Translate

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Nova técnica de tratamento contra câncer de próstata oferece menos efeitos colaterais



Segundo estudo, maioria dos homens submetidos à novidade manteve ereção após o tratamento

Uma pesquisa publicada na revista Lancet Oncology aponta uma nova técnica de tratamento contra o câncer de próstata que usa ondas de ultrassom concentradas só nas partes da próstata atingidas por tumores. A vantagem dessa novidade é que causa poucos efeitos colaterais em comparação ao tratamento tradicional.
A análise contou com 42 homens de idade entre 45 e 80 anos, com tumores localizados de grau inicial até agressivo. Todos foram submetidos a ressonâncias magnéticas. Por meio delas, foi possível identificar as regiões do órgão afetadas por tumores. Em seguida, deu-se início ao tratamento com ultrassom de alta frequência, que destrói o tecido doente pelo calor.
Os resultados mostraram que 90% dos homens que tinham ereção antes do tratamento mantiveram a função após os 12 meses de pesquisa, sendo que 14 indivíduos pertencentes a esse grupo precisavam da ajuda de remédios. Além disso, o tratamento não causou incontinência urinária.
Os dados são surpreendentes: 20% dos homens submetidos à radioterapia ou cirurgia de retirada da próstata sofrem disfunção erétil após o tratamento. A técnica padrão ainda causa problemas para conter a urina, que atingem de 30% a 70% dos pacientes.
No Brasil, a versão da máquina de ultrassom com foco de alta intensidade só pode ser encontrada no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo. Após a descoberta e testes mais abrangentes, entretanto, deve aumentar a disponibilidade do novo tratamento.

Câncer de próstata: entenda os procedimentos quando a doença é descoberta

Segundo o urologista Ricardo La Roca, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, quando é detectado um câncer de próstata, o primeiro esforço é saber se o tumor está localizado, avançado ou metastático. Se está situado internamente, recorre-se à cirurgia, à radioterapia externa ou à braquiterapia, que também é uma forma de radioterapia.
Quando o tumor está avançado ou já existem metástases, o médico pode indicar o uso de hormônio e optar por fazer ou não a cirurgia e a radioterapia, dependendo de uma série de fatores.
A primeira opção de tratamento é a cirurgia, feita através de uma incisão no abdômen, abaixo do umbigo, pela qual a próstata é removida e, com ela, o tumor. O doente permanece no hospital por quatro ou cinco dias. A radioterapia externa é realizada através de múltiplas aplicações, uma por dia, de um feixe concentrado de irradiação que incide sobre a próstata.
É um tratamento prolongado, que se estende por seis ou sete semanas, mas um pouco mais simples do que a cirurgia, já que não envolve internação, nem anestesia. E por fim, o terceiro método é a braquiterapia, que consiste na colocação de agulhas na próstata do doente mantido sob leve anestesia, através das quais são inseridas sementes radioativas dentro da glândula.
A cirurgia é a opção de tratamento mais agressiva, pois é uma intervenção complexa. A radioterapia e a braquiterapia são procedimentos mais simples, embora a próstata permaneça no organismo e possa apresentar uma recidiva do tumor, além de manifestações obstrutivas como a hiperplasia benigna.
No caso do tratamento do câncer de próstata neste estado, a cirurgia pode acarretar impotência sexual por lesão dos feixes neurovasculares que passam ao lado da glândula, bem como incontinência urinária nos três primeiros meses. A opção radioterápica não leva à incontinência urinária, mas em alguns casos, pode causar algum déficit sobre a potência sexual.
No câncer de próstata, só é possível falar em cura, depois de 10 anos sem a doença. Quem sobrevive 5 anos provavelmente está curado, mas é preciso esperar 10 anos para a alta definitiva. Quando o tumor está dentro da próstata, com a cirurgia há cura entre 85% e 90% dos pacientes. Se já saiu da glândula, a eficiência do tratamento cai muito. Com a aplicação de radioterapia e braquiterapia, 70% dos pacientes estão curados, depois de 10 anos. Com o tratamento cirúrgico, a doença pode reaparecer em 10% a 15% dos casos. Quando isto ocorre, o urologista pode lançar mão de medicações antitumorais ou hormonais que controlarão a doença por outro longo período, se ela for diagnosticada a tempo.
Fonte:http://yahoo.minhavida.com.br/saude/materias/15049-nova-tecnica-de-tratamento-contra-cancer-de-prostata-oferece-menos-efeitos-colaterais

