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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Interação com empresas estimula produção científica em universidades



Wilson Suzigan, da Unicamp, comenta primeiros resultados do Projeto Temático que coordena sobre interação entre universidades e empresas no Brasil (Jornal da Unicamp)
17/11/2011

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – Diversos grupos de pesquisadores têm estudado a fundo, de forma articulada e em diversos países, a situação atual, as perspectivas futuras e os desafios das interações entre universidades e empresas.

A vertente brasileira desses grupos se organizou, nos últimos quatro anos, em torno do Projeto Temático “Interações de universidades e instituições de pesquisa com empresas industriais no Brasil”, financiado pela FAPESP e coordenado por Wilson Suzigan, professor do Instituto de Geociências e chefe do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Lançado na última semana de outubro, o livro Em Busca da Inovação: Interação Universidade-Empresa no Brasil é o primeiro produto do Temático. A obra é organizada por Suzigan, Eduardo da Motta e Albuquerque e Silvio Antonio Ferraz Cário, respectivamente professores dos departamentos de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo com Suzigan, o livro é uma “fotografia das colaborações entre universidades e empresas no sistema científico brasileiro”. Ao detalhar a natureza, extensão e distribuição regional das interações, os autores procuraram fazer uma avaliação do atual estágio de construção do sistema brasileiro de inovação.

A interação foi observada pela perspectiva do setor científico: a análise se baseou em questionários apresentados a representantes dos grupos de pesquisa relacionados no diretório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“O questionário foi apresentado aos grupos de pesquisa que declararam ter parcerias com empresas. A partir daí, procuramos identificar quais interações com a academia são mais relevantes para o setor produtivo”, disse à Agência FAPESP.

Os resultados mostrados no livro permitem esclarecer uma polêmica. Segundo Suzigan, muitos ainda se posicionam contra a interação entre academia e empresas por enxergar esse envolvimento como um desvio das funções da universidade, que deveria se dedicar apenas à pesquisa pura.

“Mostramos que é o contrário: a grande maioria dos grupos de pesquisa interativos melhora seu desempenho científico, com mais teses, mais dissertações, mais projetos de iniciação científica e muito mais publicações. A interação gera benefícios para o grupo de pesquisa, assim como para o setor produtivo”, afirmou.

Na entrevista a seguir, Suzigan detalha como foi organizado o Projeto Temático cujos estudos serviram de fundamento para o livro. Suzigan foi um dos coordenadores-executivos dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010, publicação da FAPESP.

Agência FAPESP – O Projeto Temático faz parte de uma cooperação internacional?
Wilson Suzigan – O projeto surgiu a partir do relacionamento internacional de alguns pesquisadores do nosso grupo com equipes internacionais congêneres, cuja articulação foi estimulada pelo professor Richard Nelson, da Universidade de Columbia, Estados Unidos, um dos principais especialistas no mundo em estudos relacionados a catching up tecnológico [equiparação com setores ou países líderes], sistemas de inovação e interação entre universidades e empresas. Esses grupos acabaram se organizando internacionalmente sob o nome de Catch-Up Project. Um ramo passou a trabalhar com estudos setoriais e outro ramo com interação entre universidades e empresas. O grupo brasileiro, que seguiu essa última vertente, foi liderado pelo professor Albuquerque, da UFMG, que me convidou para coordenar as pesquisas no Brasil no fim de 2006. No fim de 2007, a FAPESP aprovou o Temático.

Agência FAPESP – Os estudos seguiram a mesma metodologia nos vários países?
Suzigan – Na medida do possível, sim. Estabelecemos um subgrupo composto por 12 países – Brasil, Argentina, México, Costa Rica, África do Sul, Nigéria e mais seis países asiáticos – e fizemos uma discussão prévia para conceber o questionário para uma pesquisa de campo. A ideia era replicar nos 12 países a experiência que havia sido feita nos Estados Unidos para estudar o tema da interação entre universidades e empresas. As universidades de Carnegie Melon e Yale haviam feito duas pesquisas com aplicação de questionários. A primeira foi feita em meados da década de 1980 e publicada na década de 1990. A segunda foi feita na década de 1990 e publicada em 2002.

Agência FAPESP – Quando foram feitos os questionários do Brasil?
Suzigan – Em 2008 e 2009. Nos outros 12 países foram realizados mais ou menos na mesma época. A ideia era aplicar uma metodologia quantitativa que permitisse verificar com dados concretos qual a característica básica da interação das universidades e dos institutos de pesquisa com empresas, tendo em vista conceber novos produtos, gerar inovação de modo geral, concluir projetos ou realizar consultoria, por exemplo.

Agência FAPESP – Os dados permitiram chegar a alguma conclusão específica, ou a uma síntese com os resultados mais gerais do projeto?
Suzigan – O objetivo era chegar a uma matriz de relações entre áreas de conhecimento científico e setores de atividade produtiva. Podemos dizer que o resultado síntese do projeto foi uma matriz que aponta as células de interesse entre áreas específicas do conhecimento e os setores de atividade econômica cuja interação nós caracterizamos.

Agência FAPESP – Poderia citar exemplos dessas áreas?
Suzigan – A lista é grande, mas a título de exemplo podemos mencionar um campo do conhecimento que reúne as áreas de engenharia de materiais, engenharia de minas e engenharia metalúrgica. Se observarmos a matriz que resultou do Projeto Temático, veremos que esse campo de conhecimento científico tem uma intersecção muito grande com setores de atividade que são tipicamente usuários desse tipo de conhecimento: produtos metalúrgicos básicos, metalurgia e produção de minerais. Nosso produto síntese é uma grande tabela que mostra todas as intersecções de áreas específicas do conhecimento e setores de atividade econômica. A partir de agora, passaremos a explorar as minúcias dessa matriz.

Agência FAPESP – O projeto, então, gerou dados que serão explorados em diversas outras pesquisas daqui em diante?
Suzigan – Sim. É importante destacar também que o Temático agregou uma inovação significativa em relação aos estudos realizados nos 12 países, incluindo o Brasil: só aqui tivemos a possibilidade de fazer, no universo acadêmico, o mesmo tipo de avaliação quantitativa que todos os países fizeram para as empresas. Pudemos aplicar os questionários aos pesquisadores acadêmicos porque no Brasil temos uma fonte riquíssima de informações que é o diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Assim, por um lado pudemos traçar um panorama das capacitações científicas brasileiras, a partir de grupos de pesquisa que se declaravam interativos com o setor produtivo. Por outro lado, derivamos também, a partir do diretório, uma amostra de empresas que são interativas. Conseguimos juntar as duas coisas: um mapa das capacitações científicas dos pesquisadores ligados com empresas e uma avaliação dos setores mais interativos, a partir do questionário aplicado às empresas.

Agência FAPESP – Os dados gerados por esse levantamento poderão ser utilizados no futuro para traçar políticas públicas de inovação?
Suzigan – Sem dúvida. Do meu ponto de vista o levantamento é extremamente relevante para a formação de políticas de inovação. Temos a oportunidade, a partir desses resultados, de verificar concretamente coisas que talvez pudéssemos intuir, mas para as quais não havia comprovação científica.

Agência FAPESP – Poderia citar um exemplo dessas impressões que não podiam ser comprovadas sem dados?
Suzigan – Temos, por exemplo, uma discussão tão controversa como relevante sobre a política de estímulo ao catching up tecnológico. Muita gente acha que essa política deveria ter foco nas indústrias de tecnologia avançada. A pesquisa demonstra que os setores de baixa e média tecnologia são também importantes usuários dos conhecimentos gerados pela universidade. Uma vez que verificamos isso, fica evidente que não devemos fazer políticas públicas voltadas exclusivamente para altas tecnologias.

