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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cientistas anunciam início do Período Antropoceno



Cientistas pedem designação oficial para uma nova época geológica, sucedendo o Holoceno. Participantes da conferência Planet under Pressure, em Londres, afirmam que espécie humana já deixou marcas indeléveis na Terra.
Cientistas australianos e britânicos pressionam para que se mude oficialmente o nome da atual época geológica. A iniciativa coincide com o momento em que o mundo se prepara para fazer um balanço de 20 anos de busca de soluções para os problemas ambientais.
Segundo os especialistas, reconhecer a chegada do chamado "Antropoceno", ou "Era do Homem", ajudaria a registrar a natureza e extensão das mudanças em todo o planeta, e poderia provocar uma reviravolta na forma como a humanidade pensa a sua presença na Terra.
Holoceno foi favorável a agricultura
Erle Ellis, ecologista da Universidade de Maryland, afirma que atualmente a maioria dos ecossistemas do planeta reflete a presença humana. Como prova, ele cita as alterações climáticas, a diminuição das populações de peixes, o desmatamento continuado, o rápido declínio das espécies e o crescimento da população humana.
Segundo Ellis a humanidade alcançou o ponto em que deveríamos estar nos perguntando se estamos no Antropoceno ou não, disse. No futuro, diz, a evidência dessa era será aparente nos registros sedimentares: rápido crescimento dos depósitos de carbono, vestígios de cidades e fósseis de animais domesticados.
Bem-vindos ao Antropoceno
O novo nome sinalizaria a passagem do Período Holoceno – o trecho de 12 mil anos da história geológica marcado pelo fim da última Idade do Gelo e a relativa estabilização do nível do mar. Cientistas esperam que esse seja também o sinal de uma mudança psicológica.
"Atualmente estamos acelerando em direção a uma nova era", comenta Will Steffen, líder do Instituto de Mudanças Climáticas da Australian National University. Uma era que não será tão estável quanto a última, que deu origem à agricultura e à civilização, adicionou.
Anthony Giddens, cientista político inglês conhecido por sua visão holística da sociedade, descreveu o Antropoceno como um "mundo em descontrole", no qual se o ser humano desencadeou processos mais poderosos do que suas tentativas para controlá-los.
O termo não é novo: desde que o químico Paul Crutzen o popularizou em 2000, "Antropoceno" tem sido cada vez mais aceito nos meios científicos como designação não oficial. A Comissão Internacional de Estratigrafia estuda o reconhecimento formal desse novo período geológico, e se espera chegar a uma decisão até 2016. Mas para alguns cientistas, aí pode ser tarde demais.
Provocando uma mudança
No final de março, 2.800 especialistas de todo o mundo encontraram-se em Londres para a conferência Planeta sob Pressão, uma tentativa de determinar a direção da Rio+20, a se realizar em 2012, 20 anos após a "Cúpula da Terra", realizada no Rio de Janeiro em 1992.
Paul J. Crutzen, Nobel de Química em 1995, popularizou o termo "Antropoceno"
Os especialistas discutiram como garantir que os atuais problemas ambientais ganhem prioridade. De acordo com diretrizes elaboradas pelos organizadores da conferência, isto significa julgar o bem-estar e o desenvolvimento humanos de uma forma que não seja simplesmente medir o PIB.
Isso também significa criar modelos de negócios que incorporem o valor dos serviços em prol do ecossistema, como a polinização de plantações e a purificação da água e do ar: serviços que não são normalmente considerados no PIB, mas que sofrem pressão por parte do crescimento econômico.
Uma das iniciativas nesse sentido, a Future Earth, tem como objetivo reunir grupos de pesquisa ambiental e social sob uma única bandeira. A ideia é conectar cientistas de diferentes áreas e pelo menos três países por projeto, para investigar que tipo de época o Antropoceno será. O grupo também espera fornecer soluções para atenuar os efeitos mais radicais ou para nos adaptarmos a eles.
Segundo o ecologista Erle Ellis, a humanidade tem a escolha: ou administrar "um bom Antropoceno", ou "enfrentar uma série de crises".
Autor: Robin Powell (kr)
Revisão: Augusto Valente

CLÁSSICOS DA BIBLIOTECONOMIA




CLÁSSICOS DA BIBLIOTECONOMIA

Objetivo:                    divulgar aos colegas os clássicos de nossa área.
Lista preliminar:         aceitamos contribuições: sergiocdreis@yahoo.com
Lista feita com contribuição dos colegas


ALMEIDA, M. Christina B. de. Planejamento de Bibliotecas e serviços de informação de


BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969.


