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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Escrito em bits

Aparelhos como o iPad, da Apple, e o Kindle, da Amazon, estão reinventando o modo como lemos. Os riscos e oportunidades para a indústria da informação
Por Carlos Rydlewski. Colaboraram Rafael Barifouse e Alexandre Teixeira
Ilustração/Criação_Erh Ray, Rafael Segri

Aparelhos como o iPad da Apple, que chega às lojas este mês, e o Kindle, o leitor eletrônico da Amazon, estão reinventando o modo como lemos, ao transformar o papel em bits. Isso significa que livros, jornais e revistas vão acabar? Vão mudar? Ou ambos? Ainda não há respostas definitivas para essas questões. Mas a indústria já começa a aproveitar a metamorfose tecnológica gerada pelos e-readers e tudo indica que novas oportunidades de negócios surgirão. Eis, aqui, a história da revolução da mídia na visão de Jeff Bezos, Roberto Irineu Marinho, Paulo Coelho, Roberto Civita, Luiz Schwarcz, Otavio Frias Filho, Ruy Mesquita...

Estamos no ano 2050, na metade do século 21. Com surpresa, um grupo de crianças numa escola escuta o seguinte relato. No passado, descreve o professor,os homens usavam extensas porções de terra para plantar florestas. Após sete anos – mas esse prazo poderia ser três ou quatro vezes maior –, a mata nesses locais eraderrubada e suas toras, transportadas por centenas de caminhões até grandes usinas. Ali, produzia-se um artigo chamado papel. Disposto em bobinas, esse produto atravessava o mundo em porões de navios. A viagem só terminava em amplos parques gráficos, onde, embebido em toneladas de tinta, era usado para a produção de jornais, revistas e livros. Essas publicações também passeavam bastante. Impressas, embarcavam em aviões, caminhões, peruas, bicicletas ou mesmo em sacolas até a porta da casa dos consumidores. E um detalhe: no caso dos jornais, toda essa imensa engrenagem era movida para a divulgação de notícias do dia anterior. Era como continuar a erguer um palácio, mesmo enquanto o rei era deposto. No dia seguinte, tudo recomeçava.

De volta ao presente. Não é preciso esperar quase meio século, ou ser um integrante da geração “Y²” (um nativo digital do futuro), para se espantar com a descrição desse processo produtivo. Mas o mundo exposto no parágrafo anterior está entrando em estado de ebulição – ainda que sua percepção seja incipiente. Vivemos, hoje, no limiar de uma era pós-Gutenberg. Toda a tradicional estrutura do que se convencionou chamar de “mídia impressa” tem sido avidamente subvertida pelos novos meios de produção da era digital. O que era feito em átomos passa a ser executado – e transportado – em bits, a menor unidade de informação que habita um computador. Essa mudança é o tema central desta reportagem, não somente por seu interesse intrínseco, mas, principalmente, pelos desafios e pelas novas oportunidades de negócio que já começa a engendrar. Então, vejamos.
Prosperidade é um bom termo para definir o ritmo da venda de
e-readers. Em 2010, pelo menos 5 milhões de aparelhos
desse tipo devem ser comercializados

Ilustração_Eduardo Simch
O GRANDE SALTO_Após a linguagem e a escrita, veio a revolução de Gutenberg: em 1455, a prensa barateou e tornou os livros populares
CAPÍTULO 1
O CATALISADOR

Até aqui, uma inovação tem atuado como o principal catalisador da metamorfose átomos-bits na mídia. Ela responde pelo nome de Kindle (termo que significa aceso ou iluminado, no sentido de inspirador). Trata-se do leitor eletrônico de livros, cuja primeira versão foi lançada em 2007 pela Amazon, a gigante global do comércio online, com faturamento de US$ 24,3 bilhões por ano, quase três vezes mais que o principal concorrente, o eBay, com receita anual de US$ 8,4 bilhões. Esse tipo de produto também é chamado de e-reader e o Kindle não foi o primeiro a chegar às lojas. No fim dos anos 90, na pré-história do setor, surgiram versões conceitualmente similares, como os pioneiros SoftBook, criado por uma empresa com o mesmo nome situada em Menlo Park, e o Rocket eBook, da NuvoMedia, de Palo Alto, ambas companhias californianas. Mas nenhum prosperou. Eram tecnologicamente precários, pesavam mais de 1 quilo e se conectavam de forma rudimentar a bancos de dados chinfrins, com pouquíssimas opções de títulos.

O e-reader da Amazon é o oposto disso. Leve (292 gramas), fácil de usar, com capacidade para armazenar 1,5 mil livros, conecta-se à internet por rede sem fio de terceira geração (3G), também usada por celulares. Conta com um acervo de mais de 420 mil livros nos Estados Unidos. No Brasil, são 360 mil. Com tais predicados, o Kindle tornou agradável, prática e estimulante a leitura de livros, jornais e revistas em qualquer lugar, a qualquer hora. Desbravou, assim, um novo filão de negócios. Diz James McQuivey, principal analista da consultoria americana Forrester Research: “Nossos dados indicam que 3% da população americana lê livros em computadores portáteis, como notebooks. Em contrapartida, por enquanto, somente 1% utiliza e-readers. Mas entre esses dois grupos há uma diferença crucial. Quem usa o laptop, lê pouco e não paga nada pelo conteúdo. Apenas o baixa na internet. Quem tem o leitor eletrônico, lê em média dois livros digitais por mês e sempre paga por isso”. Traduzindo: o segundo grupo realmente constrói um negócio. E ele está sendo erguido velozmente. “Lançamos o Kindle há apenas 27 meses, e têm sido 27 meses muito instigantes”, afirmou Jeff Bezos, presidente da Amazon, a Época NEGÓCIOS.

A Amazon não divulga números sobre as vendas do aparelho, mas ele domina amplamente o mercado de e-readers, com pelo menos 60% de participação. Em segundo lugar vêm os três dispositivos da Sony (chamados Pocket, Daily e Touch Edition), com 30%. Estima-se que o Kindle tenha vendido 3 milhões de unidades, 500 mil delas fora dos Estados Unidos. Em 2010, deve emplacar mais 5 milhões de unidades. Mais um fato: o Kindle foi o aparelho mais vendido no Natal, entre os milhões de artigos oferecidos pela Amazon, com sede (física) em Seattle. Mark Mahaney, analista do Citigroup, calcula que em 2008 a comercialização do Kindle representou 0,6% do faturamento da empresa. Em 2010, tal percentual pode saltar para 4%.

A venda de livros eletrônicos, conhecidos como e-books, também prospera. Tome-se, novamente, o exemplo da Amazon. No fim de 2009, pela primeira vez, a empresa vendeu mais títulos em bits do que em átomos. “Foi um feito notável”, comemorou, então, Jeff Bezos. Segundo Edward McCoyd, diretor de políticas digitais da Associação Americana de Editores (AAP, na sigla em inglês), a venda de livros digitais somava US$ 20 milhões em 2003. Alcançou quase US$ 350 milhões no ano passado. “Acreditamos que a publicidade em torno do lançamento das três versões do Kindle tenha sido o principal fator para esse crescimento”, diz. Hoje, acrescenta McCoyd, os e-books ainda representam uma fatia pequena do mercado americano de livros, que movimenta US$ 24 bilhões por ano. Abrange entre 1% e 2% do total. Mas suas vendas avançam a uma taxa de três dígitos ao ano.
Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI125288-16380,00-ESCRITO+EM+BITS.html

Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar.

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros) . Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: o que eu tenho a ver com isso? É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, conte do nosso trabalho. DIVULGUE!

Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ. A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros... Ajudem-nos, Divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume

Audioteca Sal e Luz

Rua Primeiro de Março, 125- 7o Andar.

Centro- RJ. CEP 20010-000

Fone: (21) 2233-8007

Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas

http://audioteca.org.br/noticias.htm

ZeuS aplica novo golpe com telas falsas de cartões Visa e MasterCard

Por IDG News Service
Publicada em 14 de julho de 2010 às 09h42

Agora, o popular cavalo de troia tenta enganar os usuários de bancos com telas dos programas de segurança online dos cartões de crédito.

O popular botnet ZeuS está demonstrando um novo truque na web internacional: aparecer em computadores infectados com uma tela falsa dos programas de segurança "Verified by Visa" ou "MasterCard SecureCode Security".

Esses softwares legítimos para prevenção de fraudes das empresas Visa e Mastercard pedem aos usuários que entrem com uma senha ao fazer compras onlines com os cartões como uma medida de segurança adicional.