Bibliotecas virtuais de ponta de direito e ciências sociais já estão disponíveis



Já disponíveis nos computadores ligados à rede da UFJF, em breve bibliotecas virtuais também poderão ser acessadas pelos dispositivos móveis (Foto: Eduardo Garcia)
“A biblioteca é o centro nervoso de uma universidade. É fundamental sair da biblioteca do século XVI e ir para a biblioteca do século XXI”. O autor da frase, diretor da Faculdade de Direito, professor Marcos Vinício Chein Feres, foi o responsável por transmitir a necessidade do acesso a grandes bibliotecas virtuais para a Biblioteca Central e a Administração Superior. Ambas as instâncias encamparam a ideia dando suporte para a contratação dos serviços de três bases de dados: Heinonline, Vlex e Jstor.
Das seis plataformas de pesquisa bibliográfica online adquiridas pela UFJF, duas delas são de especial interesse para os estudantes das ciências jurídicas e sociais: os sistemas de pesquisa Vlex e Heinonline.
Segundo o professor Marcos Chein, não é mais possível imaginar em nossa época um rumo viável para o progresso da pesquisa acadêmica que esteja desvinculado do uso das bases de dados ou bibliotecas virtuais. “A consulta online viabiliza o acesso a fontes antigas, livros raros e a periódicos de inserção mundial. São bibliotecas virtuais que são utilizadas por importantes instituições de ensino como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Universidade de São Paulo (USP).”
As bibliotecas virtuais são fontes de informação em permanente atualização, colocando à mão dos pesquisadores o estado atual das discussões acadêmicas nas diversas áreas do conhecimento em todo mundo. Também, servem como importantes auxiliares para a limitação de espaço das bibliotecas físicas, dada a sua capacidade de reter organizadamente uma quantidade quase ilimitada de informações. “Se não houver investimento permanente nesse tipo de suporte para o ensino, que é fundamental para as ciências humanas, nós vamos ficar para trás no tempo. Por isso é preciso que os estudantes usem efetivamente esse recurso para sua formação acadêmica.”
O estudante do 9º período do curso de direito Victor Nunes já investe nas bibliotecas online, entre elas, a Vlex. A ferramenta é para ele indispensável para a abertura de horizontes. “Muitas vezes temos acesso a filósofos e sociólogos que fazem estudos de direito comparado, auxiliando nossas pesquisas no campo e nossa visão crítica de nosso próprio direito.”
A mestranda em Ciência das Religiões Júlia Maria Junqueira de Barros, que tem agora acesso a Heinonline, voltada para as Ciências Sociais, vê no recurso a grande utilidade de manter as bibliografias atualizadas. “É uma maneira prática de apoiar as nossas pesquisas porque temos acesso aos periódicos atualizados. Com certeza, com a ampliação da base de dados, poderemos produzir uma pesquisa científica de maior qualidade e profundidade”.
O diretor do Instituto de Ciências Humanas (ICH), professor Eduardo Condé, também aposta na atualização constante como uma das principais vantagens. “As redes de informações virtuais representam um diferencial bibliográfico pela disposição de grande soma de materiais atualizados constantemente, o que significa um acréscimo às bases da pesquisa científica”.
Atualmente é possível acessar todo o conteúdo das bases de dados contratadas através de qualquer computador ligado à rede da UFJF: infocentros, laboratórios de informática ou qualquer outro computador ligado a este servidor. O sistema de wi-fi, que está em fase de implementação no campus, também permitirá, em breve, o acesso por meio de dispositivos eletrônicos pessoais como laptops, Ipads e celulares.
Veja abaixo informações sobre as duas bibliotecas virtuais focadas no conteúdo jurídico e nas ciências sociais aquiridas pela UFJF
A plataforma Vlex é o mais completo banco de dados sobre assuntos ligados ao Direito. O seu conteúdo remonta a soma de mais de 83 mil documentos em e-books e periódicos de direito, legislação, jurisprudência e doutrina em 13 idiomas. O banco de dados da Vlex ainda inclui mais de 130 jurisdições de diferentes países. O download e a impressão de página são permitidos para os usuários.
São mais de 40 bibliotecas integradas com grande acervo de fontes raras e com cerca de 100 mil imagens em PDF de documentos oficiais, incluindo tabelas, gráficos, fotos, notas escritas à mão, fotografias e notas de rodapé. O seu conteúdo é voltado principalmente para a área de Ciências Sociais. Tanto o download quanto a impressão são permitidos ser restrições.
Leia também:
Outras informações: (32) 2102-3761/3760 (Secretaria Biblioteca Universitária)
José Renato Lima – estudante de Comunicação Social