BRADFORD, S. C. Documentação. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.


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CAMPELLO, Bernadete. Introdução ao  Controle  Bibliográfico.2, ed. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2006


COBLANS, Herbert. Librarianship and documentation. London: A. Deutsch, 1974.


CÔRTE, A. Ramos e: ALMEIDA, Iêda M. de. Avaliaçãao de softwares para bibliotecas. São Paulo: Polis, 2000. 108 p.


CURRÁS, Emilia. Las ciencias de la documentación: bibliotecologia, archivologia, documentación, información. Barcelona: Mitre, 1982.


Dahlberg, Teoria do conceito


F.W. LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. Tradução de Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2004


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FONSECA, Edson Nery da. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2007.


GUINCHAT, Claire: MENOU, Michel. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. 2. ed. Brasília: IBICT, 1994. 540p.


LANCASTER, F. W.  Avaliação de serviços de bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1996. 356p.


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Memória, Antônia AACR2


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RANGANATHAN, S. R. As Cinco leis da Biblioteconomia. Tradução de Tarcisio Zandonade. Brasília: Briquet de Lemos / Livros, 2009


ROBREDO, Jaime. Documentação de hoje e de amanhã. Brasília:ABDF, 1978.


RUSSO, Laura G. M. A biblioteconomia brasileira: 1915-1965. Rio de Janeiro: INL, 1966. p. 356.


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SMIT, Johanna. O que é documentação. São Paulo: Brasiliense, 1986. 83 p.


SOUZA, Sebastião de CDU – Como entender e utilizar a 2ª Edição-Padrão Internacional em Língua Portuguesa. Thesaurus


SUAIDEN, Emir. Biblioteca pública e informação à comunidade. São Paulo: Global, 1995. 112 p.


TAMMARO, Anna Maria; SALARELLI, Alberto. A biblioteca digital. tradução de Antônio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2008


VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Associação Paulista de Bibliotecários, 1989. v. 1 106p. 


VERGUEIRO, Waldomiro. Seleção de materiais de informação: princípios e técnicas. 3.ed. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 20120. 120 p. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