Agência FAPESP – Por que é importante identificar os setores onde há mais interação entre universidade e empresa?
Suzigan – Ao detectar os setores onde há mais interação podemos examinar porque eles têm essa vantagem comparativa e, a partir daí, tentar reproduzir as condições em outros setores onde há pouca interação. O Brasil tem uma posição muito relevante de produção científica nas áreas de saúde, por exemplo. Mas se olharmos a matriz que foi produzida pelo Projeto Temático veremos que na indústria farmacêutica não há destaque algum. Isto é: não aparece na tabela nenhuma intersecção que represente uma interação entre a indústria farmacêutica e a medicina, ou a veterinária. Isso deveria nos fazer pensar. Por outro lado, temos outros exemplos que são extraordinariamente ilustrativos no sentido oposto.

Agência FAPESP – Quais são esses exemplos?
Suzigan – Temos certa relevância em ciências agrárias e agronomia e essa relevância serve como um elemento estratégico fundamental para o que se observa hoje na agroindústria brasileira. Temos setores considerados de baixa tecnologia – como commodities agrícolas, derivados da soja, carne e produtos animais – que, no entanto, contam com um grande conhecimento científico embutido. Embora não haja alta tecnologia na soja, o componente de conhecimento científico agregado nesse produto é o fator que garantiu sua competitividade.

Agência FAPESP – Em relação aos outros países emergentes, qual é a posição do Brasil na interação entre universidade e empresa?
Suzigan– Nossa posição não chega a destoar muito. Os pontos de interação – como chamamos os cruzamentos entre setores de atividade e áreas do desenvolvimento tecnológico e científico verificados na nossa matriz – encontrados pela pesquisa norte-americana publicada em 2002 são 47. No Brasil, temos 34 pontos de cruzamento. Temos que considerar, nessa comparação, as diferenças de PIB e o fato de que na pesquisa norte-americana foram consultadas 1.200 empresas e no Brasil foram consultadas 325. Na Argentina, onde a matriz industrial tem menos diversidade, foram encontrados 19 casos relevantes de pontos de interação. No México foram encontrados 42, refletindo provavelmente o benefício trazido pela interação econômica com os Estados Unidos.

Fonte:http://agencia.fapesp.br/14785

Use o Bitlocker para criptografar seu HD

Eric Geier, PCWorld EUA
16-11-2011
De posse de seu computador, malfeitores podem acessar todos os seus arquivos mesmo sem conhecer sua senha do Windows. Proteja-se usando o poder da criptografia.

Mesmo sem saber a senha de seu usuário no Windows, intrusos podem facilmente conseguir acesso aos arquivos (e senhas) armazenados pelo Windows e outros programas em seu computador. Eles podem fazer isso simplesmente dando boot em um sistema operacional (Windows ou Linux) a partir de um CD ou pendrive. Depois disso, poderão acessar todo o conteúdo de seu HD, assim como você pode quando está logado no Windows.

A única forma de proteger completamente seus dados é usando a criptografia. Com isso, seus arquivos serão codificados com uma “chave” e, sem ela, parecerão lixo sem sentido. Você pode criptografar arquivos específicos, mas para proteger seus arquivos de sistema e senhas armazenadas na máquina o melhor é criptografar todo o conteúdo do disco rígido. Esta operação toma mais tempo, e exige um pouco mais de esforço, que a criptografia de arquivos selecionados, mas oferece mais segurança, e é uma ótima opção para notebooks e netbooks, aparelhos que podem ser facilmente roubados ou perdidos.

Se seu PC roda as versões Ultimate e Enterprise do Windows Vista ou Windows 7, você pode usar o Bitlocker, recurso incluso no sistema operacional, para criptografar todo o disco. O Bitlocker protege todos os seus arquivos pessoais e documentos, bem como todos os arquivos de sistema e senhas armazenadas ou salvas em cache no HD. Embora a Microsoft inclua o BitLocker com estas duas versões do Windows, o recurso não está habilitado por padrão. Para ativá-lo, você precisa habilitá-lo manualmente no item Sistema e Segurança do Painel de Controle.

Depois de criptografar seu disco com o BitLocker, você não irá notar nenhuma diferença no uso de seu computador. Ao contrário da maioria dos programas de criptografia de terceiros, não é necessário usar uma senha especial para acessar o sistema, apenas sua senha do Windows para fazer login em sua conta. O disco é automaticamente decriptado usando um método que o protege de “bisbilhoteiros” externos.

Mas para suportar um sistema de criptografia tão simples, seu computador precisa atender a alguns requisitos de software e hardware bastante exigentes. Para começar, são necessárias duas partições NTFS no disco: uma “partição de sistema”, que contém apenas os arquivos necessários para inicializar o computador e decriptar o disco, e uma “partição de sistema operacional”, que contém todo o restante do Windows e seus arquivos.

Se a partição de sistema não estiver disponível, o BitLocker irá se oferecer para criá-la automaticamente, mas às vezes não há espaço em disco suficiente para isso. Além disso, seu computador deve ter uma placa-mãe com um chip chamado TPM (Trusted Platform Module), e a BIOS deve atender aos requisitos do TCG (Trusted Computing Group). O chip TPM não é absolutamente necessário, mas sem ele a configuração e usabilidade são mais complexos.

Mesmo que você não entenda os requisitos, não se preocupe: para saber que o seu sistema é compatível basta abrir o Bitlockr: clique em Iniciar / Painel de Controle / Sistema e Segurança / Criptografia de disco BitLocker / Ativar o BitLocker.

Se seu computador não atender aos requisitos, você será avisado. Se você receber uma mensagem de erro dizendo que seu computador não tem um chip TPM, pode ser que ele tenha um mas ele não esteja habilitado na BIOS, nesse caso verifique as configurações dela. Se ainda assim o BitLocker não funcionar, sua alternativa é usar um software de criptografia de terceiros, como o DiskCryptor.

Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2011/11/16/use-o-bitlocker-para-criptografar-seu-hd/

Nova tecnologia promete deixar internet mais rápida



Processo sintetiza um minúsculo feixe de cristal para chegar ao resultado final. Material poderá ser usado para potencializar a web

17 de Novembro de 2011 | 12:00h

Pesquisadores da Universidade do Arizona (Estados Unidos) criaram um novo material que, segundo eles, poderá ser usado para desenvolver a próxima geração de computadores. As informações são do site TG Daily.

Os responsáveis pelo projeto sintetizaram um minúsculo feixe de cristal - o mesmo usado para a construção de fibra óptica - para então chegar ao resultado final. Com isso, o objetivo é potencializar a internet, aumentar a eficiência dos dados trafegados pela corrente elétrica e melhorar a parte física dos sensores tecnológicos contidos nos PCs.

"Como não podíamos adulterar inúmeros átomos em uma única fibra, todas elas tinham de ser mais resistentes para que fosse possível amplificar um sinal de internet. Dessa forma, conseguimos integrar as comunicações de internet e computação em um único chip, o que permite a conectividade de vários dispositivos ao mesmo tempo", explica o professor de engenharia elétrica Cun-Zheng Ning.

No entanto, a produção de materiais com base nas pesquisas realizadas por Ning e sua equipe tem sido um grande desafio. Os pesquisadores agora estão testando a tecnologia para diversas aplicações, tais como o uso em energia solar e na criação de amplificadores ópticos para computadores com internet de alta velocidade.

