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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Senado aprova troca de dívida de universidades por bolsa




 
O plenário do Senado aprovou ontem (27) a troca de uma dívida de R$ 15 bilhões das universidades particulares por 560 mil bolsas no Programa Universidade para Todos (ProUni). O projeto agora segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

A proposta foi incluída na Câmara em uma medida provisória que tinha como objeto principal permitir a Eletrobras assumir o controle acionário da Centrais Elétricas de Goiás (Celg). "Isso significa um aumento em 30% do número de vagas de bolsas nas universidades privadas do País", destacou o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM). A MP beneficia cerca de 500 instituições, especialmente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina - o que explica o empenho das bancadas dos dois estados e, especialmente, da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que é catarinense.

A ideia de incluir o projeto na MP 559 - que recebeu com o adendo a votação do Regime de Contratação Diferenciada (RDC) para obras do PAC - foi da Casa Civil, para acelerar a tramitação. As instituições poderão trocar 90% das dívidas por bolsas integrais de ensino; os outros 10% terão de ser pagos à União.

A seleção será feita pelo sistema do ProUni, com os mesmos critérios de nota mínima a partir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o mesmo recorte de renda (até 3 salários mínimos de renda familiar). As 560 mil vagas não serão oferecidas de uma vez, mas em 15 anos, com um ano de carência. Isso porque, em alguns casos, o valor da dívida é tão alto que a quantidade de bolsas inviabilizaria a operação da instituição.

Apesar de endividadas, a negociação com as instituições não foi fácil. O principal problema foi estender as bolsas a todos os cursos, pois os reitores queriam apenas oferecer as vagas naqueles que são menos concorridos. O programa, batizado de Proies, permitirá que as universidades saiam do cadastro de inadimplentes do governo. Com isso, será possível resgatar os créditos a que têm direito com o Financiamento Estudantil (Fies).

PNE - O Senado deve manter a fixação da meta de 10% do PIB para investimento em educação pública nos próximos dez anos. Líderes governistas avaliam que, após a votação da proposta com esse porcentual na Câmara, seria impopular alterá-la. A proposta foi aprovada anteontem (26), no Plano Nacional de Educação (PNE), em comissão especial pelos deputados e, como tem caráter terminativo, segue para o Senado.
(O Estado de São Paulo)

Pós-graduados ganham 107% a mais




 
Dados do Censo 2010 registram a discrepância salarial entre profissionais com mestrado e doutorado e os demais.

O salário médio dos profissionais com mestrado e doutorado no Brasil está 107% acima do recebido por quem terminou apenas o curso de graduação. No caso dos doutores, o ganho é 152% superior. No dos mestres, 89%. Os dados - obtidos com base no Censo 2010 do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no fim de abril - mostram que é grande a discrepância salarial entre graduados e pós-graduados.

A maior distância está entre dirigentes de serviços de educação (remuneração 130% acima da média para mestrado e doutorado), seguido por tradutores, intérpretes e linguistas (114%), analistas financeiros (107%) e dirigentes de recursos humanos (106%). O abismo é menor entre os gerentes de hotéis (3%), engenheiros eletricistas (4%), geólogos e geofísicos (10%), agentes de seguros (10%) e dirigentes de pesquisa e desenvolvimento (13%).

"Não é uma surpresa. Afinal, quem chega até o doutorado realiza mais quatro ou seis anos de estudo, e tem, de fato, habilitações superiores e capacidade de atuar em um campo mais abrangente, com mais responsabilidade e visão estratégica", ressalta Marcelo Paixão, professor do Instituto de Economia da UFRJ.

O que chama a atenção, porém, na opinião do professor, é o tamanho da disparidade. "O ideal seria garantir remuneração adequada para todos. Claro que respeitando a hierarquia para quem tem mestrado ou doutorado, mas com leques salariais menos abertos", opina Paixão.