As melhores pegadinhas de 1º de abril no mundo da tecnologia

Christina DesMarais PC World/EUA Diversas empresas aproveitaram a data para anunciar "serviços" e "produtos" e não economizaram na criatividade. Mesmo caindo em um domingo, o dia da mentira ainda assim foi muito popular entre as empresas, que não economizaram no humor e na criatividade para pregar peças nos usuários. Tivemos desde cangurus trabalhando para o Google, carros de corrida sem motorista, ultrabooks do tamanho de moedas até gatos tampando anúncios. Separamos as melhores brincadeiras das companhias e fizemos uma compilação dos melhores produtos e anúncios de primeiro de abril. Google Racing Já ouvimos falar dos carros do Google que não precisam de motorista, que já percorreram mais de 320 mil quilômetros nas rodovias americanas. O co-fundador do projeto, Sergey Brin, anunciou que a companhia estava levando a tecnologia a um outro nível ao inaugurar uma divisão de corridas, em parceria com NASCAR. O anúncio parecia tão real que muitas pessoas realmente se perguntaram se a intenção era para valer, já que um carro de corrida iria fazer parte da competição no próximo trimestre. Bloqueie anúncios com gatos Que tal, em vez de ver anúncios por toda página, enxergar apenas... gatinhos. O AdBlock, extensão popular do Chrome, substituiu temporariamente as propagandas dos sites visitados por fotos simpáticas de felinos. Contudo, a popularidade foi tão grande que Michael Gundlach, desenvolvedor do serviço, escreveu em seu blog que fará uma versão exclusiva do serviço para os interessados, que contribuirão com uma quantia mensal. Ultrabook microscópico Com o tamanho de uma moeda, o Sony VAIO Q é considerado (por uma enorme margem) o menor ultrabook do mundo, com 8GB de RAM, resolução Full HD, placa de vídeo e tela de altíssima resolução - se fosse real, seria maravilhoso. O engenheiro responsável retira o equipamento do bolso de sua camisa, no vídeo promocional do produto. Gmail Tap Em vez do confuso teclado QWERTY com 26 botões, a Google decidiu simplificar o Gmail com uma tecnologia há muito esquecida e que requer apenas dois botões: o código Morse. Ao inserir pontos e traços, o usuário poderia escrever até duas mensagens diferentes ao mesmo tempo. No site do serviço, foi até colocada uma tabela com o alfabeto e seu respectivo código de inserção. YouTube Collection Para aqueles momentos em que você não pode ficar online, o YouTube Collection oferece DVDs com todo o acervo do YouTube - vídeos enviados desde 2005. Ao assinar o serviço, o site despacharia 175 caminhões para entregar a coleção diretamente na sua porta! O melhor de tudo é que os vídeos vêm com papéis nos quais é possível escolher “gostei” ou “não gostei”, e enviar de volta para seus criadores. Se fosse de verdade, imagine o tamanho do debate sobre pirataria... Google Maps Emulando os antigos jogos Squaresoft do clássico videogame Nintendo Entertainment System (NES), o Google exibiu uma nova versão do Maps - em 8-bits, com visualizações pixeladas das coordenadas. Havia ainda um botão Quest no topo da página, no qual você poderia sair em uma jornada e até encontrar monstros escondidos. Ao invés de carros, cangurus De acordo com um post (falso) do blog oficial da Google na Austrália, a companhia estaria desenvolvendo o Street Roo, um novo projeto que iria equipar mais de mil cangurus com câmeras de 360 graus para capturar imagens da região de Outback, na Austrália. A imagem ainda seria transmitida em tempo real à empresa, além de colocar jaquetas nos simpáticos bichanos com rastreadores GPS para que a localização fosse igual e sobreposta àquela do Street View. Chrome multitarefa Uma mão não é rápida o suficiente? O modo multitarefa do Chrome permite que o usuário conecte quantos mouses desejar no computador - e a empresa garante que é possível se acostumar com o serviço ao passar do tempo. No anúncio do “recurso” a empresa escreveu: “Jogue games enquanto faz uma apresentação. Compre enquanto encontra o amor de sua vida”. Prático, não? Fonte:http://pcworld.uol.com.br/noticias/2012/04/02/as-melhores-pegadinhas-de-1o-de-abril-no-mundo-da-tecnologia/

