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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cientistas elaboram mapa da gravidade da Terra



A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou, nesta quinta-feira (31), o mapa mais preciso já feito até hoje da gravidade da Terra. As informações foram coletadas durante dois anos pelo satélite Goce. O modelo, chamado de geoide, mostra minunciosamente que a Terra não é completamente redonda.

Veja como é a superfície da Terra considerando a gravidade sem a ação de marés e de correntes oceânicas:

O satélite Goce foi lançado em março de 2009 e já recolheu mais de 12 meses de dados sobre a gravidade. De acordo com a Esa, essas informações são essenciais para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo – e para entender como são afetados pelas mudanças climáticas.

A Esa também explica que os dados podem ajudar a entender mais profundamente os processos que causam terremotos, como o evento que assolou o Japão no dia 11 de março. Isso porque os terremotos criam “rastros” na gravidade, o que poderia ser usado para entender o processo que conduz catástrofes naturais e, assim, prevê-los.

A ideia dos pesquisadores da Esa é continuar medindo a gravidade até o final de 2012. O satélite Goce, responsável pelos dados, pesa uma tonelada e orbita a baixa altitude. Ele usa um equipamente específico para medir a gravidade.

Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/cientistas-elaboram-mapa-da-gravidade-da-terra.html

quarta-feira, 30 de março de 2011

Reitor da UFJF lamenta morte do ex-vice-presidente José Alencar

José Alencar, durante evento realizado em Juiz de Fora, em 2007

publicada em: 29 de março de 2011 - visualizada pela 588º vez

José Alencar, durante evento realizado em Juiz de Fora, em 2007
A morte do ex-vice-presidente da República José Alencar nesta terça-feira, 29, foi sentida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que, imediatamente logo após a notícia, colocou as bandeiras da Reitoria a meio mastro.
O reitor da instituição, Henrique Duque, lamentou profundamente o falecimento de Alencar, “que, além de representar os mineiros de forma inigualável, teve papel fundamental na política do país, atuando até o fim de seu segundo mandato com exímia dedicação”.
José Alencar recebeu, em 2003, o título de Professor Honoris Causa pelo Conselho Superior da UFJF pela efetiva participação na condução das mudanças da política nacional. Ele recebeu a honraria da então reitora Margarida Salomão, no Cine-Theatro Central.
Natural de Muriaé, na Zona da Mata Mineira, o ex-vice-presidente morreu aos 79 anos em decorrência de câncer e falência múltipla de órgãos. O velório, aberto à visitação pública, será no Palácio do Planalto com previsão de início para às 10h30 desta quarta-feira, dia 30.

Fonte:http://www.ufjf.br/dircom/?p=39962

Bateria transforma entropia em eletricidade



A bateria de mistura entrópica foi fabricada com nanofios de óxido de manganês e eletrodos de prata. [Imagem: ACS/Nano Letters]


Bateria entrópica

Quando a água doce dos rios entra no mar a diferença na salinidade leva a uma mudança de entropia.

Essa diferença de entropia, calculada em 2,2 kJ por litro de água doce, é uma fonte gigantesca de energia renovável.

O grande desafio é extrair essa energia, convertendo-a para formas úteis, eletricidade, por exemplo.

A equipe do Dr. Yi Cui, da Universidade de Stanford, resolveu enfrentar o desafio e demonstrou que o conceito de extração dessa "energia entrópica" pode realmente funcionar na prática.

E funcionar bem: a sua "bateria de mistura entrópica", que gera energia a partir da diferença de entropia entre a água doce dos rios e a água salgada do mar operou com uma eficiência de 74%.

Baterias químicas

O conceito de geração de energia da diferença de entropia já foi estudado e testado antes.

A abordagem mais promissora adotada até agora usa membranas superfinas, parecidas com as usadas em células a combustível a hidrogênio, para que os íons passem de um dos líquidos para o outro, gerando uma corrente.

O enfoque adotado pela equipe de Cui é diferente: a energia extraída da diferença de concentração entre duas soluções é armazenada em baterias químicas - a energia é armazenada como energia química no interior da estrutura química do material usado como eletrodo.

A bateria de mistura entrópica foi fabricada com nanofios de óxido de manganês e eletrodos de prata. O uso de estruturas com dimensões nanoscópicas é importante pela sua grande área superficial, algo essencial para capturar mais energia por área.

A energia é gerada pelo movimento dos íons de sódio e cloro - os dois elementos que compõem o sal da água do mar - através da rede cristalina dos eletrodos. Mas ela pode ser usada com outras soluções.

Eficiência da bateria de entropia

"A bateria foi demonstrada extraindo energia de água real do mar e de um rio, mas pode ser aplicada a uma grande variedade de soluções salinas e água doce," afirmam os pesquisadores.

O rendimento real observado foi de 74%, mas os pesquisadores afirmam que a mera mudança na distância entre os eletrodos pode elevar essa eficiência para algo em torno de 85%.

"Considerando o fluxo de água dos rios para os oceanos como um fator limitador para esse tipo de energia, a produção de energia renovável pode potencialmente alcançar 2 TW, o equivalente a 13% de todo o consumo de energia do mundo," afirmam os pesquisadores.

Bibliografia:

Batteries for Efficient Energy Extraction from a Water Salinity Difference
Fabio La Mantia, Mauro Pasta, Heather D. Deshazer, Bruce E. Logan, Yi Cui
Nano Letters
March 17, 2011
Vol.: Article ASAP
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bateria-transforma-entropia-eletricidade&id=020115110329&ebol=sim

Nave movida a água barateia viagem a Marte em 100 vezes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/03/2011



A água teria outras utilidades além de servir como combustível e, na verdade, condiciona todo o projeto da nave. [Imagem: Robert Becker]


Poderia uma espaçonave interplanetária ser alimentada unicamente por água?

A resposta é sim, segundo dois pesquisadores da área.

Brian McConnell e Alex Tolley defenderam a ideia da criação da nave, que eles batizaram de "carruagem espacial", em um artigo publicado no jornal da Sociedade Interplanetária Britânica.

Carruagem espacial

Segundo os pesquisadores, uma viagem a Marte em uma nave alimentada a água custaria o equivalente a um único lançamento de um ônibus espacial até a Estação Espacial Internacional.

Ao contrário dos ônibus espaciais, a carruagem espacial seria uma nave estritamente espacial, dispensando as especificações necessárias ao pouso, o que poderia ser feito por naves auxiliares projetadas especificamente para isso.

Esta ideia também foi defendida pela NASA na semana passada, quando a agência espacial apresentou um novo conceito de nave espacial para voos de longa duração.

A carruagem espacial também aproveitaria o conceito de módulos infláveis, defendidos por Robert Bigelow para a construção do seu hotel espacial.

E, segundo os pesquisadores, sua nave espacial não depende de nenhuma inovação tecnológica futura: "É realmente um projeto de integração de sistemas. A tecnologia fundamental está toda disponível," disse McConnell.

Nave movida a água

O que mais chama a atenção na carruagem espacial, contudo, é o seu combustível, exclusivamente água.

O motor da espaçonave "queimaria" a água no interior de motores eletrotermais acionados por micro-ondas.

Motores eletrotermais são um tipo de sistema de propulsão elétrica, a exemplo dos motores iônicos e do motor vasimir.

Eles já foram testados em laboratório usando a água como propelente. Segundo os pesquisadores, esses motores "provaram ser várias vezes mais eficientes no consumo de combustível do que os foguetes químicos convencionais".

Esses motores superaquecem a água no interior de uma câmara. O vapor resultante é ejetado por um bocal semelhante aos bocais dos foguetes comuns, fornecendo o impulso à nave.

Motores eletrotermais

A energia elétrica para os motores, assim como para toda a nave, seria fornecida por grandes painéis solares, o que levou a um design "chapado" da nave para ampliar a área disponível tanto para o armazenamento da água quanto para a instalação dos painéis solares.

Os motores eletrotermais a água fornecem pouco empuxo em relação aos motores químicos, mas, como poderiam funcionar por muito mais tempo, propiciaram uma aceleração contínua à nave, permitindo que as missões fossem feitas nos tempos previstos atualmente - uma viagem a Marte levaria cerca de seis meses.

Para dar maior agilidade e capacidade de manobra, principalmente em situações de emergência, a nave teria pequenos motores químicos, similares aos usados em satélites e sondas espaciais.