Recentemente, o malware ZeuS, com sua crescente capacidade de roubar informações financeiras e executar transferências de fundos não autorizadas, tem atacado clientes de bancos em máquinas infectadas com a exibição de uma tela falsa de inscrição do programa dos cartões Visa ou Master Card, tentando enganar as vítimas para roubar dados pessoais e financeiros.

"Quando você entra no site do seu banco, ele diz que você deve se inscrever no programa 'Verified by Visa' que é regulamentado e necessário", explica o CEO da companhia de segurança Trusteer, Mickey Boodaei.

O botnet ZeuS, controlado remotamente, é utilizado por organizações criminosas para infectar PCs e aguardar até que a vítima entre em um determinado banco ou instituição financeira que esteja na lista dos alvos. A partir aí, o malware utiliza várias técnicas para roubar credenciais ou executar transferências bancárias não autorizadas.

O novo ataque com as telas falsas foi desenvolvido para enganar os clientes e obter informações de identificação pessoal, documentos, números do cartão de crédito e data de vencimento, entre outros, diz Boodaei. "Estamos investigando o ZeuS para encontrar outras variantes do malware."

A Visa afirma que seu programa "Verified by Visa" é uma forma de ir além das detecções de fraude já existentes com uma "camada extra de segurança no momento em que as informações do cartão de crédito são inseridas online. O serviço ajuda a prevenir o uso não autorizado na web por meio de uma confirmação de identidade com uma senha adicional.

Boodaei recomenda aos usuários infectados que utilizem alguma ferramenta para remover o malware e entrem em contato com o banco.
(Ellen Messmer)

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/07/14/zeus-aplica-novo-golpe-com-telas-falsas-de-cartoes-visa-e-mastercard/

Bancadas virtuais em busca da vida

Notícias Quinta-Feira, 15 de julho de 2010
JC e-mail 4052, de 14 de Julho de 2010.

Projeto nascido na Califórnia convida cientistas do mundo inteiro a partilhar pesquisas. O Boinc atua em diversas áreas da ciência - desde a procura de seres extraterrestres à cura do câncer e da Aids

Muita gente acredita que a única forma de contribuir nas pesquisas de cura de doenças, vida fora da Terra ou na determinação de características do DNA humano só é possível alcançar por meio das bancadas de pesquisa. Ou com a presença de um cientista profissional preso em um laboratório de última geração.



Graças ao Boinc, sigla para Berkeley Open Infrastructure for Network Computing (Infraestrutura aberta para computação distribuída da Universidade de Berkeley, em inglês), programa criado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, qualquer pessoa pode doar a parte ociosa do processador de seu computador e contribuir para diversas pesquisas cientificas.



Ao instalar o programa, que é de interface amigável e ocupa pouco mais de 50 mb na memória do computador, o usuário pode escolher a que projetos deseja ceder a capacidade de seu processador. As áreas são as mais diversas possíveis, desde biologia molecular, física quântica ou astrofísica. O sistema, que foi criado há seis anos, mas que só agora começa a crescer no Brasil, envia através da internet informações coletadas pelos aparelhos dos centros de pesquisa. O computador do usuário processa esses dados e devolve para os pesquisadores.



O resultado é um imenso quebra-cabeças de informações processadas por micros ao redor do mundo. Máquinas mais potentes, localizadas nos centros de pesquisa que utilizam a plataforma ficam com o trabalho de juntar todas estas peças e ler a informação final, tarefa bem mais simples do que processar sozinho todas as informações.



Para garantir que o funcionamento do programa não diminua o desempenho da máquina, é possível selecionar o quanto da capacidade do computador será utilizada e por quanto tempo. "Quando não estamos utilizando o computador, podemos deixá-lo trabalhando 100% para o Boinc. Se estivermos utilizando a máquina podemos baixar esse percentual para não deixá-la lenta", explica Paulo Cardinali, analista de sistemas e membro da Setibr, a principal comunidade de apoiadores do programa no Brasil.



Acesso ampliado



O projeto inicial do Boinc, batizado de SETI@home., desenvolvido pela Nasa, tem como objetivo procurar vida inteligente fora da Terra. "Para analisar todas as informações que vinham do espaço os pesquisadores decidiram utilizar o processamento distribuído, o que fez a capacidade de análise dos dados crescer muito", explica especialista em gestão de Tecnologia da Informação Presciliano Neto, fundador do Setibr. "Com o tempo o sucesso foi tanto, que a capacidade de processamento permitiu abrir a plataforma para outros projetos", explica Presciliano.



Hoje são mais de 80 pesquisas diferentes que utilizam o sistema. Além da busca por vida extraterrestre é possível apoiar os esforços pela cura do câncer e da Aids, estudos sobre mudanças climáticas, estruturas de proteínas ou prever possíveis epidemias de malária na África."Nós estimulamos a participação das pessoas nestes outros projetos que podem trazer mais benefícios a curto prazo para a sociedade, como os que buscam a cura para doenças ou pesquisam o aquecimento global", completa Presciliano.



O estudante de biologia Raysson Farias utiliza o programa há nove meses. Para ele o interesse surgiu pela possibilidade de contribuir de maneira simples para o progresso da ciência. "Com o Boinc mais projetos podem ser realizados, em menos tempo e com grande qualidade", destaca. Ele afirma que o seu uso não dificulta o funcionamento normal da máquina. "A instalação do programa não afeta em nada a capacidade do computador, uma vez que ele utiliza apenas tempo ocioso; muitas vezes nem percebemos que ele está funcionando", completa.



Brasil contribui muito pouco com o projeto



Os projetos que Raysson escolheu apoiar são relacionados aos estudos que desenvolve na Universidade de Brasília (UnB), onde estuda: o Rosetta@Home e POEM@HOME. "Eles trabalham na determinação de estruturas de proteínas. É uma área similar à que eu trabalho e de grande importância científica, já que podem ser utilizados para melhor entender o metabolismo em geral e a função e mecanismo de cada proteína e, com isso, será possível criar novos medicamentos", explica Raysson.



Apesar da grande quantidade de computadores ligados à internet no Brasil, os brasileiros ainda contribuem pouco para pesquisas através do Boinc. O país ocupa a 30ª colocação, atrás de nações bem menores como Portugal, Suíça e Bélgica.



Por aqui são cerca de 22 mil usuários. "Há alguns anos podia-se dizer que nossas máquinas eram ultrapassadas e que, por isso, não participávamos tanto. Mas hoje nossos equipamentos são perfeitamente compatíveis e por isso acredito que o desconhecimento é o principal responsável pela pouca adesão ao processo", conclui Presciliano Neto.

(Correio Braziliense, 14/7)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=72149

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estudioso afirma que "nuvem será mais importante que Internet"

Segundo Mike Nelson, a percepção do futuro da Web ainda é turva e a cloud ganharia relevância a partir disso.
Por IDG News Service / Boston
13 de julho de 2010 - 15h40
“A computação na nuvem está prestes a bater a internet em importância”. A afirmação parte do docente da Georgetown University, Mike Nelson e foi feita nos auspícios da World Future Society Conference, na sexta-feira, (9/7).

Enquanto os desenvolvedores da internet tinham uma perspectiva clara e dispunham do poder para tomar as decisões sobre que caminhos percorrer – resultando naquilo que experimentamos hoje em dia – Nelson questionou a capacidade dos desenvolvedores da atualidade em entender a dinâmica da expansão da web.

“Nos anos 90´ havia uma ideia muito clara acerca das possibilidades da internet; como nos faltam a visão e a percepção daquela época pode ser que falhemos na aproximação com a web do futuro”, diz o professor.

Se a percepção que temos da web dos próximos anos nos parece turvada, é essencial entender como se dará o crescimento da nuvem. “Ela é mais importante que a web”, diz o docente ao se referir ao ambiente cloud.

Nuvem e democracia?

A computação na nuvem deverá possibilitar às nações em desenvolvimento o acesso a um contingente de softwares antes acessível somente para países desenvolvidos. Para pequenas empresas o ambiente das nuvens será uma maneira de economizar recursos, uma vez que podem se beneficiar de estruturas de software e de hardware como a solução oferecida pela Amazon, o Elastic Compute Cloud, para armazenar e processar os dados, sem ter de investir em equipamento.

Se os resultados do levantamento realizado pelo Pew Internet and Amrican Life Project estiverem corretos no que se refere à aproximação dos EUA com a web, as previsões de Nelson podem estar acertadas.