SciELO Brasil lança portal de livros eletrônicos

Obras de caráter científico editadas por instituições acadêmicas poderão ser lidas em plataformas de e-books, tablets, smartphones ou na tela do computador Por Elton Alisson Agência FAPESP – Foi lançado em 30 de março, durante evento na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, o portal SciELO Livros. Integrante do programa Scientific Eletronic Library Online SciELO Brasil – resultado de um projeto financiado pela FAPESP em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) –, o portal visa à publicação on-line de coleções de livros de caráter científico editados, prioritariamente, por instituições acadêmicas. A iniciativa pretende aumentar a visibilidade, o acesso, o uso e o impacto de pesquisas, ensaios e estudos realizados, principalmente, na área de humanas, cuja maior parte da produção acadêmica é publicada na forma de livros. “Uma porcentagem significativa de citações que os periódicos SciELO fazem, principalmente na área de humanas, está em livros. E como um dos objetivos da coleção SciELO é interligar as citações entre periódicos, a ideia é também fazer isso com livros”, disse Abel Packer, membro da coordenação do programa SciELO, à Agência FAPESP. De acordo com Packer, a ideia do projeto foi sugerida em 2007 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foi iniciado em 2009 sob a liderança e financiamento de um grupo formado pelas editoras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Fiocruz. O desenvolvimento da plataforma metodológica e tecnológica contou com a cooperação da Bireme, e a execução do projeto teve apoio institucional e de infraestrutura da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Inicialmente, o portal reunirá cerca de 200 títulos, distribuídos mais ou menos igualmente entre as editoras das três universidades. A partir do lançamento, a expectativa é que a coleção possa contar com a adesão de outras editoras acadêmicas. Para integrar o portal, as editoras e as obras são selecionadas de acordo com padrões de controle de qualidade aplicados por um comitê científico e os textos são formatados de acordo com padrões internacionais que permitem o controle de acesso e de citações. A publicações poderão ser lidas por meio de plataformas de e-books, tablets, smartphones ou na tela de qualquer computador, acessadas diretamente do portal ou de buscadores na internet, como o Google, e também serão publicadas em portais internacionais. “A ideia é contribuir para desenvolver infraestrutura e capacidade nacional na produção de livros em formato digital e on-line, seguindo sempre o estado da arte internacional”, explicou Packer. Segundo ele, a plataforma metodológica e tecnológica desenvolvida para publicação de livros eletrônicos para a coleção da SciELO Brasil deverá ser utilizada por outros países que formam a rede SciELO para publicar suas coleções nacionais, com gestão autônoma. Venda de livros Além das obras com acesso aberto e gratuito, o portal SciELO Livros também possui uma área na qual será possível ao usuário comprar obras das editoras integrantes do projeto no formato e-book. “A venda deverá ser uma das fontes de recursos financeiros previstos na operação autosustentável do portal. Isso representa uma novidade para o SciELO, que tem acesso totalmente aberto para os seus periódicos. Entretanto, o número de livros em acesso aberto deverá predominar”, disse Packer. Segundo ele, a meta inicial é publicar entre 300 a 500 títulos por ano no portal. Entretanto, esse número de publicações dependerá da reação das editoras e do público. “Se o projeto tiver um sucesso semelhante ao do SciELO Periódicos, o desenvolvimento do portal poderá ser mais rápido, e ele deverá contar com muito mais livros”, estimou. Criada em 2007, o SciELO Brasil é, segundo o Ranking Web of World Repositories, conhecido como Webometrics, o líder mundial entre os maiores portais de informação científica em acesso aberto e gratuito no mundo. Em 2011, de acordo com Packer, a coleção SciELO Brasil teve uma média diária de 1,2 milhão de downloads de artigos. Seu modelo de publicações de periódicos é adotado hoje por diversos países e forma uma rede de coleções nacionais. Os países com coleções certificadas estendem-se pela América Latina, como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Venezuela, e Europa (Espanha e Portugal). A coleção da África do Sul está prevista para ser qualificada e certificada em 2012. A expectativa é que esses países também venham adotar o modelo SciELO de publicação de livros em formato digital. SciELO Livros: http://books.scielo.org Fonte:http://agencia.fapesp.br/15402

