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sábado, 4 de dezembro de 2010

O discurso da produção de artigos em C&T

A midia desenvolvimentista tem repercutido neste
final de 2010 um artigo da Science* , de sete
páginas, que informa que entre 1977 e 2007 o
número de artigos em ciência e tecnologia
publicados por pesquisadores brasileiros mais que
dobrou estando na casa de 19 mil artigos ao ano.

Contudo de acordo com dados do site do INPI *, no
Brasil houve nos mesmos dez 10 últimos anos entre
, também, 1997 à 2007, somente um aumento 16 %
no total de patentes depositadas no INPI por
todos os brasileiros trabalhando em em
universidades,laboratórios de pesquisa, empresas, tudo.
( )

Do total de 6.700 patentes foram depositadas em
2007por residentes no país e 80 % delas vieram da
região sudeste e em quase sua totalidade do setor
público.A contribuição do setor privado é
irrisória. E isso vale para os dez anos estudados.

É inevitável a pergunta: qual é o conteúdo dos 19
mil artigos indicados pela Revista Science? Se é
conteúdo de pesquisa, esta não esta se revertendo
em patentes. Ou então esta pesquisa em C&T está
completamente desassociada da inovação ou,
talvez, o grau destes estudos pesquisados é de
qualidade tão superior a densidade da
infraestrutura existente no nosso sistema
produtivo que não pode ser engenheirada no país.

A vasta maioria da produção em C&T pode estar se
dirigindo, ainda, para estudos de reflexões
teórico-filosóficos o que é bastante
louvável, mas estranho em um pais com a grande
necessidade de aprimorar diversos setores de sua
infraestrutura educacional, de saúde, transportes, indústria, e serviços.

Esta questão toda nos leva ainda ao problema,
também em evidência, dos repositórios de
informação livre, do qual somos defensores
acirrados. Mas estes estoques privilegiados
parecem não estar levando a produção da pesquisa
nacional a gerar conhecimento aplicado e com um
retorno em inovação para a sociedade.

Existe uma flagrante falta de conexão entre
produção científica brasileira em pesquisa e o
desenvolvimento e a utilização destes resultados
pela indústria e serviços, o que tem sido um
problema contínuo no país. O setor de produção
privado investem muito pouco em pesquisa e
desenvolvimento, em média menos que 1 % de seu
faturamento. A pesquisa que beneficia o setor das
empresas é feita com recursos do governo e em
laboratórios do governo, ainda que, a maior parte dela não seja patenteável.

Assim existe uma grande diferença entre o
discurso bem intencionado da produção cientifica
e uma verdadeira ação de inovação proveniente
deste discurso. Mesmo que ele venha com o poder
de sedução e convencimento de uma "Science". O
discurso da apropriação da inovação pela
sociedade é de fácil enunciação, tanto no
falatório da tribuna como nos planos programa e
textos escritos;mas, são estoques estáticos de
uma arquitetação intelectual que não modifica nada.

O discurso da ação opera no vazio é só uma
promessa de verdade. Não muda a realidade.


*"Science" - Brazilian Science: Riding a Gusher,
Science de 3 de Dezembro de 2010
http://www.sciencemag.org/content/current#ThisWeekinScience

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial



Aldo de A Barreto
Mensagem recebida por E-mail 03/12/10

Governo norte-americano toma medidas para melhorar privacidade online

Sistema deve obrigar empresas usarem ferramenta quem impeça rastreamento

Sexta-feira, 03 de dezembro de 2010 às 11h24

Após várias falhas na proteção de dados em redes sociais ficarem evidentes, o governo norte-americano resolveu avançar com a proposta elaborada pela Comissão Federal do Comércio (Federal Trade Commision - FTC), que prevê assegurar um nível maior de privacidade online.

O sistema criado pela agência governamental consiste obrigar empresas a implementarem o "Do Not Track" ("Não Rastrear"), ferramenta que dá ao internauta o direito de autorizar a captura de dados sobre a navegação do mesmo, incluindo compras e pesquisas.

Em entrevista ao The New York Times, o diretor da FTC, David Vladeck, afirmou que não há necessidade da administração do sistema por parte do governo: "Enquanto a FTC for capaz de garantir (a privacidade do internauta) por meio da aplicação do sistema "Do Not Track", que permite a escolha do consumidor, não há necessidade de que isso seja administrado pelo governo federal", afirmou.

Nos Estados Unidos ainda não existe uma lei específica que proteja os dados privados dos internautas.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/governo-norte-americano-toma-medidas-para-melhorar-privacidade-online/15173

Google toma novas medidas para proteção de Copyright

Empresa impedirá links "associados à pirataria" de aparecerem no autocomplete e acelerará o processo para retirada de conteúdo ilegal

Sexta-feira, 03 de dezembro de 2010 às 17h50

O Google anunciou nessa quinta-feira (2) quatro novas medidas para proteção de direitos autorais dos conteúdos que aparecem no site de busca, segundo o Blog de políticas públicas da companhia. O pacote deve ser implementado aos poucos, nos próximos meses.

A partir de agora, o site tirará do ar qualquer conteúdo considerado ilegal em menos de 24 horas. A Google vai melhorar a chamada "counter-notice", para recuperar links removidos indevidamente de forma otimizada.

Resultados ligados a pirataria também não serão exibidos com a ferramenta autocompletar. Pesquisas como "torrent" ou "download", por exemplo, podem ser excluídas. Ao invés disso, o site privilegiará páginas que contenham conteúdos autorizados pelos direitos autorais.

O AdSense, programa usado para exibir anúncios online, também não funcionará mais em páginas que forneçam conteúdo pirata.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/google-toma-novas-medidas-para-protecao-de-copyright/15185

Acender o fósforo repetidas vezes

Ignácio Loyola Brandão - O Estado de S.Paulo

Depois da colisão com Monteiro Lobato, veio a escorregadela do Enem. Esse ministério não aprende que errar uma vez é humano, errar duas é burrice. Vem também o ministro dizer que os critérios para avaliação internacional do ensino brasileiro, abaixo do da Cochinchina, estão errados e que temos um alto nível. De onde será que o ministério olha? Como avalia? O que salva o ensino brasileiro são atitudes isoladas que, felizmente, existem aos borbotões. Tenho andando, sentido e testemunhado. Como esquecer as professoras que fazem da Casa Meio Norte, em Teresinha, um exemplo esplendoroso (palavra boa, sonora) de como ensinar contra todas as adversidades?

Dia desses, estive em Santo André, convidado pela Luciana Tavares, bibliotecária da Escola 221 do Sesi. Foi uma alegria chegar e ser recebido com um tapete vermelho feito de papel pardo com tiras coloridas. Símbolo afetuoso que os alunos montaram atravessando todo o pátio até a biblioteca. Comoveu ver alunos do ensino médio com o meu romance Não Verás País Nenhum - que não é fácil de ler - nas mãos, porque o livro está sendo trabalhado ali. Algum tempo atrás, quem compareceu foi o Rubem Alves, um parceiro meu em viagens deste tipo. Falar do Brasil, da literatura, da educação, abrir cabeças, abrir mundos, iluminar caminhos. Em momentos assim, tanto Rubem como eu fazemos a mala, esquecemos cachês e trabalhamos por amor. Compensa, alegra.

Há por essa imensidão do Brasil, sim, há, centenas de professores e bibliotecários idealistas lutando para realizar alguma coisa contra currículos esquisitos, diretores obsoletos, normas mal formuladas, entraves burocráticos, kafkianos, incompreensões. Porém, eles vão em frente. Comovente ver os alunos da 221 interessados em literatura, apaixonados por um livro que, tendo sido escrito há 30 anos e sendo meu livro mais traduzido, acabou mostrando a realidade que chegou à nossa porta: o aquecimento global, a angústia da falta d"água, as cidades superpovoadas, a violência, os congestionamentos, as doenças indiagnosticáveis, a miséria. Os professores que estão estudando o Não Verás avançam nas propostas, fazem uma análise abrangente, o que se vê é a própria história do Brasil e as consequências de políticas obsoletas.

Quinze dias depois, eu estava em Sorocaba, diante dos alunos do Objetivo que, orientados pela professora Marisa Telo, tinham virado de cabeça para baixo o livro de contos Cadeiras Proibidas. Metáfora do tempo da ditadura que, mais do que nunca, vem sendo adotado e lido por jovens, dado seu tom fantástico, que excita a imaginação. Ora, em lugar de uma palestra, o que se viu? Um concurso de contos. A partir da inspiração do Cadeiras, que mostra como o absurdo não existe, a realidade é mais absurda que ele, os alunos escreveram 67 contos incríveis. Disse a eles que eu assinaria qualquer um deles. Foi feito um volume, Carteiras Proibidas, que será editado como livro normal. Farei o prefácio.

Faço esta crônica para meus leitores normais, mas principalmente para professores, para dar coragem e dizer: tentem, mudem, avancem, acreditem na fantasia e na imaginação dos jovens, incentivem, arranquem o que eles têm dentro pronto a explodir. Eliminar repreensões, barreiras, cerceamentos. Na sequência, em Sorocaba, os alunos me entrevistaram, perguntaram tudo, inclusive passando pela ridícula "proibição" de Monteiro Lobato e pela polêmica que se estabeleceu em torno de meu conto Obscenidades Para Uma Dona de Casa, que está na antologia Os Cem Melhores Contos do Brasil, organizada por Ítalo Moriconi. Disse - como já tinha dito em Santo André, onde o conto encontrou resistência em uma parcela de professores e pais - que é lamentável que mentalidades inquisitoriais ainda subsistam em pleno 2010. O homem já foi à Lua, corações são transplantados, a vida humana vem sendo prolongada, a longevidade é cada dia mais extensa, a pílula anticoncepcional já existe, camisinhas são vendidas na caixa do supermercado, o mundo é globalizado, a internet está aí, o celular, o iPhone, o iPad, o iPod, o twitter, e há gente parada no tempo do ponto de vista da moral. Por que ainda há palavras que incomodam, sendo palavras da linguagem coloquial? Por que muitos pais não dialogam com os filhos para saber o que se passa em matéria de sexualidade? Por que os pais não dialogam com professores e autores? Por que atitudes hipócritas de censura, esta que foi o braço direito da ditadura, a arma de qualquer sistema totalitário de esquerda ou direita?

Nesses momentos me lembro de Érico Veríssimo em Solo de Clarineta, suas memórias: "Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto."

É bom quando a literatura é dada com liberdade, espontaneidade, amor, sem preconceitos. Assim ela será recebida. É triste quando se faz da literatura, mesmo que poética, falando da solidão, do tédio e da angústia, algo feio, sujo, pecaminoso, condenação ao fogo do inferno. E os prazeres onde ficam? Ainda bem que existem Lucianas e Marisas no Brasil e existem aos montes. Uso sem medo o lugar-comum: por meio delas, homenageio todos os professores e bibliotecários deste País.

Fonte:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101119/not_imp642080,0.php

Biblioteca Comunitária desperta esperança e devolve a dignidade de crianças e adolescentes do Recife

O colorido da fachada chama a atenção. As cores vivas e alegres do grafite fazem com que o imóvel destoe de todas as outras casas da rua Campo Tabaires, na comunidade do Caranguejo, localizada no bairro da Ilha do Retiro, zona Oeste do Recife. A rua, umas das principais do local, é estreita, não tem pavimentação e o esgoto corre a céu aberto, mas desde 2005 a via abriga uma biblioteca comunitária, que é o orgulho dos moradores da localidade. Também não é para menos, o local acolhedor, limpo e organizado proporciona o contato com gênios da literatura como José de Alencar, Manuel Bandeira, Clarice Lispector, Monteiro Lobato dentre outros, despertando a esperança de um futuro melhor para a comunidade. Os livros são disponibilizados de segunda a sexta-feira das 8h às 21h.