Em 2000 a organização realizou a primeira pesquisa e perguntou aos entrevistados se eles usavam o recurso de computação na nuvem. As respostas positivas foram inferiores a 10 por cento. A mesma pesquisa foi feita em maio desse ano e a adesão à tecnologia cloud cresceu para casa dos 66 pontos.

De maneira a enfatizar a importância da nuvem no dia–a-dia, a pesquisa também revela o aumento na participação de dispositivos móveis no tráfego de dados entre os aparelhos e a nuvem.

Nuvem e ventos

Nelson chama atenção para a falta de regulamentação e de desenvolvimento, marcantes no ambiente cloud. “Há vários ventos que nos afastam da nuvem”, diz.

Entre esses “ventos” Nelson cita a possibilidade de os fornecedores de soluções na nuvem, desenvolverem softwares proprietários e terminarem por prender os clientes às soluções. Ele chama isso de nuvens “parcialmente “abertas.

“Se os consumidores exercerem a pressão necessária, talvez cheguemos a esperada nuvem universal”, explica.

Na lista de desafios postos à cloud computing encontram-se: regulamentações governamentais, empresas de entretenimento voltadas ao combate da pirataria e países rumando em direção a um modelos de nuvem próprio - tementes de uma possível dominância mundial imposta pelos EUA.

Internet e sociedade

Outro foco do levantamento feito pela Pew Research Center, liderado por Lee Rainie, é a influência exercida pela Internet na inteligência dos usuários e na maneira de relacionamento das pessoas. O estudo também evidenciou a questão da privacidade na rede mundial de computadores.

Sobre a inteligência e a internet, a pesquisa conclui que a influência será relativa à postura do usuário. Haverá aquele disposto a assimilar tudo que o Google lhe responder e haverá os internautas preocupados em aglutinar informações e formar uma base cognoscitiva sólida e plural. A diretora do Imagining, Jann Anderson responde que o problema não está na tecnologia. À frente do instituto sediado na Elon University, na Carolina do Norte, Jann afirma que as pessoas não têm identificado qualquer indício de influência negativa da web nas relações sociais. Também foi dito que as relações mantidas nos círculos virtuais não resultam em amizades mais profundas. Na perspectiva de Jann, a internet provê às pessoas uma plataforma, em que podem ser mais extrovertidas ou mais tímidas.

Quem quer privacidade?

Jovens formam a parcela mais criticada pela publicação de dados excessivamente privados nas redes sociais, como o Facebook. De acordo com o levantamento, isso deverá continuar a ser uma tendência. Rainie, do instituto de pesquisas Pew Internet, avisa que o público jovem integrou as redes sociais no cotidiano e que as usa na formação de laços sociais. No tocante à pirataria, Rainie diz que existem movimentos de identificação de usuários mais precisos, o que deve inibir a prática.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/negocios/2010/07/13/especialista-afirma-que-nuvem-sera-mais-importante-que-internet/

O concorrente brasileiro do Kindle

ISTO É DINHEIRO, 14.07.10, p. 44-49 / Negócios

A maior fabricante de computadores do Brasil lança o Alfa, um e-book para revolucionar o mercado editorial no País. Mas essa não é a única novidade. Ela vai também fabricar tevês, celulares e tablets

Por Ralphe Manzoni Jr.

Ele tem 8,9 milímetros de espessura e pesa 240 gramas. A tela é sensível ao toque. Dentro dele cabem 1.500 livros e ele pode ser facilmente carregado no bolso de um paletó. A primeira versão, cujo desenvolvimento foi feito em conjunto com um parceiro de Taiwan, não terá conexão a internet e será importada da China.

Um modelo com a tecnologia sem fio Wi-Fi, no entanto, chega antes do final do ano. Com esses atributos, a Positivo entra no mercado de livros digitais com o Alfa, o seu leitor de e-books. A venda será feita em livrarias e lojas online, que a Positivo ainda negocia, a partir de agosto. Escolas particulares também vão receber o equipamento para testes.

É o impulso que faltava para ligar o mundo digital às editoras, que faturam mais de R$ 3 bilhões com a venda de 340 milhões de livros. Em tese, esse é o mercado potencial que o Alfa quer conquistar.

Mas, muito mais do que uma aposta em um setor que deve deslanchar nos próximos anos, o novo produto é o primeiro passo da maior fabricante de computadores do Brasil para ampliar seu leque de atuação e começar a reduzir gradativamente sua dependência financeira de desktops e notebooks.

“A educação está no nosso gene”, declarou com exclusividade à DINHEIRO o presidente da Positivo, Hélio Rotenberg. “E educação tem tudo a ver com livros. Agora, o Kindle ganhou um concorrente no Brasil”.

O Alfa dará origem a uma família de produtos. É provável que, em breve, chegue ao mercado um tablet com esse nome e até mesmo um notebook com tela híbrida – de LCD, brilhante como a do iPad, e com e-paper, sem luminosidade, como a do Kindle.

Na estratégia de diversificação da Positivo, o próximo passo é fabricar tevês, celulares e, claro, tablets a partir de 2011. Analistas de mercado especulavam que a empresa teria um novo produto neste ano. Mas as apostas estavam concentradas em um tablet ou uma tevê. Erraram todos.

A companhia trabalhou silenciosamente no seu e-book por três anos. Técnicos e executivos viajaram por vários países para conhecer a tecnologia. Vários produtos já disponíveis foram testados. Pesquisas com consumidor no Brasil foram realizadas e a empresa descobriu que o recurso de tela sensível ao toque era um pré-requisito que o comprador local valorizava. Antes do nome Alfa – uma referência a alfabeto – foram considerados outros, como Mobook, e-lit e Textor. Este último por muito pouco não venceu a batalha.

Sem previsão de demanda, o objetivo da empresa é fabricá-lo no Brasil a partir de 2011. Mas isso só vai acontecer se as vendas atingirem dez mil unidades por mês. “Ele não venderá milhões como o iPad, pois é um produto de nicho”, afirma Rotenberg, que ainda não leu nenhum livro no Alfa. Fã de Steve Jobs, o executivo da Positivo está acabando a leitura, na sua versão em papel, de “O Fascinante Império de Steve Jobs”, livro do jornalista Michael Moritz. “O cara (Jobs) é bom”, disse à DINHEIRO.

Aparentemente, lançar um leitor de livros digitais não é nenhuma novidade. O site de comércio eletrônico Amazon já vende o Kindle para o Brasil desde outubro de 2009. A livraria online brasileira Gato Sabido comercializa um produto similar importado da Inglaterra.

E a empresa nordestina Mix Tecnologia promete também para agosto o seu e-book. Há ainda dezenas de outros aparelhos no mercado internacional voltados para a leitura digital. E o iPad, da Apple, apesar de ter várias outras funções, também pode ser usado para ler livros.

O que torna, então, a entrada da Positivo neste mercado relevante? A resposta pode ser resumida em três palavras: marca, escala e distribuição. A companhia conquistou a liderança no mercado brasileiro de PCs estabelecendo um bom relacionamento com as redes varejistas.

“Eles entendem de varejo”, declara Ivair Rodrigues, diretor de pesquisas da consultoria IT Data. A Positivo também construiu ao longo dos últimos cinco anos uma marca forte, respeitada e com presença nacional.

A chegada da empresa neste setor, portanto, pode incentivar livrarias e editoras a abraçar de vez o segmento de livros digitais. “Precisávamos fazer o ecossistema reagir”, afirma Rotenberg. “Por esse motivo, decidimos lançar o Alfa, em vez de ficar esperando o mercado crescer.”

Foi o que fez Jeff Bezos, o fundador da Amazon, quando lançou o Kindle em 2007 nos Estados Unidos. O mercado americano já tinha vários produtos voltados para leitura digital. Mas nenhum deles teve o impacto do Kindle.

Bezos é um visionário que em meados da década de 90 abandonou um bom emprego em Wall Street para apostar na venda de livros pela internet. Daí nasceu o maior site de comércio eletrônico no mundo, com faturamento acima de US$ 24 bilhões. No novo produto, atrelou o hardware à sua loja online. Um dono do Kindle só pode comprar livros digitais na Amazon.

É o modelo da Apple. Quem tem um iPod, iPhone ou iPad está umbilicalmente preso à iTunes Store para comprar músicas ou aplicativos. A Positivo optou por uma estratégia diferente. O Alfa é aberto, o que permite que livros comprados nas livrarias brasileiras, como a Cultura e a Saraiva – que já têm seções para vender produtos digitais – funcionem nele sem nenhuma restrição.

