.

O dAlH2Orean atinge até 30 km/h e pode rodar por até 40 minutos antes de precisar de reabastecimento.

O pequeno carro é na verdade um carro elétrico alimentado por uma célula a combustível de hidrogênio.

A novidade é que o hidrogênio é gerado dentro do próprio carro.

Tudo começa quando o alumínio é misturado com água e hidróxido de sódio. A reação entre o hidróxido de sódio, que funciona como um catalisador, e o alumínio, gera o hidrogênio.

Depois de ser filtrado em um filtro de vinagre e água, para eliminar os traços de hidróxidos, o hidrogênio passa por um segundo filtro de sílica gel, onde o excesso de umidade é retirado do gás.

Finalmente, o hidrogênio purificado é usado para alimentar a célula a combustível.

A célula a combustível gera eletricidade, que alimenta os motores elétricos do carro.

Carro ambientalmente correto

Segundo os cientistas, o novo sistema de propulsão é limpo: além de fechar o ciclo do alumínio, não é gerada nenhuma emissão de CO2.

A célula a combustível gera apenas eletricidade e água, que pode ser reaproveitada no seu "tanque de combustível".

O tanque do carro não fica exatamente vazio quando o combustível acaba. A reação entre o alumínio, a água e o hidróxido de sódio gera hidróxido de alumínio.

O hidróxido de alumínio pode ser eventualmente calcinado para se transformar em alumina, o composto original a partir do qual o alumínio é produzido - uma saída prática, embora eventualmente não seja viável economicamente se pensada em larga escala.

Outro resíduo é a água salgada, que fica no filtro de vinagre depois que este reage com os hidróxidos.

Motor a alumínio

Os pesquisadores veem seu carrinho de controle remoto movido a alumínio como uma plataforma para desenvolvimento de carros maiores.

Segundo eles, um veículo de 5 HP - eventualmente uma motocicleta ou uma bicicleta motorizada - pode ser movido por cerca de uma hora com 3 quilogramas de alumínio descartado.

Um pequeno carro, que use um motor de 60 HP, consumirá cerca de 30 quilogramas de alumínio por hora. Isto é mais ou menos o equivalente ao consumo de um carro a gasolina em termos de peso e de valor - a cotação do alumínio está por volta de US$2,50 o quilograma.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=carro-movido-aluminio-latinhas-refrigerante&id=010170110421&ebol=sim

Átomo no espelho percorre dois caminhos simultaneamente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/04/2011



Experimento demonstra que o átomo na frente do espelho segue simultaneamente duas trajetórias no espaço - uma superposição de caminhos.[Imagem: Tuwien]


A imagem quântica no espelho

Ao se olhar em um espelho, você não terá dificuldade em distinguir entre o que é você mesmo e o que é sua imagem.

E a relação entre você e a imagem é unívoca: mexa-se e a imagem se mexerá; pare e a imagem parará. O inverso nunca acontecerá, ou seja, a imagem jamais afetará o seu próprio movimento.

Mas isto é no muitas vezes entediante mundo clássico - no mundo quântico, as coisas podem ser muito mais surpreendentes.

O simples fato de uma partícula "olhar no espelho" pode ser o suficiente para criar uma crise de identidade e tornar quase impossível a identificação positiva de quem é o sujeito e quem é o reflexo.

Em um feito impressionante, um grupo de físicos alemães e austríacos conseguiu realizar em laboratório o que até hoje era apenas um experimento mental, idealizado por Albert Einstein, e que mostra o quanto a imagem quântica no espelho pode afetar a partícula que se observa.

Seguindo por dois caminhos ao mesmo tempo

Quando um átomo emite luz (ou seja, um fóton) em uma direção particular, ele recua na direção oposta. Se o fóton for medido, fica-se conhecendo também o movimento do átomo.

Os cientistas então colocaram o átomo muito perto de um espelho. Neste caso, há dois caminhos possíveis para qualquer fóton que viaje rumo ao observador: ele pode ser emitido diretamente na direção do observador, ou ele pode viajar na direção oposta, refletir-se no espelho e então chegar ao olho do observador.