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Uso de celular pode causar câncer, afirma OMS



A Organização Mundial da Saúde aponta para uma possível conexão entre o uso de celulares e o desenvolvimento de tumores cerebrais, mas reforça a necessidade de mais estudos sobre o assunto.
Celulares poderiam aumentar casos de câncer cerebral
Utilizar um telefone celular pode aumentar o risco de desenvolver certos tipos de tumores cerebrais, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (31/05). Mas, para a indústria, isso não siginifica que os celulares causem câncer, e especialistas apontam para a necessidade de mais pesquisas.
Um grupo de 31 cientistas de 14 países reunidos na Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer da OMS (IARC, na sigla em inglês) afirmou que uma revisão de todos os testes científicos disponíveis sugeriu classificar o uso de celulares como "possivelmente cancerígeno" – a mesma categoria do cloroformo, do chumbo e do café.
Jonathan Samet, responsável pelo grupo de trabalho constituído pela OMS e a IARC, disse que as evidências sugeriram um aumento do risco de glioma – tipo de câncer cerebral – para quem utiliza celular. Há 5 bilhões de aparelhos em uso no mundo.
Entretanto, a agência advertiu que os dados atuais mostraram apenas uma possível e não uma comprovada conexão entre aparelhos wireless e câncer. O órgão reforçou a necessidade de pesquisas mais amplas e detalhadas, envolvendo tecnologia e mudança de hábitos de consumo, antes de dar uma resposta definitiva sobre o assunto.
Indústria exige mais pesquisas para comprovar o risco
Grupos industriais também tentaram diminuir a importância dada à conclusão da OMS, que coloca os celulares no mesmo patamar do café e de algumas verduras. "Essa classificação da IARC não significa que os telefones celulares causem câncer", afirmou John Walls, vice-presidente de relações públicas da CTIA, associação da indústria de celulares dos Estados Unidos.
John Cooke, diretor executivo da Associação Britânica de Operadoras Móveis, também destacou que a IARC apenas encontrou a possibilidade de risco e que a existência ou não do risco de câncer requer mais pesquisas. Walls destacou ainda que o grupo de trabalho da IARC não realizou nenhuma pesquisa nova, mas apenas avaliou estudos já publicados.
A observação da IARC sobre a conexão entre uso de celulares e câncer partiu de um estudo publicado no ano passado, que avaliou quase 13 mil usuários de telefones celulares durante dez anos e não fornece uma resposta clara para a questão de se os celulares causam tumores cerebrais. Mas, enquanto não se realizam mais estudos, Christopher Wild, presidente da IARC, diz ser importante tomar medidas pragmáticas para reduzir a exposição, como utilizar fones de ouvido e escrever mensagens de texto.
LF/rts/afp
Revisão: Alexandre Schossler