"O mais importante é que ainda há muitas coisas que temos de aprender sobre o que se pode conseguir através do uso desse material. Nossos estudos preliminares mostram que existem incríveis propriedades contidas nele, além da qualidade óptica superior a outros recursos", afirma Ning.

fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/nova-tecnologia-promete-deixar-internet-mais-rapida

Conheça o Google Music



Esperada loja virtual do Google incorpora o serviço Music Beta, anunciado em maio, e permite comprar músicas direto do Android
17 de Novembro de 2011 | 11:49h

Após meses de especulações, o Google anunciou ontem sua loja virtual de músicas, o Google Music. E o novo projeto da empresa é, na verdade, a versão final do serviço de armazenamento na nuvem Music Beta, anunciado em maio e que estava aberto apenas para alguns convidados.

O Music, que está no ar para usuários dos Estados Unidos, junta o armazenamento na nuvem com uma loja de músicas para competir com o iTunes. A empresa fechou acordo com três das quatro grandes gravadoras dos EUA (Sony, EMI e Universal disponibilizam suas músicas, Warner não) e alguns selos independentes. As canções custarão entre US$ 0,99 e US$ 1,29.

O Google criou o Artist Hub, um recurso que permite que artistas independentes disponibilizem suas músicas para download no Music, e possibilita usar o serviço para divulgar seu trabalho. É mais ou menos o que fazia o MySpace, com a possibilidade dos artistas também venderem suas músicas.

Será possível comprar músicas tanto pelo PC quanto por dispositivos com Android - as quais poderão ser enviadas para a nuvem do Google e acessadas em qualquer lugar com conexão com à internet - cada usuário pode enviar até 20 mil músicas gratuitamente para a nuvem.

E, como todo serviço do Google, o Music terá integração com a rede social Plus. As músicas compradas na loja virtual poderão ser compartilhadas no Stream do Google+. Assim, os amigos poderão ouvi-la gratuitamente por streaming.

Por enquanto, o Music está disponível apenas para usuários dos Estados Unidos - e não há previsão para chegar a outros lugares do mundo. A empresa divulgou dois vídeos de apresentação do serviço - o primeiro é sobre o Music mesmo, e o segundo sobre o Artist Hub.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/google-music-e-loja-virtual-e-servico-de-armazenamento-de-musica

Hoje, a Internet. Amanhã, a Internet das Coisas?

No futuro, qualquer coisa poderá ter uma presença on-line, gerando dados que poderiam ser usados de formas inimagináveis.
Por LAMONT MADEIRA, DA COMPUTERWORLD (EUA)
18 de novembro de 2011 - 07h30página 1 de 1

O calcanhar da chuteira foi um dos primeiros exemplos da Internet das Coisas, mas Andrew Duncan não sabia disso na época. "Minha namorada foi capaz de me ver na tela do computador quando fiz uma caminhada de cinco quilômetros", lembra Duncan, um consultor de tecnologia de Los Angeles, que participava de uma caminhada para angariar fundos para combate ao Alzheimer, em novembro de 2010.

Seu sapato, equipado com GPS, é da GTX Corp e custa 299 dólares, com uma assinatura mensal wireless. Esse é um exemplo amplamente previso da Internet das Coisas, em que qualquer coisa com inteligência (incluindo máquinas, estradas e edifícios) terá uma presença on-line, gerando dados que poderiam ser usados de formas inimagináveis atualmente. Observadores da indústria discordam apenas que estamos longe disso e ficção científica melhor retrata o que está vindo.

"Qualquer coisa inteligente teria uma presença on-line", diz o analista da ABI Research, Sam Lucero.

O Chief Futurist da Cisco, Dave Evans, concorda. Ele prevê 50 bilhões de aparelhos conectados até 2020, e as redes sociais para conectá-los. "Nos próximos anos, qualquer coisa que tenha um interruptor on-off estará na rede", diz ele. "Prevejo que ocorrerá em praticamente todos os setores e fluxos da vida."

E essa grande onda já começou...

"Há várias indústrias em que a Internet das Coisas está acontecendo", diz Steve Hilton, de uma consultoria sediada em Londres, Analysis Mason. Está acontecendo nas áreas de energia e utilities, automóveis e transporte, e segurança e vigilância. Há um "pouquinho na saúde", acrescenta. Se você incluir o leitor de e-books como o Kindle, que já está acontecendo no campo do consumidor.

Ainda não estão acontecendo, diz ele, na linha branca de eletrodomésticos. "Os vendedores querem, mas eu não acho que vai ser um grande mercado", diz Hilton. "Se custa um extra de 150 dólares, você compraria? Nesse caso, a tecnologia está à frente da demanda do mercado."

A vice-presidente da IBM Research, Katharine Frase, pergunta o que os modelos de negócio poderiam desenvolver para a máquina de lavar roupa, o termostato e o aquecedor de água serem geridos em conjunto, por qualquer consumidor. "Nós vemos uma disposição das pessoas em compartilhar informações entre si se vão receber algo de volta. Se houver algum benefício, como se souber que posso reduzir a conta de energia quando eu estou tomando banho, então pode ser OK".

"Os investimentos estão sendo feitos agora", acrescenta o gerente de produtos da Microsoft Windows Embedded, Kevin Dallas, que se recusou a dar exemplos específicos. "Estamos vendo isso em todas as indústrias, e vamos começar a ver os resultados nos próximos dois a três anos."

Dallas prevê vários possíveis cenários de futuro próximo com base na Internet das Coisas:

Como membro de um programa de fidelidade, você envia sua lista de compras a uma loja. Recebe uma tag RFID na chegada, e os sinais digitais de exibição em rede da loja vão direcioná-lo pelos corredores, de item para item, para encontrar o que você precisa.
Sua geladeira monitora o seu conteúdo e faz sugestões para reabastecimento (refrigeradores com conectividade já estão no mercado, incluindo um da Samsung, mas para Hilton, atualmente não há demanda de mercado)
Seu carro prevendo para onde vai e com sugestões se você perguntar qual posto de gasolina mais próximo, utilizando os dados da nuvem. (Toyota e Microsoft já estão construindo serviços como esses.)
Seu carro, adicionalmente, monitora suas funções internas e oferece conselhos de manutenção, como o OnStar, uma facilidade de diagnóstico remoto que já é oferecida pela General Motors e, agora, por fabricantes de outros carros.
Seu carro pode ter uma caixa-preta de dados que podem ser submetidos à sua companhia de seguros, em um esforço para obter taxas reduzidas, assumindo que os dados constituem evidência de uma condução segura. Um número de empresas de seguro do carro já oferece políticas de uso de dados coletados por um instrumento montado no carro.
Seu carro pode enviar-lhe um aviso, se o adolescente estiver dirigindo numa determinada velocidade, ou por meio de um especificado "geo-fence", como pode agora ser feito com certos dispositivos.
"Depois de três ou quatro anos, irá além de varejo, e depois de dez anos toda a nossa vida será diferente do que podemos imaginar agora", prevê o estrategista da Compass Intelligence, uma empresa de consultoria em Scottsdale, Arizona, Kneko Burney."Em dez anos, não vai ser estranho ter um fone de ouvido de telefone celular embutido no próprio ouvido."

Na China, o premiê Wen Jiabao fez da Internet das Coisas uma meta nacional, observa o professor do MIT, Edmund W. Schuster, que trabalha no Auto ID Center da universidade. "Os chineses veem como parte fundamental de uma sociedade harmoniosa, especialmente aquilo que tornaria mais fácil coordenar os serviços nas cidades densamente povoadas", diz Schuster.

Além disso, o governo municipal de Wuxi, um subúrbio de Xangai, anunciou a intenção de construir um parque temático baseado em Internet das coisas.