Se não houver nenhuma maneira de distinguir entre estes dois cenários - qual caminho o fóton realmente fez - não se consegue determinar o movimento do átomo, ou seja, qual é a rota do seu recuo realizado em razão da emissão do fóton.

Com isto, o átomo se move em uma superposição de dois caminhos - ele estaria seguindo, ao mesmo tempo, os dois caminhos, ou recuando nas duas direções simultaneamente.

"Se a distância entre o átomo e espelho é muito pequena, é fisicamente impossível fazer a distinção entre estes dois caminhos," explica Jiri Tomkovic, da Universidade de Heidelberg.



Observando a interferência gerada na rede óptica, pode-se demonstrar diretamente que o átomo de fato esteve viajando pelos dois caminhos ao mesmo tempo. [Imagem: Tomkovic et al./Nature]
Superposição quântica

A partícula e sua imagem no espelho não poderão mais ser claramente separadas: o átomo estará se movendo na direção do espelho e se afastando do espelho ao mesmo tempo.

Isto pode parecer paradoxal, e é certamente impossível na física clássica, que envolve objetos macroscópicos. Mas, na física quântica, tais superposições são um fenômeno bem conhecido, como no famoso experimento do gato de Schrodinger.

Reencarnação quântica: físicos "des-medem" partícula e ela retorna à vida
E os físicos conseguiram comprovar que o átomo estava mesmo seguindo os dois caminhos.

No experimento, os dois estados dinâmicos do átomo - um movimento em direção ao espelho e o outro afastando-se do espelho - foram combinados usando a difração de Bragg de uma rede óptica feita com luz laser.

Observando a interferência gerada na rede óptica, pode-se demonstrar diretamente que o átomo de fato esteve viajando pelos dois caminhos ao mesmo tempo.

Experimento da dupla fenda

Este é um reminiscente do famoso experimento da dupla fenda, no qual uma partícula colide com uma placa com duas fendas e passa pelas duas fendas ao mesmo tempo, devido às suas propriedades quânticas de ser simultaneamente uma partícula e uma onda.

Einstein já havia argumentado que isso só é possível se não houver como determinar qual caminho a partícula realmente escolheu, nem mesmo medições precisas de qualquer pequeno recuo da própria placa com a dupla fenda.

Se houver qualquer possibilidade teórica de se determinar a trajetória da partícula, a superposição quântica colapsa - ela não ocorre, e a partícula viajará sempre no mesmo caminho, como no mundo clássico.

"No nosso caso, os fótons têm um papel semelhante ao da dupla fenda," explica Markus Oberthaler, coautor do estudo. "Se a luz puder em princípio, nos falar qualquer coisa sobre o movimento do átomo, o movimento é inequivocamente determinado. Somente quando esse movimento é fundamentalmente indefinível, o átomo pode estar em um estado de superposição, combinando as duas possibilidades."

E essa indecisão fundamental foi garantida pelo espelho, que absorve momento do fóton.

"O mais fascinante sobre este experimento," escrevem os cientistas em seu artigo, "é a possibilidade de criar um estado de superposição quântica usando apenas um espelho, sem qualquer campo externo."

Menor espelho do mundo aprisiona os átomos que olham para ele
Bibliografia:

Single spontaneous photon as a coherent beamsplitter for an atomic matter-wave
Jirí Tomkovic, Michael Schreiber, Joachim Welte, Martin Kiffner, Jörg Schmiedmayer, Markus K. Oberthaler
Nature Physics
03 April 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nphys1961

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=atomo-imagem-quantica-espelho&id=010165110425&ebol=sim

Descoberta por acaso pode revolucionar produção de hidrogênio

O sulfeto de molibdênio é um catalisador muito eficiente para a eletrólise da água - com a vantagem de que esse material é abundante e muito barato. [Imagem: EPFL/Alain Herzog]


Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/04/2011


O sulfeto de molibdênio é um catalisador muito eficiente para a eletrólise da água - com a vantagem de que esse material é abundante e muito barato. [Imagem: EPFL/Alain Herzog]


A teoria do hidrogênio

Não é sem razão que o hidrogênio é apontado como o combustível do futuro: ao gerar energia em células a combustível, ele só produz água como resíduo.