“As livrarias brasileiras finalmente têm uma solução”, acredita Rotenberg. “O Alfa é mais leve, portátil e tem uma interface mais simples”, afirma, resumindo as qualidades que ele acredita que vão fazer o produto da Positivo bater o Kindle.

Ao optar por estratégias que ligam o hardware a uma loja virtual, Amazon e Apple criaram elas mesmas o seu próprio ecossistema. Para que o Alfa deslanche, a Positivo vai precisar do apoio de livrarias e editoras brasileiras. O mercado de livro digital brasileiro ainda é incipiente. De um lado, as redes que vendem livros ainda não adotaram o formato digital.

Mesmo para aquelas que o fizeram, como a Saraiva e a Cultura, as vendas são pequenas, chegando a quase uma centena de títulos por dia. Um dos entraves é a falta de um catálogo em português. “A procura por nossa loja é muito grande, mas a baixa quantidade de títulos acaba não convertendo as visitas ao site em vendas”, admite Carlos Eduardo Ernanny, fundador da Gato Sabido, uma loja que vende exclusivamente pela internet.

Até o final do ano, estima-se que haverá cerca de cinco mil títulos em português no formato digital. Em inglês, a oferta é vasta. A Amazon, por exemplo, tem mais de 400 mil livros digitais em seu acervo. É por esse motivo que as vendas lá fora decolam. No Natal de 2009, a empresa de Jeff Bezos vendeu mais títulos digitais do que físicos, um marco histórico.

Para mudar esse cenário, as editoras locais precisam começar a digitalizar os seus acervos. O trabalho ainda é muito lento, pois os contratos antigos com os autores – que não previam a venda no formato digital – precisam ser atualizados.

No começo de junho, a Objetiva, Record, Sextante, Intrínseca, Rocco e Planeta se uniram para criar uma empresa para distribuição de e-books. Batizada de Distribuidora de Livros Digitais (DLB), a meta é digitalizar 500 livros até o final de 2010.

A partir de 2011, pelo menos 300 títulos digitais devem ser lançados por mês. O faturamento deve chegar a R$ 12 milhões. A estimativa dos participantes do “consórcio” é de que o preço dos e-books seja até 30% inferior ao da edição de papel.

Se o varejo é o primeiro lugar em que o Alfa vai desembarcar (embora não revele os parceiros, DINHEIRO apurou que Cultura, Saraiva, Submarino e Americanas.com são os nomes mais fortes para ter o produto à venda a partir de agosto), o e-book da Positivo segue também para escolas particulares que vão testar o produto.

Rotenberg acredita que ele é ideal para ler romances, em razão de sua tela com tecnologia e-paper, que facilita a leitura. O iPad, diz ele, é um produto genial da Apple, mas não para ler livros. “Depois de dez minutos, a vista fica cansada. Pode testar”, desafia.

Posicionar o Alfa no segmento educacional é praticamente um caminho natural. Rotenberg tinha 27 anos quando deixou o Rio de Janeiro com o diploma de mestrado em informática nas mãos. Enquanto desarrumava as malas na volta para casa, o curitibano viu na televisão uma propaganda do Grupo Positivo.

O gigante da educação divulgava a abertura de uma faculdade de informática. Naquele mesmo dia, Rotenberg começou a articular um encontro com o professor Oriovisto Guimarães, fundador do Grupo. Uma única reunião bastou para ser contratado. “Ele me disse que eu fui a única pessoa que o fez entender o que era a tal da informática.”

Nascia ali uma parceria que já dura mais de 21 anos. A transformação da faculdade em uma fabricante de computadores aconteceu por acaso. O País vivia uma época de reserva de mercado para importação de eletrônicos.

“Não sabíamos como ensinar informática sem computadores” , lembra Rotenberg. Novamente, bastaram 15 minutos de conversa com Guimarães para resolver essa questão. A faculdade se transformou em uma fabricante de PCs em 1989. A entrada da companhia no setor de varejo aconteceu em 2004. Os computadores começaram a ser vendidos na Casas Bahia. Desde então, a Positivo nunca mais deixou de ser líder.

No ano passado, vendeu 1,778 milhão de máquinas e teve receita líquida de R$ 2,18 bilhões. “O mercado de PCs no Brasil ainda não está saturado”, afirma Luciana Leocádio, analista da Ativa Corretora. “A Positivo tem um bom potencial e bastante espaço para crescimento em computadores.”

Os concorrentes internacionais, no entanto, estão se movimentando para pegar uma fatia do mercado da Positivo. Uma das estratégias é apostar em novos segmentos de mercado. A Dell, por exemplo, vende celulares no Brasil. Lá fora, Acer e Lenovo também fizeram seus smartphones. A Nokia promete um netbook ainda este ano.

“O desktop e o notebook serão nossos produtos principais pelos próximos cinco anos”, diz Rotenberg. Hoje, a empresa atua apenas em computadores, mas Rotenberg afirma que é impossível não pensar em outros produtos. Sem detalhar qual o cronograma, nem a ordem em que vai lançá-los, a Positivo planeja fabricar tablets, tevês e celulares.

“É óbvio que vamos ter um tablet, não podemos ficar fora desse mercado”, afirma Rotenberg. Quando? A partir de 2011, indicou o executivo, novos equipamentos devem chegar ao mercado com a marca Positivo. Com isso, além de um concorrente do Kindle, a empresa pode ter produtos que podem competir contra o iPad e o iPhone.

Os cuidados na hora de apoiar seu candidato na Internet

Por Rui Maciel, do IDG Now!
Publicada em 07 de julho de 2010 às 19h21
O que você (não) pode fazer na hora de propagar as idéias do seu candidato na Web. O TSE promete ficar de olho!

As eleições de 2010 serão as primeiras no Brasil onde a Internet desempenhará um papel essencial para os candidatos. Isso porque, além dos partidos, milhares de simpatizantes se mobilizarão para ajudar a eleger seus postulantes aos cargos públicos, seja via blog, via Twitter, via e-mail ou qualquer outra ferramenta de longo alcance.

“A Internet no Brasil é usada muito mais para propaganda negativa de candidatos, do que para mobilizar os eleitores ao debate e ao trabalho de campanha”, afirmou Alexandre Atheniense, professor do curso de pós-graduação de Direito Eleitoral da Escola Superior de Advocacia da OAB-SP e especialista em Direito Eletrônico . “Nos EUA, isso já é muito mais evoluído, já que o ambiente fomenta uma relação entre o candidato e o eleitor, até mesmo na questão de doações, onde a campanha que elegeu Barack Obama fez com muita eficiência e arrecadou grandes quantias”.

A opinião é compartilhada por Leandro Bissoli, advogado especialista em Direito Digital e sócio do Patrícia Peck Pinheiro Advogados. “Nas eleições norte-americanas na Web, quem combatia as difamações era o próprio eleitor. E ele também funcionava como um cabo eleitoral eficiente, mobilizando jovens e arrecadando fundos”.

E, ao contrário do que muitos pensam, a Internet não será uma terra de ninguém nas eleições brasileiras. Em outras palavras, calúnias, injúrias e difamações contra adversários políticos já estão sendo devidamente monitorados pelos militantes e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que regulamentou o uso da Web em campanhas a partir do projeto de lei 5984/09, de dezembro de 2009 - está sendo ágil na hora de punir os infratores. “A percepção de que a Internet será um território de vale-tudo nessas eleições é equivocada”, disse Alexandre. “O TSE, deixou bem claro o que será e o que não será permitido nas campanhas e vai punir os excessos com rapidez”.

A seguir, confira os cuidados que você deve ter na hora de apoiar seu candidato nos principais canais de comunicação na Internet:
Blogs

Conhecidos como um dos principais meios do internauta manifestar sua liberdade de expressão, os blogs terão vigilância rígida durante a campanha eleitoral. A começar pela eliminação do anonimato. “O TSE foi bastante enfático na nova lei quanto ao anonimato, que está totalmente proibido. A entidade não quer passar a falsa impressão que privilegia essa tática”, declarou Atheniense. “Logo, quem pretende criar uma página do gênero para apoiar a candidatura deve se identificar e responderá por qualquer excesso que ocorra no site e seja denunciado”.

Segundo o especialista, tanto os textos postados pelo dono do blog quanto os comentários que são feitos na página têm o mesmo peso na consideração do teor ofensivo. Em outras palavras, o blogueiro pode ser multado e até mesmo ter o seu site retirado do ar. “O dono do blog pode ser considerado um responsável solidário pelo conteúdo publicado na página, já que ele deveria exercer a moderação e não o fez”, explica Alexandre.