"A capacidade de usar a água como propelente altera radicalmente a economia das missões de longo alcance, reduzindo o custo de uma missão em até 100 vezes, tornando as missões ao espaço profundo comparáveis em termos de custos às atuais missões tripuladas à órbita baixa da Terra," dizem os pesquisadores, referindo-se aos ônibus espaciais norte-americanos.

Escudos de água

A água teria outras utilidades além de servir como combustível e, na verdade, condiciona todo o projeto da nave.

Os módulos infláveis teriam camadas externas cheias de água, que serviria como um escudo contra a radiação do espaço.

A água também poderia ser incorporada nas próprias paredes dos módulos infláveis, congelando em contato com o frio do espaço e funcionando como um escudo rígido contra os micrometeoritos e outros detritos que possam se chocar com a nave durante a viagem.

A grande disponibilidade de água também possibilitará o cultivo de plantas para alimentação e, coisa inédita no espaço, permitirá até mesmo que os astronautas tomem banho de banheira.

Os pesquisadores defendem a utilização de uma frota dessas carruagens espaciais viajando pelo Sistema Solar, reabastecendo-se de água na órbita baixa da Terra ou de água "minerada" na Lua ou mesmo em Marte.

Bibliografia:

A Reference Design For A Simple, Durable and Refuelable Interplanetary Spacecraft
Alex Tolley, Brian McConnell
Journal of the British Interplanetary Society
March 2011
Vol.: In Press
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nave-movida-agua&id=010130110328&ebol=sim

Espaço pode não ser contínuo, mas segmentado como um tabuleiro de xadrez

Baseado em artigo de Jennifer Marcus - 29/03/2011



O pseudo-spin, assim como o spin meio-inteiro apresentado pelos quarks e léptons, seria derivado de uma sub-estrutura escondida, não da própria partícula, mas do espaço no qual essas partículas vivem. [Imagem: Chris Regan/CNSI]


Os cientistas estavam tentando construir um transístor melhor para fabricar produtos eletrônicos mais eficientes.

Mas eles acabaram descobrindo uma nova forma de pensar sobre a estrutura do espaço.

A estrutura do espaço

Normalmente se considera que o espaço seja infinitamente divisível - dadas quaisquer duas posições, sempre haverá uma posição intermediária entre elas.

Chris Regan e Matthew Mecklenburg, da Universidade da Califórnia, não estavam pensando nem em questões cosmológicas e nem em questões puramente matemáticas quando começaram a estudar uma forma de criar transistores ultrarrápidos usando grafeno.

Mas eles descobriram que pensar o espaço como um conjunto de localidades discretas, como os quadrados de um tabuleiro de xadrez, pode explicar como estruturas pontuais como os elétrons, que não possuem um raio finito, apresentam um momento angular intrínseco, ou spin.

O surgimento do spin pode ser explicado, afirmam os pesquisadores, se a partícula habitar um espaço com dois tipos de posições - como os quadrados claros e quadrados escuros de um tabuleiro.

O spin parece emergir se esses quadrados estiverem tão próximos uns dos outros que sua fronteira não possa ser detectada, ou seja, se não existir um ponto intermediário entre eles.

"O spin do elétron pode surgir porque o espaço em distâncias muito pequenas não é liso e contínuo, mas segmentado, como um tabuleiro de xadrez," propõe Regan.

O spin do elétron

Um elétron possui dois estados chamados de "spin para cima" e "spin para baixo".

O fato de que o spin do elétron tem apenas dois valores possíveis - e não três, ou quatro, ou infinitos - ajuda a explicar a estabilidade da matéria, a natureza das ligações químicas e muitos outros fenômenos fundamentais.

Mas os cientistas ainda não sabem exatamente como o elétron desenvolve essa propriedade, que é compreendida como um movimento rotacional.

Se o elétron tiver um raio, sua superfície estaria viajando a uma velocidade maior do que a da luz, violando a Teoria da Relatividade.

Ademais, experimentos têm mostrado que o elétron não tem um raio - imagina-se que ele seja algo como uma partícula puramente pontual, sem superfície e sem qualquer subestrutura que pudesse eventualmente girar.

O físico britânico Paul Dirac mostrou, em 1928, que o spin do elétron é intimamente relacionado com a estrutura do espaço-tempo. Seu argumento combina a mecânica quântica com a Relatividade Especial, a teoria de Einstein do espaço-tempo, expressa na famosa fórmula E=mc2.

Mas a equação de Dirac não acomoda meramente o spin, ela de fato exige que ele exista. Embora mostre que a mecânica quântica relativística exige o spin, a equação não dá uma explicação sobre como uma partícula pontual pode ter um momento angular, e nem porque o spin tem apenas dois valores possíveis.

Espaço discreto

Regan e Mecklenburg estão propondo um enfoque novo e inacreditavelmente simples: o spin binário pode emergir de dois tipos de quadros - claros e escuros - em um espaço que tenha a estrutura de um tabuleiro de xadrez.

E eles tiveram essa ideia, tipicamente da física teórica, enquanto trabalhavam com um problema eminentemente prático - como construir melhores transistores de grafeno.

"Nós queríamos calcular a amplificação de um transístor de grafeno," conta Mecklenburg. "Nós os estamos construindo e precisávamos calcular a eficiência com que vão operar."

Esses cálculos precisam incluir informações sobre como a luz interage com os elétrons no grafeno, que tem a estrutura parecida com a de uma tela de galinheiro.

Os elétrons no grafeno movem-se saltando de um átomo de carbono para o outro, como se fossem peças sendo movidas em um tabuleiro de xadrez.

A diferença com o tabuleiro de jogo é que os "quadros" do grafeno são triangulares, com os triângulos escuros apontando "para cima" e os triângulos claros apontando "para baixo".

Quando um elétron no grafeno absorve um fóton, ele salta de um triângulo claro para um triângulo escuro. Mecklenburg e Regan demonstraram que essa transição é equivalente a passar o spin de "para cima" para "para baixo".

Em outras palavras, os elétrons adquiririam o spin ao serem confinados em posições discretas e específicas no grafeno.

Novo spin

Esse spin agora proposto pelos dois pesquisadores, que deriva da geometria característica da rede atômica do grafeno, seria um spin adicional e diferente do spin comum que o elétron possui.

Eles o chamam de pseudo-spin, embora demonstrem que ele se trata igualmente de um momento angular real.

O pseudo-spin, assim como o spin meio-inteiro apresentado pelos quarks e léptons, seria então derivado de uma sub-estrutura escondida, não da própria partícula, mas do espaço no qual essas partículas vivem.

"Ainda não está claro se esse trabalho será mais útil na física de partículas ou na física da matéria condensada," diz Regan. "mas seria muito estranho se a estrutura de favos de mel do grafeno fosse a única rede atômica capaz de gerar um spin".

Bibliografia:

Spin and the Honeycomb Lattice: Lessons from Graphene
Matthew Mecklenburg, B. C. Regan
Physical Review Letters
March 18
Vol.: 106, 116803 (2011)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.106.116803

fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=espaco-nao-continuo-segmentado-como-tabuleiro-xadrez&id=010110110329&ebol=sim

Microsoft revela segredos do Kinect

Com informações da New Scientist - 28/03/2011



O Xbox roda o algoritmo 200 vezes por segundo, o que é cerca de 10 vezes mais rápido do que as técnicas anteriores de reconhecimento corporal. [Imagem: Shotton et al.]


Com mais de 10 milhões de unidades vendidas em cinco meses desde o lançamento, o Kinect parece ter pago todos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

Tanto que pesquisadores da Microsoft divulgaram o primeiro artigo técnico descrevendo as inovações que permitiram o lançamento do produto.

O artigo, assinado por oito pesquisadores da empresa, foi disponibilizado no site da Microsoft Research, datado de Junho de 2011 - quando ele será publicado em um periódico do IEEE.

"Floresta de decisões aleatórias"

Os pesquisadores descrevem como, a partir de uma única imagem, é possível reconhecer partes do corpo humano em tempo real.

O algoritmo associa cada pixel da imagem a uma parte do corpo humano, criando uma imagem um tanto borrada da pessoa.