Física Quântica e Matrix podem recriar-se mutuamente

Baseado em texto de Mile Gu - CQT - 31/03/2012
Os cientistas estão tentando descobrir de quanta informação é necessária para predizer o futuro. E os primeiros resultados começaram a sair.[Imagem: CQT/National University of Singapore] Simulação tipo Matrix No mundo virtual do filme Matrix, não há realmente cidades e nem prédios, que, assim como as colheres e os gatos, são bits no processamento de um programa de simulação rodando em um computador inimaginavelmente poderoso. As vidas daquelas pessoas não estão acontecendo em uma realidade concreta, do tipo Modelo Padrão da física clássica, mas na memória desse supercomputador. Talvez soe como disparate para alguns, mas o fato é que muito das nossas vidas atuais já acontece apenas no mundo virtual, na forma de bits: as músicas que ouvimos, as fotos que olhamos, as mensagens que trocamos, não existem mais em discos, porta-retratos e papéis guardados em envelopes. Tudo está reduzido, ou ampliado, dependendo do ponto de vista, a uma fieira de bits armazenada em uma nuvem computacional de localização incerta, não sabida e, embora não gostemos muito disso, essencialmente volátil. Assim, simular um mundo virtual do tipo Matrix não deve mais soar tão estranho quanto o seria há alguns anos - por exemplo, hoje já existem esforços no sentido de simular a Terra inteira, embora sem os meandros das vidas pessoais. O conceito não difícil de compreender: o que é fundamental em uma simulação do tipo Matrix é a criação de um programa que contenha e seja capaz de simular todas as leis da física, de forma a recriar um mundo como o que os nossos sentidos experimentam. Será necessário então criar interfaces que possam transferir informações de todos os nossos sentidos para o computador, e vice-versa. É claro que é tudo absolutamente especulativo em termos de realização prática - mas não em termos de verificação matemática das possibilidades.
Este é o simulador quântico de processos estocásticos projetado pelos pesquisadores. [Imagem: Gu et al./Nature Communications] Simuladores quânticos E é exatamente isso o que estão fazendo Mile Gu, Elisabeth Rieper e Vlatko Vedral, da Universidade Nacional de Cingapura, juntamente com Karoline Wiesner, da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Embora os simuladores computacionais já sejam essenciais para as pesquisas científicas, para o desenvolvimento de novos produtos e materiais, e até para lidar com o mercado financeiro, os cientistas sabem que os computadores clássicos - como esse que você está usando agora - não são páreo para uma simulação da vida real. Assim, eles já estão fazendo planos para os computadores quânticos. E a equipe agora descobriu uma nova maneira pela qual os computadores baseados na física quântica poderão superar o desempenho dos computadores clássicos - sim, porque, se ainda não conseguimos fazer programas para computadores comuns sem erros, nem mesmo sabemos como ou quem irá programar os computadores quânticos. O trabalho agora divulgado implica que uma simulação da realidade do tipo Matrix exigiria menos memória de um computador quântico do que de um computador clássico. Mas o melhor está por vir.
Os simuladores quânticos já estão se aproximando do uso prático - aqui estão ilustrados três tipos deles. [Imagem: Riken Research] O futuro e a teoria quântica Os resultados deixam uma lacuna impressionante, mostrando que pode haver uma teoria mais profunda e mais geral abaixo da teoria quântica. E a pesquisa tem ainda outro aspecto para mexer com a imaginação: a descoberta emerge da consideração fundamental de quanta informação é necessária para predizer o futuro. Com um pouco de imaginação, é possível dizer que, em uma simulação quântica da realidade, do tipo Matrix, parece haver espaço para algum "Escolhido" entrar na simulação e fazer tudo de modo mais eficiente. Mas, para fazer isso, é preciso seguir os passos do Arquiteto, e tentar descobrir como ele projetou o mundo. Processos estocásticos O grupo analisou a simulação de processos estocásticos, processos onde existem vários resultados possíveis para um determinado procedimento, cada qual com uma probabilidade calculável. Muitos fenômenos, dos movimentos do mercado de ações até a difusão dos gases, podem ser modelados como processos estocásticos. Os detalhes de como simular esses processos têm mantido os pesquisadores ocupados há muito tempo. A quantidade mínima de informação necessária para simular um determinado processo estocástico é um importante tema de estudo no campo da teoria da complexidade, sendo conhecido na literatura científica como "complexidade estatística". Os pesquisadores sabem como calcular a quantidade de informações inerentemente transferidas em qualquer processo estocástico. Teoricamente, isso define a menor quantidade de informação necessária para simular o processo. Na realidade, porém, as simulações clássicas de processos estocásticos requerem mais armazenamento do que esses cálculos indicam.
No simulador quântico aberto, um íon interage com o sistema quântico e, ao mesmo tempo, estabelece um contato controlado com o ambiente. [Imagem: Harald Ritsch] Além da física quântica O que o quarteto agora demonstrou é que os simuladores quânticos precisam armazenar menos informações do que os simuladores clássicos, mesmo os simuladores clássicos ideais. Isto porque as simulações quânticas conseguem codificar informações sobre as probabilidades em uma "superposição", onde um bit quântico de informação pode representar mais do que um bit clássico. Mas então veio a surpresa. Os cálculos revelaram que as simulações quânticas ainda não são tão eficientes quanto poderiam ser: elas ainda têm que armazenar mais informações do que o processo parece precisar. Isto sugere que a teoria quântica pode ainda não estar "otimizada". "O que é fascinante para nós é que ainda há uma lacuna," comentou Vedral. "Isso faz você pensar, talvez aqui esteja uma maneira de pensar sobre uma teoria além da física quântica." Se assim for, então, antes de pensar em programar um computador quântico para criar sua própria Matrix, será necessário descobrir essas leis da natureza mais profundas, para que então elas possam ser simuladas em um computador, e lhe dê o senso de realidade que você espera. Afinal, se você não compreende todos os meandros da realidade, não pode se candidatar a ser Arquiteto. Bibliografia: Quantum mechanics can reduce the complexity of classical models Mile Gu, Karoline Wiesner, Elisabeth Rieper, Vlatko Vedral Nature Communications Vol.: 3, 762 DOI: 10.1038/ncomms1761