Além disso, todo e qualquer tipo de site, que não o do partido, está proibido de inserir qualquer tipo de propaganda política – como, por exemplo, banners – seja em grandes portais de notícias, seja em blogs de qualquer tamanho. No entanto, textos de endosso emitidos pelos partidos poderão ser publicados.

Twitter e outras redes sociais

A lei que regulamenta o uso da Internet nas eleições considera que as regras válidas para os blogs são válidas também para outras ferramentas de comunicação como o Twitter e também redes sociais. Em suma, o criador dentro de uma comunidade dentro do Facebook ou Orkut será responsável pelos textos publicados naquele espaço e também em moderar os comentários emitidos.

E o Twitter também entra nessa dança: “Ao contrário do que muitos pensam, o Twitter também não será uma terra sem-lei nessas eleições”, disse Alexandre. “É difícil imaginar que um candidato (no caso sua equipe de Web) não esteja monitorando tudo o que é dito acerca do seu nome, até para poder reagir aos ataques que considerar como calúnias”.

E-mails

As eleições 2010 serão as primeiras no Brasil a contar com uma lei específica de combate ao spam. Isso porque ela diz que os partidos podem criar um e-mail marketing, desde que qualquer mensagem eletrônica permita ao destinatário requerer seu descadastramento. E isso tem de ser cumprido em até 48 horas do recebimento da solicitação, sob pena de multa de até 30 mil reais ao partido e ou candidato. Além disso, a venda de mailing aos partidos está proibida.
O direito de resposta

Com regras claras para meios de comunicação como TV, rádio e impressos, surgiu a dúvida de como o TSE implementará o direito de resposta a um candidato que se sinta prejudicado nos meios virtuais. Segundo Leandro Bissoli, ainda não há uma jurisprudência para esse tipo de caso na Internet. “No Twitter, por exemplo, se você foi ofendido em 140 caracteres, você poderá replicar em 140 caracteres? Acredito que o TSE deva se pautar pelo o que ele já faz em outros meios de comunicação”, afirmou ele. “Ou seja, os direitos de resposta poderão ser postados em blogs e comunidades e ficar visíveis em partes de destaque dos sites durante um determinado tempo”.

Boca de urna virtual

Essa será uma outra vantagem da Web na hora do candidato aferir suas chances nas eleições. Proibida em meios físicos até 48 horas antes das eleições, os políticos poderão monitorar suas chances sem qualquer tipo de restrição na Internet. “A vantagem é que ele poderá fazer isso antes, durante e depois das votações, o que lhe dá uma perspectiva geral das suas chances”, afirmou Bissoli.

Provedores

Outro ponto que Alexandre destaca na participação da Internet nessas eleições é o papel dos provedores. Para ele, os provedores também precisarão tomar cuidado, já que também podem ser acionados pelo TSE como responsáveis solidários. “Os provedores terão de ser mais ágeis e se preocupar mais em monitorar os blogs”, declarou o especialista. “Não acredito que eles farão um monitoramento prévio dessas páginas, mas eles terão de ser bem ágeis na hora de retirar algum conteúdo considerado ofensivo pelo TSE. O ideal seria a realização de uma campanha que esclareça melhor os riscos de tais excessos, mas não acredito que isso vá ocorrer”.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/07/07/os-cuidados-na-hora-de-apoiar-seu-candidato-na-internet/

Nova experiência marciana

14/7/2010

Agência FAPESP – Marte como nunca se viu. A Microsoft Research e a Nasa, a agência espacial norte-americana, lançaram uma nova experiência para os usuários do WorldWide Telescope (WWT), serviço que permite explorar o Sistema Solar virtualmente.

A novidade é o WWT-Mars Experience, que permite fazer passeios interativos por Marte, ouvindo comentários de cientistas e explorando o planeta por meio de imagens de alta resolução.

Trata-se de um resultado do trabalho que vem sendo conduzido desde o inicio de 2009 pela Microsoft Research em parceria com cientistas de diversos países. O objetivo é encontrar formas criativas e eficientes de empregar as imagens obtidas pelas missões da Nasa, disponibilizando-as ao público em geral.

“Quisemos tornar mais fácil para pessoas em todos os lugares, inclusive cientistas, o acesso a essas imagens únicas. Por meio do WWT fomos capazes de construir uma interface para o usuário que permite usufruir desse conteúdo valioso”, disse Dan Fay, diretor de iniciativas para Terra, Energia e Meio Ambiente da Microsoft Research.

O WorldWide Telescope, desenvolvido pela empresa, é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios espaciais.

Para criar a nova experiência marciana, o grupo de Fay trabalhou em conjunto com o de Michael Broxton, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, especializado na aplicação da visão computacional e do processamento de imagens a aplicações em cartografia.

Para Broxton, divulgar ao grande público os resultados dos trabalhos dos cientistas da Nasa é uma parte importante da missão da agência. “A Nasa tem um histórico de oferecer ao público acesso às imagens obtidas por suas missões. Por meio de projetos como o WWT, podemos disponibilizar um acesso mais amplo, de modo que futuras gerações de cientistas possam descobrir o espaço de novas formas”, disse Broxton.

Por meio do WWT-Mars Experience, o usuário pode passear por todo o planeta e, ao encontrar um ponto de interesse, aproximar a imagem até perceber detalhes na superfície marciana. Pode também admirar a altura das crateras ou a profundeza de seus muitos cânions. “É uma experiência que torna possível ao usuário sentir como se estivesse realmente lá”, disse Fay.

Das imagens, um destaque é o conjunto recém-processado pelo experimento HiRise, operado por pesquisadores da Universidade do Arizona e que consiste de uma câmera robotizada de altíssima resolução a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter. Cada imagem obtida pelo HiRise tem 1 gigapixel de resolução, ou cerca de 100 vezes mais informações do que uma foto feita por uma câmera digital comum.

Por conta do tamanho, abrir as imagens seria complicado para os usuários, mesmo com uma conexão de banda larga. E são mais de 13 mil imagens já produzidas pelo experimento, o que parece bastante, mas representa uma cobertura de apenas 1% da superfície marciana.

Os pesquisadores trabalharam com as imagens em alta resolução para criar um mapa integrado que permitisse a navegação simples e rápida. O mapa resultante é o de maior resolução já produzido sobre Marte. O que o torna muito útil também a pesquisadores.

Para apresentar e explicar a nova experiência marciana, o site do WWT incluiu passeios interativos conduzidos pelos cientistas Carol Stoker e James Garvin, da Nasa.

Mais informações: www.worldwidetelescope.org
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/12462/nova-experiencia-marciana.htm

Literatura espanhola em nova leitura

14/7/2010

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – Na Idade Média, a poesia na Espanha já trazia elementos de modernidade. Mais tarde, nos séculos 16 e 17, três correntes coexistiam na literatura do país ibérico: a estética renascentista, o maneirismo literário – que corresponde à crise da Renascença – e o Barroco, que reunia traços de modernidade aliados ao pensamento conservador.

Essa visão crítica da história da literatura espanhola – muito mais caracterizada por processos de continuidade do que por simples rupturas – não será encontrada em nenhum manual de literatura. A perspectiva inovadora é a linha mestra do livro Leituras de Literatura Espanhola – da Idade Média ao século 17, de Mario Miguel González, lançado em junho.

De acordo com o autor, que é professor titular do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), o perfil do livro é indissociável de seu próprio percurso de leituras e pesquisas nos últimos 50 anos, que constituíram uma visão singular e crítica da literatura espanhola, em contraste com a visão dos manuais.

“Trata-se de um antimanual. Normalmente os manuais trabalham com uma periodização cronológica que nem sempre leva em conta o contexto histórico e sociocultural e desconsidera o diálogo ideológico. Com isso, perdem o sentido crítico ao percorrer a história da literatura. No livro, tratei de pinçar algumas obras e autores, de acordo com um critério muito particular que serviu para a análise desses processos”, disse González à Agência FAPESP.

O autor nasceu na Argentina e se graduou em Letras pela Universidade Católica de Córdoba em 1963. No Brasil, fez mestrado e doutorado na USP, obtendo a livre-docência em Literatura Espanhola em 1993.

Segundo ele, o livro é voltado especialmente para estudantes de literatura espanhola de graduação e pós-graduação, mas poderá também ser útil a professores e ao público interessado no tema, uma vez que os ensaios têm sequência na exposição e se referem a diversos autores do período estudado. A obra teve apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.