E, largamente disponível na Terra, a água é formada por hidrogênio e oxigênio - basta quebrar a molécula de H2O para obter o hidrogênio. E isso pode até mesmo ser feito usando a energia solar.

Mas isto é só na teoria. O fato é que, no presente, ainda não existe uma forma de produzir hidrogênio de forma sustentável e a custos competitivos.

Assim, o hidrogênio usado industrialmente continua sendo produzido a partir do gás natural - o primo do petróleo - e os carros a hidrogênio não são mais do que "garotos-propaganda" de uma indústria que quer se tornar verde, mas ainda não consegue.

Eletrólise da água

As moléculas de água podem ser quebradas fazendo com que sejam atravessadas por uma forte corrente elétrica, um processo conhecido como eletrólise.

Esta, contudo, é uma reação lenta. Para otimizá-la é necessário usar um catalisador, a platina - um metal particularmente caro, cujo preço triplicou nos últimos 10 anos.

Mas o acaso reservava uma grata surpresa para o professor Xiel Hu e sua equipe do Instituto Politécnico Federal de Lausanne, na Suíça.

Eles estavam fazendo um experimento eletroquímico quando descobriram uma altíssima produção de hidrogênio na presença de um composto de sulfeto de molibdênio.

Analisando o ocorrido, eles descobriram que o sulfeto de molibdênio é um catalisador muito eficiente para a eletrólise da água - com a vantagem de que esse material é abundante e muito barato.

E o custo não é a única vantagem do novo catalisador. O sulfeto de molibdênio mostrou-se estável, sem sofrer degradação muito forte, e compatível com meios ácidos, neutros e básicos.

Falta a teoria

"Graças a esse resultado inesperado, nós descobrimos um fenômeno único," conta Hu. "Mas não ainda não sabemos exatamente por que esses catalisadores são tão eficientes."

A próxima etapa da pesquisa é criar um protótipo funcional que possa ser utilizado na produção de hidrogênio a partir da luz do Sol.

Os cientistas afirmam que será necessário também compreender o funcionamento do novo catalisador, a fim de se tentar otimizar ainda mais seu rendimento.

Bibliografia:

Amorphous Molybdenum Sulfide Films as Catalysts for Electrochemical Hydrogen Production in Water
Daniel Merki, Stéphane Fierro, Heron Vrubel, Xile Hu
Chemical Science
April 2011
Vol.: Advance Article
DOI: 10.1039/C1SC00117E

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=catalisador-baixo-custo-producao-hidrogenio&id=010115110421&ebol=sim

Livro: Conhecimento em construção

Livro sintetiza conhecimento adquirido na UFSCar sobre novo campo de estudos multidisciplinar que integra ciência, tecnologia e sociedade

27/04/2011

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – A relevância dos temas científicos e tecnológicos na determinação das condições de vida dos seres humanos levou à formação de um novo campo de pesquisas conhecido como Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS).

O livro Ciência, tecnologia e sociedade: desafios da construção do conhecimento, que acaba de ser lançado, tem como objetivo sintetizar o conhecimento sobre CTS adquirido por docentes, pesquisadores e alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Organizado por Wanda Hoffmann, professora do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar, o livro reúne ensaios sobre temáticas que envolvem diferentes perspectivas a respeito da CTS.

Segundo ela, docentes, pesquisadores e alunos da universidade foram motivados pela vontade de colaborar com a construção, o crescimento e o fortalecimento do campo. “O objetivo fundamental da obra foi trazer contribuições importantes para a CTS, reunindo uma diversidade de ideias, conceitos e argumentos”, disse à Agência FAPESP.