Cegas ajudam médicos a detectar câncer de mama


ALEMANHA

Cegas ajudam médicos a detectar câncer de mama

Médicos podem sentir alterações de 1,5 a 2 centímetros no tecido mamário. Uma examinadora cega trabalha de forma muito mais precisa, podendo encontrar anormalidades milimétricas.
O sentido do tato em pessoas cegas é muito apurado e sensível, conseguindo muitas vezes perceber também os menores nódulos e alterações num seio.
Isso levou o ginecologista Frank Hoffmann, da cidade alemã de Duisburg, à ideia de empregar mulheres cegas como "examinadoras táteis medicinais" ou MTU, na sigla em alemão. Em 2006, ele fundou a iniciativa Discovering hands (mãos descobridoras).
A cada ano, por volta de 74 mil mulheres contraem câncer de mama na Alemanha, e a cada ano mais de 17 mil morrem da doença no país, muitas vezes porque ela é detectada muito tarde. Para diagnosticar possíveis tumores em fase precoce, os médicos utilizam diferentes exames de prevenção, como mamografia e o exame de ultrassom.
Além disso, toda mulher é aconselhada a fazer mensalmente o autoexame da mama. Duas vezes por ano, esse exame deve ser realizado por um ginecologista. Existe ainda a possibilidade de confiar o exame a uma examinadora cega, que trabalha juntamente com o médico.
Mama dividida em quatro zonas
Novo método não deve substituir procedimentos convencionais
Novo método não deve substituir procedimentos convencionais
Marie-Luise Voll ficou cega aos 52 anos em consequência de um glaucoma. Desde 2008, ela trabalha em estreita cooperação com o consultório de Frank Hoffmann.
A formação dela levou nove meses. Anatomia da mama, terapia e diagnóstico estavam entre os temas do currículo. Ela conta que os exercícios de treinos foram feitos nos próprios seios. "Fixamos tiras de orientação em nós mesmas e nas orientadoras para os exames de treino", explicou Marie-Luise Voll.
Com essas tiras, o seio é dividido em quatro zonas. Assim, a examinadora pode apontar com precisão onde estão as possíveis alterações ou nódulos no tecido, descrevendo-as ao médico.
Métodos convencionais não são substituídos
Até agora, a experiência com as "examinadoras táteis medicinais" foi um sucesso: entre 450 mulheres, foram encontradas 56 alterações na mama. "Pelos exames, demonstrou-se claramente que as MTU são capazes de palpar tão bem quanto especialistas bem treinados", explicou Frank Hoffmann. Segundo o médico, elas teriam encontrado uma série de alterações que não teriam sido percebidas pelos médicos.
Hoffmann acrescentou, no entanto, que esse método não poderá substituir procedimentos convencionais como a mamografia ou o ultrassom. Existe ainda outro ponto: o tempo que uma MTU tem à disposição, de 30 a 60 minutos por paciente. Dessa forma, elas podem se ocupar de forma intensiva com as mulheres e tentar tirar-lhes o medo antes do exame.
Um método para países em desenvolvimento
Com a iniciativa Discovering Hands, Frank Hoffmann teve experiências muito boas desde 2006. Atualmente, as examinadoras podem se formar em vários lugares da Alemanha, e desde fins do ano passado o ginecologista tem o apoio da organização Ashoka. A organização fomenta os chamados "empreendedores sociais".
Dessa forma, o ginecologista recebeu uma bolsa de estudos da Ashoka e reduziu seu expediente no consultório para se dedicar intensamente ao desenvolvimento da iniciativa Discovering Hands.
Hoffmann está convencido de que o método da palpação com a ajuda de examinadoras cegas também é apropriado para a prevenção em países emergentes e em desenvolvimento, onde há carência em equipamentos técnicos e infraestrutura. Para mulheres cegas, por sua vez, abrem-se perspectivas completamente novas, como também uma nova profissão.
Autora: Gudrun Heise (ca)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Projeto de lei cria Universidade Virtual do Estado de São Paulo


Com foco em cursos superiores semipresenciais e a distância, Fundação Univesp será a quarta universidade pública estadual paulista, ao lado da USP, Unesp e Unicamp
Especiais