González destaca que, no caso de muitos países europeus, a literatura relevante tem início na Renascença. Mas o mesmo não vale para o caso espanhol. “A abrangência cronológica remete ao que se considera o período de formação da literatura espanhola – a partir da Idade Média, que na Espanha tem papel fundamental – até o seu auge no século 17. No caso espanhol, o período medieval é crucial devido ao próprio processo histórico da nação, que se fundamenta na construção do herói, tanto na literatura erudita como na popular”, explicou.

A figura do herói, levada à idealização máxima no início da Renascença, logo se tornaria objeto de paródias. “Quando voltamos às paródias feitas sobre esse herói – como é o caso de Don Quixote –, podemos ver o nascimento do romance como forma moderna de narrativa”, disse.

No livro, de acordo com González, o leitor encontrará uma perspectiva mais crítica do que nos manuais, embora eles também se refiram normalmente a um determinado período da literatura, além de uma valorização distinta das escolas e períodos.

“Não me refiro, por exemplo, à literatura espanhola dos séculos 16 e 17 como a produção dos ‘séculos de ouro’. Essa nomenclatura achata e uniformiza elementos de um processo que é extremamente complexo. Prefiro trabalhar com algo que os manuais não dão conta de abordar, que é a existência de três correntes estéticas coexistentes entre os séculos 16 e 17”, afirmou.

A primeira corrente é a Renascença, caracterizada pela poesia lírica e pelas novelas de cavalaria. A segunda, na leitura de González, o “final brilhante” da estética renascentista: o Barroco. Paralelamente às duas correntes que coexistem, há uma terceira que o autor denomina de “maneirismo” – conceito extraído das teorias de Arnold Hauser (1892-1978) e aplicado à literatura por González –, que corresponde a uma crise da Renascença.

“É exatamente nessa crise da renascença que se encontram as raízes da modernidade. A modernidade consolidada no século 19 seria apenas o coroamento de uma estética que cresceu a partir da crise renascentista. É aí que a literatura espanhola apresenta aspectos modelares, confirmando-se como nascedouro do romance. Temos a poesia lírica de autores como frei Juan de la Cruz (1542-1591) ou Luis de Góngora (1561-1627), que trato como poetas modernos. Temos também um teatro que já dá sinais de modernidade em obras do fim da Idade Média, como La Celestina, atribuída a Fernando de Rojas (1465-1541)”, explicou.

Para González, não é a cronologia que determina o sentido de modernidade de um texto e sim os fatores estéticos. “O fator determinante é a construção do leitor. São textos que pedem um leitor atuante e crítico, que deve construir os sentidos em vez de se aceitar a passividade. Nos ensaios, procuro mostrar as raízes modernas na crise da renascença, que atinge um homem que já não é o homem clássico. Nessa crise, já se constroem formas de expressão que são a raiz de uma modernidade”, disse.

No livro, a fim de poder trabalhar os textos como fatos históricos, o autor procura contextualizar o leitor apresentando em primeiro lugar uma síntese da história da Espanha da Idade Média ao século 17. Em seguida, apresenta um resumo da literatura daquele período, trabalhando com textos medievais em busca de vestígios da construção da modernidade.

“Além da lírica popular medieval, que apresenta fatores de modernidade, vemos também que o conto – um gênero moderno – já nasce no século 14 na obra de alguns autores espanhóis. Junto com isso, basicamente a partir da poesia épica e suas transformações populares, vou buscando delinear a construção do herói”, disse.

Mas, ao mesmo tempo em que surgia o herói, já aparecia a crise, segundo González, no fim da Idade Média, em textos que iriam formar o que se chama de romanceiro. “A herança dessa crise teve reflexos até mesmo na literatura do Nordeste brasileiro. Aquele romanceiro era trabalhado a partir de personagens heróicas, mas revelavam uma angústia existencial que já pertence ao homem moderno”, afirmou.

Em contraste com essa crise no fim da Idade Média, alguns autores apresentam uma resposta para as angústias existenciais, sem apoio em elementos religiosos.

“Temos poemas magistrais, como Coplas por la muerte de su padre, de Jorge Manrique (1440-1479), que enxerga a resposta na existência humana como um fato transcendente. Essas duas maneiras de ver a realidade iriam dialogar de maneira muito forte nos séculos 16 e 17”, apontou o professor da FFLCH-USP.

Nova classificação

A visão crítica proposta por Leituras de Literatura Espanhola permite, segundo González, compreender determinados autores com os quais os manuais são incapazes de lidar, por não saberem onde encaixá-los em sua escala cronológica rígida.

“Eles utilizam divisões ideológicas que querem ter algum sentido estético, mas não dão conta da dinâmica literária. O caso de La Celestina é emblemático. Os manuais colocam esse texto entre a Idade Média e a Renascença, o que faz sentido cronologicamente. Mas eu o coloco entre os modernos, por ser uma obra que antecipa a crise da burguesia, que na Espanha seria muito profunda”, disse.

Aqui, mais uma vez, aspectos históricos, sociais e políticos se refletem sobre a literatura. González conta que, diferentemente do modelo social português do século 16, essencialmente burguês, o modelo que se implanta na Espanha é o de cavaleiros conquistadores.

“A burguesia da Espanha nasce morta, com a formação de um modelo social pronunciadamente antiburguês. A conquista da América hispânica, por exemplo, é uma atividade de cavaleiros medievais, em contraste com a aventura burguesa da colonização do Brasil. Tudo isso precisa ser considerado quando tratamos da literatura desse período”, disse.

Alguns casos fogem claramente ao achatamento dos manuais, como o romance anônimo Lazarillo de Tormes, uma espécie de ilha literária. “É um pequeno romance perdido no meio do século 16, contrastando com a narrativa idealizada dos livros de cavalaria da época e antecipando o romance picaresco do século 17”, disse.

Outro caso exemplar é Don Quixote, de Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616), escrito na virada do século 16 para o século 17. “Para os manuais, a literatura do século 16 é renascentista e a do século 17 é barroca. Mas Don Quixote não é uma coisa nem outra. Ele se encaixa naquela crise da estética renascentista que produziria a modernidade”, disse.

Entre os grandes autores da poesia lírica espanhola, San Juan de la Cruz é invariavelmente catalogado como poeta místico. González apresenta uma visão mais crítica dessa classificação.

“Dizer que essa poesia é mística equivale a forçar uma única leitura do texto, como poesia de sentido religioso. Estabelecer esse sentido único é uma forma de anular o poema. Na verdade, San Juan de la Cruz escreve uma poesia de temática amorosa que se aplica a qualquer forma de amor, religioso ou não”, afirmou.

Góngora, segundo González, é frequentemente encaixado na corrente do barroco conhecida como “culteranismo”, voltada para o jogo de palavras e rebuscamento da forma. “Na realidade o termo ‘culteranismo’ foi inventado por inimigos de Góngora e tinha grande carga estigmatizante, a partir de uma analogia com ‘luteranismo’, remetendo a uma heresia e, por extensão, à origem religiosa incerta do poeta, presumivelmente judaica”, afirmou.

A característica do universo barroco espanhol, entremeado por elementos de modernidade, também se estenderia ao teatro. “O teatro clássico espanhol é profundamente marcado por um pensamento barroco – e me refiro aqui a um pensamento da contrarreforma. No entanto, esse teatro é formalmente uma ruptura radical com a perspectiva renascentista. É de uma modernidade impressionante em relação às unidades de tempo, ação, espaço e mistura de gênero. O teatro dá lugar à aparição de personagens extremamente modernas, como Don Juan, que analiso como um mito de poder”, disse.

* Leitura de Literatura Espanhola – da Idade Média ao século 17
Autor: Mario Miguel González
Lançamento: 2010
Preço: R$ 59
Páginas: 478
Mais informações: www.letraviva.com.br
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/12460/literatura-espanhola-em-nova-leitura.htm

Metade dos roteadores domésticos é vulnerável, diz pesquisador

Por Redação do IDG Now!
Publicada em 13 de julho de 2010 às 19h50
Especialista em segurança Craig Heffner disse ter desenvolvido um método que usa uma falha antiga para invadir redes domésticas e alterar configurações.

O pesquisador de segurança Craig Heffner disse que vai apresentar na conferência Black Hat (28 e 29 de julho, em Las Vegas) uma ferramenta capaz de "hackear" metade dos roteadores domésticos disponíveis no mercado.

Com isso, usuários que acessarem a web por meio de algum desses dispositivos podem ser levados para páginas falsas com malware, capaz de contaminar o micro e roubar dados, entre outras possibilidades.