Origem no M2M

A Internet das coisas começou há cerca de 15 anos com a ideia das tecnologias machine-to-machine (M2M) para monitorar ativos remotos. A maioria acabou extinta com as redes proprietárias, explica Alex Brisbourne, chefe do Kore Telematics, um provedor de serviços sem fio.

A mudança para a Internet das Coisas iniciou em 2001, "quando começamos a ter os IP (Internet Protocol) oferecidos por meio de redes de telefonia celular", lembra ele.

"A Internet das Coisas é um termo mais novo, mas significa o mesmo que M2M", concorda o analista da Research Beecham, Bill Ingle. "As operadoras têm se interessado em M2M nos últimos dois anos como outra fonte de receitas, quando o mercado de voz começou a saturar."

Lucero, da ABI Research, acrescenta que há uma sobreposição considerável entre a Internet das Coisas, M2M, RFID, medidores inteligentes, redes de sensores diversos e sistemas de controle industrial e automação residencial.

A tecnologia

Um grande catalizador será disseminação do IPv6, que tem o potencial de oferecer endereços de Internet suficientes para cada átomo na face da terra, observa Evans.

"Não há barreiras técnicas", concorda Burney. O fator limitante é o custo dos microcomponentes, a largura de banda das redes sem fio, as estratégias de negócios e a capacidade dos humanos de absorver tanta informação, acrescenta.

Os laboratórios da HP Labs estão atualmente desenvolvendo sensores de nanotecnologia para Internet das Coisas, diz o cientista sênior da HP e diretor do Grupo de Pesquisa em Nanotecnologia de laboratórios da empresa, Stan Williams. Até agora, seu laboratório desenvolveu um dispositivo baseado em MEMS para vibração, detecção e movimento, que pode sentir a vibração em três eixos. A HP está trabalhando também com sensores para sabor e cheiro baseados em laser. Ambos ocupam cerca de um milímetro quadrado, o que significa que sua produção pode ser muito barata.

No próximo ano, os laboratórios da HP estarão montando seu primeiro grande projeto usando tecnologia da Internet das Coisas, um projeto de imagem sísmica para a Shell Oil, dando transparência para os 20 quilômetros da crosta da Terra por uma área de 10 quilômetros quadrados. "Nós vamos fazer o mesmo para a Terra, como já foi feito com as imagens dentro dos seres humanos", diz Williams.

Mas, uma vez que a Internet das Coisas se generalizar, o volume de dados que será gerado será milhares de vezes maior que o atual, então a tecnologia de processamento "terá de ser milhares de vezes mais capaz", acrescenta Williams. "Isso é possível? Sim".

Os processadores podem ser capazes mas, " quando vamos ficar sem largura de banda?", pergunta Katharine, da IBM. Para evitar isso, as informações deveram ser, de alguma forma, filtradas. A IBM está trabalhando em processamento de fluxo (para discernir sinais de ruído, utilizando análise rudimentar), e está fazendo outros trabalhos para que a atual largura de banda seja eficaz. O objetivo, diz Katharine, é "torná-la mais acessível para implementar dispositivos."

Enquanto isso, os dispositivos ligado à Internet das Coisas precisará de novas interfaces de usuário, que deve ser intuitivo, observa Burney. A tecnologia básica, as interfaces e até mesmo os procedimentos para inicializar novos dispositivos envolverão novas especializações que exigirão extensa parceria com a indústria, prevê.

Privacidade e segurança

Sejam quais forem os desafios e vantagens da Internet das coisas, os usuários querem que seus dados permaneçam privados. E ainda não há resposta sobre como isso pode ser assegurado.

"Nós não chegamos lá ainda", afirma Schuster, do MIT , em relação ao ambiente de segurança necessário.

"Você poderia invadir seu medidor de energia e chegar até à usina de energia nuclear do outro lado da linha?", pergunta Brisbourne. "Para ser totalmente honesto, há projetos em nível federal, onde há gente tentando fazer exatamente isso e descobrir para onde realmente levam os buracos de segurança."

Já existe uma força-tarefa na Comissão Europeia para estudar questões de privacidade em relação à Internet das Coisas, diz Dan Caprio, que trabalhou na Comissão Federal de Comércio que atualmente é um consultor estratégico do escritório de advocacia em Washington McKenna Long & Aldridge LLP. No ano passado, a Comissão Europeia o nomeou especialista em Internet das Coisas.

"Há uma suposição, tanto na Europa quanto nos EUA, que teremos uma Internet das coisas", diz ele, acrescentando que se espera que a força-tarefa da CE faça suas recomendações em 2012 ou 2013.

Nos EUA, segundo Caprio, a abordagem que concentra na proteção de informações sensíveis relativas às crianças, informações de saúde e informações financeiras.

"Os europeus têm um monte de regulamentos, mas poucas ações para serem executadas", observa ele. "Nós (nos EUA) não têm os regulamentos de base, mas temos uma protecção eficaz contra as práticas enganosas."

Nos EUA, os anunciantes podem achar especialmente atraente encontrar dados recolhidos pela Internet das coisas, nota Burney. Levará de três a cinco anos para descobrir o que é legalmente prudente, mas "eu acho que o resultado se assemelhará a um lista do que não se pode fazer, com os usuários tendo o controle sobre os dados de si mesmos que eles querem compartilhar", diz.

Mas com um sistema inteligente contextualizado, posicionado corretamente, com a informação certa, no momento certo do anunciante certo ", será quase um prazer ser anunciado", prevê. "As pessoas podem vir a gostar de propagandas, desde que elas tenham valor."

Automóveis, edifícios, medicina, entretenimento e até mesmo publicidade - parece que a Internet das Coisas acabará por tocar quase todos os aspectos da vida. O resultado final poderia ser tão inimaginável hoje como a rede de energia elétrica moderna teria sido para Benjamin Franklin.

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/11/15/hoje-a-internet-amanha-a-internet-das-coisas/

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Megaestruturas estranhas na China



No Google Maps é possível ver estruturas gigantescas e estranhas no meio de um deserto chinês. O que serão?

O artigo do Gizmodo identifica o que parece ser uma teia gigantesca (cerca de 2x1 km), constituída por estradas metálicas. Pode encontrar esta estrutura no Google Maps
Foi ainda entrada uma segunda estrutura , que o Gizmodo diz parecer um alvo gigante, até porque é possível encontrar, através do zoom, veículos destruídos. Ao lado está o que parece ser uma estação de rádio gigante.
A terceira construção identificada é ainda maior e mais estranha. Com quase 30 km de comprimento, trata-se de uma grelha constituída por "milhares de linhas".
O artigo do Gizmodo apresenta outras estruturas estranhas identificadas pelos leitores.
Há quem indique que algumas destas estruturas podem servir para calibrar satélites chineses ou sistemas de georreferenciação militar.


Ler mais: http://aeiou.exameinformatica.pt/megaestruturas-estranhas-na-china=f1011125?amp=#ixzz1dp5oULWO
Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/megaestruturas-estranhas-na-china=f1011125?amp=

Android: maioria dos antivírus gratuitos é inútil



Um estudo mostra que a maioria das aplicações antimalware disponíveis no Android Market Place são completamente inúteis.

Segundo a ZDNet, um estudo da AV-Test.org demonstra que as aplicações antimalware gratuitas para Android são "praticamente inúteis". Os resultados indicam que a maioria dos produtos é incapaz de detetar uma única ameaça.
O software que se portou melhor foi o Zoner Antivirus Free, com uma taxa de deteção de 32% numa pesquisa manual e 80% na pesquisa em tempo real. Já o produto mais popular, o Antivírus Free, da Creative Apps, obteve zero porcento de deteções, tanto em modo manual como na pesquisa em tempo real.