19/04/2012
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou nesta quarta-feira (18/04), em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, um projeto de lei para criação da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).
Com foco exclusivo em cursos superiores semipresenciais e a distância gratuitos, a Fundação Univesp será a quarta universidade pública estadual paulista, ao lado da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O objetivo da universidade virtual será aumentar a oferta e a distribuição de vagas no ensino superior paulista, que atendem cerca de 10% dos concluintes do ensino médio no estado e estão concentradas em apenas alguns dos 645 municípios paulistas.
“Nós temos as três melhores universidades públicas, mas o acesso a elas não é fácil. Com a Univesp, utilizaremos as tecnologias da informação e comunicação para incluir mais estudantes e oferecer ensino a distância e semipresencial de qualidade”, disse Alckmin durante o evento.
De acordo com o governador, a meta é que em menos de quatro anos a Fundação Univesp atenda mais de 24 mil estudantes. Juntas, as três universidades públicas paulistas possuem hoje mais de 170 mil alunos.
“A Univesp utilizará a linguagem do século 21, da tecnologia da informação, para ampliar a formação universitária no Estado de São Paulo”, disse Alckmin, que solicitou aos parlamentares presentes no evento que acelerassem o mais rápido possível a aprovação da instituição na Assembleia Legislativa do Estado.
Se aprovada, a Fundação Univesp será criada por um decreto do governador do estado. Em seguida, deverá obter o reconhecimento do Conselho Estadual de Educação e poderá credenciar novos cursos superiores junto ao Ministério da Educação (MEC).
A ideia é que os cursos sejam propostos e realizados pela Fundação Univesp ou em parceria com as universidades estaduais paulistas e o Centro Paula Souza (CEETEPS), com os quais a universidade virtual já vinha ministrando cursos de graduação desde que foi lançada, em 2008, na forma de um programa de expansão do ensino superior no Estado de São Paulo.
“A transformação da Univesp em fundação nos dará autonomia didático-científica para realizarmos não somente cursos em parceria com as instituições públicas de ensino superior paulistas, como também propormos e criarmos cursos próprios levando em conta, por exemplo, as áreas em que há maior carência de profissionais, como as de ciências e linguagem, e as demandas de mercado”, disse Carlos Vogt, coordenador da Univesp, à Agência FAPESP. Vogt foi reitor da Unicamp e é ex-presidente da FAPESP.
Atualmente a Univesp oferece uma licenciatura em pedagogia, em parceria com a Unesp, além de um curso de graduação em ciências e de especialização em ética, valores e saúde na escola com a USP. Com a institucionalização, a ideia é que a universidade virtual passe a oferecer nos primeiros anos de operação cursos próprios de licenciatura em língua portuguesa e matemática, além de bacharelados em sistemas para comércio eletrônico e em segurança da informação.
A universidade virtual também deverá realizar um novo curso de graduação em tecnologia em processos gerenciais em parceria com o CEETEPS. Além disso, está planejando a criação de cursos de graduação em engenharia da computação e de engenharia de produção em computação com a Unesp, de especialização em formação de educadores para linguagem brasileira de sinais com a Unicamp e de formação de professores de engenharia com a Escola Politécnica (Poli) da USP.
Além de cursos de graduação e pós-graduação, a Fundação Univesp também deverá desenvolver cursos de extensão acadêmica, como de inglês e espanhol para agentes de serviços públicos, civis e militares.
“A ideia é que a Univesp atue em uma linha voltada para a educação formal, com a realização de cursos de graduação e pós-graduação, e em outra linha direcionada para o que estamos chamando de ‘educação para cidadania’, promovendo cursos de capacitação, treinamento e atualização que integram o conceito de educação continuada”, explicou Vogt.
A expectativa do dirigente é que em 2013 a universidade virtual já possa oferecer seus próprios cursos, compostos por 60% de atividades a distância e 40% presenciais e cujo processo seletivo será realizado por meio de vestibular.
Além da autonomia didático-científica e orçamento próprio, estimado em R$ 24 milhões para dar início às suas atividades, a institucionalização da Univesp também permitirá à universidade virtual captar recursos de outras fontes, como de agências de financiamento à pesquisa, para a realização de projetos relacionados ao desenvolvimento de metodologias baseadas no uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs).
“A Univesp poderá realizar, por exemplo, pesquisas relacionadas à aplicação de TICs na educação com apoio da FAPESP”, exemplificou Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, a que a Univesp está vinculada.
A instituição deverá ter, no máximo, 40 docentes fixos, sendo 35 professores doutores e cinco titulares, e um quadro técnico-administrativo composto por cerca de 90 funcionários.