O ataque criado pelo expert é uma variante de uma técnica conhecida como "DNS rebinding", conhecida há 15 anos, mas nunca consertada para valer.

Esse hack explora um elemento do DNS, o método da internet para converter nomes de páginas em endereços IP (ex.: quando você digita idgnow.com.br, um servidor converte essa URL em números). Navegadores modernos possuem sistemas para evitar o acesso a qualquer informação que não esteja naquele endereço IP.

Mas um site pode ter vários IPs. Isso evita que todo o tráfego fique concentrado em um único, derrubando a página caso haja um pico de acessos ou alguma falha.

O esquema de Heffner é criar um site que põe o próprio IP do usuário entre as opções. Quando alguém visita esse endereço, um script o leva para seu próprio IP – acessando, portanto, a rede doméstica. Se o roteador for vulnerável, é possível acessar suas configurações. Uma lista com os modelos que ele avaliou pode ser vista aqui.

Embora já tenham sido liberados vários patches para esse exploit, Heffner diz que ainda é possível explorá-lo. A maneira de fazer, no entanto, só será revelada quando ele falar na conferência.

Ele testou o ataque contra 30 modelos populares de roteadores e descobriu que metade está vulnerável.

Um consolo para os usuários é que o método de Heffner dar certo, o atacante precisa invadir a rede doméstica. Isso pode ser feito usando uma falha no software de configuração do roteador ou usando a senha e login padrão – o que pode dar certo, porque a maioria dos usuários não os altera após a instalação.

Para defender-se, o melhor é certificar-se de que o roteador, o micro e o navegador estão atualizados, e que as senhas padrão foram trocadas por outras mais elaboradas.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/07/13/metade-dos-roteadores-domesticos-e-vulneravel-diz-pesquisador/

80% dos jovens brasileiros já tiveram experiências negativas na web

Por Thiago Luiz, do IDG Now!
Publicada em 13 de julho de 2010 às 15h11
Estudo realizado no Brasil e em outros 13 países revela que 58% dos internautas entre 8 e 17 anos já receberam convites de desconhecidos.

Uma pesquisa da Symantec, empresa de segurança, divulgada nesta terça-feira (13/7) aponta que 80% dos jovens brasileiros já tiveram uma experiência negativa durante a navegação na web. O número é superior à média global, que chega a 62%.

Entre os entrevistados, 58% disseram que já receberam convites de desconhecidos em redes sociais e 34% já assistiram a conteúdos de violência e nudez na web, além de relatos de assédios, ataques de vírus e, principalmente, de cyberbullying.

Além disso, os jovens brasileiros passam quase 18,3 horas por semana na Internet - tempo considerado excessivo por oito em cada dez entrevistados e muito acima da média global, que é de 11,4 horas, informou o estudo.

Será então que proibir o uso da Internet é o melhor meio para proteger as crianças?

De acordo com o estudo, proibir não é a método mais eficaz.

Além das soluções disponíveis na web para monitoramento, é importante também o diálogo entre os jovens e seus pais, com conversas abertas sobre os problemas e preparando para eventuais males que possam encontrar na web.

"Os pais, por exemplo, podem verificar os sites que os filhos visitam utilizando a ferramenta "Histórico" do navegador e serviços de monitoramente de atividade na web; é importante também envolver os filhos na definição das regras familiares, e conversar sobre as experiências na Internet. A proibição tende a levar a criança a buscar o acesso em outros locais", alertou o estudo.

Foram entrevistados cerca de 7 mil adultos e 2,8 mil crianças e adolescentes com idades entre 8 e 17 anos, em 14 países diferentes.

A pesquisa que serviu de base ao Relatório Norton Online Family 2010 foi realizada no mês de fevereiro, em 14 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido e Suécia.
Fonte:http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/07/13/oito-em-dez-jovens-brasileiros-ja-tiveram-experiencia-negativa-na-web/

terça-feira, 13 de julho de 2010

Epidemias em exposição

13/7/2010

Agência FAPESP – Depoimentos de doentes, pessoas que já contraíram enfermidades epidêmicas e de cientistas como o professor Isaías Raw, do Instituto Butantan, fazem parte da exposição Epidemik, que ficará até o dia 26 de setembro na Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP).

A exposição procura traçar aspectos históricos e sociais das principais epidemias que assolaram o mundo e conta com um jogo que simula cinco epidemias que se espalham por grandes metrópoles como Nova York, Moscou, Paris e Rio de Janeiro.

A primeira versão do projeto foi montada na França e para o Brasil foram desenvolvidas partes especiais como um documentário sobre a doença de Chagas e uma epidemia de dengue no Rio de Janeiro, que foi acrescentada ao jogo eletrônico.

Interessados podem visitar a exposição de terça a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 18 horas. O ingresso custa R$ 4. Menores de seis e maiores de 60 anos não pagam entrada.

A exposição Epidemik tem curadoria do Instituto Butantan, de São Paulo, e do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro. Tem colaboração da USP e é organizada pela farmacêutica Sanofi-Aventis.

A Estação Ciência-USP fica na Rua Guaicurus, 1394, Lapa, São Paulo (SP).

Mais informações e agendamento de escolas através do site: www.epidemik.com.br
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/12457/epidemias-em-exposicao.htm

Criptografia caótica

13/7/2010
Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – Utilizados para garantir a segurança nas transações comerciais em meio eletrônico, os sistemas de criptografia são constantemente postos à prova. À medida que novos algoritmos são criados para codificar e tornar mais seguras informações sigilosas, surgem também novas maneiras de quebrá-los.

Com base na teoria do caos, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo sistema de criptografia que, mesmo sendo mais seguro, mantém a velocidade e a operacionalidade dos sistemas tradicionais.

O novo sistema foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e do Departamento de Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP). O trabalho foi publicado recentemente na International Journal of Modern Physics C.

De acordo com Odemir Bruno, professor do IFSC e um dos autores do artigo, devido ao apelo comercial do novo sistema, a pesquisa gerou uma patente que está em fase de depósito no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A Agência USP de Inovação está buscando empresas interessadas em licenciar a tecnologia.

“Combinamos o método tradicional de criptografia com uma parametrização dinâmica obtida a partir de sistemas caóticos. Essa abordagem inovadora produziu um algoritmo computacional que melhorou a segurança e a velocidade ao mesmo tempo”, disse Bruno à Agência FAPESP. Participaram do trabalho Alexandre Martinez, professor da FFLCRP, e Anderson Marco, estudante de graduação do IFSC.

Segundo Bruno, o sistema poderá trazer mais segurança às transações bancárias e ao comércio eletrônico, por exemplo, além de ter aplicações como a codificação de arquivos em notebooks, para evitar problemas em caso de roubo ou furto do equipamento.

“A história mostra que não existe algoritmo que não possa ser quebrado um dia. Mas o nosso sistema dificulta muito a ação de hackers que tentam romper códigos de segurança na internet”, afirmou.

A criptografia tradicionalmente utiliza operações lógicas ou aritméticas simples para embaralhar letras, números e símbolos, codificando as mensagens de forma que apenas pessoas autorizadas possam decodificá-las. Mas, à medida que cresce a importância comercial da criptografia, aumenta também o empenho dos hackers e espiões em quebrar os algoritmos.

“Cada vez mais os sistemas criptográficos estão sendo quebrados, o que tem motivado a busca por novas formas de produção de algoritmos. Nas últimas duas décadas, por exemplo, foram criados alguns algoritmos de criptografia baseados na teoria no caos”, contou.

Entretanto, os métodos que utilizam sistemas caóticos até agora apresentavam limitações severas que os tornavam lentos demais para aplicações comerciais.

“Esses métodos tinham um viés muito teórico, com foco em pesquisa básica. Várias equações foram propostas em artigos científicos, mas não tinham grande preocupação com a parte técnica. O resultado era que esses algoritmos não eram de fato seguros, ou então eram complexos e lentos demais para permitir o uso no mundo comercial”, disse Bruno.

Sequências pseudoaleatórias

O algoritmo criado pelo grupo da USP, segundo o professor do IFSC, supera esses problemas, aproximando-se da velocidade dos métodos tradicionais, mas com um desempenho superior em relação à segurança.

“Quando o algoritmo é utilizado em máquinas com múltiplos núcleos, ou mesmo em processadores de placas gráficas (GPU), ele apresenta velocidade suficiente para atender a demanda comercial com maior segurança do que os algoritmos atuais”, afirmou.