Ler mais: http://aeiou.exameinformatica.pt/android-maioria-dos-antivirus-gratuitos-e-inutil=f1011111?amp=#ixzz1dp4EDjqz
Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/android-maioria-dos-antivirus-gratuitos-e-inutil=f1011111?amp=

Google deve lançar sua loja de música virtual nesta quarta-feira (16/11)

Convites para um evento já foram enviados para jornalistas norte-americanos e executivos da indústria
No fim de outubro, vários sites noticiaram que o Google estaria preparando uma loja de música virtual para seus usuários. O serviço, que deve ser integrado ao Google+, vai permitir que as pessoas recomendem canções para amigos na rede social, além de ouvi-las gratuitamente ou comprá-las depois.

O fato é que os convites para o anúncio, que será realizado nesta quarta-feira (16/11), já foi enviado para jornalistas norte-americanos e executivos da indústria. No entanto, até o momento, a companhia só fechou parceria com uma grande gravadora para fornecer músicas para sua loja de downloads - a Universal Music Group, que acabou de comprar a EMI.

De acordo com o site Cnet, a Sony Music e a Warner Music ainda não fecharam o acordo com o Google, mas as negociações com as duas maiores gravadoras devem continuar, já que o mercado está ansioso por um serviço que concorra com o iTunes da Apple.

A loja de música virtual será lançada inicialmente nos Estados Unidos e, gradualmente, deve ficar disponível para o Reino Unido e outros territórios.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/google-deve-lancar-sua-loja-de-musica-virtual-nesta-quarta-feira-16-11

Tecnologia nos carros: muitas novidades no setor automobilístico

Câmeras, sensores, softwares e alertas garantem mais segurança e conforto na hora de pegar no volante e cair na estrada


Há um modelo de carro que é para poucos, vale nada menos do que meio milhão de reais. Dinheiro suficiente para trazer 112 módulos eletrônicos embarcados. Vamos começar com esta câmera frontal térmica. Com alcance de até 300 metros, mesmo em total ausência de luz, ela é capaz de identificar um ser vivo – seja humano ou animal – e emitir um alerta para o condutor.
Com outras cinco câmeras, uma traseira e quatro laterais, o carrão também tem a função "front-view": duas câmeras instaladas nos para-choques dianteiros ampliam a visão do condutor nas situações de saídas de garagem ou cruzamentos. Aliada a um software de projeção de imagem, a câmera traseira auxilia em manobras e estacionamentos. Ela trabalha junto com os sensores distribuídos ao redor do veículo que indicam visualmente e através do som a proximidade a outros objetos.

A câmera instalada no para-brisa é capaz também de identificar as faixas de rolagem de uma autopista. A isso, somam-se duas novas funções: alerta de desvio ou abandono de faixa... tudo para que o motorista não vacile atrás do volante.
Luis Estrozi, gerente de treinamento e serviços da BMW nos deu 2 exemplos para explicar o sistema. O 1º é no caso de uma mudança de faixa, acima de 70 km/h. O sistema te avisará se um carro está vindo. O outro, é no caso de quando o motorista está cansado demais para dirigir. Quando você está pegando no sono, vira o volante levemente. Assim, o volante vai vibrar, dizendo que você está abandonando a faixa.
Sensor de fadiga. Essa é outra novidade tecnológica que já chegou para os carros mais caros. Mas, assim como o cinto de segurança, é um item que depende da prudência do condutor para ser utilizado.
Antônio Carlos Paulucci, analista de marketing de produtos da Volkswagen explica: "Nos primeiros 15 minutos de condução do veículo em uma autoestrada, o sistema estará fazendo uma leitura na sua forma de condução. Ele armazenará essas informações internamente e depois começará a te monitorar". Assim, um movimento no volante ou um olho de gato que você acaba passando por cima, ou seja, qualquer alteração que ocorra na sua forma de condução será identificada. O sistema identificará que ela não está consistente com o que foi armazenado na leitura. Ele emitirá um aviso sonoro e um visual, este que aparecerá no computador de bordo, para te alertar: "Olha, dê uma parada", explica Antônio.
Muitos modelos luxuosos e modernos inovaram ao adicionar como item de série o "piloto automático adaptativo". Em alguns casos, chamado de controle automático de velocidade e distância. O objetivo é reduzir drasticamente ou minimizar os estragos causados pelas colisões traseiras nas rodovias.
Um sensor a laser instalado na parte superior do para-brisas, na altura do espelho retrovisor, detecta veículos a até 10 metros de distância. Em movimento, o dispositivo realiza cerca de 50 cálculos por segundo para determinar a força de frenagem necessária para evitar uma colisão a qualquer custo. Ao motorista só cabe assistir e, claro, confiar: se o carro da frente acelera, o modelo acelera junto até a velocidade de cruzeiro pré-determinada. Se o que vai à frente freia, o sistema faz com que o carro desacelere até o limite mínimo de distância a ser atingido.
Mais do que o piloto automático adaptativo, um modelo sueco foi o 1º a implementar um detector de pedestres. Combinando radares localizados na frente do veículo e uma câmera instalada no para-brisas, o sistema identifica a presença de pessoas e, em caso de atropelamento evidente, aciona automaticamente os freios. Detalhe: o sistema de frenagem automática só funciona 100% em velocidades até 30 km/h. Nós fizemos o teste...
Já Jorge Mussi Filho, diretor de pós-venda da Volvo explica a diferença entre dispositivos de segurança ativa e passiva: "Os itens de segurança ativa tentam antecipar as ações que o motorista deveria tomar, para reduzir ou até evitar o impacto", diz. Segundo ele, quando não é possível evitar a colisão, entram em cena os itens de segurança passiva, que são os airbags e cintos de segurança, por exemplo, que evitam as consequências de um acidente.
Este mesmo carro que para sozinho tem câmeras instaladas embaixo dos retrovisores laterais que funcionam de alerta de ponto cego. Toda vez que um veículo ou motocicleta entra na área não coberta pelos espelhos, uma luz se acende no interior do carro para chamar a atenção do condutor.
Hoje, essas tecnologias ainda estão presentes apenas nos modelos mais caros, carros pouco acessíveis à maioria. Mas são tendências da evolução automotiva e da tecnologia dentro dos automóveis.
Segurança é palavra de ordem, mas essa tecnologia a bordo dos veículos também está diretamente ligada ao conforto e entretenimento dos passageiros. E isso é assunto para outra reportagem. Na semana que vem, você vai conhecer os sistemas que manobram o carro sozinho e dispositivos inspirados em caças de guerra para aumentar a comodidade do motorista. Enquanto isso, aproveite para conhecer o "Car PC" e veja o que um paulistano louco por tecnologia desenvolveu em casa para o seu "geek-móvel". Tem GPS, TV digital, conexão 3G e muito mais... confira! O link está junto desta matéria. Acesse!
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/tecnologia_nos_carros_muitas_novidades_no_setor_automobilistico

Pense rápido: quantas operadoras de telefonia celular você conhece?

Realmente, hoje temos poucas opções. Mais do que isso, as ofertas dessas empresas são bastante parecidas e, como a gente já sabe e até já mostrou aqui no Olhar Digital, a qualidade do serviço de todas elas é bastante questionável. Hoje, são mais de 200 milhões de celulares em uso no Brasil. E, todo mundo sabe que, pior do que a qualidade dos serviços oferecidos, é o relacionamento que as operadoras oferecem. Já precisou falar com o atendimento de alguma delas?