Graças ao sensor infravermelho do Kinect, o programa consegue detectar também a distância de cada parte do corpo, atribuindo ao pixel o dado adicional de profundidade.

Cada pixel é inicialmente avaliado com relação a determinados parâmetros - por exemplo, se o pixel está na parte de cima ou na parte de baixo do corpo.

A pontuação de cada parâmetro é então combinada com uma busca através de uma "floresta de decisões aleatórias" - essencialmente uma coleção de decisões que avaliam se um pixel com um conjunto específico de características pode ser atribuído a uma parte específica do corpo.

Localização das juntas

Os pesquisadores treinaram o sistema usando uma biblioteca de imagens de captura de movimento.

Eles inicialmente coletaram 500.000 quadros, catalogando movimentos como dançando, chutando ou correndo. A seguir, eles resumiram o conjunto inicial a 100.000 quadros descartando aqueles que não apresentam uma distância em relação aos demais de mais do que cinco centímetros.

Uma vez que as partes do corpo são identificadas, o sistema calcula a provável localização das juntas para construir um esqueleto 3D.

O Xbox roda o algoritmo 200 vezes por segundo, o que é cerca de 10 vezes mais rápido do que as técnicas anteriores de reconhecimento corporal. Com isto, os jogadores podem ser rastreados com rapidez suficiente para que seus movimentos sejam incorporados nos jogos.

E a equipe de cientistas da Microsoft dá alguns indícios do que os fãs da dupla Xbox-Kinect podem esperar no futuro.

A equipe planeja agora estudar como melhorar a precisão do sistema calculando diretamente as posições das juntas, eventualmente descartando a detecção inicial das partes do corpo.

Isso permitirá que o algoritmo rode muito mais rapidamente, o que poderá ser revertido em ganhos de resolução - será que o Kinect 2 será capaz de detectar o movimento individual dos dedos, por exemplo?

Vídeo holográfico é feito com Kinect hackeado
Bibliografia:

Real-Time Human Pose Recognition in Parts from a Single Depth Image
Jamie Shotton, Andrew Fitzgibbon, Mat Cook, Toby Sharp, Mark Finocchio, Richard Moore, Alex Kipman, Andrew Blake
June 2011
http://research.microsoft.com/apps/pubs/default.aspx?id=145347

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=microsoft-revela-segredos-kinect&id=010150110328&ebol=sim

Brasileiros criam superplástico com abacaxi e banana



Os bioplásticos feitos com nanocelulose extraída do abacaxi são 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes do que os plásticos usados nos carros hoje.[Imagem: Mikael Ankerfors]


Cientistas brasileiros querem que os chamados "carros verdes" - carros ambientalmente corretos, ou menos ambientalmente danosos do que os atuais - tenham o verde guardado fundo em suas fibras mais íntimas.

Alcides Leão e seus colegas da USP desenvolveram uma técnica para usar fibras de abacaxi, banana e outras plantas em uma nova geração de plásticos automotivos.

Superplásticos de plantas

Os plásticos compósitos à base de plantas são mais fortes e mais leves do que os atuais - e mais ambientalmente corretos, por dispensarem uma parte do material à base de petróleo.

Segundo Leão, as fibras retiradas do abacaxi e da banana parecem ser frágeis, mas, quando testadas na forma de fibras de nanocelulose, elas são extremamente fortes - quase tanto quanto o famoso Kevlar, usado na fabricação de roupas à prova de bala.

Com a vantagem de que, ao contrário do Kevlar e de outros plásticos tradicionais, que são feitos de matérias-primas oriundas do petróleo e do gás natural, as fibras de nanocelulose são completamente renováveis.

"As propriedades desses plásticos são incríveis," disse Leão. "Eles são leves, mas muito fortes - 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes. Nós acreditamos que uma grande variedade de peças de automóveis, incluindo painéis, pára-choques e painéis laterais, será feita de nanofibras de frutas no futuro."

E em um futuro próximo: segundo Leão, os superplásticos à base de nanocelulose poderão estar no mercado dentro de dois anos.

Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do veículo, com um ganho direto na economia de combustível.

O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.

Nanocelulose

A celulose é o material básico que forma a madeira e outras partes das plantas.

Suas fibras, em suas dimensões naturais, têm sido usadas na fabricação de papel há séculos.

Mais recentemente, os cientistas descobriram que o processamento intensivo da celulose libera fibras extremamente pequenas, a chamada nanocelulose - fibras com comprimentos na faixa dos nanômetros, ou bilionésimos de metro.

Estas nanofibras são tão pequenas que seria necessário colocar 50.000 delas enfileiradas para cobrir o diâmetro de um fio de cabelo humano.

Assim como as fibras de vidro e fibras de carbono, as fibras de nanocelulose podem ser adicionadas às matérias-primas usadas na fabricação do plástico, gerando plásticos reforçados que são mais fortes e mais duráveis.

Nanofibras

Leão afirma que as folhas e caules de abacaxi são mais promissores como fonte de nanocelulose do que a madeira comum.

Outras fontes adequadas de nanocelulose estudadas pelo grupo são o curauá (Ananás Erectifolius)), um parente do abacaxi, a banana, a casca de coco e o sisal.

Para preparar as nanofibras, os cientistas colocaram as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão.

O "molho" é formado por um conjunto de compostos químicos, e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco.

O processo é caro, mas é necessário apenas um quilograma de nanocelulose para produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados.

"Por enquanto nós estamos focando na substituição dos plásticos automotivos," disse Leão. "Mas no futuro poderemos substituir peças automotivas hoje feitas de aço ou alumínio usando esses materiais à base de nanocelulose de plantas."

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-plastico-abacaxi-banana&id=010170110328&ebol=sim

Nuvem artificial com controle remoto fará sombra durante a Copa




Cientistas da Universidade do Catar apresentaram o projeto de um aparelho que funcionaria como uma "nuvem artificial" para amenizar o calor previsto nos jogos da Copa do Mundo de 2022, a ser realizada no país.

O calor do verão no Catar é uma das principais preocupações da FIFA e da organização do Mundial.

Os pesquisadores do Departamento de Engenharia Industrial da universidade criaram uma animação que mostra como funcionaria o aparelho.

Nuvem com controle remoto

Movido a energia solar, ele seria comandado por controle remoto e construído com uma liga de carbono leve e resistente.

A "nuvem" flutuaria no céu com a ajuda de gás hélio, bloqueando os raios solares e refrescando o estádio onde se realiza o jogo. O aparelho também seria programado para mudar de posição de acordo com o movimento do sol.

Calcula-se que construir o aparelho custaria algo em torno de US$ 500 mil, mas o custo poderia ser menor se mais "nuvens" forem produzidas em grande escala.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nuvem-artificial&id=010125110325&ebol=sim

Google abre inscrições para universitários criarem projetos de código aberto



O programa global, que está em sua sétima edição, já teve a participação de 4,5 mil estudantes de 85 países

Nesta semana, o Google começou a receber as inscrições para o ‘Summer of Code’, um programa no qual estudantes universitários de todo o mundo têm a oportunidade de desenvolver projetos baseados em código aberto, com apoio da empresa.

O Google explica que a ideia do programa é permitir que os estudantes, que são orientados por um mentor, testem situações reais vividas durante um projeto para desenvolvimento de software e aumentem as oportunidades de emprego no mercado.

O programa, criado em 2005, já teve a participação de aproximadamente 4,5 mil estudantes e mais de 4 mil mentores de 85 países.

Os estudantes interessados em participar do Summer Code devem realizar a inscrição no site do programa até 8 de abril. Todos os projetos serão analisados e um grupo de mentores escolherá os 175 melhores para participar da iniciativa. No site, a empresa disponibiliza um manual com informações e dicas - em inglês - para os potenciais participantes.

fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/google_abre_inscricoes_para_universitarios_criarem_projetos_de_codigo_aberto

Plataforma de conhecimento



Centro Edelstein de Ciências Humanas unifica suas quatro bibliotecas virtuais em um único portal
Por Elton Alisson

Agência FAPESP – O Centro Edelstein de Ciências Humanas, no Rio de Janeiro, unificou suas quatro bibliotecas virtuais em um único portal na internet.