A iniciativa partiu da inquietação do jovem Reginaldo Pereira que sentia dificuldades de estudar e fazer os trabalhos escolares por causa da inexistência de uma biblioteca próximo de casa. Ele tinha que percorrer quase três quilômetros até chegar a Biblioteca Pública de Afogados, bairro vizinho. Reginaldo não achava justo que os jovens de sua comunidade passassem pelo mesmo sacrifício e acreditava que uma biblioteca os ajudaria a fazer os deveres escolares, além disso “os livros estimulam o crescimento pessoal e profissional, são opções que a juventude devem ter para traçar um futuro diferente daquele que, tragicamente estariam condenados vivendo na periferia, onde o poder público não tem interesse de investir, principalmente, em educação”.

Imbuído do desejo de transformação e de solidariedade, Reginaldo procurou Cleonice da Silva, uma liderança da comunidade e vários jovens moradores do local. Juntos correram atrás de apoio e conseguiram os primeiros livros. “Foram 800 que conseguimos com a Faculdade de Ciências de Administração de Pernambuco”, lembra Reginaldo. Depois eles conseguiram mesas, cadeiras, estantes, ventiladores e a casa, que até hoje é alugada ao irmão dele. O aluguel é pago por Reginaldo, mas as contas de água, luz e telefone eles conseguiram através de um patrocínio com uma grande empresa de vestuário.

Com o espaço arrumado e equipado é hora de começar a trabalhar. Foi quando em 11 de outubro de 2005, véspera do dia das crianças, a Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaires abriu as portas pela primeira vez. As crianças e os adultos foram chegando, atraídos pela novidade, mas ainda assim desconfiados. Os voluntários foram aparecendo também, uns para contar histórias para os pequenos freqüentadores, outros para ajudar na administração, outros para pintar. A biblioteca começou a atrair diversas pessoas solidárias, verdadeiros “amigos” da comunidade.

A partir daí o projeto só cresceu e as crianças, que são mais de 90% dos freqüentadores, passaram a ter a biblioteca como a segunda casa. A sociedade começou a conhecer o trabalho sério, iniciado por duas pessoas mas logo tinham mais de dez atuando na biblioteca em diversas atividades. Um escola de francês que tem franquias no Recife, doou bolsas de estudos para alguns voluntários, dentre eles a estudante Suely Souza, de 26 anos. Voluntária há 3 anos, Suely dedica 4 horas do seu dia, de segunda a sexta-feira para auxiliar no setor administrativo, porém sempre “quebra o galho” dando aulas de reforço a crianças de 7 a 10 anos. “Poder fazer parte da biblioteca é um prazer muito grande, saber que posso fazer algo pelas crianças daqui não tem preço”, contou emocionada. Suely aproveita o que aprende no curso de francês e passa para as crianças na biblioteca. “Semanalmente, faço rodas de leitura em francês, ensino algumas músicas e o básico da língua como saudações”, afirmou.

E ela já ver os frutos dessa dedicação. “As crianças daqui hoje pensam em estudar, fazer uma faculdade, até um intercâmbio, tudo isso graças a Biblioteca que trouxe esperança para eles que antes não tinham nada”, falou orgulhosa.

Parceria – Para fortalecer ainda mais o trabalho e atender melhor a comunidade, a Biblioteca Caranguejo Tabaiares se uniu a mais sete iniciativas semelhantes que acreditam na democratização da cultura e do saber, e formou a Rede de Bibliotecas Comunitárias. O grupo se ajuda no desenvolvimento de projetos de educação nos municípios de Recife, Olinda e Jaboatão.

Prêmio – Este ano a Biblioteca Caranguejo Tabaiares ganhou o Prêmio Machado de Assis, do projeto Pontos de Leitura, do Ministério da Cultura. A biblioteca recebeu um kit com 650 livros, mobília e computador. “Estamos fazendo uma nova arrumação nos livros que temos aqui. Precisamos tirar alguns, para colocar os novos, pois não temos espaço para disponibilizar todos. Em janeiro do ano que vem os frequentadores já poderam usufruir do novo arcevo”, afirmou Suely. Hoje com quase 10 mil exemplares, a biblioteca atende uma média de cem crianças e adolescentes por dia. Lá, eles encontram diversas atividades ações como, por exemplo: rodas de leitura, aulas de reforço e oficinas lúdicas. Nas férias participam de oficinas de artesanato, sessões de cinema e outras atividades de lazer.

Futuro – Em 2011, Reginaldo Souza e Cleonice da Silva junto com os nove voluntários que atualmente trabalham na biblioteca, têm um sonho ousado, que é o de construir uma nova Biblioteca, três vezes maior do que a atual. O local já existe, é onde funciona o Clube do Idoso, um espaço de recreação para as pessoas da terceira idade que residem na comunidade. “Já temos a planta feita por uma engenheira voluntária, precisamos agora do material, por que até a mão-de-obra já tem, os moradores já se ofereceram para ajudar. Acredito que no ano que vem estaremos livre do aluguel e ofereceremos um serviço de melhor qualidade aos usuários da Biblioteca”, disse Suely.

Para ajudar a Biblioteca Caranguejo Tabaiares a continuar este trabalho de resgate da dignidade de pequenos brasileiros, os interessados podem fazer uma doação de qualquer valor por meio da conta: Banco do Brasil - Agência: 1833-3 / Poupança: 24.332-9.

Já para quem mora na Região Metropolitana do Recife e gostaria de ser voluntario pode procurar a Biblioteca que fica na rua Campo Tabaiares, 203, bairro da Ilha do Retiro - Recife (PE) CEP: 50750-251. Contatos pelo telefone (81) 3077-2535 ou pelo e-mail: bibliotecacomunitariact@gmail.com.

Fonte:http://vivafavela.com.br/materias/biblioteca-comunit%C3%A1ria-desperta-esperan%C3%A7-e-devolve-dignidade-de-crian%C3%A7-e-adolescentes-do-re

"Tome Ciência": Direto no fígado

Programa pode ser visto ao longo da semana, pela TV, e a qualquer hora pela internet

O fígado, o maior órgão interno do corpo humano, tem cerca de 1 quilo e meio e executa mais de 500 funções. Participa da digestão, armazena vitaminas, estoca energia, desintoxica, filtra e equilibra - uma verdadeira central química, capaz de se recompor e se multiplicar quando são, mas sem nenhuma chance de se reabilitar quando seriamente danificado.



De tão importante o fígado chega a ser associado à idéia de intensidade: diz-se inimigo figadal quando o sentimento de ódio é profundo. E o fígado é vinculado à ira e ao humor, sobrando a bondade para o coração. Neste programa, os especialistas desvendam os segredos do fígado falam sobre as hepatites e os novos tratamentos, cirrose e mudanças na fila de transplante.



Participantes:



- João Luiz Hauer, médico hepatologista e presidente do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro, que organiza anualmente encontros nacionais sobre o fígado.



- Cláudio Figueiredo Mendes, chefe do serviço de hepatologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, professor das faculdades de medicina da Universidade Gama Filho e da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques.



- Eduardo Fernandes, cirurgião do programa de transplante de fígado do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro.



Confira os canais que transmitem o "Tome Ciência":



- Rio TV, canal legislativo da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (canal 12 da Net Rio), às 24h de sábado e 8h30 de domingo



- TV Alerj, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, às 19h de domingo, com reprises às 20h30 de quinta, por satélite (Satélite Brasilsat - B4 at 84° W), pela internet (www.tvalerj.tv) e pelos sistemas a cabo das seguintes cidades do estado: Angra dos Reis (14), Barra Mansa (96), Cabo Frio (96), Campos dos Goytacazes (15), Itaperuna (61), Macaé (15), Niterói (12), Nova Friburgo (97), Petrópolis (95), Resende (96), Rio de Janeiro (12), São Gonçalo (12), Teresópolis (39), Três Rios (96) e Volta Redonda (13)



- TV Ufam, da Universidade Federal do Amazonas (canal 7 e 27 da Net), às 23h de domingo, com reprises às 19h de segunda e quinta e às 15h de sexta-feira



- TV Câmara, da Câmara Municipal de Angra dos Reis (canal 14 da Net e internet), às 19h de quarta-feira, com reprises durante a programação



- TV Ales, da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (canal 12 da Net), às 9h e 22h de quinta-feira



- TV UFSC, da Universidade Federal de Santa Catarina (canal 15 da Net), às 21h de quinta-feira, com reprises durante a programação



- TV Unicamp (canal 12), às 21h de quarta-feira, 19h de sexta-feira e 13h de sábado.



- TV Câmara Caxias do Sul, às 12h de sábado, com reprises às 12h de domingo, 16h de segunda a quinta e 20h15 de sexta-feira.



Além disso, o programa pode ser visto a qualquer hora no site http://www.tomeciencia.com.br



O programa, apresentado pelo jornalista André Motta Lima, conta com o apoio de pauta das sociedades vinculadas à SBPC, além de um Conselho Editorial de cientistas.

(Informações do site do Tome Ciência)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75108

Educação, um desafio para Dilma, João Batista Araujo e Oliveira

No ensino fundamental, no curto prazo, são necessárias medidas eficazes de gestão e de pedagogia adequadas à condição dos professores

João Batista Araujo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa e Beto. Foi secretário-executivo do Ministério da Educação (1995). Artigo publicado na "Folha de SP":



A falta de propostas e debates na campanha eleitoral torna imperativa a reflexão sobre a agenda da educação. Pouco se falou além de construção de creches, escolas técnicas e de genéricas menções à valorização do professor.



Embora nossos presidentes nunca tenham manifestado especial interesse pela área, PSDB e PT, partidos dos dois últimos ocupantes do Planalto, sempre a defenderam como sua bandeira.



No caso do PT, a situação é mais peculiar. Dos três ministros da pasta no governo Lula, só o atual conseguiu esboçar uma política para educação e, em grande parte, o fez sem a simpatia de parcela significativa do seu partido. Isso sugere que falta visão articulada para a área. E também significa que o primeiro desafio de Dilma Rousseff será definir quem comandará o órgão. Ao novo ministro caberá formular essa agenda, fora de apetites ideológicos, corporativistas ou clientelistas. Não é tarefa fácil.



Mesmo que a opção seja pela manutenção de Fernando Haddad, que promoveu avanços importantes, a primeira grande pergunta é sua opinião sobre as propostas em curso, consolidadas sob o nome de Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).



O primeiro passo da agenda da educação é melhorar o que está aí: o ensino fundamental, o médio e o superior. No fundamental, no curto prazo, são necessárias medidas eficazes de gestão e de pedagogia adequadas à condição dos professores.



Se valer a experiência internacional, as soluções propostas no PDE não provocarão as mudanças esperadas. No longo prazo, só há esperança se vingarem políticas para atrair jovens talentosos para o magistério, decisão que deve ser associada a estratégias adequadas de formação, estágio probatório e certificação de professores. Até lá, teremos apenas remendos.



No ensino médio, o Brasil insiste numa política equivocada, com o único intuito de preparar para o vestibular; no caso do ensino técnico, a política que vigora privilegia profissões que não existem mais e que são oferecidas por instituições incapazes de se adaptar às novas demandas do mercado.



O preparo dos alunos que chegam ao ensino médio é insuficiente para os desafios próprios desse nível. A única solução conhecida é a diversificação das modalidades desse ensino, como ocorre em quase todos os países desenvolvidos.



O ensino superior caracteriza-se pelos excessos: de alunos, de vagas, de deserção, de ineficiência, de regulamentação.