Hoffmann, que também é diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar, explica que, por abordar os temas relacionados à ciência, à tecnologia e à sociedade em diferentes contextos, esse campo de estudos em construção tem caráter essencialmente multidisciplinar, com interface com as diversas áreas de conhecimento.

“A CTS busca compreender e superar os desafios provocados pelas mudanças e transformações radicais e abrangentes que ocorreram na passagem do milênio, constituindo um emergente padrão social, econômico, político e cultural que colabora para o aumento das incertezas e indefinições”, afirmou.

Essa nova sociedade sofre influência da crescente intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos, que se caracterizam pela velocidade, pela confiabilidade e pelo baixo custo. O armazenamento e o processamento de grandes quantidades de informação, segundo ela, exercem papel central no processo de compreensão e relação da ciência, tecnologia e sociedade.

“Com novos conhecimentos e competências, com novos aparatos e tecnologias, surgem reflexões sobre os novos modos disponíveis de aprendizado, interação, pesquisa, produção, trabalho, consumo, diversão, exercício da cidadania e compartilhamento de bens coletivos”, afirmou.

Assim, segundo a professora, a capacidade de compreender e gerar ciência e tecnologia não é mais considerada um fenômeno neutro e automático, mas está associada a questões complexas e, às vezes, invisíveis. “O alcance, o desenho e os objetivos da produção científica e tecnológica foram reformulados e se tornaram mais dinâmicos, com foco no atendimento dos novos requisitos do ensino, pesquisa e desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Os autores dos ensaios presentes no livro fizeram parte dos grupos de pesquisa do programa de pós-graduação em CTS na UFSCar. “Eles pesquisam e abordam diferentes temáticas que envolvem a CTS e que poderiam contribuir para a disseminação da área à luz de diferentes olhares. O público-alvo do livro é composto por pesquisadores, docentes, estudantes, profissionais de organizações públicas e privadas que estão envolvidos direta e indiretamente com CTS”, afirmou.

Como o campo de estudos em CTS é muito abrangente, os ensaios foram agrupados em quatro seções, para possibilitar interpretações melhores e reflexões sobre cada realidade a ser analisada: “Educação e informação tecnológica”, “Gestão e empreendedorismo”, “Tecnologia, ambiente e sociedade” e “Ciência, sociedade e linguagem”.

“A seção ‘Educação e informação tecnológica’ aborda o movimento CTS enquanto campo de atividade de pesquisa acadêmica orientador de políticas públicas no contexto da educação. Remete também às tecnologias sociais que atendam aos interesses sociais e que são aplicadas para garantir o retorno para a sociedade em qualidade de vida e sustentabilidade”, disse Hoffmann.

A seção “Gestão e empreendedorismo” enfoca, com reflexões sobre a gestão da parceria pública-privada, a administração dos desafios envolvendo conhecimento, criatividade, inovação e sustentabilidade nas organizações. “Essa parte trata também da reflexão relacionada ao atendimento das crescentes necessidades da sociedade e requisitos governamentais em áreas altamente intensas em novas tecnologias, como o setor aeronáutico”, explicou.

Em “Tecnologia, ambiente e sociedade”, os ensaios tratam de políticas ambientais e do consumo sustentável. “São abordadas também discussões teóricas e práticas no contexto da ciência e tecnologia envolvendo diferentes perspectivas, como aquelas relacionadas ao agronegócio sustentável, à propriedade intelectual, às organizações de base tecnológica e aos empreendimentos coletivos solidários como as cooperativas”, disse a autora.

Na última seção, “Ciência, sociedade e linguagem”, está a ciência vista por meio da análise do discurso e das mensagens disseminadas em diferentes contextos e ambientes.

“A contribuição essencial do campo CTS consiste em refletir e compreender de forma integrada o mundo construído pelos seres humanos a partir da análise das diversas áreas de conhecimento, sem, contudo, perder a visão do todo”, disse.