De acordo com o diretor do Centro Edelstein, Bernardo Sorj, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o objetivo da iniciativa foi facilitar o acesso gratuito de pesquisadores ao acervo de mais de 40 mil textos que o Centro desenvolveu nos últimos anos em parceria com outras instituições com base na constatação de que as publicações científicas brasileiras e latino-americanas na área de ciências humanas não atingem o público do exterior.

“Fala-se muito no Brasil sobre globalização, sobre internacionalização da ciência e impactos intelectuais além das fronteiras, mas o fato é que no mundo científico se lê pouco português. Inclusive, fizemos uma pesquisa nos Estados Unidos que indicou que muitos latino-americanistas entendem espanhol, mas não compreendem português”, disse Sorj, à Agência FAPESP.

Para possibilitar o acesso da comunidade internacional às revistas em ciências sociais da América Latina, o Centro Edelstein desenvolveu há três anos, em parceria com a Scientific Eletronic Library Online (SciELO) – um programa da FAPESP conduzido em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) –, uma biblioteca virtual de artigos de revistas latino-americanas traduzidos para o inglês.

Denominada SciELO Social Sciences English Edition, o serviço conta com mais de 600 artigos publicados em 30 revistas científicas, sendo 15 brasileiras e as outras 15 latino-americanas. “São os próprios editores das revistas que indicam os artigos para publicação na biblioteca. A única condição para publicarmos é que os artigos sejam de autores brasileiros”, disse Sorj.

Em seguida à base de artigos, o Centro lançou, em parceria com o Instituto Fernando Henrique Cardoso, a biblioteca virtual Plataforma Democrática, cujo acervo é composto por artigos e trabalhos acadêmicos sobre democracia na América Latina. “Ela já reúne quase 20 mil textos e cem vídeos e está em constante expansão”, disse.

No ano passado, o Centro Edelstein iniciou o desenvolvimento de uma terceira biblioteca virtual, composta por livros de autores brasileiros ou residentes no Brasil que estão fora de circulação. Os direitos autorais dos livros que compõem a biblioteca retornaram aos autores ou estão nas mãos de editoras, que autorizaram o Centro a publicá-los na internet.

“Reeditamos essas obras na biblioteca virtual, que soma 110 títulos de autores brasileiros em todas as áreas das ciências sociais”, disse Sorj.

A quarta biblioteca criada pelo Centro disponibiliza mais de 20 mil publicações, em diversas línguas, sobre sociedade da informação. E, de acordo com o diretor, foi criada para suprir a insuficiência de bibliografia sobre o tema.

Acesso internacional

As bibliotecas virtuais do Centro Edelstein registram de 6 mil a 10 mil acessos de pesquisadores localizados por mês, do Brasil e de diversos outros países. Em média, os acessos duram entre 6 e 10 minutos, que é muito superior ao tempo de acesso registrado pelos sites convencionais, de acordo com Sorj.

“Nossos acessos são de qualidade e realizados a partir de países como China, Japão, Rússia e Estados Unidos, entre diversos outros. Dificilmente as publicações brasileiras em meio impresso chegariam a esses países”, apontou.

Segundo Bernardo Sorj, as publicações científicas impressas ainda gozam de um prestígio no mundo acadêmico que não condiz com a realidade, em que a tendência é publicar cada vez mais eletronicamente, na internet.

“Acreditamos que o meio virtual seja o mais adequado, o mais econômico, o mais democrático e o que atinge melhor o objetivo de uma publicação científica, que é o de disseminar a produção do conhecimento entre os cientistas da forma mais ampla possivel”, afirmou.

O professor Sorj conta que, ao criar as bibliotecas virtuais, o Centro Edelstein pretende demonstrar a viabilidade e relevância do projeto e estimular outras instituições a lançar iniciativas semelhantes.

As quatro bibliotecas virtuais do Centro Edelstein podem ser acessadas em: www.bvce.org.

Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13656/plataforma-de-conhecimento.htm

Potências científicas emergentes



Relatório da Royal Society descreve o crescimento da pesquisa nos países em desenvolvimento, que já rivalizam com as superpotências (Eduardo Cesar/FAPESP)

Agência FAPESP – A ciência dos países em desenvolvimento é destaque no relatório Knowledge, Networks and Nations: Global scientific collaboration in the 21st century, produzido pela Royal Society, a academia de ciências do Reino Unido, e divulgado no dia 28.

De acordo com o documento, Brasil, China, Índia e Coreia do Sul estão “emergindo como atores principais no mundo científico para rivalizar com as superpotências tradicionais” – Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão.

Na China, o investimento em pesquisa e desenvolvimento tem crescido a uma média de 20% ao ano desde 1999, chegando aos US$ 100 bilhões (ou 1,44% do PIB) em 2007. E o país pretende investir ainda mais, alcançando um investimento no setor de 2,5% do PIB até 2020.

“O crescimento da China é sem dúvida o mais impressionante, mas Brasil, Índia e Coreia do Sul estão rapidamente no mesmo caminho e (com base na simples extrapolação de tendências existentes) poderão ultrapassar a produção [científica] da França e do Japão no início da próxima década”, disse o relatório.

“O Brasil, na linha de sua aspiração de se tornar uma ‘economia do conhecimento natural’, com base em seus recursos naturais e ambientais, está trabalhando para aumentar o investimento em pesquisa de 1,4% do PIB, em 2007, para 2,5%, em 2022”, apontou o relatório – segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o país aplicou 1,1% do PIB em ciência em 2007.

O documento também identifica outros países que estão se destacando no cenário internacional, ainda que não tenham uma sólida base no setor, como Cingapura, Irã, Tunísia e Turquia.

“O mundo científico está mudando e novos atores estão surgindo rapidamente. Além da emergência da China, notamos evoluções no Sudeste Asiático, no Oriente Médio e no norte da África, entre outros. O aumento da pesquisa e da colaboração científica, que pode nos ajudar a encontrar soluções para os desafios globais, é muito bem-vindo”, disse Sir Chris Llewellyn Smith, que presidiu o grupo consultor do estudo.

“Os dados do relatório da Royal Society são interessantes e registram o progresso que o Brasil vem tendo nos últimos 20 anos no aumento de sua produção científica. Alguma cautela deve ser adotada entretanto, pois, após 2008, com a crise econômica mundial, pode ter havido mudanças nas tendências extrapoladas. Além disso, o relatório parece ter se baseado muito em fontes secundárias em vez de usar as fontes primárias de dados, que seriam mais confiáveis”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Artigos publicados

Uma grande variedade de dados foi analisada para o levantamento, incluindo tendências no número de publicações científicas produzidas por todos os países.

Os dados de publicações e citações foram produzidos e analisados em colaboração da Royal Society com a Elsevier, utilizando a base Scopus e resumos da literatura científica global analisada por pares.

Os dados indicam mudanças na autoria dos artigos científicos entre os períodos de 1993-2003 e 2004-2008. Embora os Estados Unidos ainda continuem na liderança, sua parcela na produção científica mundial caiu de 26% para 21% entre os períodos. A China, por sua vez, passou de sexto para o segundo lugar, pulando de 4,4% para 10,2% do total. O Reino Unido continua em terceiro, mas com queda de 7,1% para 6,5%.

O relatório da Royal Society também avaliou dados referentes a citações dos artigos, indicador frequentemente usado para avaliar a qualidade das públicações e o reconhecimento dos trabalhos dos pesquisadores por seus pares.

Nos dois períodos analisados, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking, seguidos pelo Reino Unido. Mas os dois tiveram queda nos números apresentados, enquanto se percebe o crescimento dos países emergentes nas citações, especialmente da China.

Concentração da pesquisa

O relatório destaca também a concentração das atividades científicas dentro dos países, como nos Estados Unidos, onde três quartos do investimento em ciência e tecnologia estão concentrados em dez estados, com a Califórnia sozinha sendo responsável por mais de um quinto do total nacional.

“Na maioria dos países há concentração da atividade de pesquisa em determinados locais. Moscou responde por 50% dos artigos publicados na Rússia; Teerã, Praga, Budapeste e Buenos Aires chegam a 40%, e Londres, Pequim, Paris e São Paulo, a 20% da produção nacional”, apontou.

De acordo com o relatório, o notável crescimento de São Paulo, que pulou, na última década, 21 posições na lista das cidades que mais publicam artigos científicos no mundo, “reflete o rápido crescimento da atividade científica no Brasil e o papel da cidade como a capital do estado com a mais forte tradição científica”.