Entre os profissionais de educação, o abismo na remuneração de quem tem diploma de mestrado ou doutorado e só de graduação atinge um dos níveis mais altos: 93% no caso dos professores de universidades e do ensino superior, 104% para os professores do ensino fundamental e 72% para professores do ensino médio. Sendo que a proporção de mestres e doutores dentro de cada categoria varia de forma significativa: 54%, 2% e 7%, respectivamente.

Para Ana Heloisa Lemos, coordenadora do MBA "Gestão e recursos humanos" da PUC-Rio, não é difícil entender o porquê de haver tão poucos professores dos níveis de ensino fundamental e médio com títulos de pós-graduação. "Isso está associado à péssima remuneração para quem leciona no ensino de base. Quando um profissional conquista uma qualificação de mestre ou doutor, é natural que ele migre para o ensino superior, onde vai encontrar melhores condições de trabalho".

Ainda segundo Ana Heloisa, o fato de 54% do corpo docente de nível superior ser mestre ou doutor é um reflexo das exigências do mercado: prestar concurso para ingressar no quadro fixo de uma universidade pública, por exemplo, exige diploma de PhD. "E é importante que seja assim, porque pressupõe uma qualificação do professor. Não é apenas pelo diploma".

Isso ajuda também a compreender o círculo vicioso que aprisiona a educação de base no Brasil: salários baixos, educadores pouco qualificados e ensino de má qualidade. "Se os professores de ensino fundamental e os de ensino médio fossem melhor remunerados no Brasil, talvez não houvesse essa 'fuga de talentos'", pondera a coordenadora da PUC-Rio.

Heloisa lembra ainda que no setor público a valorização de profissionais pós-graduados é explícita, com adicionais de salário para quem obtém grau de mestre ou doutor. "Na esfera privada, isso não ocorre de maneira tão direta. Mas, no meio empresarial, ser mestre também é um diferencial, que confere mais status e acesso a cargos gerenciais", diz a coordenadora.

Henrique Heidtmann Neto, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV (Ebape), destaca que a competitividade no cenário corporativo atual leva as organizações, sejam públicas, privadas ou do terceiro setor, a melhorar seus sistemas organizacionais para se adaptar ao modelo de economia que exige um profissional que saiba pensar sistemas complexos.

"Com isso, as instituições vêm procurando profissionais com habilidades técnicas e a competência de pensar, não apenas de fazer. Os programas de mestrado, sejam acadêmicos ou profissionais, e doutorado aprofundam e desenvolvem esse tipo de competência", afirma Heidtmann.

Para o professor da FGV, profissionais que passaram por esta experiência de pós-graduação estão em contato com pesquisas recentes desenvolvidas em suas áreas e aprendem com a teoria, o que faz com que sejam mais valorizados. "O esforço de passar de dois a quatro anos pesquisando e em contato com a academia agrega valor ao profissional, tornado seu 'passe' mais caro".

Outros países - Os dados também chamam a atenção para a pequena população no Brasil que tem um diploma de pós-graduação no currículo - 784.746 - contra 12.679.009 com nível superior concluído. O que também é insuficiente, segundo Marcelo Paixão, do IE/UFRJ.

"Em um país com 200 milhões de habitantes, ter apenas 16% de população universitária é pouco. Países como Coreia, China e Índia têm programas muito mais agressivos para colocar as pessoas na pós-graduação", destaca Paixão, que vê no programa "Ciência sem Fronteiras", do governo federal, uma tentativa de melhorar a situação. "Porém, é algo muito concentrado nas áreas de tecnologia e biomédica, o que acaba sendo uma visão pobre. As ciências humanas também têm importância para o desenvolvimento de um país".
(O Globo)

O ABC das greves, artigo de Sidney Jard




 
Sidney Jard é cientista político e ex-chefe de gabinete da reitoria da UFABC. Atigo publicado no jornal O Estado de São Paulo de hoje (28).