Ciência, tecnologia e sociedade: desafios da construção do conhecimento
Autor: Wanda Hoffmann
Lançamento: 2011
Preço: R$ 39
Páginas: 313
Mais informações: http://editora.ufscar.br

Fonte:http://agencia.fapesp.br/13782

Energia solar com ajuda de vírus

Cientistas do MIT usam vírus modificado geneticamente para produzir estruturas que melhoram em um terço a eficiência de células solares

27/04/2011

Agência FAPESP – Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriu uma forma inusitada de melhorar a eficiência na conversão de energia solar em elétrica: por meio do uso de vírus.

O estudo, publicado na revista Nature Nanotechnology, emprega também nanotubos de carbono para aumentar a eficiência no agrupamento de elétrons na superfície da célula solar para a produção de corrente elétrica.

Essa propriedade dos nanotubos era conhecida, mas seu uso em tal aplicação era prejudicado por dois problemas. Em primeiro lugar, sua fabricação produz geralmente uma mistura de dois tipos: semicondutor e metálico. Outro problema é que os nanotubos tendem a se aglutinar, o que reduz sua eficiência.

A nova pesquisa mostrou que os efeitos dos dois tipos de nanotubos são diferentes e que os semicondutores podem melhorar o rendimento das células solares, enquanto os metálicos têm o efeito oposto.

Para resolver o problema do aglutinamento dos nanotubos, entram em cena os vírus. Xiangnan Dang e colegas observaram que uma versão modificada geneticamente de um vírus conhecido como M13, que geralmente infecta bactérias, pode ser usada para controlar o arranjo de nanotubos em uma superfície, mantendo-os separados e isolados de modo que eles não grudem uns nos outros nem causem curtos-circuitos.

Nos testes, a estrutura com vírus aumentou de 8% para 10,6% a eficiência da conversão energética. Os cientistas do MIT usaram um tipo de célula solar de baixo custo na qual a camada ativa é composta de dióxido de titânio, mas afirmam que a técnica pode ser aplicada em células convencionais de silício.

O conjunto de nanotubos e vírus representa um peso ínfimo, de aproximadamente 0,1% da célula solar.

Os vírus realizam duas funções diferentes no sistema. Primeiramente, eles fazem com que pequenas proteínas (peptídeos) se unam fortemente aos nanotubos, mantendo separadas as minúsculas estruturas de carbono. Cada vírus é capaz de segurar até dez tubos, cada um mantido por 300 peptídeos.

Além disso, os vírus foram induzidos geneticamente para produzir um filme de dióxido de titânio – ingrediente fundamental para as células solares utilizadas – sobre cada um dos nanotubos, aproximando o dióxido de titânio dos nanotubos que transportam os elétrons.

As duas funções foram realizadas alternadamente, por meio da mudança da acidez do meio no qual os vírus se encontram. Segundo os autores do estudo, essa troca de função também foi demonstrada pela primeira vez.

O artigo Virus-templated self-assembled single-walled carbon nanotubes for highly efficient electron collection in photovoltaic devices (doi:10.1038/nnano.2011.50), de Xiangnan Dang e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Nanotechnology em www.nature.com/nnano.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/13783

Unesp lança 50 livros digitais gratuitos

Lançamento será nesta quarta (27/4), com transmissão pela internet Primeira fase do projeto teve 44 livros publicados e mais de 50 mil downloads (Unesp)

27/04/2011

Agência FAPESP – A partir desta quarta-feira (27/4), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) disponibilizará gratuitamente 50 novos livros digitais.

Segundo as responsáveis pela iniciativa, a Editora Unesp e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação, os títulos integram o selo Cultura Acadêmica (lançado em 1987, o segundo da Fundação Editora da Unesp) e dão continuidade à Coleção Propg Digital, que oferece obras inéditas para download.

Após o lançamento, cujo início está previsto para as 9h, os autores concederão entrevistas individuais para a Web TV, projeto da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da universidade. Cada entrevista terá 15 minutos e será dividida em dois blocos, sendo o primeiro das 11h30 às 12h30, e o segundo, das 14h às 17h.