Nesse ponto, a publicação destaca a definição, pela Constituição do Estado de São Paulo de 1947, de um orçamento próprio para a FAPESP, baseado na transferência de 0,5% do total da receita tributária do Estado, percentual posteriormente elevado para 1%, pela Constituição de 1989.

Segundo o texto, na busca competitiva global por investimentos em pesquisa e desenvolvimento, instalações e talentos científicos, são cidades e regiões, e não países, as unidades mais relevantes.

“As cidades e regiões líderes científicas são bem-sucedidas porque facilitam o intercâmbio entre instituições e organizações. Elas geralmente oferecem uma concentração elevada de talento diversificado, capaz de apoiar uma economia baseada no conhecimento”, indicou.

Colaboração internacional

A publicação também enfatiza a crescente importância da colaboração internacional na condução e no impacto da ciência global e sua capacidade para resolver desafios globais, tais como segurança energética, mudanças climáticas e perda de biodiversidade.

O relatório concluiu que a ciência está se tornando cada vez mais global, com pesquisas cada vez mais extensas e conduzidas em mais locais. A colaboração tem crescido rapidamente e atualmente 35% dos artigos publicados em periódicos internacionais resultam da cooperação entre pesquisadores e grupos de pesquisa. Há 15 anos, o total era de 25%.

“A ciência é um empreendimento global. Hoje, há mais de 7 milhões de pesquisadores no mundo, que utilizam um investimento combinado em pesquisa e desenvolvimento superior a US$ 1 trilhão (um aumento de 45% desde 2002), leem e publicam em cerca de 25 mil periódicos científicos por ano”, indicou.

“Esses pesquisadores colaboram uns com os outros, motivados pelo desejo de trabalhar com as melhores pessoas e instalações no mundo, e pela curiosidade, buscando novos conhecimentos que permitam avançar seu campo ou lidar com problemas específicos.”

Língua da pesquisa

O relatório ressalva que, embora o inglês seja a “língua franca” da pesquisa, há ainda barreiras linguísticas importantes para a ciência mundial. No Brasil e na América Latina, por exemplo, há dificuldade em avaliar o impacto da pesquisa produzida no país e na região, uma vez que a maioria dos artigos é publicada em português ou espanhol e não é capturada pelas métricas globais.

As barreiras impostas pelas diferentes línguas ajudam a fazer com que a colaboração entre os países em desenvolvimento ainda seja mínima. “Enquanto as relações entre os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) cresceram recentemente, elas perdem em comparação com o volume da colaboração entre esses países individualmente e seus parceiros no G7”, apontou.

O relatório Knowledge, Networks and Nations: Global scientific collaboration in the 21st century está disponível em: http://royalsociety.org/policy/reports/knowledge-networks-nations.
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13655/potencias-cientificas-emergentes.htm

terça-feira, 29 de março de 2011

Segredos do mundo digital: os Easter Eggs!



Conheça algumas brincadeiras que os programadores escondem em sites e softwares na internet. Tem alguns bem legais!

Você sabe o que é um "Easter Egg", ou "Ovo de Páscoa", no mundo dos computadores? Este é o nome dado a qualquer coisa oculta em meio a sistemas, ícones e programas. É uma espécie de segredo virtual. Por exemplo: você sabia que, quando o YouTube está carregando algum vídeo e você apertar a seta para cima, o joguinho “Snake” aparece para você? Pois é, este é um “Easter Egg”, ou um segredo do YouTube!

Veja, agora, vários outros segredos nem tão bem guardados assim do mundo digital.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/tutoriais_e_dicas/noticias/segredos_do_mundo_digital_os_easter_eggs

A importância das Cidades Digitais



Especialistas discutem na Cici 2011 como a tecnologia da informação influencia no modo de viver das pessoas.

Como as novas tecnologias atuam nos grandes centros e de que maneira elas influenciam a gestão urbana são algumas das questões que compõem o tema Cidades Digitais, um dos oito eixos que integram parte da 2ª Conferência Internacional das Cidades Inovadoras - Cici 2011, que se realiza em Curitiba (PR) de 17 a 20 de maio.

Pensando a cidade digital é o painel de destaque deste tema, apresentado por Alessandro Aurigi, professor responsável pelo curso de Design Urbano da Escola de Arquitetura, Design e Meio Ambiente da Universidade de Plymouth, no Reino Unido. Aurigi explica que uma cidade digital tem o poder de democratizar o acesso à informação a todas as classes sociais, sem distinção, e ressalta que o acesso à internet é um fator de sustentabilidade social.

O especialista conta ainda que para um centro urbano ser uma Cidade Digital é preciso investir em softwares, em tecnologia da informação e em infraestrutura. "Mas essas são peças de um conjunto que envolve, também, fatores não digitais. É preciso planejar uma estratégia e montar uma equipe de direção, do contrário, todo investimento pode não ser eficiente" ressalta Aurigi.

Benefícios - Cidade Digital é um conceito que tem se tornado comum entre os municípios que pretendem expandir seus índices de desenvolvimento. De acordo com o presidente da Telebrás, Rogério Santana, o Brasil planeja ter, até 2014, ano de Copa do Mundo, 500 cidades digitais. Hoje, esse número é de 122 municípios.

No Paraná, algumas cidades já usufruem dos benefícios da conexão gratuita com 100% de sinal disponível. São elas: Pitangueiras; Nova Aurora; Piraí do Sul; Assai; Cascavel; Engenheiro Beltrão; Chopinzinho; Ortigueira; Boa Esperança e Araruna. Além dessas, Palotina, Toledo, Pinhais, Guaira, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais já têm sinal wi-fi na adminsitração pública e trabalham para o acesso livre em toda área urbana. Santanna destaca ainda que a cada 10% de aumento da banda larga no País, por exemplo, o PIB apresenta um crescimento médio de 1,4%.

Além de Aurigi, a Cici 2011 tem a participação de outros grandes nomes para debater a importância das Cidades Digitais no atual cenário urbano. Yan Vergara, diretor do projeto Medelín Digital, falará sobre a construção das cidades digitais. Além dele, Sílvio Meira, pesquisador brasileiro da área de Engenharia de Software, participa do tema Soluções e conteúdos para as cidades digitais.

Confira a programação do evento no site www.cici2011.com.br.
(Ascom Cici)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76923

Portal de software público lança aplicações para educação



Novos programas baseados em código aberto, o Sagu e o Gnuteca, podem ser baixados gratuitamente.

Por EDILEUZA SOARES


O portal do Software Público Brasileiro (SPB), coordenado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento (SLTI/MP), passa a hospedar a partir da próxima semana duas novas aplicações para a área de educação: o Gestão Acadêmica, também chamado Sagu, e o Gestão de Bibliotecas, o Gnuteca.

Ambas aplicações foram desenvolvidas pela Cooperativa de Soluções Livres (Solis), com apoio do Centro Universitário Univates de Lageado, Rio Grande do Sul. O lançamento desses programas, já licenciados como softwares livres, será nesta segunda-feira, 28/3, às 14h30, na sede da Companhia de Processamento de Dados do RS (Procergs), em Porto Alegre.

“Além de baixar e utilizar as ferramentas gratuitamente, o interessado ou entidade tem a liberdade de alterar o código das aplicações adequando-as a sua realidade e disponibilizar a nova versão para outras pessoas da comunidade”, diz o diretor do Departamento de Governo Eletrônico da SLTI, João Batista Ferri de Oliveira.

De acordo com João Batista, uma das finalidades do Sagu é automatizar os processos de instituições de ensino, como o registro da vida escolar do estudante, desde a sua admissão até a expedição do certificado do curso. Já o software para gestão de bibliotecas vai gerenciar livros e periódicos de entidades e escolas de pequeno, médio e grande portes.

Criado em 2007, o portal do SPB já conta com 49 soluções voltadas a diversos setores. Neste mês, o sistema registrou a marca de 100 mil usuários cadastrados em todo o País e que se beneficiam dos programas.

Entre os programas mais usados pela comunidade virtual estão o Coletor Automático de Informações Computacionais (Cacic), que verifica informações sobre hardware e software nos computadores. Outro é o Ginga, que suporta a TV Digital Brasileira.