Em editorial publicado no dia 6 de junho, o jornal O Estado de São Paulo chamou a atenção para a preocupante situação da greve nas universidades federais brasileiras, que tem sido tratada, em linguagem orwelliana, como um "não movimento" pelo Ministério da Educação (MEC), pelas entidades sindicais pró-governo e pela mídia partidária oficial. Até a publicação do referido texto, eram 51 federais paralisadas num universo de 59 instituições, entre elas a recém-criada Universidade Federal do ABC (UFABC).

A adesão da UFABC à greve das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) revestiu o movimento dos professores universitários de nova simbologia. A "universidade do século 21", como foi batizada pelos seus idealizadores, foi a primeira instituição universitária criada no processo de expansão do ensino superior brasileiro promovido pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Um modelo a ser seguido pelas demais instituições criadas no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Com sede no "coração da indústria brasileira", a UFABC foi, nos seus primeiros anos de atividade, a menina dos olhos do então presidente da República. O próprio projeto de criação da universidade, apresentado ao Congresso Nacional em julho de 2004, ressalta que se tratava da reparação de uma injustiça histórica com o ABC paulista, palco de fulgurantes lutas pela redemocratização do País - movimento que pôs lado a lado o professor universitário Fernando Henrique Cardoso e o operário sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que, anos mais tarde, utilizariam essa mesma herança política para pleitear e ocupar o cargo de principais mandatários da Nação.

Se, por um lado, é notória a influência de intelectuais vinculados à Academia Brasileira de Ciências (ABC) na elaboração do projeto pedagógico da nova instituição, por outro, é igualmente digna de nota a atuação decisiva das chamadas "lideranças locais" na efetivação do projeto político da universidade. Assim, o "ABC" da UFABC representa a convergência, no mundo universitário, de duas grandes utopias: a utopia científica e tecnológica da Academia Brasileira de Ciências; e a utopia do desenvolvimento econômico e social das sete cidades que integram a famosa região metropolitana de São Paulo. O "ABC das ciências" e o "ABC das lutas".

Mas foram necessários apenas cinco anos para a utopia ufabceana defrontar o realismo machadiano do ensino superior brasileiro. Em reiteradas visitas institucionais, acompanhando o então presidente da República, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad afirmava, com convicção - mais política do que científica -, que a UFABC seria a melhor universidade do Brasil, superando a Universidade de São Paulo (USP), sua própria casa, como ele gostava de salientar. No entanto, o discurso ministerial parecia revelar o esquecimento de uma lição básica de sociologia: atentar para "as condições de que se rodeia a ciência como vocação", como diria o velho mestre Max Weber.

Essas condições são particularmente preocupantes nas novas universidades federais. Jovens aspirantes à carreira científica foram convertidos em gestores das instituições universitárias recém-criadas. Inúmeras reuniões administrativas, relatórios técnicos, a abertura de editais e o acompanhamento de licitações fazem parte do cotidiano dos professores das novas Ifes, entre outras funções de caráter burocrático. Não por acaso, os protagonistas da atual paralisação são os recém-doutores contratados para as novas universidades ou para os campi em expansão de instituições já consolidadas, particularmente aquelas que ainda carecem de condições materiais mínimas para o desenvolvimento dos requisitos constitucionais elementares de uma universidade: ensino, extensão e pesquisa.

Não bastassem as burocráticas condições de desenvolvimento das atividades científicas, o processo de expansão do ensino superior brasileiro - um dos principais feitos do agora candidato à Prefeitura de São Paulo - não foi acompanhado por uma política efetiva de reestruturação e valorização da carreira universitária.

O resultado é que atualmente, descontada a inflação, os professores iniciantes recebem, comparativamente, menos do que recebiam no final do primeiro mandato de outro ilustre Fernando, que também parece ter-se esquecido dos ensinamentos clássicos da sociologia durante o exercício do poder, ao menos no que se refere às condições externas que cingem a prática acadêmica.