Mas, parece que existe uma luz no fim do túnel. No final do ano passado, a Anatel regulamentou a entrada das operadoras virtuais no país: as MVNO’s. Agora, outras empresas também poderão operar no setor. Para isso, basta elas se aliarem a uma operadora já existente no mercado.
Daniel Bichara, diretor de tecnologia nos explica que a MVNO nasceu como um conceito muito simples: ela utilizará a rede da operadora que já existe e vai implementar produtos e serviços em cima dela.
Basicamente é isso: nada mudará na qualidade dos serviços de voz e dados, mas o relacionamento com os clientes e até serviços extras oferecidos vão fazer a diferença na hora da escolha. A Porto Seguro foi a primeira empresa brasileira a receber autorização para atuar como telecom.
Ítalo Gennaro Flammia, diretor de TI da Porto Seguro, lista os benefícios que o serviço da empresa irá oferecer: "Queremos oferecer um produto de qualidade: um celular a um preço similar ao do mercado, com um atendimento diferenciado, muita transparência e muita simplicidade no relacionamento".
Claro, há muitas outras empresas interessadas no processo e, muito em breve, devem surgir dezenas de novas operadoras virtuais. Cada uma com uma proposta diferente.
Daniel exemplifica: "Com o MNVO, poderíamos endereçar os adolescentes, os adolescentes que gostam de um videogame, os adolescentes que gostam de um videogame de luta, os adolescentes que gostam de uma videogame de luta no Xbox e assim por diante". Ele explica que, com isso, você começa a afunilar o seu perfil. Para ele, quanto mais você reduz esse foco, melhor fica para você poder trabalhar as necessidades.
A chegada dessas novas empresas deve fazer aumentar o uso da portabilidade. Hoje, segundo a Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações, já estamos com um índice acima dos 60%. E esse número pode subir.

Mas enquanto a esperança de melhor atendimento ainda não se concretiza, você pode, pelo menos escolher a operadora baseado no que ela oferece em termos de conexão. Para ajudar na sua escolha, testamos o serviço 3G que as quatro principais operadoras de São Paulo oferecem. Quer saber quem se deu melhor? Confira o link que está jundo desta matéria.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/nao_gosta_da_sua_operadora_de_telefonia_em_breve_voce_tera_mais_opcoes

Pense rápido: quantas operadoras de telefonia celular você conhece?

Realmente, hoje temos poucas opções. Mais do que isso, as ofertas dessas empresas são bastante parecidas e, como a gente já sabe e até já mostrou aqui no Olhar Digital, a qualidade do serviço de todas elas é bastante questionável. Hoje, são mais de 200 milhões de celulares em uso no Brasil. E, todo mundo sabe que, pior do que a qualidade dos serviços oferecidos, é o relacionamento que as operadoras oferecem. Já precisou falar com o atendimento de alguma delas?

Mas, parece que existe uma luz no fim do túnel. No final do ano passado, a Anatel regulamentou a entrada das operadoras virtuais no país: as MVNO’s. Agora, outras empresas também poderão operar no setor. Para isso, basta elas se aliarem a uma operadora já existente no mercado.
Daniel Bichara, diretor de tecnologia nos explica que a MVNO nasceu como um conceito muito simples: ela utilizará a rede da operadora que já existe e vai implementar produtos e serviços em cima dela.
Basicamente é isso: nada mudará na qualidade dos serviços de voz e dados, mas o relacionamento com os clientes e até serviços extras oferecidos vão fazer a diferença na hora da escolha. A Porto Seguro foi a primeira empresa brasileira a receber autorização para atuar como telecom.
Ítalo Gennaro Flammia, diretor de TI da Porto Seguro, lista os benefícios que o serviço da empresa irá oferecer: "Queremos oferecer um produto de qualidade: um celular a um preço similar ao do mercado, com um atendimento diferenciado, muita transparência e muita simplicidade no relacionamento".
Claro, há muitas outras empresas interessadas no processo e, muito em breve, devem surgir dezenas de novas operadoras virtuais. Cada uma com uma proposta diferente.
Daniel exemplifica: "Com o MNVO, poderíamos endereçar os adolescentes, os adolescentes que gostam de um videogame, os adolescentes que gostam de um videogame de luta, os adolescentes que gostam de uma videogame de luta no Xbox e assim por diante". Ele explica que, com isso, você começa a afunilar o seu perfil. Para ele, quanto mais você reduz esse foco, melhor fica para você poder trabalhar as necessidades.
A chegada dessas novas empresas deve fazer aumentar o uso da portabilidade. Hoje, segundo a Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações, já estamos com um índice acima dos 60%. E esse número pode subir.

Mas enquanto a esperança de melhor atendimento ainda não se concretiza, você pode, pelo menos escolher a operadora baseado no que ela oferece em termos de conexão. Para ajudar na sua escolha, testamos o serviço 3G que as quatro principais operadoras de São Paulo oferecem. Quer saber quem se deu melhor? Confira o link que está jundo desta matéria.

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Pense rápido: quantas operadoras de telefonia celular você conhece?
Realmente, hoje temos poucas opções. Mais do que isso, as ofertas dessas empresas são bastante parecidas e, como a gente já sabe e até já mostrou aqui no Olhar Digital, a qualidade do serviço de todas elas é bastante questionável. Hoje, são mais de 200 milhões de celulares em uso no Brasil. E, todo mundo sabe que, pior do que a qualidade dos serviços oferecidos, é o relacionamento que as operadoras oferecem. Já precisou falar com o atendimento de alguma delas?

Mas, parece que existe uma luz no fim do túnel. No final do ano passado, a Anatel regulamentou a entrada das operadoras virtuais no país: as MVNO’s. Agora, outras empresas também poderão operar no setor. Para isso, basta elas se aliarem a uma operadora já existente no mercado.
Daniel Bichara, diretor de tecnologia nos explica que a MVNO nasceu como um conceito muito simples: ela utilizará a rede da operadora que já existe e vai implementar produtos e serviços em cima dela.
Basicamente é isso: nada mudará na qualidade dos serviços de voz e dados, mas o relacionamento com os clientes e até serviços extras oferecidos vão fazer a diferença na hora da escolha. A Porto Seguro foi a primeira empresa brasileira a receber autorização para atuar como telecom.
Ítalo Gennaro Flammia, diretor de TI da Porto Seguro, lista os benefícios que o serviço da empresa irá oferecer: "Queremos oferecer um produto de qualidade: um celular a um preço similar ao do mercado, com um atendimento diferenciado, muita transparência e muita simplicidade no relacionamento".
Claro, há muitas outras empresas interessadas no processo e, muito em breve, devem surgir dezenas de novas operadoras virtuais. Cada uma com uma proposta diferente.
Daniel exemplifica: "Com o MNVO, poderíamos endereçar os adolescentes, os adolescentes que gostam de um videogame, os adolescentes que gostam de um videogame de luta, os adolescentes que gostam de uma videogame de luta no Xbox e assim por diante". Ele explica que, com isso, você começa a afunilar o seu perfil. Para ele, quanto mais você reduz esse foco, melhor fica para você poder trabalhar as necessidades.
A chegada dessas novas empresas deve fazer aumentar o uso da portabilidade. Hoje, segundo a Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações, já estamos com um índice acima dos 60%. E esse número pode subir.

Mas enquanto a esperança de melhor atendimento ainda não se concretiza, você pode, pelo menos escolher a operadora baseado no que ela oferece em termos de conexão. Para ajudar na sua escolha, testamos o serviço 3G que as quatro principais operadoras de São Paulo oferecem. Quer saber quem se deu melhor? Confira o link que está jundo desta matéria.

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Pesquisa mostra que apenas 2% dos jovens querem ser professores

Falta de qualificação dos novos docentes também preocupa pesquisadores.