 Fonte:http://agencia.fapesp.br/15473

DESAFIANDO O IMPOSSÍVEL





Fonte: Ethevaldo Siqueira, O Estado de São Paulo de 15.04.2012

Nunca diga que uma coisa é impossível, caro leitor. Há bons exemplos históricos que nos podem desmentir, na área de tecnologia. Em 1895, cientistas de renome como o Lord Kelvin consideravam impossível o voo de máquinas mais pesadas do que o ar. Na década seguinte, os irmãos Wright e Santos-Dumont, entre outros, comprovaram publicamente a viabilidade do avião. Mesmo depois disso, nem todos perceberam o exato alcance da inovação. O marechal francês Ferdinand Foch, comandante das forças aliadas na Primeira Guerra, por exemplo, brindava o mundo em 1904 com esta pérola: “Embora seja um brinquedo interessante, o avião não terá qualquer importância militar”.

Muitas coisas impossíveis se realizaram depois do avião. Até recentemente, alguns cientistas achavam que era impossível construir uma máquina voadora capaz de imitar o beija-flor, o único pássaro que voa para trás, para cima, para baixo e de ponta cabeça. Aliás, essa máquina já existe e tem o tamanho e a aparência de um beija-flor de verdade.

Para que o leitor veja com seus próprios olhos algumas dessas coisas incríveis e tidas como impossíveis, convido-o a visitar o site www.TED.com e assistir à fascinante apresentação feita em março por Regina Dugan, diretora da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, a Darpa (sigla Darpa do inglês Defense Advanced Research Projects Agency), dos Estados Unidos, entidade responsável pela “criação e prevenção de surpresa estratégica”.

A palestra de Regina Dugan dura pouco mais de 20 minutos e tem o título: From mach-20 glider to humming bird drone (Do planador Mach-20 ao zumbido do beija-flor). Para obter as legendas de tradução, clique abaixo da tela em languages e escolha o Português. O link completo é: http://www.ted.com/talks/regina_dugan_from_mach_20_glider_to_humming_bird_drone.html).

A Darpa criou a internet (chamada no início Arpanet) ao transmitir, em 29 de outubro de 1969, as duas primeiras letras da palavra login entre computadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e os do Stanford Research Institute (SRI). “Hoje, no entanto”, relembra Regina Lugan, “somos mais de 2 bilhões de seres humanos conectados via internet.” E em dez anos, seremos 90% da humanidade, preveem os especialistas.

Voar a Mach 20

Tomemos o exemplo da evolução tecnológica do avião que, há pouco mais de um século, não passava de uma geringonça. Mas voava. Pois bem: no dia 14 de outubro de 1947, quando ainda nenhum túnel de vento havia ultrapassado a velocidade de 0,85 Mach (1.041 km/h), o piloto Chuck Yeager desafiava o impossível num avião-foguete Bell X-1, para tornar-se o primeiro piloto no mundo a voar a uma velocidade supersônica.

“Hoje”, explica Regina Dugan, “não falamos mais em voo transônico ou mesmo supersônico, mas, sim, em voo hipersônico. Não se trata de voar a 2, 3 ou 5 Mach, mas a 20 Mach. Nessa velocidade, um avião pode cruzar os Estados Unidos, de Nova York à Califórnia, em apenas 11 minutos e 20 segundos.”
Esse é o projeto do Veículo de Tecnologia Hipersônica (HTV, sigla de Hypersonic Technology Vehicle). O grande problema inicial foi vencer o desafio da temperatura na reentrada na atmosfera, quando a superfície do aerofólio do planador atinge 1.900 graus centígrados, ou seja, a temperatura de fusão do aço.

O primeiro protótipo do HTV desintegrou-se. O segundo resistiu a essa temperatura absurda, mas caiu no mar depois de apenas três minutos de voo controlado.

Um lugar mágico

Regina Lugan descreve a Darpa como um lugar mágico no mundo. “Ali os cientistas desafiam o impossível e rejeitam o medo de falhar. Quando você elimina o medo de errar, coisas que pareciam impossíveis se tornam, de repente, possíveis ou factíveis. Faça você mesmo essa pergunta: o que você tentaria fazer se soubesse que não poderia falhar?”