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/03/25/portal-de-software-publico-lanca-aplicacoes-para-educacao/

Será que Obama tem mesmo um botão para desligar a Internet?



Vários projetos sobre cibersegurança estão na agenda política dos EUA em 2011, mas alguns têm preocupado mais os defensores de liberdades civis.

Diversos projetos de lei sobre cibersegurança estão na agenda do Congresso norte-americano este ano, incluindo uma que permitiria ao presidente dos EUA desligar partes da Internet.

O conceito é controverso, mas não é tão extremo quanto parece. A Lei de Proteção da Internet como um Ativo Nacional daria ao presidente o poder de tomar medidas extremas, incluindo possivelmente a quarentena ou o desligamento de partes da Internet, mas apenas quando houver um ciberataque "em andamento ou iminente" à infraestrutura crítica do país.

Líderes do comitê de segurança interna e assuntos governamentais do Senado planejam reapresentar o projeto, que teve seu trâmite bloqueado no ano passado.

Críticos têm se oposto aos trechos sobre os poderes emergenciais, dizendo que eles dão ao presidente um botão para matar a Internet. Mas há também planos de estabelecer um novo centro nacional de cibersegurança e o reforço de regulamentações de cibersegurança para agências federais.

Termo impróprio
O termo "botão de desligamento" (Kill Switch, em inglês) é um tanto impróprio. O presidente não seria capaz de desligar todo o tráfego da Internet, como fez o Egito, mas diversos grupos técnicos e de liberdade civil acham que a linguagem usada no projeto é muito ambígua.

E há outras leis de cibersegurança como as que foram apresentadas no ano passado, incluindo a Lei de Aprimoramento de Educação em Cibersegurança, que estabeleceria novos programas de treinamento em cibersegurança sob o Departamento de Segurança Interna do governo federal.

Outro projeto é a Lei de Proteção de Infraestrutura Física e Cibernética da Segurança Interna, que replica a proposta do Senado ao estabelecer uma nova agência de cibersegurança sob o Departamento de Segurança Interna dos EUA. O foco deste novo órgão seria a segurança das redes do governo federal.

Vazamentos de dados
E muito provavelmente este ano será apresentada um ou mais projetos de lei que exigiriam das empresas com vazamentos de dados a notificação dos clientes afetados - algo que a Symantec e outros grupos têm defendidos há tempos. Vários parlamentares apresentaram projetos de notificação de vazamento de dados em legislaturas anteriores, mas as leis não passaram e muitos estados já têm leis locais similares.

Matt Sergeant, tecnologista antispam da Symantec.cloud, um braço de segurança da informação da Symantec, diz que a pressão para aprovar uma lei de vazamento de dados "continuará a crescer à medida que o governo perceba como esses vazamentos são fáceis e como podem ocorrer em qualquer lugar. Infelizmente, essas leis podem fazer muito pouco em relação a isso, mas elas continuarão a ocupar o noticiário ao longo do ano."

(Grant Gross)

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/03/29/sera-que-obama-tem-mesmo-um-botao-para-desligar-a-internet/

Folha artificial



Da teoria para a prática. A busca pela fotossíntese artificial acaba de dar mais um importante passo.

A novidade foi apresentada neste domingo (27) em Anaheim, nos Estados Unidos, por um grupo de cientistas que desenvolveu uma folha artificial capaz de produzir energia.

Na 241ª reunião nacional da American Chemical Society, o grupo liderado por Daniel Nocera, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), descreveu uma célula solar do tamanho de um baralho de cartas capaz de imitar a fotossíntese, processo por meio do qual as plantas convertem luz e água em energia.

A fotossíntese artificial é investigada em centros de pesquisa de diversos países e foi um dos principais assuntos debatidos no Workshop Bioen/PPP Ethanol on Sugarcane Photosynthesis, realizado pelo Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia em 2009.

"Uma folha artificial funcional tem sido uma espécie de cálice sagrado da ciência há décadas e acreditamos que tenhamos conseguido desenvolvê-la. Nossa folha se mostrou promissora como uma fonte de energia de baixo custo para residências pobres em países em desenvolvimento, por exemplo. Nosso objetivo é fazer com que cada casa tenha sua própria geração de eletricidade", disse Nocera.

Apesar de ter como base as folhas verdes, o dispositivo apresentado pelos cientistas norte-americanos em nada lembra um vegetal, com exceção do resultado energético.

O equipamento é feito de silício e cheio de componentes eletrônicos e catalisadores, usados para acelerar reações químicas. Colocado em um balde com água sob a luz do Sol, o pequeno aparelho divide a água em seus dois componentes básicos: hidrogênio e oxigênio.

Hidrogênio e oxigênio são armazenados em células combustíveis, que usa os dois elementos para produzir eletricidade.

Nocera conta que a primeira folha artificial foi desenvolvida há mais de uma década por John Turner, do Laboratório Nacional de Energias Renováveis no Colorado, mas que não se mostrou prático para uso amplo por ser instável, gerar pouca energia e usar metais caros.

O novo dispositivo superou esses problemas, segundo o cientista, usando materiais mais baratos (como níquel e cobalto) e tendo operado sem parar por mais de 45 horas sem perda na produtividade.

Por enquanto a folha artificial do grupo de Nocera é cerca de 10 vezes mais eficiente na fotossíntese do que uma folha normal. Ainda assim seriam precisos dezenas ou centenas de dispositivos para produzir a mesma energia que uma árvore. Entretanto, Nocera estima que a eficiência possa ser multiplicada no futuro. "Da mesma forma que a natureza, acho que o mundo no futuro será alimentado pela fotossíntese, na forma de folhas artificiais", disse.

Mais informações sobre a pesquisa: web.mit.edu/chemistry/dgn/www/index.shtml
(Agência Fapesp)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76919

Abolição da pena de morte avança, mas número de execuções segue alto



Anistia Internacional aponta avanços na abolição da pena de morte em todo o mundo, mas o total estimado de execuções ainda é de milhares. China, Irã e Coreia do Norte são os países que mais executaram pessoas em 2010.

A pena de morte já foi abolida por 139 países, seja por lei, seja na prática, como nos recentes casos do Gabão e da Mongólia, segundo mostra relatório divulgado pela Anistia Internacional (AI) nesta segunda-feira (28/03) em Londres.

A tendência internacional é claramente a favor do fim da pena de morte, afirma a AI. Nos últimos dez anos, 31 países deixaram a chamada pena capital de lado. "Quem no século 21 ainda executa ou condena pessoas à morte está ficando cada vez mais isolado internacionalmente", diz Oliver Hendrich, especialista da organização.

No entanto, a organização internacional de defesa dos direitos humanos documentou pelo menos 527 execuções em 23 países no ano passado. O número não inclui a China, que mantém seus dados em segredo. Estimativas apontam que milhares de pessoas foram mortas em 2010 em nome do Estado chinês.

Também no Irã a situação é dramática. O número divulgado de 252 execuções corresponde a um indicador mínimo, provavelmente o dado real seja bem maior. A esperança de melhora está no trabalho de um relator especial nomeado para o Irã na semana passada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Observadores internos espera que uma maior pressão internacional melhore as condições dos direitos humanos no país.

Os próximos na lista da AI são Coreia do Norte (90 execuções em 2010), Iêmen (53) e Estados Unidos (46).


Pena de morte é permitida em 58 países (em vermelho no mapa), contra 139 nações que a proíbem

Volta à pena de morte em Belarus

Apesar da tendência mundial positiva, a Anistia Internacional também relata retrocessos em seu relatório. Na Europa, onde quase todos os países proíbem por lei a pena capital, a única exceção é Belarus, que mantém a prática contrária aos direitos humanos. Nas prisões do país atualmente três pessoas estão ameaçadas de execução.

Outros países que já haviam decidido abolir a pena de morte voltaram atrás. No Paquistão, desde 2008 a pena de morte pode ser aplicada em casos de cyber-terrorismo, isto é, crimes cometidos com o auxílio de computadores e que ameaçam a segurança do país. Em seis Estados da Nigéria, a pena de morte foi prorrogada para os casos de sequestro, devido à tensão na situação de segurança no Delta do Níger em 2009.

Execução por tráfico de drogas

Na Tailândia, depois de uma pausa de quase seis anos, duas pessoas foram executadas em agosto de 2009. Também em Taiwan e na Faixa de Gaza pessoas voltaram a ser executadas, segundo a Anistia Internacional.