Microrrobô "vivo" entrará no corpo para detectar doenças

O robô, com menos de 1 cm de comprimento, será formado por células vivas "domadas" com técnicas da engenharia genética e biologia sintética. [Imagem: UCSF/Cyperplasm] Robô biológico A palavra robô suscita a lembrança de algo meio mecânico, meio eletrônico, mas essencialmente algo metálico, duro. Não é o que pretende uma equipe formada por especialistas de pelo menos cinco universidades europeias. O objetivo primário do grupo é construir o protótipo de um robô minúsculo que funcione como uma criatura viva - um robô que seja formado principalmente por células vivas "domadas" com técnicas da engenharia genética. No longo prazo, porém, a ideia é que esses biorrobôs sejam usados para identificar doenças dentro do corpo humano. Já batizado de Ciberplasma, o robô será fruto de uma combinação inusitada de microeletrônica com as mais recentes pesquisas em biomimética - tecnologia inspirada na natureza - e biologia sintética. Biorrobô O projeto do Ciberplasma inclui um sistema nervoso eletrônico, "olhos" e "nariz" derivados de células de mamíferos, e músculos artificiais que usam glicose como fonte de energia. A intenção é projetar, construir e integrar ao robô componentes que respondam à luz e a compostos químicos, da mesma maneira que animais vivos - não sensores eletrônicos comuns, mas biossensores derivados de células vivas.
A lampreia-do-mar foi o animal escolhido como inspiração para o bio-robô que está sendo projetado para entrar no corpo humano em busca de doenças. [Imagem: U.S. Fish and Wildlife Service] E os cientistas já escolheram o animal que servirá de base para a construção do robô: a lampreia, um animal marinho encontrado principalmente no Oceano Atlântico. A lampreia do mar tem um sistema nervoso muito primitivo, que é mais fácil de imitar do que sistemas nervosos mais sofisticados. E ela se movimenta nadando, o que os cientistas acreditam ser a melhor opção para um biorrobô que pretende entrar corpo humano adentro. O projeto prevê um protótipo do Ciberplasma com menos de 1 centímetro de comprimento. Versões futuras, segundo os cientistas, poderão potencialmente ter menos do que um 1 milímetro de comprimento, ou mesmo serem construídos em escala nanométrica. Vida artificial Células musculares sintéticas - células vivas geneticamente modificadas e controladas eletricamente - vão gerar movimentos ondulatórios para a propulsão do robô através da água ou outros líquidos. Os sensores sintéticos, derivados de células de levedura, serão responsáveis por coletar sinais a partir do meio ambiente. Esses sinais serão processados por um "cérebro eletrônico - este sim, eletrônico mesmo, baseado em semicondutores comuns - que, por sua vez, irá gerar os sinais elétricos que controlarão as células musculares para que elas utilizem a glicose para obter energia. Todos os componentes eletrônicos serão alimentados por uma célula a combustível microbiana, integrada ao corpo do robô. "Estamos atualmente desenvolvendo e testando componentes individuais do Ciberplasma," conta o professor Daniel Frankel, que se intitula um bioengenheiro. "Esperamos chegar à fase de montagem dentro de dois anos. Acreditamos que o Ciberplasma possa começar a ser usado em situações do mundo real dentro de cinco anos". Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=micro-robo-vivo-detectar-doencas&id=010180120331&ebol=sim