A coleção teve sua primeira fase em 2010, quando foram lançadas 44 obras. Desde então, foram registrados mais de 50 mil downloads e cerca de 205 mil acessos.

Segundo os organizadores, a meta do projeto é publicar mil títulos em dez anos, permitindo maior acesso à produção acadêmica da Unesp.

A Editora Unesp fica na Praça da Sé, 108, no Centro de São Paulo. O lançamento da Coleção Propg Digital será no 7º andar do auditório.

A Web TV também fará a transmissão ao vivo do lançamento pelo endereço: www.unesp.br/tv.
Fonte:http://agencia.fapesp.br/13785

Universidade do Século 21: Ensino e pesquisa à altura dos tempos

Artigo enviado ao JC Email pelo professor Rosendo A. Yunes*.

José Ortega e Gasset, considerado o maior filósofo espanhol do século XX, batizou a frase de que o homem deve viver a "altura dos tempos" e especialmente na altura das idéias do tempo. Nestas linhas desejo comentar algo do pensamento de Ortega escrito em 1930 no livro "A missão da Universidade" e que conserva plena atualidade.

Para Ortega, cultura é o sistema vital das idéias de cada tempo. Vital porque delas se alimenta a vida social. Não interessa se essas idéias são científicas ou não. Cultura não é ciência ainda que atualmente boa parte da cultura seja originária da ciência.

Escreve que a Universidade de sua época complicou o ensino profissional (mais enciclopédico), e eliminou quase por completo a transmissão da cultura, ainda que incorporasse a pesquisa científica na universidade da Idade Média. Assim, a Europa pagava funestas consequências, o inglês, o francês, o alemão eram incultos, não possuíam o sistema vital de ideias sobre o mundo e o homem correspondentes ao seu tempo. Essas pessoas eram novos bárbaros, atrasados a respeito de sua época e resultavam assim primitivos.

Sem dúvida a sociedade necessita de bons profissionais: médicos, juízes, engenheiros, mas antes disso necessita ensinar uma capacidade de outro tipo: a de "mandar". Por mandar, Ortega não compreende o exercício jurídico da autoridade, mas a pressão e influência sobre o corpo social. Influência que é dada pela verdadeira autoridade que emana não de um cargo, mas de uma personalidade formada e fundamentada no amor, na verdade e na justiça. Por isto é fundamental que os profissionais sejam formados para viver e influir vitalmente à altura dos tempos.

Segundo Ortega foi necessário esperar até o inicio do século XX para ver algo incrível, a brutalidade com que se comporta um homem que sabe muito de uma coisa e ignora a raiz de todas as demais. Este mesmo autor escreve ainda que exista outro tipo de bárbaro moderno que é aquele que sabe um pouco de tudo e nada em profundidade.

No entanto, existe um aspecto que Ortega discute em 1930, mas que agora é muito mais importante, quando manifesta que não existe na vida pública mais poder "espiritual" que o Jornal. Ortega escreve que a vida pública necessita sempre ser regida e que em aquelas datas haviam desaparecido os antigos poderes espirituais: a Igreja porque abandonou o presente e a vida pública é atualíssima, e o Estado porque na democracia é governado pela opinião pública. Assim, a vida pública foi entregue a quem por oficio se ocupa da atualidade: o Jornal (atualmente em especial a TV e Internet).

Deste modo, por ausência de outros poderes, eram os jornalistas, que não somente eram uma das classes menos cultas de sua época, mas que admitiam alguns pseudo-intelectuais cheios de ressentimentos e ódio para com o verdadeiro espírito, os que dirigiam a sociedade.