A sentença à morte não é aplicada apenas em casos de crimes violentos, mas cada vez mais por causa de tráfico de drogas, corrupção e evasão fiscal, conforme observa a AI. Isso acontece, por exemplo, no sudeste asiático e na China, além do Egito. Na Arábia Saudita até a homossexualidade pode ser punida com a morte.


Pena de morte para opositores políticos

A organização internacional de defesa dos direitos humanos se mostra especialmente preocupada com o uso político da pena de morte. Para silenciar opositores ou alcançar metas políticas, especialmente na China, no Irã e no Sudão muitas pessoas foram assassinadas depois de julgamentos sumários e flagrantemente injustos. Normas mínimas exigidas internacionalmente não estariam sendo respeitadas.

As vítimas de tais práticas, segundo a Anistia Internacional, são geralmente pessoas pobres, sem dinheiro suficiente para lutar judicialmente contra processos injustos. Especialmente afetadas, segundo dados da organização, foram também pessoas discriminadas em suas sociedades por causa da cor da pele, da nacionalidade ou da religião.

Autor: Ulrike Mast-Kirschning (ff)
Revisão: Alexandre Schossler

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14946741,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

domingo, 27 de março de 2011

Três cargos em alta na área de tecnologia no Brasil



Gerente da Hays destaca que jovens profissionais especializados em SAP recebem salários de até R$ 20 mil

Tatiana Americano

Enquanto um número cada vez maior de pessoas e de empresas tem acesso à tecnologia – graças à disseminação de smartphones, tablets e notebooks –, por outro lado, aumenta a necessidade de profissionais que ofereçam a estrutura e os sistemas necessários para suprir essa demanda. Como consequência, surgem novas oportunidades de trabalho para quem já atua na área ou para as pessoas que querem iniciar no setor. E, o melhor, algumas delas oferecem uma remuneração bastante alta, até para profissionais iniciantes.

A seguir, acompanhe três áreas que podem ser uma excelente alternativa para quem quer começar no setor de TI:

Analista de negócios – “Esse perfil de profissional está em falta no mercado”, destaca Henrique Gamba, gerente da consultoria em recrutamento de executivos Hays no Brasil, especializado na área de TI.

Ele explica que a principal função desse cargo é realizar a ponte entre o departamento de TI e as áreas de negócio da companhia. “Por conta disso, não precisa ser alguém extremamente técnico”, pontua Gamba, que acrescenta: “Mas é importante entender dos processos de negócio – como vendas e finanças, por exemplo – e ter facilidade de relacionamento.”

Quanto à formação exigida, o especialista destaca que as empresas tendem a preferir profissionais com gradução em TI ou em áreas correlatas, como administração com ênfase em sistemas. Mas valorizam também conhecimentos específicos de negócio.

Especialista em SAP – Gamba destaca que a falta de analistas e consultores no sistema de gestão empresarial (ERP) faz com que a remuneração desse perfil de profissional esteja extremamente valorizada hoje no Brasil. “O salário para alguém com 25 a 27 anos pode chegar a R$ 20 mil por mês”, pontua o gerente da Hays.

Mas para quem quer buscar um espaço na área, o caminho não é tão fácil. Isso porque, para se tornar um especialista em SAP, o profissional precisa fazer um curso específico, chamado de academia, que tem um custo bastante alto, de aproximadamente R$ 30 mil. “A falta de profissionais é tão grande, que algumas empresas até subsidiam esse valor”, avisa Gamba.

A própria SAP está oferecendo cursos de formação gratuita para profissionais desempregados ou com baixa renda.

Analista de infraestrutura – O especialista da Hays aponta que hoje existe uma grande demanda por pessoas com conhecimentos específicos nessa área. “Um exemplo é Unix. Achar quem entenda da tecnologia e saiba falar inglês é uma verdadeira ‘mosca branca’ no mercado”, informa.

E, apesar de ser uma carreira técnica, Gamba aponta que não existem certificações famosas para profissionais do setor. “O caminho é buscar um curso específico de Unix”, pontua.

Mas antes de se empolgar com as oportunidades de trabalho que se abrem na área de TI, o gerente da Hays lembra que, apesar dos salários valorizados para muitos cargos, trata-se de um mercado que exige muita dedicação e tempo dos profissionais. O que pode não compensar a remuneração atraente. Além disso, ele ressalta que a fluência na língua inglesa deixou de ser um diferencial para ser uma exigência para a maior parte das organizações que contratam profissionais na área de tecnologia.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/tres_cargos_em_alta_na_area_de_tecnologia_no_brasil

Já imaginou folhear um e-Book da mesma forma que um livro normal?



Pesquisadores japoneses criaram uma forma de simular o virar das páginas de um livro comum no e-Book

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Osaka, Japão, criou um aparelho que permite trazer a ilusão de estar folheando um e-Book.

O Paranga, como é chamado, é controlado por um sensor de movimento que funciona quando o famoso gesto de passar as páginas de um livro comum é feito pelo leitor. O dispositivo gira um rolo de papel nos dedos do leitor e também dá a sensação e visual de que a pessoa está, de verdade, lendo um livro normal. Confira o funcionamento do protótipo no vídeo abaixo:



Isso acaba com o problema daqueles que não suportam tocar no vidro, frio e sem graça, para virar a página do livro, mas acaba com uma das melhores funcionalidades do e-Book: a praticidade.

Ainda não se sabe se o Paranga chegará às lojas.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/ja_imaginou_folhear_um_e-book_da_mesma_forma_que_um_livro_normal

Investimento em educação mais bem distribuído



Editorial do jornal Valor Econômico de hoje (25) sobre os benefícios para a educação em dois acordos assinados entre Brasil e Estados Unidos.

A educação superior foi beneficiada em dois dos dez acordos assinados no último fim de semana entre o governo brasileiro e o americano, na visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao País.

Um dos acordos fechados com o governo americano prevê o intercâmbio de 100 mil estudantes, cientistas e acadêmicos de instituições de ensino superior brasileiras e americanas nos próximos anos e foi selado entre a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a National Science Foundation. O outro estabelece parceria entre Capes e Comissão Fulbright para incentivar programas de pós-graduação e produção acadêmica de docentes e pesquisadores dos dois países.

Espera-se que os acordos estimulem o intercâmbio educacional entre os dois países. A Capes já possui 11 parcerias com a Comissão Fulbright e 14 programas de intercâmbio educacional e científico com os Estados Unidos. A Capes contabiliza, de 1998 a 2010, a formação de 6 mil bolsistas em universidades dos Estados Unidos em todas as áreas, mas com maior ênfase em engenharia, ciências sociais aplicadas, ciências agrárias e saúde.

Os estudantes brasileiros certamente têm muito a ganhar com esses acordos. Uma semana antes havia sido divulgada uma pesquisa revelando a estarrecedora ausência de qualquer universidade brasileira entre as 200 melhores do mundo. Entre as dez melhores, sete são americanas. O ranking, elaborado a partir de pesquisa com 13.388 acadêmicos de 131 países, realizada em 2010 pela Ipsos Media para a revista "Times Higher Education". Os entrevistados destacaram os pontos fortes das universidades em termos de desempenho escolar, produtividade científica e reputação acadêmica.
A Universidade de São Paulo (USP), motivo de orgulho no Brasil, só aparece, porém, na 232ª colocação. É também a universidade mais bem posicionada da América Latina.

Universidades de outros países do grupo dos Bric, que inclui além do Brasil, Rússia, Índia e China, estão mais bem classificadas. A Rússia tem uma universidade em 33º lugar (Lomonosov); a China ocupa os 35º, 42 º e 43 º lugares (Tsinghua, Hong Kong e Pequim); e a Índia está na 91ª posição (Instituto da Ciência).

O ensino superior cresceu bastante no Brasil nos últimos anos para atender o aumento da procura, resultado da melhoria da distribuição de renda do país. Mas a qualidade não avançou proporcionalmente. Isso não impede, porém, que a produção científica brasileira seja prolífica e de boa qualidade, provavelmente estimulada pela formação dos pesquisadores no exterior.

A realidade não é muito diferente no ensino básico, conforme indica o Programme for International Student Assessment (Pisa), o programa de avaliação internacional de estudantes, realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 65 países. O Pisa examina o desempenho na leitura, matemática e ciência de 4,5 mil a 10 mil estudantes de 15 anos.