O nó górdio reside na desregulamentação: das profissões, dos currículos, dos mecanismos de credenciamento das instituições.



Todas essas mudanças esbarram nos apetites ideológicos, corporativistas e clientelistas associados à trajetória da educação no país e do próprio MEC.



Restam ainda dois problemas a resolver, que, apesar da interface com o ministério, vão além de seus limites.



Um destes se refere à inserção de milhões de jovens desescolarizados e sem formação profissional, para os quais são necessárias políticas que integrem emprego, renda e formação profissional. O outro é a primeira infância.



J. Heckman ganhou o Prêmio Nobel de Economia demonstrando que o investimento mais produtivo em recursos humanos está nessa etapa da vida. Política de primeira infância não é sinônimo de creche, muito menos creche que funcione em condição precária.



Engloba política de saúde, família, assistência social, emprego, reinserção profissional das mães e cuidados com as crianças, inclusive em creches de alta qualidade.



A ambição de uma política de primeira infância deve ser a de assegurar a todas as crianças condições adequadas para atingir o seu potencial, independentemente da renda dos pais.



É por aí que se corta o círculo vicioso de reprodução da miséria e se reverte o quadro de iniquidade que caracteriza nossa história.



E agora, presidente Dilma?

(Folha de SP, 3/12)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75088

Google vai lançar sua própria livraria virtual ainda este ano, diz WSJ

O Globo

RIO - A Google está prestes a lançar sua própria loja on-line de livros, a Google Editions, passo que pode transformar a forma como os livros são vendidos e, com certeza, preocupa rivais de peso como a Amazon, publicou nesta quarta-feira o "Wall Street Journal". A iniciativa estava atrasada - executivos pretendiam lançá-la em meados de 2010 - por dificuldades técnicas e legais, que teriam sido resolvidas apenas recentemente. A estreia deve ocorrer ainda este ano nos EUA e, no restante do mundo, no primeiro trimestre de 2011, segundo Scott Dougall, diretor de produto da Google.

A proposta da Google Editions será diferente em relação à da Amazon - que detém 65% do comércio mundial on-line de livros. Segundo o "Journal", os usuários do novo serviço poderão comprar produtos diretamente da Google ou de vários livrarias on-line e incluí-los em uma livraria virtual atrelada à sua conta Google. Assim, os consumidores poderão ler os livros em qualquer aparelhos: tanto em seus e-readers, quanto em smartphones ou PCs. Na Amazon, por exemplo, os livros só podem ser adquiridos via Amazon Store e lidos apenas em e-readers com software Kindle.

De acordo com a reportagem, o Google enfrentará duas dificuldades: o costume já arraigado dos muitos consumidores de e-books satisfeitos com o modelo atual e a resistência das grandes livrarias, que não veem vantagem em mudar seu modelo de vendas para se adequar à Google. As livrarias independentes, porém, veem na iniciativa uma chance de entrar no mercado.

A Google não revela detalhes do produto, nem qual será o percentual de lucro dividido com as livrarias externas. O volume de vendas de livros digitais deve triplicar este ano, atingindo US$ 966 milhões segundo o instituto Forrester.

Fonte:http://extra.globo.com/ciencia/plantao/2010/12/01/google-vai-lancar-sua-propria-livraria-virtual-ainda-este-ano-diz-wsj-923159299.asp

Ministério da Cultura pode suspender repasse de recursos para municípios sem biblioteca

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que a determinação não tem caráter punitivo, mas tenta estimular os prefeitos

Folha.com
A partir desta sexta-feira(3), todos os municípios do país só receberão recursos do Ministério da Cultura se tiverem bibliotecas públicas em pleno funcionamento. A condição está prevista em portaria publicada hoje no "Diário Oficial da União".

As bibliotecas devem ser municipais, sem contar as existentes em escolas ou de iniciativa filantrópica.

O ministério diz que há cidades que, embora tenham recebido da União livros, mobiliário e outros materiais, não inauguraram bibliotecas.

Há casos também de bibliotecas que foram fechadas ou funcionam em poucos dias da semana.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse ontem que a determinação não tem caráter punitivo, mas tenta estimular os prefeitos.

O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, divulgado em abril deste ano, aponta que 420 municípios não tinham bibliotecas públicas em 2009.

O Maranhão aparecia na liderança, com 62 cidades nessa situação, seguido de São Paulo (51).

Não há levantamento mais atualizado. O MinC planeja um canal de comentários e reclamações dentro de um portal previsto para ser lançado ainda neste ano.

Fonte:http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=218063

Genes escolhidos

3/12/2010

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – Os milhares de genes que compõem o genoma humano se relacionam entre si por meio de complexas redes de regulação nas quais, em algumas delas, certos genes (denominados canalizadores) controlam o funcionamento de diversos outros.

Para tentar descobrir e simular o comportamento desses genes que podem desempenhar funções importantes no controle regulatório do organismo humano – e que, por isso, podem ser alvos potenciais de novas terapias para o tratamento de doenças – há métodos estatísticos e computacionais que analisam amostras de dados de expressão gênica.

Essas técnicas são limitadas, mas um estudo realizado por David Corrêa Martins Júnior, professor associado do Centro de Matemática, Computação e Cognição da Universidade Federal do ABC (UFABC), deu origem a um novo método computacional e estatístico de caracterização de genes canalizadores e a uma nova ferramenta que possibilita detectá-los com maior eficácia em redes de regulação gênicas modeladas matematicamente.

Resultado de sua tese de doutorado, defendida em 2009 no programa de Pós-Graduação em Computação do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), a pesquisa recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Teses 2009, cujos resultados foram anunciados em 11 de novembro.

O trabalho foi desenvolvido com Bolsa de Doutorado da FAPESP e integrou o Projeto Temático “Modelagem por redes (grafos) e técnicas de reconhecimento de padrões: estrutura, dinâmica e aplicações”.

Na pesquisa, realizada no IME-USP e na Texas A&M University, Martins Júnior estudou as condições matemáticas e computacionais necessárias para o surgimento de genes canalizadores em redes de regulação gênicas. E, a partir desse trabalho de caracterização matemática, desenvolveu uma nova ferramenta que possibilita detectá-los analisando dados de expressão gênica de microarray.

“Essas condições são muito específicas e até então não tinham sido bem estudadas”, disse o professor Roberto Marcondes Cesar Júnior, orientador da pesquisa, à Agência FAPESP.

“Com a caracterização matemática dessas condições é possível criar métodos computacionais de identificação de genes canalizadores mais eficientes do que os que temos hoje”, explicou o também membro da coordenação de Ciência e Engenharia da Computação da FAPESP.

De acordo com Marcondes, uma das formas mais simples de tentar descobrir se um determinado gene controla outro é calculando a correlação entre eles. Porém, para detectar se, de fato, um gene é canalizador em uma rede de regulação gênica, é preciso analisar todos os subgrupos de genes controlados por ele, como duplas, trios ou quartetos.

Ao tentar fazer essas análises por meio dos métodos computacionais e estatísticos disponíveis, os pesquisadores na área de genômica deparam com a barreira da explosão combinatória, em que um pequeno aumento no tamanho do problema causa uma drástica elevação do tempo necessário para obter uma resposta.

Hoje, um teste de comparação de um gene com outro em uma rede de 5 mil genes analisando dados de microrray leva apenas alguns segundos. Mas, para fazer a correlação de trios, a demora chega a seis meses. Já para comparar quartetos, seria necessário esperar 824 anos. “Isso dá uma ideia de como é inviável sair testando todas as possibilidades de combinação”, explicou Marcondes.

Aplicações em biologia e redes sociais

Por intermédio da pesquisa, Martins Júnior desenvolveu novas ferramentas matemáticas que possibilitam controlar o problema da explosão combinatória.

O modelo matemático desenvolvido foi aplicado em um conjunto de dados de expressão de melanoma contendo amostras de versões ativas e inativas de um gene, o DUSP1, que atua como canalizador. Os testes revelaram que o gene controla, ao todo, 19 subconjuntos de outros genes.

“Quanto maior o número de subconjuntos de genes controlados por um gene, maiores são as possibilidades de ele ser um gene “mestre” em uma via metabólica. Ao interferir nesse gene canalizador, é possível modificar todo um sistema biológico com poucas intervenções”, disse o professor da UFABC.

Segundo Marcondes, além de serem úteis para analisar dados de expressão gênica e detectar genes canalizadores, o modelo e a ferramenta matemática desenvolvidos por intermédio da pesquisa, que já estão prontos para serem usados, também podem ser aplicados em outras áreas distintas da biologia, como psiquiatria ou telecomunicações.

Outra aplicação também poderá ser em redes sociais, como Orkut, Facebook, Myspace e Twitter, para identificar “participantes canalizadores”, isto é, pessoas que influenciam o comportamento de outras na rede.

“Como essas ferramentas são abstratas, não precisamos atacar só dados de expressão gênica. Nada impede que possamos utilizá-las para tratar dados de redes sociais para detectar formadores de opinião nessas redes”, disse o orientador do estudo.

Na biologia, uma das aplicações mais ambiciosas para o novo método e ferramentas matemáticas seria utilizá-los na área de biologia sintética para criação de um organismo que produza etanol de maneira mais eficiente, por exemplo.

“Teoricamente, como o método e a ferramenta possibilitam analisar dados e aprender parâmetros, é possível simular o funcionamento de um organismo antes dele existir e prever ou, pelo menos, analisar como ele se comportará”, disse Marcondes.

Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13131/genes-escolhidos.htm

Acesso livre à biodiversidade

3/12/2010

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – O conhecimento produzido no Brasil sobre a sua biodiversidade ganhará mais visibilidade. O motivo é o Portal BHL ScieLO, que disponibiliza com acesso livre milhares de obras, artigos, mapas e documentos históricos sobre a biodiversidade brasileira.

Lançado oficialmente na quarta-feira (1º/12), o serviço é parte do projeto “Digitalização e publicação on-line de uma coleção de obras essenciais em biodiversidade das bibliotecas brasileiras”, conduzido pelo programa SciELO, biblioteca eletrônica virtual de revistas científicas mantida pela FAPESP em convênio com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

O projeto conta com a participação do programa Biota-FAPESP, da Biblioteca Virtual do Centro de Documentação e Informação da FAPESP, do Ministério do Meio Ambiente, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo.

De acordo com Abel Packer, coordenador operacional do programa SciELO, a BHL SciELO possibilitará o fortalecimento da pesquisa científica em biodiversidade.

“O Brasil tem uma produção científica de destaque nessa área, mas que hoje assume também uma dimensão política e econômica internacional com todas as discussões sobre mudança climática e preservação de espécies”, disse à Agência FAPESP.

Segundo Packer, o novo portal já reúne volume suficiente de arquivos para atender às demandas de pesquisadores e demais interessados. “Contamos até o momento com cerca de 110 mil registros digitalizados: artigos, mapas e obras de referências históricas da biodiversidade brasileira”, explicou.

O portal integrará a rede global The Biodiversity Heritage Library (BHL), consórcio que reúne os maiores museus de história natural e bibliotecas de botânica no mundo, como a Academy of Natural Sciences e o American Museum of Natural History, nos Estados Unidos, e o Natural History Museum, na Inglaterra.

“A Austrália acabou de entrar e, agora, tanto a BHL Brasil como a BHL China farão parte dessa rede mundial que já conta com cerca de 130 mil obras e mais 32 milhões de páginas digitalizadas”, dise Packer.

No Brasil, a rede será composta por instituições como Biblioteca Nacional, Museu Nacional, Jardim Botânico do Rio Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Butantan, Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), Bireme, Fundação Zoobotânica, Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, Museu Paraense Emílio Goeldi e a USP.