Não gosta de matemática? A explicação é biológica

Por Charles Nisz | Vi na Internet – 11 horas atrás Não gosta de matemática e fica nervoso só de ver algumas equações? A resposta pode estar no seu cérebro. Mas não tem a ver com a sua capacidade intelectual. Tem a ver com a região do cérebro que controla as reações de medo. Mesmo alunos que vão bem na matéria podem sofrer desse mal, explicam os pesquisadores. O problema foi identificado há 50 anos, mas nenhum cientista atentou para o fato de que a "ansiedade matemática" manifesta a si mesma em termos de atividade neurológica. Os pesquisadores descobriram que o "nervosismo" diante das equações é similar a outros tipos de fobia, como aranhas, cobras, altura. Com a descoberta, os cientistas vão desenvolver tratamentos para essa ansiedade. (vi no @PsychCentral) Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/n%C3%A3o-gosta-matem%C3%A1tica-explica%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-biol%C3%B3gica-215933241.html

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sete erros que podem levar sua declaração de IR para a malha fina

Da Agência O Globo RIO - Metade do prazo já passou, apenas 20% das 25 milhões de pessoas que têm contas a acertar com Leão cumpriram a tarefa e o GLOBO ouviu tributaristas especializados em declaração de pessoas físicas para apontar os sete erros que mais levam os contribuintes para a malha fina do Imposto do Renda. - Acho que os brasileiros fizeram muitas operações com imóveis no ano passado, porque esta tem sido a principal questão dos leitores: vendi um imóvel no ano passado e o que faço agora? - conta Edino Garcia, coordenador tributário da IOB Folha Matic e responsável pelo serviço de tira-dúvidas sobre IR do Globo. Veja quais os erros mais comuns e aprenda a evitá-los: 1 - Venda de imóvel Quem vendeu imóvel no deve recolher o Imposto sobre Ganho de Capital até o último dia últil do mês seguinte à venda. A taxa é 15% da diferença entre o valor de aquisição do imóvel (registrado na declaração) e o valor de venda. O pagamento é dispensado: * Se vendeu imóvel residencial, que era seu único imóvel e por até R$ 440 mil e não realizou outra venda nos últimos cinco anos. * Se vendeu imóvel residencial (de qualquer valor e mesmo que não fosse o único) e usou todo dinheiro para comprar outro imóvel residencial, no prazo de 180 dias. Este benefício só pode ser usado uma vez a cada cinco anos e desde que o imóvel tenha sido vendido a partir do dia 16 de junho de 2005. Quem não recolheu o Imposto sobre Ganhos de Capital na data exata, deve recolher agora, de preferência antes de enviar a declaração. O cálculo será feito com base na data que deveria ter pago e atualizado com juros de 1% ao mês (limitado a 20%) e juros corrresponde a Selic do período. Para fazer o pagamento, é preciso baixar o programa de ganhos de capital no site da Receita. 2 - Compra de imóvel Quem comprou imóvel ou automóvel em 2011 deve declarar a aquisição na lista de bens. Em caso de imóvel financiado, o valor declarado deverá corresponder à soma da entrada e das prestações pagas em 2011. A cada ano, os valores da novas parcelas devem ser somados ao montante, até a quitação do bem e totalização do valor pago. As dívidas desses financiamentos não devem ser declaradas no espaço dívidas e ônus reais. Já empréstimos bancários, empréstimos consignados ou empréstimos tomados com pessoas físicas devem ser informados como dívidas e ônus reais. 