Na avaliação de 2009, cujos resultados preliminares foram divulgados em dezembro, o Brasil está na lanterninha. Aparece na 53ª posição em leitura e ciência e em 57ª em matemática, entre os 65 países avaliados, à frente da Argentina e da Colômbia, na América Latina, mas atrás do México (49º lugar), do Uruguai (47º) e do Chile (45º). Em uma visão de mais longo prazo, o Brasil foi o terceiro país que mais avançou no ranking desde 2000, depois do Chile e Luxemburgo. Entre as três provas, os estudantes brasileiros obtiveram a média de 401 pontos, bem distante dos 496 pontos da média dos países da OCDE, que o país pretende atingir em 2020. China, Finlândia, Cingapura e Japão estão acima dos 500 pontos.

O avanço da última década, portanto, ainda é insuficiente, assim como deixa a desejar a qualidade das universidades brasileiras. Ironicamente, falta de dinheiro não é o problema. De acordo com estudo dos economistas Fernando de Holanda Barbosa Filho e Samuel Pessôa, o Brasil gasta anualmente 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita em educação, não muito menos do que os 5,7% da média dos países da OCDE e acima do Japão (4,9%).

O gasto com ensino superior no Brasil é de 102% do PIB per capita, maior que os 40% do PIB na média dos países da OCDE. Já no ensino médio, o Brasil gasta 13% e os países da OCDE, em média, 40%. Ou seja, o problema não é disponibilidade de dinheiro, mas distribuição do gasto.
(Valor Econômico)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76898

Novo plano de educação custará R$ 80 bilhões



Informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na quarta-feira (23), na abertura dos trabalhos da Comissão de Educação e Cultura.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (23), na abertura dos trabalhos da Comissão de Educação e Cultura, que o custo total para o cumprimento das metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020 será de R$ 80 bilhões. O PNE está previsto no Projeto de Lei 8035/10, do Executivo, que será analisado por uma comissão especial criada na terça-feira (22).

O PNE estabelece metas educacionais que o País deverá cumprir até o fim da década. Segundo o ministro, a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, indicado no plano, cobrirá os gastos previstos.

Um dos pontos polêmicos é justamente o que define um percentual mínimo para investimento na área. Alguns parlamentares e entidades da sociedade civil querem que o patamar seja de 10% do PIB. "Se o Congresso entender que é pouco e quiser aumentar [a meta de investimento mínimo], não vai poder mexer só nela, mas nas outras", disse Haddad. "O plano não pode ser esquizofrênico, nem recurso de menos para meta demais, nem recurso demais para meta de menos."

O ministro afirmou que organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), recomendam um investimento entre 6% e 8% do PIB. Ele disse ainda que defende sempre mais recursos para a pasta.

"Se o Congresso entender [pelo aumento] é preciso dizer no plano quais são as estratégias para que isso seja factível. Haverá aumento da carga tributária para pagar essa conta da educação? Haverá redução de gastos? Onde? Isso precisa estar no plano, caso contrário nós vamos fixar um número que não será cumprido", defendeu.

Hoje, o País investe 5% do PIB em educação. A Conferência Nacional de Educação (Conae), que discutiu em 2010 as bases do PNE, propôs que o investimento mínimo seja de 10% do PIB até o fim da década.

Emendas - Haddad foi convidado pela presidente da comissão, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), para participar da primeira reunião do colegiado nesta legislatura. De acordo com a deputada, o projeto de lei do PNE já tem mais de 140 emendas. Ela era relatora da proposta, mas, por assumir o comando da comissão, repassou a relatoria ao deputado Angelo Vanhoni (PT-PR).

Ainda na reunião, o ministro destacou os avanços da legislação brasileira no período de 2003 a 2010. Ele citou medidas como a extinção da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) para a educação, o estabelecimento do ensino fundamental de nove anos e a criação do Fundo de Manutenção e Valorização da Educação Básica (Fundeb) - este último aprovado pela Câmara em 2006.
(Agência Câmara)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76898

América Latina ainda é secundária para os EUA, avaliam especialistas



Obama com Dilma em Brasília
Passagem do presidente Obama por Brasil, Chile e El Salvador trouxe poucos resultados concretos e evidenciou que a América Latina não é prioridade para a política externa dos Estados Unidos, dizem especialistas.

Após uma viagem de cinco dias a três países da América Latina, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou El Salvador nesta quarta-feira (23/03) – duas horas antes do horário previsto. Antes ele havia passado pelo Brasil e pelo Chile.

Durante a viagem, os assessores do presidente tiveram que se esforçar para mostrar que as relações com a América Latina, apresentadas como uma "nova era de relações de igualdade em condições", eram tão importantes para o chefe da Casa Branca quanto a crise na Líbia.

Além do Brasil, seu maior parceiro na América do Sul, e do Chile, um aliado já consolidado, a visita a El Salvador "enviou um sinal de que existe uma esquerda moderada com a qual os EUA podem cooperar sem que isso afete o rumo 'antichavista' da política americana na região", observa o subdiretor do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP, na sigla em alemão), Günther Mailhold.

Para o especialista, a viagem foi uma tentativa de recolocar a América Latina, ao menos no nível do discurso, entre as prioridades políticas dos norte-americanos. "A agenda foi fundamentalmente econômica, justamente para marcar certa presença diante da crescente influência da China na América Latina", avalia o cientista político do Instituto GIGA de Estudos Latino-Americanos de Hamburgo, Leslie Wehner.

As expectativas dos latino-americanos, no entanto, eram maiores. O Brasil, por exemplo, não recebeu apoio explícito para a sua candidatura como membro permanente do Conselho de Segurança – cargo que pleiteia há anos. E o discurso direcionado à América Latina, realizado no Chile, foi recebido sem entusiasmo e tachado de "burocrático" e "genérico" por vários veículos de comunicação e por ambos especialistas ouvidos pela Deutsche Welle.

Além disso, o discurso foi pronunciado num momento em que os Estados Unidos enfrentavam críticas na região devido à ofensiva militar internacional na Líbia. Ao final, El Salvador foi provavelmente o país mais satisfeito com a viagem, devido a gestos financeiros e simbólicos. Em San Salvador, o presidente americano anunciou uma ajuda de 200 milhões de dólares para um programa centroamericano de segurança.

Negócios com o Brasil

O principal interesse dos EUA era o comércio bilateral com o Brasil, pois já existe um tratado de livre comércio com o Chile – ainda que a China seja o principal parceiro comercial dos dois países latino-americanos. Obama, no entanto, não fez nem no Brasil nem no Chile ofertas específicas para relançar a agenda bilateral, como a remoção das barreiras agrícolas, salienta Wehner.



Família Obama no Rio

No campo político, o Brasil esperava que os EUA aprovassem sua candidatura a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, assim como Obama fizera com a Índia. Mas, se no caso da Índia está claro que o país pode servir como um contrapeso à ascensão da China, o cientista político Wehner acredita que apoiar o Brasil pode ser contraproducente para os norte-americanos, que continuam vendo a América Latina como parte de sua esfera de influência.

Ator secundário

Nem mesmo a presença de atores extra-regionais como China, Rússia ou Irã é vista como um risco para o papel dos Estados Unidos na região, analisa Mailhold. "Esses países seguem projetos econômicos que não parecem, até agora, resultar em influência política na região". Por isso, os EUA priorizam os seus interesses de segurança na região do Caribe. Mas sem deixar de lado, claro, o Brasil, maior país do subcontinente.

"A América Latina continua sendo um ator secundário na política externa norte-americana", avalia Wehner. Apesar das grandes expectativas geradas pela presença de Obama na região, a agenda para esses países continua marcada por temas clássicos como a migração e o combate ao narcotráfico – "uma realidade para alguns países, mas não para todos", afirma o cientista político.

Além de ter deixado de lado a Argentina – ausência justificada pela proximidade das eleições presidenciais no país – também ficou pendente a visita de Obama à Colômbia, provavelmente devido à incapacidade de sua administração de fechar um tratado de livre comércio com o país, bloqueado pelo Congresso.

Autora: Rosa Muñoz Lima (msa)
Revisão: Alexandre Schossler
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