“O objetivo é seguir o mesmo modelo da SciELO com a modalidade de acesso aberto com múltiplos sistemas de busca e indicadores bibliométricos, que tem propiciado maior visibilidade à produção científica dos países em desenvolvimento, principalmente os localizados na América Latina e Caribe. A ideia da BHL SciELO é que se estenda também para a América Latina”, contou Packer. O portal também traz notícias da Agência FAPESP e da revista Pesquisa FAPESP.

Produção brasileira

Ao levantar dados sobre a produção científica brasileira na área de zoologia, Rogério Meneghini, coordenador científico do Programa SciELO, disse ter ficado surpreso com a posição do Brasil na produção de artigos na área.

Com base no cruzamento de informações da Web of Science, base de dados da empresa Thomson Reuters, foram produzidos no mundo, entre 2007 e 2008, 23.903 artigos em zoologia. “O que mais chama a atenção é que o Brasil fica na quarta posição com 1.762 artigos, perdendo apenas para os Estados Unidos (7.649), Japão (2.233) e Inglaterra (1.762)”, disse.

Meneghini está concluindo a pesquisa “Projeto para avaliação do impacto de programas brasileiros de ciência e tecnologia”, que tem o apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.

Outro destaque do estudo é que, entre as instituições globais de pesquisa na área de zoologia, a USP é a primeira da lista, seguida das academias de ciência da Rússia e da China e da Universidade de Kyoto, no Japão. “Existem áreas em que a produção brasileira está competindo em pé de igualdade. Um exemplo é a zoologia”, disse, destacando a Revista Brasileira de Zoologia.

Tiago Duque Estrada, gestor executivo do Biota-FAPESP na Universidade Estadual de Campinas, falou da experiência do Programa e novos desafios na nova fase do programa. Segundo ele, uma das frentes é disponibilizar dados sobre as pesquisas.

“A linha de base do Biota foi a publicação de sete volumes temáticos e da revista Biota Neotropica, do Atlas e também do Sistema de Informação Ambiental (SinBiota), que tiveram a função de mapear e divulgar o que já está disponível para a sociedade, governos e demais pesquisadores”, disse.

Em pouco mais de dez anos, o Biota contabilizou cerca de 113 mil registros, sendo 12 mil de espécies. “Um dos desafios agora é entender como a biodiversidade produz elementos e componentes químicos que podem ser patenteados e associados à cadeia produtiva existente na sociedade, mas ainda precisamos reunir mais dados”, disse ao falar do Biota Prospecta.

Participaram também do lançamento do portal Sueli Mara Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, que falou dos desafios do acesso aberto na universidade, Dora Ann Lange Canhos, do Cria, que contou sobre a experiência da Lista de Espécies da Flora do Brasil, e Tiago Duque Estrada, gestor executivo do Biota-FAPESP na Universidade Estadual de Campinas, que falou das publicações do programa, da revista Biota Neotropica e do Sistema de Informação Ambiental (SinBiota).

BHL ScieLO: http://biodiversidade.scielo.br
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13132/acesso-livre-a-biodiversidade.htm

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Google Chrome 7 já está disponível

Nova versão do navegador chega com poucas novidades, mas com muitos bugs corrigidos.

A Google soltou nesta terça-feira (19/10) a sétima versão de seu navegador, o Chrome. Não há grandes novidades na atualização: a maior mudança, segundo o blog oficial, é a correção de “centenas de bugs”. Além disso, o browser passa a suportar o AppleScript, linguagem de programação presente em computadores com Mac OS X, e está mais ágil para interpretar sites escritos em HTML5.

O usuário não precisa se preocupar em atualizá-lo, pois isto é feito automaticamente. Quem preferir fazer o update por conta própria, basta clicar no menu ferramentas e selecionar a opção “Sobre o Google Chrome”.

Atualmente, o navegador da Google é o terceiro mais usado, com 8% de participação, segundo Net Applications, e 10%, de acordo com a StatCounter. À sua frente está o Internet Explorer, primeiro colocado, e o Firefox.

Para baixar a nova versão do Chrome, clique aqui.

http://www.google.com/chrome/index.html?hl=pt-BR&brand=CHMB&utm_campaign=en&utm_source=en-ha-na-us-sk&utm_medium=ha

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/10/19/google-chrome-7-ja-esta-disponivel/

iPad auxilia a implantação de tecnologias na empresa

Companhia de pequeno porte dos EUA aproveitou o tablet da Apple para tentar unificar a cultura corporativa de um ambiente dividido.
Pouco tempo depois de a Samsung ter lançado seu tablet Galaxy no Brasil, finalmente o iPad começa a ser vendido oficialmente no País. A situação pode fazer com que algumas corporações pensem em como adotar o equipamento em suas operações, principalmente as que dependem de força de venda ou têm chão de fábrica. Mas, para usar a ferramenta, é necessário uma dose de estratégia.

A Mold & Machines, empresa de manufatura de moldes de metal baseada em Ohio, vivia duas realidades bem distintas quanto à tecnologia: de um lado, trabalhadores de retaguarda, experientes no uso de computador; do outro, funcionários de chão de fábrica, sem familiaridade com tecnologia. A comunicação entre os dois grupos era restrita a e-mails enviadas dos escritórios a um conjunto de PCs instalados em torno do chão de fábrica, frequentemente negligenciados pelas pessoas que deveriam acessá-los.

A consequência desse quadro? Duas culturas corporativas completamente distintas. Isso até a empresa resolver adotar o tablet da Apple como uma forma de derrubar barreiras. “Nós vimos o iPad como uma forma de reunir as pessoas”, disse Larry Housel, gerente de conhecimento e informação da indústria.

O projeto iniciado por Housel começou com a entrega de iPads para cada um dos funcionários da empresa, dos gerentes aos funcionários do chão de fábrica. Estes últimos passaram a manter um tablet perto de suas caixas de ferramentas de trabalho, onde passariam a acessar emails, o calendário da companhia, além de fazer pedidos de férias, tomar novas tarefas no trabalho e entrar na rede social corporativa.

Porque a escolha? Para iniciantes, o tablet, com seus ícones simples e tela touch screen, é simples e intuitivo, até para os que têm medo de PCs tradicionais. “Há pessoas aqui que não têm computador em casa. Alguns sequer saberiam o que fazer com um PC se colocados em frente a um deles”, avalia.

Para estabelecer uma metodologia, Housel formou grupos com vários funcionários da organização para discutir a evolução do uso do iPad, assim como qualquer aplicativo com os quais as pessoas acabaram se deparando no dia-a-dia.

Um exemplo: um grupo de usuários compartilhou um aplicativo que permitia aos usuários assinarem PDFs relativos a transações da empresa. O que, mais tarde, provou ser um recurso interessante para sinalizar aos gerentes sobre o status de transações de entregas e recebimentos de produtos.

“Mais importante do que implantar o iPad é ter um feedback das pessoas que o colocam em uso”, afirmou Housel, que admite que nem tudo é tão intuitivo no Tablet. Tarefas como copiar e colar podem exigir algum treinamento.

Os membros dos grupos também recebem missões: encontrar maneiras de usar o iPad para aprimorar certos processos. “O grande objetivo é se livrar de fluxos de trabalho baseados em papel”, diz Housel.

O sucesso ou falha de um projeto com tablet depende também dos fornecedores de softwares. Alguns abraçam a plataforma abertamente e se comprometem com o desenvolvimento de ferramentas nativas que tiram vantagem dos recursos do equipamento. Outros têm uma abordagem mais conservadora. Cabe aos responsáveis pelo projeto identificar os melhores fornecedores.

Outra coisa importante, segundo Housel, é estimular os fornecedores a desenvolverem para iPad. O executivo já vislumbra usos comerciais para equipamentos que têm câmeras, como a compra de produtos via video-conferência por consumidores.

Housel acrescenta que os movimentos do mercado podem ser um estímulo para adotar os Tablets. As companhias mais modernas, que miram o futuro, querem eliminar papéis e processos muito antiquados, como o envio de ordens de compra e venda via fax. “Fazer negócios no mundo atual pode exigir uma certa dose de ousadia com relação às novas tecnologias”.

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/12/02/ipad-auxilia-a-implantacao-de-tecnologias-na-empresa/

Proteger email dos olhos de bisbilhoteiros: Missão Impossível?

"Se não quer que saibam, não conte a ninguém", diz o ditado popular. Mas se precisar dizer por email, algumas dicas poderão salvá-lo.

Dados referentes ao mês de maio de 2009 sugerem que, em média, 2,8 milhões de emails são disparados em todo mundo - por segundo. Isso dá 250 bilhões de mensagens eletrônicas todos os dias, e nem todos são spam oferecendo a transferência de 20 milhões de dólares por conta do falecimento de um parente distante seu lá da Nigéria.

Enviar email ainda é uma solução mais econômica que custear envelope, selo e encarar a fila em uma agência dos correios. Mas, ao depositar a correspondência nas caixas da ECT, devidamente selada e endereçada, existe alguma certeza de que apenas o destinatário verá o conteúdo da mensagem.

Não é o caso dos emails. Estes podem ser interceptados no caminho entre os diferentes servidores que atravessam – e você pode jamais saber disso.

Falta mencionar as cópias deixadas em seu PC, outra evidência do envio da mensagem.

Olhos curiosos
Através de seu PC você tem acesso aos seus emails, certo? Você e outros. Qualquer um que passe em frente à sua estação de trabalho, independentemente de você estar nela ou não, pode ver o conteúdo das mensagens que você escreve, que enviou ou que recebe. Tome providências para minimizar a visibilidade de suas comunicações eletrônicas.

Em primeiro lugar, vale não deixar seu cliente de email aberto, pelo menos evite deixá-lo maximizado em primeiro plano. Não interessa se está usando um POP3, como o Hotmail ou o Outlook; se não estiver em uso, não deixe aberto.

É normal que façamos logoff da máquina para sair na hora do almoço ou em ocasiões de ausência prolongada. Mas existem aquelas reuniões de última hora e que deviam levar apenas 2 minutos; deviam. Para esses casos, o negócio é usar a proteção de tela com proteção de senha.

Em um PC com o Windows, vá até o painel de controle e configure o screensaver por lá. Defina um tempo razoavelmente curto para a proteção de tela entrar em ação. Procure não definir um tempo inferior a cinco minutos, pois é normal (dependendo de seu trabalho) deixar o mouse ou o teclado parado enquanto realiza outra tarefa. Algo entre dez e 15 minutos deve ser apropriado;não se esqueça de definir a solicitação de senha para desativar a proteção de tela.

Não me leve a mal, mas, sim, uma senha segura faz parte do pacote. “1-2-3” não vai resolver a questão de segurança. Aliás, a sugestão básica é que não seja usado nenhum termo que conste em qualquer dicionário.

Blindando o webmail
A vantagem dos webmails é que são acessíveis de qualquer ponto em qualquer momento e a partir de qualquer dispositivo que seja capaz de se conectar à web.

Em qualquer PC, mas especialmente em máquinas de uso público ou compartilhado, é importante realizar o logoff do site de emails ao terminar de ler suas mensagens. Se não tomar esse providência, sua caixa estará literalmente escancarada para o próximo usuário. Em alguns servidores de webmail, basta encerrar o browser, mas essa regra não é geral.

Por falar em browsers, chame de navegadores, se preferir, a opção de limpar o cache ao sair da navegação é altamente recomendada. Pois nos dados do cachê ficam gravados dados referentes às mensagens enviadas.