Assim, de Fernando a Fernando e de descaso em descaso, chegamos à atual situação da profissão docente nas universidades federais: uma das carreiras do serviço público de maior reconhecimento social e de menor remuneração salarial. Retrato escandalosamente weberiano da proletarização do trabalho científico.

Talvez esta seja uma excelente oportunidade para o atual ministro da Educação, professor Aloizio Mercadante, recém-doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), corrigir o equívoco dos seus antecessores e implementar um plano de reestruturação da carreira docente à altura do imperativo de expansão do ensino público, gratuito e de qualidade nas universidades federais brasileiras.

Após um mês de paralisação, é um erro o MEC e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão continuarem apostando no cansaço da categoria e no poder desmobilizador das lideranças sindicais pró-governo sem, mais uma vez, atentar para as condições externas que revestem a vocação científica, "no sentido material do termo". Mas, como dizia Weber, ciência e política são duas vocações, definitivamente.

* A equipe do Jornal da Ciência esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do jornal.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Greve atinge 95% das instituições federais, diz sindicato



Docentes preparam, para hoje, atos em frente às sedes do Banco Central em várias cidades.

A greve dos professores chegou ontem (27) à adesão de 95% das instituições federais de ensino, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), indicados pelo G1. Das 59 universidades, 56 têm professores parados. A paralisação dos servidores técnico-administrativos atinge 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia.
Os grevistas reivindicam, entre outros fatores, a criação de um plano de carreira única e aumento do piso salarial. Os docentes preparam, para esta manhã (28), atos em frente às sedes e subsedes do Banco Central em várias cidades brasileiras.
Fonte: Da Redação

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nanopartículas de ouro destroem moléculas de DNA


Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/06/2012

Nanopartículas de ouro destroem moléculas de DNA
Os ligantes com carga positiva fizeram seu trabalho de levar as nanopartículas de ouro até as moléculas de DNA, mas os ligantes hidrofóbicos causaram a aglomeração das nanopartículas, rasgando a molécula de DNA.[Imagem: Yaroslava Yingling/NCSU]
Nanopartículas funcionalizadas
Uma pesquisa que não deu certo levantou possibilidades entusiasmantes de um lado, mas acendeu luzes de alerta do outro.
Os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriram que nanopartículas de ouro juntam-se para desconstruir a dupla hélice das moléculas de DNA - elas literalmente "rasgam" o DNA, destruindo a molécula.
O experimento tinha como objetivo criar pacotes de material para uso em terapias genéticas. As nanopartículas de ouro são as mais pesquisadas para todo o tipo de terapias no corpo humano, incluindo os chamados medicamentos inteligentes, porque elas são inertes.
Como de costume, as nanopartículas de ouro, com aproximadamente 1,5 nanômetro de diâmetro cada uma, receberam um revestimento com moléculas orgânicas, os chamados ligantes, que permitem que elas se dirijam para os pontos onde são necessárias.
Uma parte dessas moléculas ligantes tem carga positiva, enquanto o restante tem a propriedade da hidrofobicidade, ou seja, elas são repelidas pela água.
A seguir, as nanopartículas funcionalizadas foram mergulhadas em uma solução com moléculas de DNA.
Rasgando o DNA
As moléculas positivamente carregadas, como previsto, fizeram com que as nanopartículas aderissem às moléculas de DNA, que são sempre negativas - elas precisam fazer isso para levar a "carga genética", o material que irá alterar os genes que se deseja.
"Mas nós descobrimos que o DNA estava na verdade sendo desdobrado pelas nanopartículas de ouro," conta o Dr. Anatoli Melechko, líder da pesquisa.
O que ocorreu foi que as moléculas hidrofóbicas embaraçaram-se umas nas outras. Conforme esse embaraçamento fazia com que as nanopartículas se aglomerassem, o conjunto crescia e ia desfazendo a hélice do DNA.
Bioeletrônica
O mecanismo é promissor para alguns campos emergentes, como o origami de DNA, que permite a construção de nanoestruturas complexas.
A eletrônica baseada no DNA, que pesquisa formas de usar moléculas de DNA como molde para a criação de circuitos nanoeletrônicos, também poderá ser beneficiada.
Recentemente, pesquisadores criaram bits genéticos usando moléculas de DNA e umcomponente eletrônico com sangue humano, além de ter demonstrado que aeletrônica analógica imita reações em células vivas.
Perigo das nanopartículas
Por outro lado, as nanopartículas de ouro, por serem inertes, são as preferidas para experimentos com medicamentos inteligentes e outras formas de uso da nanotecnologia no interior do corpo humano.
Para isso, elas precisam ser funcionalizadas, recebendo revestimentos de moléculas orgânicas, como aconteceu neste experimento - embora não necessariamente com as mesmas moléculas.
Mas os resultados lançam preocupações sobre as interações das nanopartículas com as células vivas, devido a um potencial de destruição do DNA.
Em suma, o experimento que estava sendo conduzido, de terapia genética, mostrou exatamente como não se deve fazer as coisas.
"Ficou claro que precisamos ajustar os ligantes, a carga e a composição química desses materiais para garantir que a integridade estrutural do DNA seja mantida," admitiu Yaroslava Yingling, membro da equipe.
Bibliografia:

Weakly Charged Cationic Nanoparticles Induce DNA Bending and Strand Separation
Justin G. Railsback, Abhishek Singh, Ryan C. Pearce, Timothy E. McKnight, Ramón Collazo, Zlatko Sitar, Yaroslava G. Yingling, Anatoli V. Melechko
Advanced Materials
Vol.: Article first published
DOI: 10.1002/adma.201104891

domingo, 24 de junho de 2012

Ciência: tempo pode parar e congelar a humanidade, segundo pesquisadores


Cientistas acreditam que universo tem se acelerado mais rápido do que o nosso tempo, o que poderia paralisar toda a galáxia

20 de Junho de 2012 | 14:00h



Tempo
Há quem diga que o tempo passa rápido em bons momentos e bem devagar em situações não muito confortáveis. Mas, essa questão vai além e levanta um ponto preocupante. Pesquisadores da Universidade do País Basco e da Universidade de Salamanca, ambas na Espanha, acreditam que o tempo como conhecemos hoje está desacelerando e que, algum dia, irá parar por completo.

De acordo com o jornal The Telegraph, os astrônomos resolveram elaborar relatórios para explicar por que o universo parece estar em mudanças constantes e aceleradas. Para isso, analisaram supernovas - corpos celestes que surgem após a explosão de outras estrelas - distantes no espaço.

Após testes mais aprofundados, os cientistas perceberam que as partículas emitidas por essas estrelas se movem mais veloz do que aquelas que estão mais próximas do planeta Terra. Alguns acreditam que esse fenômeno é explicado pela "energia escura", uma espécie de força gravitacional que tende a acelerar a expansão das galáxias. Daí a teoria: se essas partículas se movimentarem cada vez mais rápido, nosso tempo não seria capaz de acompanhá-las, causando a paralisação.

No entanto, os pesquisadores Jose Senovilla, Marc Mars e Raul Vera não confiam nessa hipótese, pois, na verdade, o tempo está se desacelerando de forma tão imperceptível aos seres humanos que, no futuro, irá simplesmente parar. "Assim como uma fotografia, tudo o que conhecemos estará congelado para sempre", diz o professor Senovilla.

Mesmo que essa notícia possa estimular a mente das pessoas, os cientistas afirmam que isso só vai acontecer daqui alguns bilhões de anos. Apesar de absurda, a ideia, na visão de Gary Gibbons, cosmólogo da Universidade de Cambridge (Inglaterra), não deve ser descartada. "Acreditamos que o tempo surgiu durante o Big Bang. Se ele nasceu por conta própria, também pode desaparecer", disse.

E aí, qual sua opinião sobre o assunto? Concorda com a teoria dos pesquisadores?