Ortega demonstra que a vida real é pura atualidade, mas que a visão jornalística reduz o atual ao instantâneo, ao ressonante. Por isso o mundo aparece na consciência pública sob uma imagem invertida: do importante que perdura de uma coisa ou pessoa, não se comentará, mas se destacará o que é um sucesso, uma notícia. Ortega opina igualmente que não deveriam obrar sobre os jornais os interesses, muitas vezes inconfessáveis, de suas empresas, que o dinheiro deveria ser castamente eliminado de influir na doutrina dos jornais. Assim escreve: "Não pouco do giro grotesco que hoje padecem as coisas - Europa caminha desde muito tempo com a cabeça para baixo e os pés fazendo piruetas no alto - deve-se ao império indiviso da imprensa única 'poder espiritual'". (Que diria agora do poder da TV, internet, etc., que é muito maior).

Este grave problema se manifestou na segunda guerra mundial e nos diversos genocídios realizados por violentas ditaduras na Europa do século XX.

Ortega apresenta o problema de forma dramática escrevendo que era questão de vida ou morte para Europa retificar a situação e que para isso devia a "Universidade intervir na atualidade como tal Universidade" tratando os grandes temas do dia desde um ponto de vista cultural, profissional, científico. Que a mesma deveria impor seu "poder espiritual" superior frente à imprensa, representando uma discussão séria e científica frente à frivolidade.

Devemos lembrar e ter sempre presente que não existem grandes países sem grandes universidades. Os países atingem o desenvolvimento porque as universidades formam recursos humanos capacitados e abrem caminhos para a criação tecnológica pela pesquisa científica. Os Estados Unidos, atualmente, considerando este último fator, estão prontos para realizar a maior inversão de sua história para conseguir um maior número de universitários do que qualquer outro país do mundo.

Neste sentido, é urgente e dramático nossas universidades organizarem sua estrutura com uma filosofia coerente (atualmente uma mistura das universidades napoleônica e americana) continuando e atualizando a obra de grandes pensadores brasileiros como Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, e conciliá-la com sua severa obrigação de ser um verdadeiro formador de opinião pública de qualidade.

Para isto, deve ter a capacidade de realizar pesquisas de ponta a fim de criar e transferir novas tecnologias às empresas e deve procurar solucionar problemas culturais deste momento histórico.
A universidade, para estar à altura dos tempos deve, igualmente, dar e estimular uma discussão transparente sobre grandes problemas culturais mundiais e nacionais como, por exemplo, na área de alimentos: o emprego de transgênicos; na área de energia: sobre novas formas de energia sustentáveis; sobre população: todos os problemas da bioética de controle da natalidade, aborto etc.; na área da pobreza: como dar uma real solução aos problemas de vivenda, sanidade, saúde; na área política: discutir o que significa uma verdadeira democracia aqui e agora; e finalmente na importantíssima área da educação: como formar o novo cidadão responsável pela sua família, pelas instituições, pela sua dignidade pessoal e comunitária, pelo seu destino último. Uma verdadeira universidade não pode fugir destes problemas culturais pela necessidade vital de conservar a identidade brasileira frente ao avanço da globalização.

Ortega escreve em 1930 com toda clareza "a demolição de nossa Europa, visível hoje, é o resultado da invisível fragmentação que progressivamente tem padecido o homem europeu". Assistimos hoje a uma demolição do homem brasileiro e latino-americano por uma filosofia relativista e hedonista que leva à perda do sentido da pátria, da comunidade, da verdade, da justiça, da fé e como conseqüência de todos os valores humanos. Nossa situação universitária tem algumas similaridades com aquela que Ortega claramente indicava.

Assim, é dever da universidade uma urgente formação em um novo humanismo que permita a cada aluno ser um cidadão com uma profissão, um homem com um claro sentido da vida, da família, da sociedade e do país. Um homem que ama a verdade e a justiça, que não vai renegar da tradição, mas que vai orientar essa tradição para um futuro de convivência mais solidária e fraterna.

Colocar nossas universidades à "altura dos tempos" é de vital importância para nossa sociedade e nosso País. Devemos nos conscientizar disto em todos os níveis sociais para salvar não somente o Brasil mais toda a América Latina.

Todos deveriam participar desta discussão.

* Rosendo A. Yunes é Pesquisador Sênior CNPq e Professor Voluntário da Univali.
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=77273