Melhor que isso, só se usar o que nos browsers Internet Explorer, Firefox e Chrome é chamado de “anonymous browsing” (navegação anônima). Com base nesse recurso, todo o histórico de suas ações na web ficam excluídas do cache do programa.

Para situações em que você não tem o direito de modificar as configurações do browser (caso de muitos PCs compartilhados) é interessante usar o navegador alternativo àquele definido como padrão no sistema.

Se o padrão for Internet Explorer, tente usar o Firefox, ou ao contrário. Assim você pode dificultar um pouco a vida dos xeretas e proteger sua conta de email.

Criptografando sua mensagem
Você pode cercar seu PC com minas terrestres, apagar o cache do navegador e criar senhas com 128 caracteres ou mais. Mas nada, nada mesmo, protege seu email quando este abandona o interior do PC e ganha a rede. Ao trafegar do ponto A para o ponto B, a mensagem pode ser interceptada por alguém não autorizado.

Isso pode ser evitado - falo da leitura, não da interceptação. Basta criptografar a mensagem. Quem tiver acesso ao arquivo, vai passar dias na frente de um emaranhado de símbolos que significam nada, mesmo que nele esteja a data do fim do mundo ou o nome do próximo ganhador da Copa do Mundo. Se não tiver a chave para descriptografar a mensagem, de nada adiantou interceptar o conjunto de pacotes IP.

No caso de webmails, como o do Yahoo!, o Hotmail ou o da Google, usar o SSL é uma opção. A maioria dos usuários de webmail reconhece o sinal que caracteriza o SSL, através do ícone de um pequeno cadeado exibido na página, ou porque veem que a URL é iniciada por HttpS, no lugar do tradicional Http.

Mensagens enviadas a partir de conexões HttpS são protegidas de interceptação.

Emails disparados a partir do Outlook também podem ser criptografados. Diferente do esquema SSL, o Outlook se serve de chaves públicas ou privadas. Ao emitir um email, o remetente aplica uma chave própria e a mensagem pode ser lida apenas por usuários que tenham o código público associado. Essa chave pública pode ser partilhada com pessoas que usem o Outlook ou qualquer outro serviço de email.

O futuro da mensagem
As precauções descritas acima servem para ajudá-lo a proteger a mensagem durante sua escrita e depois do envio, mas de que forma se prevenir contra a possibilidade de o email ser encaminhado para outras pessoas a partir da caixa de entrada do destinatário original?

O Microsoft Outlook tem recursos de gestão dos direitos (IRM) que possibilitam algum controle sobre a mensagem depois de enviada. Ao escrever um email usando o Outlook 2010, selecione o item “opções” na barra de ferramentas e selecione a opção “não permitir forward”. Pessoas que usem clientes de email sem suporte ao IRM da Microsft, precisam baixar o add-on para IRM disponível para o Internet Explorer, se quiserem ler mensagens restritas.

Algumas empresas gerenciam as credenciais do IRM a partir de um servidor próprio. Mas aqueles que não o fazem, podem contar com a MS para tal. Ao usar o recurso pela primeira vez, a Microsoft abrirá a caixa de diálogo para registrar o serviço.

Uma vez em uso, o recurso que nega o encaminhamento da mensagem permite que apenas o destinatário leia o email. Ao tentar encaminhar a mensagem, não será possível.

Outra alternativa é determinar um prazo para a mensagem expirar. Uma vez definidos a data a e o horário para uma mensagem expirar, o destinatário não terá como ler o conteúdo da mensagem.

Essa opção, contudo, está disponível apenas para determinadas configurações definidas no servidor Exchange e confirmadas nas políticas para grupos de usuários. Não adianta definir data e horário para expiração de mensagens enviadas para o Gmail, por exemplo.

As dicas dadas nesse texto servem para orientar você a aumentar a proteção de sua correspondência eletrônica. Mas nenhuma delas vai garantir os tão almejados 100% de robustez. Lembre-se daquele ditado: Se não quer que saibam, não conte.

(Tony Bradley)

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/12/02/email-seguro-como-proteger-emails

IBM anuncia processadores com comunicação por luz

A IBM anunciou o desenvolvimento de uma nova tecnologia para a construção de processadores que integra componentes elétricos e ópticos na mesma pastilha de silício.

A tecnologia permite que os chips de computador comuniquem-se usando pulsos de luz em vez de sinais elétricos.

Processamento cerebral

Os novos processadores permitirão que se alcance a faixa dos exaflops - 1018 (1 milhão de trilhões) cálculos de ponto flutuante por segundo - uma velocidade mil vezes maior do que a alcançada pelos supercomputadores mais poderosos da atualidade, que acabam de superar a faixa dos petaflops.

Segundo os pesquisadores da empresa, supercomputadores na faixa dos exaflops terão a mesma capacidade de "processamento" que o cérebro humano.

Fora do âmbito especulativo, o fato é que os novos processadores nanofotônicos poderão ser construídos em pastilhas de silício 10 vezes menores do que os atuais e consumirão muito menos energia ao trocar a eletricidade pela luz, permitindo que eles funcionem em clocks mais elevados.

A nova tecnologia é chamada CMOS Integrated Silicon Nanophotonics, o que significa que os chips que se comunicam por luz poderão ser fabricados usando os processos industriais atuais (CMOS) - os transistores de silício e os componentes nanofotônicos ficam na mesma pastilha.

"Nossa nanofotônica integrada CMOS promete um aumento sem precedentes na funcionalidade e no desempenho dos chips por meio de comunicações ópticas de baixa potência entre bastidores, módulos, processadores ou mesmo dentro de um único chip," disse o Dr. Yurii Vlasov, responsável pelo desenvolvimento, juntamente com seus colegas William Green e Solomon Assefa.

"O próximo passo nesse avanço é o desenvolvimento da manufatura deste processo em uma fábrica comercial, usando os processos CMOS," disse ele.

Integração de alta densidade

A densidade de integração alcançada nos chips fotônicos é muito superior a qualquer outro já anunciado em tecnologias similares - um canal transceptor, com todos os circuitos elétricos e ópticos, ocupa 0,5 milímetro quadrado (mm2).

Segundo os pesquisadores, isso permitirá construir chips de 4 x 4 mm2, que poderão receber e transmitir dados na faixa dos terabits por segundo.

O anúncio agora feito é o coroamento de uma série de realizações da empresa no campo da fotônica ao longo dos últimos anos:

Março/2010 - IBM usa avalanche de luz para trocar dados entre chips
Março/2008 - Componente permite troca de informações por luz em chip multicore
Dezembro/2007 - Troca de informações por luz permitirá supercomputadores em um único chip
Novembro/2005 - Cientistas da IBM "freiam a luz" no interior de um chip

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ibm-processadores-comunicacao-luz&id=010110101203&ebol=sim

Biossensor brasileiro inova no diagnóstico de doenças infecciosas

Rui Jorge Correia Sintra - Agência USP - 02/12/2010

Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um sensor elétrico simples que pode inovar o diagnóstico da leishmaniose, doença infecciosa causada pelo parasita Leishamania amazonensis, muito comum no Brasil.

Atualmente, em todo o mundo, cerca de 12 milhões de pessoas sofrem desta enfermidade, que causa lesões na pele e pode ser fatal se não for tratada.

Geralmente, o diagnóstico da leishmaniose é difícil, pois além de custar caro e resultar frequentemente em falsos positivos, como a doença de Chagas, a quantidade de anticorpos que o organismo produz para combatê-la é muito baixa.

A ação do sensor desenvolvido pelo grupo de brasileiros é justamente detectar estes anticorpos específicos que agem no combate da infecção.

Biossensor nanotecnológico

O professor Valtencir Zucolotto, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, explica como o sensor funciona.

Segundo ele, ao colocar o circuito elétrico em contato com a amostra sanguínea, aplica-se um sinal elétrico sobre este eletrodo.

"Dependendo do sinal de resposta, ou seja, da corrente que se mede no eletrodo, podemos dizer se os antígenos imobilizados no eletrodo reagiram com anticorpos anti-Leishmania. Se reagiram, é porque tinha havia anticorpos na amostra, e se havia anticorpos significa que o paciente estava infectado", explica.

A simplicidade deste funcionamento também é presente na produção do biossensor: são proteínas antigênicas da Leishmania amazonensis, incorporadas a nanoesferas que são imobilizadas sobre circuitos elétricos. "Com isso, o sistema está pronto para detectar anticorpos de material infectado - sangue, plasma, etc," conta Zucolotto.

Com o novo sensor, o tempo estimado de diagnóstico da doença será de 10 a 20 minutos.

O custo também será drasticamente reduzido, já que os eletrodos descartáveis devem custar menos de um dólar, e o sistema de medida, que é reutilizável, deve custar algumas centenas de reais. Isso é barato, já que, segundo Zucolotto, os equipamentos convencionais custam cerca de R$ 20 mil.


Este trabalho é pioneiro no mundo e coroa os esforços de pesquisadores do Brasil na área de Nanomedicina. [Imagem: Perinoto et al./AC]
Nanomedicina

Ainda não há uma previsão exata de quando este método estará disponível para uso dos profissionais da saúde. Os testes foram realizados apenas em ratos, mas os pesquisadores já estão planejando os testes em humanos. "Já estamos começando os testes neste mês," afirma Zucolotto.

Este trabalho é pioneiro no mundo e coroa os esforços de pesquisadores do Brasil na área de Nanomedicina.

Os sistemas nanoestruturados significam um grande avanço no diagnóstico das chamadas doenças negligenciadas, e podem ser adaptados para várias outras doenças, como a Doença de Chagas, que também pode ser fatal.

Estas adaptações já estão sendo testadas no Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicidade do IFSC. "Essa realização representa as vantagens de se usar a nanotecnologia em Medicina", finaliza Zucolotto.

Doenças negligenciadas

As doenças negligenciadas são doenças tropicais infecciosas que assolam populações menos favorecidas na América Latina, na Ásia e na África.

Entre estas doenças, estão as conhecidas esquistossomose, elefantíase, hanseníase, leishmaniose e doença de Chagas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essas doenças, juntas, causam quase um milhão de óbitos por ano.

Sendo doenças que se alastram em áreas remotas, sabidamente as mais pobres do mundo, tanto medidas preventivas quanto diagnósticos e tratamentos não são difundidos com facilidade.

É importante, para estas áreas em desenvolvimento, que sejam disponibilizados métodos baratos, rápidos e fáceis de aplicar na detecção e no tratamento destas doenças.

Bibliografia:

Biosensors for Efficient Diagnosis of Leishmaniasis: Innovations in Bioanalytics for a Neglected Disease
Angelo C. Perinoto, Rafael M. Maki, Marcelle C. Colhone, Fabiana R. Santos, Vanessa Migliaccio, Katia R. Daghastanli, Rodrigo G. Stabeli, Pietro Ciancaglini, Fernando V. Paulovich, Maria C. F. de Oliveira, Osvaldo N. Oliveira Jr., Valtencir Zucolotto
Analytical Chemistry
November, 2010
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/ac101920t
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=biossensor-brasileiro-diagnostico-doencas-infecciosas&id=010110101202&ebol=sim

Tecnologia extrema: rádio funciona dentro de vulcão

Monitoramento de vulcões

Para ampliar o conhecimento sobre os processos naturais e aferir o nível de interferência humana nesses processos, os cientistas estão começando a criar redes de observatórios ecológicos.

Já estão disponíveis redes de sensores para monitoramento ambiental em geral, assim como sensores específicos para monitorar montanhas sujeitas a deslizamentos, florestas tropicais e até culturas agrícolas.

Mas o que fazer quando é necessário monitorar um vulcão? Tente colocar um sensor lá e ele será devidamente fritado antes que possa emitir qualquer sinal de alerta.