Na reflexão da cientista, é impressionante como o medo de falhar nos refreia e pode nos impedir de realizar tantas coisas boas. “Entretanto”, diz ela, “sem enfrentar desafios, a vida torna-se enfadonha, sem muito sentido. E as melhores coisas costumam acontecer quando tentamos aquilo que ninguém fez ou tentou. Vale lembrar ainda que, para chegar à vitória, o cientista, o inventor, o herói, o campeão quase sempre cometem falhas. Mas, com certeza, aprendem com seus erros”.
Beija-flor inspira

Como em tantos outros campos, também em aeronáutica os cientistas e engenheiros com frequência se inspiram na natureza. É o caso do beija-flor que, embora não voe a velocidades hipersônicas, revela alto grau de dirigibilidade ou manobrabilidade, que poderia ser a tradução do inglês maneuverability.

De repente, Regina Lugan surpreende o auditório e apresenta o primeiro robô voador em forma de beija-flor do mundo. “É uma ave mecânica que pode voar para cima, para baixo, em todas as direções, inclusive para trás, como o beija-flor de verdade. E pode parar no ar e girar. Este é equipado com uma câmera de vídeo, embora pese o mesmo que uma pilha AA. Só não suga o néctar das flores.”

O beija-flor pousa na mão de Matt, que usa o controle remoto. Regina lembra que ele é o primeiro piloto de beija-flores do mundo. A plateia aplaude. “Não é lindo?”, diz a cientista.

UM NOVO PORTAL DE LIVROS ACADÊMICOS GRATUITOS






SciELO lança site que disponibiliza obras em Creative Commons.

Mais de 200 livros acadêmicos estão disponibilizados em um novo portal lançado pela SciELO Brasil. 
A biblioteca disponibilizará livros publicados por editoras de universidades. O portal já tem 200 títulos publicados pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Fiocruz.

Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, mídia e novas tecnologias, com organização de Ana Lúcia de Castro, é um dos livros disponibilizados


“Uma porcentagem significativa de citações que os periódicos SciELO fazem, principalmente na área de humanas, está em livros. E como um dos objetivos da coleção SciELO é interligar as citações entre periódicos, a ideia é também fazer isso com livros”, disse Abel Packer, membro da coordenação do programa, à Agência Fapesp.

O objetivo é disponibilizar entre 300 e 500 livros por ano.
As obras podem ser baixadas integralmente em PDF sob uma licença Creative Commons. 
Conheça: http://books.scielo.org/

UNICAMP COMEÇA A DISPONIBILIZAR AULAS VIA INTERNET




Ensino superior público

A exemplo do que já fazem as maiores universidades do mundo, a Unicamp começou a gravar e disponibilizar aulas, que poderão ser assistidas por qualquer pessoa por meio da internet.

A gravação das primeiras aulas foi feita pela Univesp TV, canal digital da TV Cultura de São Paulo.

Em seu site no Youtube, a Univesp disponibilizou um programa-piloto com os conteúdos das aulas de Cálculo 1 (1, 5, 6 e 7) e de Física 1 (que reúne os programas 1 a 4) - as disciplinas de maior demanda pelos alunos da instituição.

A intenção é, segundo o pró-reitor de Graduação da Unicamp, Marcelo Knobel, ampliar as oportunidades de estudo de graduandos desta e de outras universidades brasileiras.

"Ofertamos um novo tipo de acesso às aulas com vistas à expansão do ensino superior público", informa.

Aulas na internet em português

Knobel comenta que a geração de conteúdos será feita regularmente e envolve um convênio entre a Unicamp e a Univesp para filmar e disponibilizar cursos completos via Internet.

"No país, há poucas oportunidades dessas, de cursos formatados em português", afirmou.

As aulas poderão também ser acessadas brevemente no OpenCourseWare (OCW), um portal que hospeda conteúdos educacionais em formato digital, originários de disciplinas de cursos de graduação e oferecidos à comunidade gratuitamente.