3 - Aluguel de imóvel O rendimento do aluguel é tributável e, mesmo que mensalmente fique abaixo do limite de isenção, na declaração anual esse valor vai se somar às outras rendas dos contribuinte e aumentar o imposto devido. O contribuinte deve informar o recebimento líquido, ou seja, pode abater a taxa da administradora e também o IPTU e condomínio, quando essas despesas são pagas pelo proprietário. Já o aluguel pago não pode ser abatido do IR, embora a Receita peça que o contribuinte informe os valores pagos na relação de despesas com o código 70. 4 - Despesas médicas Podem ser deduzidas, mas apenas aquelas que forem efetivamente pagas pelo contribuinte. Gastos de saúde reembolsados pelas seguradoras ou empresas de planos de saúde não podem ser abatidos. Se houve reembolso parcial, o contribuinte só pode declarar o que pagou. Despesas com vacinas, medicamentos etc não podem ser deduzidas, exceto quando incluídas na conta hospitalar. E atenção: recibos médicos precisam estar completos, informar o procedimento realizado, ter valor compatível com o serviço prestado e informar dados, inclusive CPF, do médico, dentista, etc. Despesas médicas com valores partir de 10% da renda anual do contribuinte são o maior alvo de checagem pela Receita. 5 - Inclusão de dependentes Além dos filhos menores, os maiores que esteja cursando faculdade podem ser dependentes até o ano em que completarem 24 anos, mesmo que tenham feito aniversário dia 1º de janeiro do ano da declaração, ou seja, 2011. Em caso de separação, a criança só pode ser dependente do cônjuge que manteve a guarda judicial. O outro pode deduzir a pensão alimentícia - mas apenas o valor que foi homologado pela Justiça - atribuindo a despesa ao alimentando e não ao dependente. Pais, avós, sogros só podem ser incluídos se tiverem rendimento anual máximo R$ 23.499,15. No caso de sogros, é preciso também que o cônjuge seja dependente do contribuinte. 6 - Rendas adicionais Todos os rendimentos do contribuintes e seus dependentes devem ser informados na declaração, mesmo de baixo valor ou resultante de trabalhos eventuais. Estágio recebido pelo filho, pensão da mãe, pagamento de trabalho free lancer etc vão se somar ao rendimento principal do contribuinte e , muitas vezes, podem provocar até uma mudança de faixa de rendimento e aumento do imposto a pagar. Assim, quando o dependente tem alguma renda, é preciso fazer uma simulação para ver se vale mesmo a pena inclui-lo, já que está é uma opção do contribuinte. Atenção especial para idosos que recebem mais de uma aposentadoria, porque a isenção dada a quem tem mais de 65 anos vale apenas para um benefício. Mas uando há mais de uma fonte pagadora, todas elas concedem o isenção (até porque não sabem da outra), mas na hora do ajuste anual, o contribuinte poderá colocar apenas uma delas como rendimento isento e as demais, como rendimento tributável. Em 2011, essa isenção foi de R$ 1.499,15 por mês de janeiro a março e de R$ 1.566,61entre abril e dezembro. 7 - Contribuinte morto paga Nem este está livre do Leão. Quando o contribuinte morreu, mas ainda não houve a partilha dos bens, o inventariante ou um dos herdeiros deve assumir a tarefa de enviar sua declaração, como se ele ainda estivesse vivo. Ou seja, o tipo de declaração deve ser de ajuste anual e apenas ao lado do nome da pessoa é bom informar falecido em tal data. Nos casos em que já houve o inventário e a partilha dos bens, o tipo de declaração entrege deve ser declaração final de espólio. Esta sim, encerra as obrigações daquele contribuinte com a Receita Federal. fonte:http://br.finance.yahoo.com/noticias/sete-erros-podem-levar-declaracao-ir-para-malha-fina.html