Rádio à prova de vulcão

Isso até agora, porque pesquisadores da Universidade Newcastle, no Reino Unido, acabam de construir transmissores de rádio que podem resistir a temperaturas de até 900 ºC, que poderão funcionar em ambientes extremos e fornecer alertas preventivos da iminência de uma erupção vulcânica.

Medindo alterações sutis nos níveis de emissão dos principais gases vulcânicos, como o dióxido de carbono e o dióxido de enxofre, o sensor sem fios pode enviar dados em tempo real para uma estação de monitoramento, fornecendo informações vitais para o estudo dos vulcões e para a emissão de alertas de qualquer erupção iminente.

O circuito eletrônico à prova de vulcões foi criado graças à utilização do carbeto de silício, um parente do tradicional silício que possui uma estrutura molecular única, que o torna altamente tolerante a elevadas radiações, calor inclusive.

O carbeto de silício (SiC) é mais conhecido como um abrasivo, usado em lixas. Seu uso em eletrônica é pouco difundido, mas antigo. Marconi usou diodos de carbeto de silício em sua transmissão de rádio transatlântica, em 1908. Mas as primeiras pastilhas de SiC de dimensões práticas, permitindo a construção de circuitos integrados, só foram desenvolvidas nos últimos anos.

Turbinas de avião

"No momento nós não temos nenhuma forma de monitorar com precisão a situação dentro de um vulcão e, na verdade, a maioria dos dados é coletada no pós-erupção. Com cerca de 500 milhões de pessoas vivendo nas sombras de vulcões ao redor do mundo, isto claramente não é ideal," diz Alton Horsfall, que desenvolveu os circuitos em conjunto com o professor Nick Wright.

A tecnologia terá aplicações em outras áreas: os transmissores podem funcionar sem problemas no interior dos motores de automóveis ou mesmo dentro da turbina de um avião, o que permitirá um novo nível de monitoramento desses equipamentos.

A equipe já desenvolveu os componentes necessários para construir o transmissor de rádio e agora está trabalhando para integrá-los em um dispositivo do tamanho de um telefone celular, que poderá ser usado em várias aplicações, como centrais elétricas, motores, turbinas... e vulcões.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tecnologia-extrema-radio-funciona-dentro-vulcao&id=010110101201&ebol=sim

Brasileiros criam protocolo para interpretar pensamentos

Jeferson Barbieri - Jornal da Unicamp - 03/12/2010

Protocolo cerebral

O que era considerado ficção científica há pouco tempo, hoje é realidade: na verdade, muita ficção científica começa a ser deixada para trás.

As interfaces cérebro-máquina são exemplo desse avanço. Mas a comunicação com cada uma dessas interfaces é um processo trabalhoso e demorado.

Agora, o professor Paulo Victor de Oliveira Miguel, do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca), desenvolveu um protocolo de comunicação, denominado "Ecolig", que vai permitir que praticamente qualquer aparelho eletroeletrônico seja controlado com o pensamento.

Este avanço, na opinião de Miguel, significará a inclusão de pessoas com dificuldades de acessibilidade de naturezas variadas.

A pesquisa teve como objetivo a criação de um tipo de comunicação diferente do que foi desenvolvido até o momento, principalmente quando se altera a característica servo-mecânica, ou seja, o aparelho a ser controlado.

Adeus aos teclados

A interação que existe entre a pessoa e o computador ou um aparelho celular passa, atualmente, pelo mouse e pelo teclado, por meio da digitação, seja através das teclas ou pela tecnologia de toque.

"Esse é só um exemplo de como temos uma dificuldade enorme hoje para continuar interagindo com dispositivos eletroeletrônicos", diz Miguel.

O foco principal e básico foi melhorar essa interação - eliminando o mouse e o teclado e passando o controle para as ondas cerebrais.

Um benefício imediato será o combate às lesões por esforço repetitivo, uma vez que os membros do corpo não serão mais utilizados como extensões servo-mecânicas para o controle ou a transmissão de informações para celulares, computadores e outros equipamentos.


Cientistas de Cingapura desenvolveram recentemente uma Interface cérebro-computador que traduz as sondas cerebrais em quatro minutos. [Imagem: Shijian Lu]
Interface com nanodispositivos

Outro benefício imediato será o avanço significativo na interação dos dispositivos do tipo nano e microeletrônicos, que exigem uma interface mais adequada à sua miniaturização.

De acordo com Miguel, juntamente com o avanço da tecnologia, esta será uma mudança muito evidente nos próximos anos. "O investimento em micro e nanotecnologia revela claramente que não há como conectar teclado e mouse em algo que não se vê", afirmou o pesquisador.

Os nanorrobôs e outros dispositivos pequenos precisarão de um sistema de comunicação diferente, tanto do ponto de vista conceitual e técnico quanto de topologias de rede e estrutura de comunicação com vários desses dispositivos.

Na opinião de Miguel, essa é uma migração para uma área que está muito próxima da biologia, na qual cria-se um sistema de comunicação com colônias, sejam elas do tipo animal, biológico, celular ou bacteriana.


Uma interface neural portátil, criada nos EUA, está ajudando no avanço das máquinas acionadas pelo pensamento. [Imagem: Bradberry et al./The Journal of Neuroscience]
Protocolo para ondas cerebrais

No que se refere às tecnologias "próximas aos olhos", prosseguiu o pesquisador, o protocolo permitirá que computadores e celulares, por exemplo, sejam utilizados em óculos especiais, com menor complexidade de fabricação, menor consumo de energia e com menos lixo eletrônico a ser tratado quando forem substituídos.

O mesmo se aplica aos dispositivos relacionados com a visão ampliada, onde as seleções de controles e informações podem acontecer mais rapidamente e com novos recursos.

O conceito principal envolvido em todo esse processo das interfaces cérebro-computador, ou cérebro-máquina, é muito parecido com a tecnologia desenvolvida para o eletroencefalograma.

Os sinais cerebrais são utilizados da mesma forma, só que nessa pesquisa foi desenvolvido um protocolo.

A partir de um aparente ruído, cujo sinal tem para o médico uma interpretação analógica - ele analisa o comportamento, verifica anormalidades e sinaliza o tipo de procedimento a ser adotado - foi realizado um procedimento um pouco diferente. Foi criada uma linguagem em cima dele.

"Isso é exatamente como se a pessoa estivesse usando uma coisa que ela sempre teve, que é a atividade cerebral, captada a partir de um simples contato com alguns sensores sobre o cabelo, para posteriormente entender um código. Constantemente estamos produzindo esses sinais que não estão sendo usados. O objetivo é fazer com que a pessoa possa controlar esse sinal de uma forma que ele emita uma certa linguagem", observou o cientista da computação.

Protocolo semiótico


Um implante cerebral que aprende e evolui junto com o cérebro é outra das grandes inovações da área. [Imagem: Arturo Sinclair/UF]
Segundo Gilmar Barreto, orientador do trabalho, um grupo de pessoas que pode se beneficiar desta tecnologia é o de tetraplégicos.

A aplicação desse protocolo de comunicação é ilimitada e ultrapassa a ficção científica, garantiu o docente. "A maneira das pessoas entenderem mais facilmente como ele funciona é observando o aparelho que realiza o exame de eletroencefalograma. Hoje já existem interfaces como a utilizada pelo Paulo Victor, que são sem fio e sem utilização de gel condutor. Mas esse não é o final da história. Ainda vai evoluir muito. As pessoas poderão interagir com a televisão, acender e apagar as luzes, ligar e desligar aparelhos só com o pensamento. Os sinais são codificados numa linguagem e quem controla isso é a pessoa", assegurou.

O fato é que estes sinais, quando associados a atividades ou estímulos mais complexos como interpretações de imagens, comandos motores e sensações, por exemplo, possuem comportamentos que podem ser classificados e interpretados por um equipamento eletrônico. Esta classificação é relacionada com um conjunto de assinaturas elétricas, gerando um código que é utilizado para a elaboração de um protocolo semiótico.

O conceito de protocolo está normalmente associado a padrões que são utilizados em processos de comunicação. Neste caso, no entanto, este conceito vai além da comunicação, acrescentou Miguel. A proposta de um protocolo semiótico está associada a um conjunto de símbolos que são interpretados como signos semióticos por sistemas inteligentes, podendo significar assim comandos mais complexos ou até meta-interpretações que podem evoluir ao serem processadas por outros sistemas inteligentes. Também podem ser considerados processos de aprendizagem que ocorrem em redes neurais biológicas ou artificiais.

Este mesmo protocolo, suportado por sinais elétricos sensoriais, captados diretamente do sistema nervoso central, permite a criação de interfaces eletroeletrônicas mais simples e até mesmo sistemas de aprendizagem mais eficientes. Portanto, será possível reduzir as etapas associadas à transferência de uma informação como parte da troca ou transmissão de um conhecimento específico.

Novas formas de comunicação


A Máquina de Indução de Sensações é uma tentativa de unir os mundos real e virtual. [Imagem: Presenccia]
Miguel lembrou que uma linguagem universal suportada por signos sensoriais já era utilizada nos primórdios da humanidade, quando figuras com significados ficaram retratadas nas cavernas pelos povos primitivos, que não tinham a linguagem falada ou escrita para se comunicar.

"Podemos ir muito mais além da linguagem, uma vez que o tato, o cheiro, o som e até a imaginação podem gerar signos semióticos em nossa mente, com suas respectivas 'assinaturas' elétricas," sugeriu.

Em termos práticos, isso significa que bastará pensar em falar com alguém e o sistema fará a conexão, sem a necessidade de associar as pessoas a números telefônicos. Ou ainda, quando for necessário utilizar o editor de textos, seguramente não serão necessários o mouse ou o teclado. Bastará pensar no arquivo e o computador irá buscá-lo e abri-lo em sua tela.

Para Miguel, esse trabalho, que também está nos principais centros de pesquisas do mundo, ainda tem um longo caminho pela frente. Contudo, é uma inovação importante, que tende a mudar o conceito de relação homem-máquina nos próximos anos.

Essa interação, por exemplo com a área de Educação, será fundamental porque a principal ferramenta de transferência de informação na atualidade é o texto. "Escrevemos livros para permitir que outras pessoas tenham acesso às informações sobre os avanços tecnológicos desenvolvidos", exemplificou.

Neste momento, o pesquisador está finalizando a elaboração de um projeto que será apresentado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com docentes da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), do L'Institut de Recherche en Communications et Cybernétique (IRCCy) na França e uma empresa na área de telefonia celular, dentre outras renomadas empresas dos setores eletroeletrônico e biomédico.

fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=protocolo-maquina-interpretar-pensamentos&id=010150101203&ebol=sim

Phylo, o jogo que ajuda em pesquisas científicas

O jogo de mover blocos, na verdade, ajuda biólogos a identificar a causa de certas mutações de DNA serem a causa de algumas doenças
Quinta-feira, 02 de dezembro de 2010 às 14h26

Lançado oficialmente no dia 29 de novembro, o jogo Phylo tem como objetivo ajudar nos estudos científicos de biólogos, a fim comparar sequências de genoma em espécies animais, o que traz informações suficientes para identificar o motivo de certas mutações de DNA serem a causa de algumas doenças e, possivelmente, descobrir uma cura para elas.

O jogo, onde blocos coloridos são movidos em busca da melhor estrutura de DNA de espécies distintas (melhor estrutura dos blocos, no caso do jogo), foi feito para que todos pudessem jogar, não apenas geeks. Phylo é bem divertido, e poucos o vêem como um projeto científico.