Com a criptografia tradicional, segundo Bruno, leva-se cerca de cinco minutos para criptografar a quantidade de informação equivalente a um CD. Os métodos anteriores baseados na teoria do caos levariam cerca de uma hora e meia para criptografar a mesma quantidade de informação. O novo algoritmo faz o serviço em cerca de oito minutos.

O método já está operacional e há uma demonstração disponível na internet. Bruno explica que o sistema utiliza uma matemática bem mais sofisticada do que os tradicionais. O método caótico se baseia na geração de sequências pseudoaleatórias.

“O sistema caótico produz uma sequência de números pseudoaleatória. Se os parâmetros iniciais do sistema caótico forem exatamente os mesmos, a sequência será sempre a mesma. É impossível que alguém gere a mesma sequência aleatória, a não ser que tenha acesso ao sistema caótico com parâmetros iniciais idênticos”, explicou.

O artigo Fast, Parallel and Secure Cryptography Algorithm Using Lorenz's Attractor (doi: 10.1142/S01291831100151660, de Odemir Bruno, Alexandre Martinez e Anderson Marco, pode ser lido por assinantes da International Journal of Modern Physics C em www.worldscinet.com/ijmpc.
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/12453/criptografia-caotica.htm

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fui! Como usar a tecnologia a seu favor e trabalhar menos

Por PC World/EUA
Publicada em 08 de julho de 2010 às 10h22
Aprenda a tirar proveito da infinidade de ferramentas que podem ajudá-lo a dar um “olé” nas tarefas – e saia mais cedo do escritório

Entrou às nove e sai às cinco? Pesado, hein? Pior quando rolam aqueles dias – não tão atípicos – em que o trabalho se estende até sete ou oito horas da noite. Os e-mails que chegam. As reuniões e relatórios se amontoam e você jura que vai pirar; se deixar, vai mesmo.

Não deixe isso acontecer. Melhor ainda se o seu trabalho puder ser executado à distância, sem passar pela retina do chefe o tempo todo. Leia esse texto e, quem sabe, logo, logo, você vai poder dar aquela passeada de uma hora e meia depois do trabalho. Ou, se gostar, jogar uma bola com a rapaziada.

Agenda

Manter uma agenda atualizada e bem estruturada é um dos pilares do funcionamento de uma organização. Ter essa ferramenta é um jeito excelente de garantir que às 4h30 da madrugada de segunda-feira você não se dê conta que está faltando o índice do relatório CSV de 4MB – se isso acontecer, pode dar adeus à ideia de chegar em casa em tempo de assistir o documentário sobre o Google, anunciado para 23h daquela noite.

O complicado é encontrar um programa que seja mais eficiente do que os bilhetes autoadesivos amarelo-ovo com um garrancho e a data de ontem grudada à moldura do monitor ou que uma anotação na carteira; eles não conseguem te lembrar a hora dos compromissos ou enviar um SMS com um alerta sobre a hora de executar uma missão.

Visite o site Producteev. Esse agendador gratuito da web tem alguns recursos bastante úteis. Interessante é a maneira que ele permite que seja adicionado conteúdo; pode ser via web, email, mensagens instantâneas ou com um aplicativo iPhone (sem sombra de dúvida a maneira mais prática de interagir com o sistema). O programa sincroniza as configurações com o Google Calendar e pode ser integrada à interface do iGoogle em forma de widget.

Como pode ser acessado de qualquer lugar, o trabalho de editar e de atualizar as informações nele é simples. O aplicativo ainda não é perfeito; faltam-lhe a integração com o Outlook e não é possível usar em Androids ou em BlackBerry. Existe uma ligeira interação com as mídias sociais. Um exemplo disso é você envolver os colegas no campeonato de “quem realiza mais tarefas”.

No plantel de softwares peso-pesado você ainda vai encontrar o Remember The Milk, integrado à todas as plataformas mobile (US$ 25/ano) e o Toodledo Pro a US$15 ao ano.

Seja encontrado via celular

Sejamos honestos, ok? Estar disponível e responder a chamados de clientes ou de supervisores é obrigação sua. Então não espere que liguem para o seu celular ou que te encontrem por algum meio específico.

É aí que entra o Google Voice. Originalmente disponível apenas para convidados, o serviços está aberto a todos agora. O Google Voice tem um recurso que detona com todos os concorrentes: um único número de telefone que alerta todos os aparelhos e linhas que você informar. Se quiser, ele também transcreve mensagens de voz em texto e as envia para o email escolhido. Ele só funciona nos EUA atualmente, mas deve ser levado para outros países ainda este ano.

Mais um player no segmento de ferramentas para gerenciar itens na rotina de trabalho é o Phonebooth. De uso exclusivamente profissional, este aplicativo permite encaminhar chamadas telefônicas para canais determinados. O Phonebooth oferece um botão “aperte e fale” integrável ao seu website.

De graça, os dois serviços merecem ser explorados. Por uma taxa mensal de US$ 20, é possível contratar os serviços Phonebooth OnDemand e incrementar a lista de serviços com vários recursos que podem ser interessantes, como a retransmissão ilimitada de chamadas de longa distância.

Criando rotinas para email

Cada minuto economizado nas tarefas é um minuto a mais para você fazer o que quiser. O Outlook 2010 é o nome da ferramenta que vai te ajudar a economizar vários desses minutos ao longo do dia. Batizado de Quick Steps, este recurso automatiza operações com e-mails, como replicar de forma automática e deletar quando necessário. O Outlook também oferece a possibilidade de criar uma mensagem e encaminhá-la para um grupo inteiro e de mover mensagens recebidas de acordo com o nome de quem enviou para um local específico. Com ele, você grava macros personalizadas e para disparar uma função basta ativá-la.

Dedicação é tudo

Finalizar os projetos detalhadamente é inviável quando se é interrompido constantemente por conversas sem sentido ou para responder perguntas. O colaborador da PCWorld dos EUA, Dave Johnson, tem algumas dicas para dar sobre isso. Primeiro, Johnson diz que a resposta automática de e-mails não é de uso exclusivo de eventuais viagens ou de ausência prolongada. “Configure uma mensagem dizendo que você estará o dia todo mergulhado em um projeto e que não responderá às mensagens até tal horário”, diz.

Ele também fala na vantagem de comprar fones. Você não precisa, necessariamente, estar ouvindo qualquer coisa. Mas o simples fato de você estar com ele na cabeça cria no interlocutor a noção de estar “atrapalhando” e que deve voltar depois.

Use o email no lugar do telefone

O email existe para uma coisa: ir direto ao ponto, deixando a conversa mole inevitável para depois. É melhor do que passar vontade de mandar um cliente chato para caramba ficar quieto.

Ok, ninguém quer dizer que uma conversa por telefone, bem aproveitada e atenciosa não é a melhor maneira de se relacionar com os clientes, mas deixe essas ações para uma hora em que você possa se dedicar a elas. Se houver uma questão solúvel com duas ou três palavras, resista bravamente à tentação de arrancar o telefone do gancho e ligar para quem quer que seja. Se você já passou dos 40, essa tentação será especialmente forte – fique atento.

Mande um email e vá resolver outras coisas e verifique pelo 3G do celular se houve alguma reposta

O email é rápido, isso é certo. Mas a mensagem instantânea é mais veloz que qualquer @. Digamos que você precise de uma informação sucinta sobre um projeto e que não pode fazer qualquer coisa antes de saber o detalhe. Como não é possível prever quando o cliente vai verificar a caixa de entrada é importante ter o endereço de mensagens instantâneas para qualquer consulta rápida.

Existem vários integradores de serviços de chat na web. Um deles, o Meebo, pode ser usado sem instalar qualquer software, logo, deve passar tranquilamente pelo crivo do TI.

Triiiiiiiim

A reunião já dura uma hora a mais que planejado e nada está saindo como esperado. Que tal receber um telefonema urgente que demande atenção completa e garanta sua saída do campo de batalha com honra? O Fake-A-Call para iPhone simula telefonemas reais vindos de contatos cadastrados na agenda do telefone para a hora que você quiser. E o som é próximo da perfeição. A saída ideal para aquele “desculpem, mas é urgente” que você sonhava poder dizer enquanto levanta e sai com cara de apressado – impressionante.

Os aplicativos Fake My Call (Us$ 3) e Fake-A-Call Free resolvem a questão para BlackBerries e Androids, respectivamente. A Nokia também tem um software para isso.
(Rick Broida)

Fonte:http://idgnow.uol.com.br/carreira/2010/07/07/fui-como-usar-a-tecnologia-a-seu-favor-e-trabalhar-menos/