A falta de professores qualificados ainda preocupa no Brasil, e a desvalorização da carreira faz com que muitos jovens prefiram outras profissões. Cerca de 600 mil professores que atuam na educação básica - que inclui a educação infantil e os ensinos fundamental e médio - não têm o preparo necessário à função, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). E apenas 2% dos jovens querem cursar Pedagogia ou alguma licenciatura, segundo pesquisa da Fundação Carlos Chagas.

Pela legislação atual, os professores da educação básica têm que ter nível superior. Porém, cerca de 600 mil dos quase dois milhões de docentes do país não possuem curso universitário, segundo o MEC. De acordo com o secretário de Ensino Superior do ministério, Luiz Cláudio Costa, cerca de 300 mil estão fazendo licenciaturas ou mestrado para se adequar à exigência.

Na avaliação de especialistas, há carência de professores qualificados em diversas áreas, como nos primeiros anos da educação infantil e nas disciplinas de Física e Química. "Nas Ciências Biológicas, faltam professores praticamente em todos os setores. As redes procuram cobrir isso usando profissionais que, na sua formação, tangenciam as disciplinas (em que há falta de professores)", diz a pesquisadora Bernadete Gatti, colaboradora da Fundação Carlos Chagas.

Como outros especialistas, Bernadete se preocupa com a queda no número de alunos de licenciatura ou Pedagogia. Segundo o MEC, esse número vem diminuindo na modalidade presencial, por causa da falta de interesse dos jovens. Em 2005, 1,2 milhão de alunos estudava alguma licenciatura, número que, em 2009, passou para 978 mil. No mesmo período, o número de alunos de Pedagogia caiu de 288 mil para 247 mil.

No entanto, houve expansão das graduações à distância, para atender à necessidade de professores que já estão no mercado de trabalho. De 2005 para 2009, o número de estudantes das licenciaturas subiu de 101 mil para 427 mil. Nos cursos de Pedagogia, o número pulou de 27 mil para 265 mil, no mesmo período.

"Nem todos os cursos à distância são ruins. Mas eles não são supervisionados direito, não têm uma proposta clara. Muitos alunos desistem porque não têm com quem discutir", diz a superintendente de pesquisa em Educação da Fundação Carlos Chagas, Elba Siqueira Barretto.

A evasão dos cursos de Pedagogia e licenciatura também preocupa educadores. "Nas universidades privadas, os cursos de licenciatura e a Pedagogia são os que têm as taxas mais elevadas de evasão, de 50 a 55%", afirma Maria Helena Guimarães Castro, ex-presidente do Inep, órgão responsável pelas estatísticas do MEC.

Mas, segundo o MEC, dados preliminares já mostram que a taxa de evasão está diminuindo em algumas universidades.

"Quero lutar pela educação", diz estudante - Pesquisa realizada em 2010 pelas fundações Carlos Chagas e Victor Civita mostrou que, dos 1.500 alunos ouvidos, apenas 2% dos jovens do terceiro ano do ensino médio pretendiam cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura. "A carreira é um horror. Apesar de os planos de carreira terem melhorado, e de existir um piso salarial nacional (R$ 1.187 para jornada de 40 horas semanais), eles deixam a desejar. A média salarial está baixa em relação às exigências. Outra coisa que afeta a escolha é a condição das escolas públicas, que são precárias, sem infraestrutura e gestão", diz Bernadete.

Mesmo sabendo desses problemas, o estudante de Pedagogia Cesar Scarpelli, de 24 anos, quer dar aulas para crianças. "Quero lutar pela educação. Meus pais sempre falam: 'não vá trabalhar na rede pública', por causa da ideia de que é uma profissão sofrível. Mas acho que temos que ir para a periferia", avalia.

Rivaldo Vieira Xavier Júnior, de 21 anos, estuda licenciatura em Física e sabe bem o que é sofrer com a falta de professores. "Estudei em escola pública e fiquei sem aulas de Química por quase todo o segundo ano do ensino médio. Tenho interesse em educação devido à realidade da escola onde estudei. Ser professor no Brasil é ato de coragem."

Já a estudante de Pedagogia Maria Alice Bertodini diz que é preciso ser sonhador para abraçar a profissão. "A ideia de ser professor é idealista, é por amor, por gostar de crianças." Para o estudante de Química Mauritz Gregori de Vries, de 20 anos, que dá aulas particulares, falta vocação a muitos dos que estão fazendo licenciatura. "Às vezes, as pessoas fazem a licenciatura porque sabem que a demanhttp://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80098da por professores é alta e que um emprego na indústria, por exemplo, é mais difícil."

O secretário de Ensino Superior do MEC reconhece que os salários não são adequados. Mas diz que a meta do governo é que, em 2020, o rendimento médio dos docentes com a qualificação necessária seja o mesmo que o de qualquer profissional com nível superior.
(O Globo)

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80098

Magistério, uma profissão em extinção?

Artigo de Luciano Mendes de Faria Filho enviado ao JC Email pelo autor.

Acabou-se o mês de outubro, tradicionalmente dedicado ao professor, mas o drama destes profissionais e da educação brasileira continua. E, em vários atos:

1º Ato: levantamento do professor João Waldir, coordenador do Colegiado Especial das Licenciaturas da UFMG, uma das maiores universidades do País, mostra que em 1990 "em 2000, dos 17 cursos mais concorridos, seis formavam professores. Em 2012, não há um único curso de licenciatura entre os 15 mais concorridos. Há dez anos, Biologia, História, Pedagogia e Educação Física tinham mais de 20 candidatos por vaga; atualmente, eles têm, respectivamente, 3,5; 4,8; 3,0 e 2,1. Mantida a atual tendência, em cinco anos não teremos candidatos aos cursos de Licenciatura."

2º Ato: "Se eu ganhasse R$712,00 eu ia ser servente de pedreiro", fala de Flávio Castro, do assessor do Lider do Governo na ALMG, aos professores em greve.

3º. Ato: "Mas você é tão inteligente, porque vai fazer licenciatura?", fala que os alunos de graduação ouvem de seus professores de vários departamentos das universidades pelo Brasil afora.

4º Ato: "Antes de mais nada, os relatos deixam claro que as alunas tiveram de vencer o preconceito de suas famílias e de seu meio social mais amplo em relação ao curso de Pedagogia. Via de regra, esse curso não é visto por parentes e amigos como adequado ao perfil social e escolar relativamente alto das alunas." Trecho do texto 'O gosto e as condições de sua realização: a escolha por pedagogia entre estudantes com perfil social e escolar mais elevado', de Claudio Marques Martins Nogueira e Flávia Goulart Pereira, publicado na revista Educação em Revista, em dezembro de 2010.

Ao longo do século XX não foram poucos aqueles que apostaram que as novas tecnologias, do rádio à internet, acabariam por substituir os professores no cotidiano das salas de aula. Neste vaticínio, o magistério acabaria pois os professores seriam substituídos pelas máquinas. O auge desta utopia pode ser vista no filme Matrix em que as pessoas aprendem por meio de uma conexão com o computador! No entanto, ninguém jamais imaginou que a profissão poderia acabar porque as novas gerações deixariam de escolhê-la como uma maneira de ganhar a vida e de contribuir para o desenvolvimento social. Pois não é que no Brasil estamos em vias de ver isto ocorrer?!