Para jogar, basta acessar o site oficial e se cadastrar. Phylo é um jogo online, livre para todas as idades.

http://phylo.cs.mcgill.ca/eng/play.html

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/phylo-o-jogo-que-ajuda-em-pesquisas-cientificas/15163

Japão prometia transmitir Copa do Mundo por holografia em 2022

Na briga para ser escolhido o país sede da Copa do Mundo, o Japão havia criado um conceito tecnológico para 2022, afim de quebrar barreiras étnicas
Quinta-feira, 02 de dezembro de 2010 às 12h15

Atualizada em 02 de dezembro de 2010, às 14h15

Apesar de ter perdido a disputa com o Qatar para sediar a Copa do Mundo de 2022. O Japão criou uma campanha onde eram feitas promessas extremamente fora do comum. Acontece que, enquanto pensamos em assistir a Copa do Mundo de 2014 em televisões 3D, o Japão oferecia holografia como elemento primordial durante o evento. As transmissões seriam em estádios de verdade, substituindo as atuais Fan Fests, que reúnem pessoas em torno de telões.

A holografia é uma forma de quebrar barreiras étnicas, causadas por diferentes idiomas e culturas. Com a tecnologia apresentada no vídeo abaixo, é possível realizar traduções automáticas, reconhecimento de etnia e, inclusive, ver a Copa do Mundo de outro lugar do mundo, como se estivessemos num estádio japonês.



O realismo é o ponto forte apresentado no conceito do vídeo, a imagem será gerada por duzentas câmeras de alta definição que captam a partida em 360 graus, enquanto o realismo sonoro é gerado por dispositivos de áudio de entrada espalhados estratégicamente pelos estádios japoneses, que levam o som para dispositivos de saída de áudio colocados em 400 estádios selecionados pelo mundo.

O investimento a ser feito para a implantação de tal tecnologia, transmitida em tempo real para o mundo inteiro, tem o custo de 6 bilhões de dólares e é alvo de críticas pelo mundo, já que nem todos acreditam em tal capacidade tecnológica no Japão em 2022.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/japao-prometia-transmitir-copa-do-mundo-por-holografia-em-2022/15162

Informatização da gestão da estratégia empresarial

Nas últimas décadas observamos uma série de modificações nas empresas, tanto em relação às suas atuações de mercado, quanto em seus modelos de gestão. A concorrência enfrentada mundialmente tem obrigado os gestores a continuamente buscar o desenvolvimento de estratégias cada vez mais complexas e a criar metodologias que possibilitem atingir resultados satisfatórios.
Quinta-feira, 02 de dezembro de 2010 às 12h14

Louremir Reinaldo Jeronimo*

Na busca por mais eficiência, agilidade, alinhamento estratégico e redução de custos, vários conceitos foram desenvolvidos e passaram a ser incorporados aos modelos de gestão. EVA (Economic Value Added), balanced scorecard e gestão baseada em valor são bons exemplos. Mas, a dúvida que persiste é: os sistemas de informação das empresas estão preparados para suportar tais modelos de gestão?

Há bem pouco tempo, mais precisamente na década de 90, presenciamos um intenso movimento de informatização empresarial através da implantação de sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning). Inicialmente, esses sistemas eram vistos como uma solução que atenderia à necessidade de informação de todos os níveis de gestão empresarial. Essa expectativa, entretanto, não se confirmou totalmente na prática.

A implantação de softwares de ERP teve como grande mérito organizar o fluxo de informações operacionais da empresa, transformando diversos sistemas isolados e especialistas em uma ferramenta única, integrada, e com disponibilização de informações para todas as áreas da organização em tempo real. Foi um grande salto na organização das empresas, mas restrito a seu nível operacional.

Média e alta gerências, mesmo após a implantação dos sistemas de ERP, continuaram com dificuldade para gerar análises e relatórios que suportam os seus modelos. O que se observa em muitas empresas são pessoas ou áreas inteiras dedicadas a coletar informações nas mais variadas fontes, inserindo dados em uma infinidade de planilhas para gerar relatórios, análises e apresentações.

A estrutura em questão pode até atender às necessidades iniciais, motivadas pela carência de outra forma mais eficiente de responder à alta gestão. Mas, no médio prazo, as empresas acabam se tornando dependentes de um emaranhado de planilhas entrelaçadas e complexas. Além disso, o modelo – que inicialmente parece flexível – acaba se mostrando engessado, dependente das poucas e únicas pessoas na organização que conhecem a estrutura construída e são capazes de manejá-la.

Um olhar mais apurado nota, hoje em dia, que essa estrutura é ineficiente e gera custos para as organizações – custo esse que não é mensurado apenas com base no dispêndio de um departamento ou grupo de pessoas responsáveis por controlar as intrincadas planilhas, mas principalmente através da percepção do quanto se pode perder (ou deixar de ganhar) por ter uma informação com um prazo inaceitável ou mesmo uma decisão equivocada, tomada com base em um relatório impreciso.

Diante desse cenário, muitas empresas têm direcionado seus investimentos para um estágio mais avançado da informatização empresarial, que tem o foco em seu modelo de gestão. Isso significa: desenvolver sistemas de simulação para analisar os impactos das estratégias consideradas, mas antes de colocá-las em operação; comunicar a estratégia de forma adequada, transformando em indicadores e métricas tanto financeiras quanto não financeiras; e, principalmente, construir um sistema integrado de informações gerenciais com base nos dados gerados pelos sistemas de ERP e que atenda às necessidades da alta gestão.

A lacuna deixada pelos sistemas de ERP passa a ser preenchida pelos sistemas de EPM (Enterprise Performance Management), que apresentam um conjunto de soluções especialistas para as funções de planejamento e controle empresarial, fornecendo alertas, análises, relatórios e acesso direto às informações imprescindíveis para os tomadores de decisão.

As soluções de EPM incluem módulos especialistas em elaboração e controle orçamentário, consolidação contábil, simulações financeiras estratégicas suportadas por modelos estatísticos, além de balanced scorecard e controle de indicadores, apuração e controle de custos, gerenciamento do processo de fechamento contábil, entre outros.

Com a utilização desse conjunto de soluções, observamos um amplo atendimento da demanda por informações para suportar a gestão estratégica das empresas com elevado grau de segurança e confiabilidade. Assim, encerrada a etapa de informatização dos processos operacionais realizada pelos sistemas de ERP, as soluções de EPM se apresentam como uma nova fase na evolução da informatização empresarial sendo um grande direcionador de investimentos em tecnologia para as empresas nos próximos anos.

* Louremir Reinaldo Jeronimo é professor convidado da Fundação Getúlio Vargas e gerente de soluções EPM da Unione.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/informatizacao-da-gestao-da-estrategia-empresarial/15159

Samsung cria conceito de TV 3D flexível

Aparelho se ajusta mais facilmente ao cômodos da casa e facilita a visualização do 3D
Quinta-feira, 02 de dezembro de 2010 às 14h34

A Samsung lançou um novo conceito de televisão 3D, que permite que o aparelho se encaixe nos cantos dos cômodos da casa, por ser flexível, aproveitando o espaço do ambiente.

Além de ajudar na decoração, o novo aparelho também se ajustará mais facilmente ao campo de visão do espectador, facilitando a visualização do 3D.

O slogan da TV já deixa o conceito bem claro: Watch Everywhere (Assista em todos os lugares). Mas não fiquem ansiosos, pois vai levar um tempo até que o conceito vire realidade.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/samsung-cria-conceito-de-tv-3d-flexivel/15166

NASA encontra nova forma de vida na Terra

Bactéria descoberta pela agência espacial americana possui DNA completamente diferente do que qualquer outra criatura do planeta.

Em uma conferência hoje em Washington, a NASA revelou detalhes sobre sua mais recente descoberta: uma bactéria cujo DNA é diferente qualquer outro ser vivo da Terra. Chamada de GFAJ-1, nova forma de vida foi descoberta no lago Mono, na Califórnia, um local com elevada concentração de arsênio, uma substância tóxica para qualquer outra criatura viva.

Diferente do nosso DNA, que é formado por carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre, o código genético da novo micróbio possui arsênio na sua composição. Na bactéria, o elemento substitui o fósforo, e funciona como o componente responsável pelo carregamento de energia nas células.

Em laboratório, os cientistas mantiveram as bactérias com uma alimentação rica em arsênio, e elas continuaram a crescer e se reproduzir com facilidade.

Com a descoberta, um novo leque para a pesquisa de vida fora do planeta se abre, já os planetas não necessariamente precisam ter o mesmo ambiente que Terra, como demonstra a bactéria.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/nasa-encontra-nova-forma-de-vida-na-terra/15167

IBM cria chip que processa um trilião de operações por segundo

É um chip, tem o nome de CMOS Silicon Integrated Nanophotonics e é a mais recente novidade da supercomputação. A IBM garante que o novo chip pode processar um trilião de operações por segundo.

Com o novo chip, os laboratórios da IBM reclamam ter dado um passo significativo rumo à computação hexadecimal, que deverá abrir caminho ao aparecimento dos primeiros supercomputadores com um desempenho medido em exaflops (um exaflop corresponde a um trilião de operações de vírgula flutuante por segundo, de acordo com a escala longa , que é geralmente adotada em Portugal).

Um comunicado da IBM informa que a tecnologia CMOS Silicon Integrated Nanophotonics distingue-se por integrar no mesmo chip dispositivos elétricos e óticos, que comunicam através de pulsares de luz, em vez de sinais elétricos.

Com esta solução, a IBM acredita ter encontrado uma forma de desenvolver chips de silício com densidade 10 vezes superior às técnicas usadas atualmente para o fabrico de chips.

Os mentores do projeto preveem que a nova tecnologia não só permite desenvolver chips de menor dimensão, como também pode contribuir para o desenvolvimento de supercomputadores mil vezes mais rápidos que as máquinas mais evoluídas da atualidade.

Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/ibm-cria-chip-que-processa-um-triliao-de-operacoes-por-segundo=f1007959

EUA pretendem que a recolha de dados on-line seja opcional

Os reguladores norte-americanos propuseram, na passada quarta-feira, o mecanismo "Do Not Track" que permite que a recolha de informação privada on-line seja opcional.

A proposta foi apresentada pela Comissão Federal de Comércio (Federal Trade Comission - FTC) norte-americana, num relatório que defende a criação de uma ferramenta que impeça a recolha indevida de dados privados por empresas de publicidade.

Segundo a PcPro, o relatório afirmou a necessidade de um cuidado especial quando a informação é relativa a finanças, a saúde, a menores ou à própria localização do utilizador, tendo salientado que as companhias deveriam procurar consentimento antes de recolherem informação.

O relatório afirmou, também, que as empresas deveriam desenvolver novas práticas relativas à obtenção e retenção de dados privados e que a própria política de privacidade das companhias deveria ser "simples, clara e concisa".

O relatório emitido pela FTC surge depois de ser terem verificado várias falhas na confidencialidade e proteção de dados privados, nomeadamente com o crescimento das redes sociais e da publicidade on-line.

Jon Leibowitz, presidente da FTC, defendeu, desta forma, a criação de uma ferramenta para a salvaguarda da informação pessoal e referiu a eventual necessidade de legislação relativa à proteção da privacidade on-line.

O senador Jon Kerry admitiu, igualmente, introduzir regulamentação para salvaguardar conteúdos privados on-line e informar os utilizadores quando os seus dados estão a ser recolhidos. Os republicanos presentes na Câmara dos Representantes norte-americana admitiram, também, prestar atenção aos assuntos relativos à privacidade na Internet.

Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/eua-pretendem-que-a-recolha-de-dados-on-line-seja-opcional=f1007961

"Ciência Hoje On-line": Divulgação científica 2.0, nova edição do Estúdio CH

A rede mundial de computadores vive hoje sua segunda geração, a chamada web 2.0, em que há maior participação dos usuários na produção de conteúdo. O Estúdio CH desta semana trata dos impactos dessa mudança sobre a disseminação do conhecimento científico

Em entrevista a Fred Furtado, o jornalista Bernardo Esteves, editor da Ciência Hoje On-line nos últimos 10 anos, fala sobre as transformações ocorridas nesse período na divulgação científica feita pela internet, entre elas, o aumento da disponibilidade de fontes de informação e a proliferação de plataformas variadas (sites, blogues etc.) dedicadas a conteúdos sobre ciência.

Ouça a nova edição do Estúdio CH na Ciência Hoje On-line, que tem conteúdo exclusivo atualizado diariamente:
http://cienciahoje.uol.com.br/podcasts/Divulgacao%20cientifica%202.0.mp3

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75073

Cientistas dos EUA observam a atmosfera de uma super-Terra

Trabalho inédito sugere que astro é dominado por vapor d'água

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram colher informações sobre a atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar que entra na categoria das chamadas super-Terras. É o mais perto que conseguimos chegar até agora de analisar o ar de um análogo de nosso mundo.

Astros dessa classe não têm correspondente nas redondezas do Sol. Por aqui, há basicamente dois tipos de planeta: os rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno).

Os primeiros são pequeninos, e os segundos, enormes.

Já as super-Terras parecem estar no meio do caminho entre uma categoria e outra, com massa duas a dez vezes a terrestre. Mas, como nunca vimos nada parecido na vizinhança, é difícil dizer como são esses mundos -e se podem ser habitados.

Um passo-chave para determinar isso é analisar a atmosfera. Isso se torna possível quando tais planetas estão alinhados de tal modo que periodicamente passam à frente de suas estrelas.

Nessas ocasiões, parte da luz emanada dela passa de raspão pela camada de ar que recobre aquele mundo e chega até nós carregando uma "assinatura" do que encontrou pelo caminho.

As observações de Jacob Bean, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica (EUA), referem-se ao planeta GJ 1214b. Ele orbita uma anã vermelha (estrela menor que o Sol) a cerca de 42 anos-luz, e completa uma volta a cada dia e meio terrestre.

Os cientistas fizeram observações no Chile, e concluíram... bem, não concluíram o que esse mundo deve ser, mas sim o que ele não é.

Dada a proximidade com sua estrela, é quase certo que seja quente demais para ser habitável. É certo que a atmosfera de GJ 1214b não pode possuir grandes quantidades de hidrogênio e ao mesmo tempo ser livre de nuvens. Os dados sugerem a hipótese de que a atmosfera do planeta é dominada por vapor d'água. O estudo está na última edição da "Nature".

O Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble, será capaz de determinar com muito mais precisão a composição do ar desse mundo. O duro é esperar: a Nasa estima que seu lançamento ocorra em 2015.
(Salvador Nogueira)
(Folha de SP, 2/12)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75070

Portal de Periódicos premia projetos em ciência da informação, administração e gestão

Prêmio é uma parceria da Capes com o Emerald Group Publishing Limited

Foi lançada nesta semana mais uma edição do Prêmio Emerald/Capes. A iniciativa pretende estimular o acesso e o uso do Portal de Periódicos e promover a pesquisa nas áreas de Ciência da Informação e Administração e Gestão com premiações no valor de R$ 5.295. As inscrições vão até o dia 16 de abril de 2011.

O prêmio é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com o Emerald Group Publishing Limited. Aberto a todas as instituições usuárias do Portal de Periódicos, a premiação estrutura-se em duas categorias: ciência da informação e administração e gestão. A ideia é incentivar projetos nestas áreas que conciliem a disseminação do conhecimento com o desenvolvimento social aplicado à realidade brasileira.

As inscrições dos projetos devem ser realizadas on-line, na categoria Ciência da Informação, e na categoria Administração e Gestão. A previsão é de que os resultados sejam divulgados no dia 17 de junho de 2011. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 2022-6200 ou pelo e-mail cgpp@capes.gov.br

O edital pode ser lido em:
http://www.capes.gov.br/images/stories/download/editais/Edital68_Emerald2010.pdf

Portal de Periódicos

Lançado em novembro de 2000, o Portal de Periódicos da Capes é considerado uma biblioteca virtual que reúne conteúdo científico de alto nível, disponível à comunidade acadêmico-científica brasileira. Em dez anos, o acervo do Portal passou de 1.800 títulos de periódicos com texto completo, para mais de 24 mil títulos.

O número de instituições usuários foi multiplicado por quatro, passando de 72 instituições para 311, em 2010. Somente em 2009, foram contabilizados 23.386.833 textos completos baixados e 41.642.827 pesquisas as bases referenciais, totalizando 65.029.660 acessos ao conteúdo assinado, equivalendo a 178.000 acessos/downloads por dia.
(Assessoria de Comunicação da Capes)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75058

Professor deve ser estimulado para melhorar ensino, defende Todos Pela Educação

Movimento propõe ensino de ciências acompanhado de metodologia capaz de despertar no aluno a importância do aprendizado para sua vida prática

Um conjunto de cinco propostas de atuação na área educacional foi apresentado nesta quarta-feira (1º/12) pela diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, como essenciais para que o Brasil atinja um grau de excelência no setor, em 2022.

São elas: currículo nacional; valorização dos professores por meio de formação adequada voltada tanto para atrair mais os jovens no aprendizado quanto para oferecer ascensão profissional aos educadores; fortalecimento do papel das avaliações com o uso das informações detectadas nos testes de avaliação para nortear as políticas públicas; responsabilização dos gestores em situação de baixo desempenho dos alunos; e melhora das condições para a aprendizagem, que prevê o reforço de aulas.

Para Priscila Cruz, essas medidas deveriam ser adotadas, paralelamente, às cinco metas defendidas pelo movimento: toda criança e adolescente de 4 a 17 anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; todo aluno com aprendizado adequado à sua série; todo jovem com o ensino médio concluído até os 19 anos; e investimento em educação ampliado e bem gerido.

"Se a gente quiser mudar o país tem de fechar a torneira do analfabetismo, tem, de alguma maneira, buscar fazer com que os indicadores sejam aplicados, disse Mozart Neves Ramos, membro do Conselho de Governança do Movimento Todos Pela Educação, ao informar que a entidade tem procurado sensibilizar o Ministério da Educação (MEC) para se atingir esses objetivos.

Ele também defendeu que o ensino de ciências, por exemplo, deveria vir acompanhado de uma metodologia capaz de despertar no aluno a importância do aprendizado para a sua vida prática. Na avaliação Mozart, faltam professores com formação adequada porque há desinteresse pelas licenciaturas.

"Muitos ingressam [em cursos superiores] com muitas deficiências do ensino médio", disse, complementando que os que conseguem a habilitação optam por caminhos mais vantajosos economicamente.
(Marli Alves Moreira, da Agência Brasil, 2/12)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75054

Nas escolas públicas, deficiência de aprendizado

Dados do Todos pela Educação mostram que alunos concluem o ensino médio sem saber matemática e português

Os alunos das escolas públicas brasileiras não estão tendo o aprendizado adequado, conforme apontam dados divulgados na quarta-feira (1/12) pelo movimento Todos pela Educação.

Apenas 11% dos estudantes que terminam o 3º ano do ensino médio sabem o conteúdo apropriado de matemática e apenas 14,8% dos que concluem o ensino fundamental compreendem essa disciplina.

Em língua portuguesa, o desempenho é um pouco melhor, embora ainda muito baixo. Apenas 28,9% dos alunos que terminam o ensino médio (3º ano) têm o conteúdo adequado da matéria. Na conclusão do ensino fundamental, o índice não passa de 26,3%. E entre os alunos de 5ª série, chega a 34,2%.

Os dados fazem parte do relatório "De olho nas metas", elaborado anualmente pelo Todos pela Educação, grupo de especialistas e interessados em educação que acompanha cinco metas que devem ser cumpridas até 2022: toda criança de 4 a 17 anos deve estar na escola; toda criança deve estar plenamente alfabetizada até os 8 anos de idade; todo aluno deve ter aprendizado adequado à série; todo jovem deve concluir o ensino médio até os 19 anos; e os investimentos em educação devem ser ampliados.

A meta mais importante sugere que "70% ou mais dos alunos terão aprendido o que é adequado para a sua série". Se a evolução continuar no ritmo atual o Brasil só vai atingi-la em 2050.

Embora nenhuma das séries avaliadas esteja próxima da meta estabelecida, no 5º e no 9º ano do ensino fundamental houve melhora em língua portuguesa na comparação com o primeiro ano do Sistema de Educação Básica (Saeb), 1999. No ensino médio, 28,9% atingem o objetivo para a etapa, enquanto eram 27,6% há 10 anos.

Em matemática, no entanto, os que atingiam o objetivo eram 11,9% há dez anos e hoje são 11%.

- Isso significa que 89% das nossas crianças estão concluindo a educação básica sem aprender o mínimo - explicou Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação.

Para o sociólogo Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), a evolução no aprendizado do português, embora pequena, não deve ser atribuída à melhoria da qualidade do ensino. Segundo ele, o português está associado à educação familiar.

- Se a família fala um pouco melhor, a criança aprende. Matemática depende da escola, o que significa que a instituição não está ensinando - disse.

Em matemática, a meta para o ensino médio era de 14,3% e a média geral do país ficou em 11%. O pior desempenho é da Região Norte, com 4,9%, seguido pelo Nordeste (6,8%), pelo Centro-Oeste (10,4%), pelo Sudeste (13,7%) e pelo Sul (16,5%).

A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Almeida e Silva, admitiu o atraso do país no ensino médio, mas se queixou da "herança histórica":

- Não são só dez anos que se perderam, são 500 anos perdidos. Muitas gerações foram desperdiçadas. O que fazemos para tentar recuperar é o Prouni, a Educação de Jovens e Adultos. O ensino médio recebe um dos menores investimentos do governo por estudante.

Em geral, porém, o Brasil está indo na direção de alcançar a meta do Todos pela Educação de melhorar a gestão e aumentar o investimento em educação, chegando a 5% do PIB. No quadro atual dos investimentos, o ensino superior recebe mais recursos: R$ 15,4 mil por ano/aluno, depois no ensino fundamental (R$ 3,2 mil por aluno/ano) e no médio exatos R$ 2.317 por aluno/ano.

No ranking dos estados que mais investem na educação, em primeiro está o Distrito Federal (R$ 4.834,43 por aluno/ano), seguido por Roraima (R$ 4.367,37) e Amapá (R$ 3.729,39). O Rio está na 10ª posição, com R$ 2.773,33 por aluno e São Paulo em 9º (R$ 2.930,56).

Em outra meta do Todos pela Educação - a de que todo jovem ou criança de 4 a 17 anos deve estar na escola -, o país já chegou, em 2009, a 91,9%, apesar do objetivo de 92,2% não ter sido atingido. A meta é ter 98% dos alunos desta faixa etária em sala de aula em 2022.

- Não podemos cair na cilada de achar que este número é a universalização. Ainda temos 3,7 milhões fora da escola, algo igual a população do Uruguai - diz Priscila Cruz, que aponta como o mais perverso dessa realidade o fato de 85% dos sem escola serem os mais pobres:

- A educação não está fazendo seu papel de criar mobilidade social. Concluíram o ensino fundamental 63,4% dos adolescentes de até 16 anos (a meta era 64,5%) e 50,2% das pessoas com 19 anos no ensino médio, mais que a meta, de 46,5%.
(Adauri Antunes Barbosa)
(Folha de SP, 2/12)

fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=75053