Findado o mês dos professores, talvez devêssemos perguntar o que estamos, de fato, fazendo para que o magistério volte a atrair as novas gerações. E, convenhamos, nós somos criativos o suficiente para isto! Vejam, por exemplo, o que fizemos para resolver a falta de engenheiros no país: aumentamos o número de vagas nas universidades, prometemos aos jovens enviá-los para estudar nas melhores universidades do mundo com bolsa pagas pela população brasileira, remuneramos seus estágios dignamente, aumentamos os seus salários, mostramos na mídia a contribuição deste profissional para o desenvolvimento econômico e social do país etc. E aos futuros professores, o que nós todos, como sociedade, e não apenas o Estado brasileiro, prometemos? Cursos em faculdade particulares com duvidosas condições de ensino-aprendizado; um estágio de R$500,00 por 6 horas de trabalho diário; um salário de R$1.187,00 por uma jornada de 40 horas semanais; o escárnio da família, dos seus professores e colegas; e um bom lugar no céu! Amém!

Luciano Mendes de Faria Filho é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil - 1822/2022.

Uma versão deste texto foi publicada sábado (12), no jornal Hoje em Dia de Belo Horizonte.

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80100

O ato de aprender e ensinar, questão ética

Artigo de Malvina Tuttman na Folha de São Paulo de hoje (14).

Pensar o significado da educação implica ir além de uma observação simplista, fragmentada, que se ocupa, apenas, em analisar partes do processo educacional. É necessário reeducar o modo de olhar e perceber os princípios e os valores que estão subjacentes às práticas em exercício nas instituições de ensino. Refiro-me, especialmente, à questão da ética.

Paulo Freire, em suas obras "Pedagogia da Autonomia" e "Pedagogia da Indignação", de modo incisivo, aborda essa temática denominada por ele de ética universal. Freire aponta que os educadores devem exercitar uma "ética inseparável da prática educativa". Esse exercício deve se concretizar no cotidiano, na prática diária. Ainda, segundo o autor, é preciso que o educador possa "testemunhá-la (a ética), vivaz, aos educandos". Fortalecida por suas palavras, indago-me: o que estará pautando o ato de ensinar e aprender em nossas escolas?

O fato isolado da apropriação indevida de questões sigilosas de um exame nacional me faz, enquanto educadora, refletir sobre a atualidade dos pensamentos de Paulo Freire em relação a essa atitude. Onde estão os princípios da solidariedade? O fortalecimento do espírito público? Será que a ética do mercado, já denunciada por Freire, que se atrela a interesses pessoais de uma pequena parcela da sociedade brasileira, está se sobrepondo à dignidade que deve pautar a ética universal defendida por ele?

Tão importante quanto avaliar todo o processo de elaboração ou aplicação de um exame ou algo similar é rever as atitudes, as formas de agir de educadores. Isso também deve ser pautado pela sociedade. Que cidadãos estamos formando quando expomos centenas de estudantes ao constrangimento de receber e ocultar informações privilegiadas? Queremos que valores como a mentira e a fraude façam parte dos ensinamentos às futuras lideranças do nosso País?

É gratificante saber, entretanto, que, apesar de possíveis influências negativas, jovens de 16, 17 anos já têm presentes em sua formação a preocupação com o outro, com o respeito à verdade. Pude perceber isso quando alunos, indignados, procuraram o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) sem receio de expor livremente a verdade. Nesse momento, senti a força de outro tipo de educação, que vai além da escolar: a educação familiar. É preciso, mais do que nunca, fortalecer a eticidade. O currículo de nossas escolas deve considerar mais que conteúdos acadêmicos.

O nosso compromisso como educadores é o de agir coerentemente com princípios éticos. Paulo Freire nos ensina que a conduta do professor educa mais do que a simples abordagem conteudista. Como diz Freire, "a força do educador democrata está na sua coerência exemplar: ela que sustenta sua autoridade. O educador que diz uma coisa e faz outra, eticamente irresponsável, não é só ineficaz: é prejudicial".

Como professora há mais de 40 anos, posso afirmar que o que ocorreu em Fortaleza é um caso isolado. Porém, precisamos ficar atentos ao que está acontecendo. Todos somos responsáveis. Não deixemos que mudem o foco do real significado dessa lamentável realidade.

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que ocorreu nos dias 22 e 23 de outubro, acompanhado por toda a sociedade, já se mostrou exitoso, tanto do ponto de vista pedagógico como operacional. O que está em questão não é o Enem, e sim o comportamento que fere a ética de profissionais que se intitulam educadores.

O Inep tem a clareza de que é preciso, cada vez mais, aprimorar todo o processo. Ainda há muitas questões a serem aprofundadas, e esse instituto está pronto para a tarefa.

Malvina Tuttman é presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Foi reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80097

Você sabe o que o seu funcionário realmente pensa?

Tecnologias que mapeiam sentimento dos colaboradores ganham espaço no mercado e ajudam companhias a verificar se empregados estão satisfeitos.
Por MARK ROWH, DA CIO (US)
Nos últimos anos, algumas companhias passaram a utilizar software de análise de texto para identificar frases positivas e negativas que aparecem nos meios de comunicação social e mensagens eletrônicas com o objetivo de descobrir o que os clientes pensam sobre seus produtos, serviços e políticas. Por exemplo, companhias da indústria de viagens podem acompanhar os comentários postados por usuários em sites de opiniões sobre o hotel ou até sobre o serviço de alimentação.

Menos conhecido, mas uma realidade crescente, são as organizações que usam tecnologias que mapeiam o sentimento para coletar informações sobre seus próprios funcionários. Fornecedores de software de texto analítico confirmam que os clientes já estão usando essas ferramentas para avaliar o que o colaborador pensa, embora ainda não falem abertamente sobre como aplicam as plataformas internamente.

Mas, afinal, por que as companhias estão-se aventurando nessa área, que à primeira vista pode parecer entrar em choque com a privacidade?

As razões são as mais distintas. Uma das mais básicas é lidar com litígios. Em um processo judicial, por exemplo, em que milhares ou mesmo milhões de e-mails devem ser varridos em busca de informações, o poder do software de análise pode ajudar a transformar uma tarefa difícil em menos onerosa.

A solução também pode ser aplicada de forma mais ampla, como em intranets, estudos, portais e sistemas internos de avaliação de desempenho para obter imagem mais clara do sentimento do funcionário e o engajamento dele com os negócios, ou seja, o quanto ele está entusiasmado com o trabalho e o compromisso de promover os objetivos da organização.

"Qualquer forma de expressão textual pode ser analisada", diz Elizabeth Charnock, CEO da Cataphora, empresa de Menlo Park, Califórnia, fornecedora de software de análise.

Por exemplo, uma revisão de rotina de e-mails pode revelar que entre o pessoal envolvido em um projeto específico, o número de palavras e frases negativas tem aumentado significativamente ao longo de um período de três semanas. Esse quadro pode alertar os gestores para rever o status do projeto e consumir mais tempo se comunicando com o pessoal-chave para abordar as preocupações.

Medindo a satisfação dos funcionários
Se usado de forma criteriosa, esse tipo de análise pode fornecer uma ferramenta para avaliar a satisfação no trabalho de forma mais eficaz quando comparado a pesquisas internas ou outros métodos tradicionais. Na mineração de dados não estruturados, os líderes de RH e os gestores de equipes podem obter insights sobre o grau em que os funcionários estão envolvidos com a corporação.

Ao ter em mãos uma imagem mais clara do sentimento do colaborador, as empresas podem identificar as áreas em que os funcionários estão insatisfeitos e desenhar estratégias para o envolvimento e, por sua vez, melhorar produtividade, retenção de funcionários e atendimento ao cliente.

A Clarabridge, provedor de software de análise de texto, aponta que se os empregados estão mais felizes, é provável que se envolvam de forma positiva com a gestão, colegas e clientes.

Fornecedores desse mercado dizem que uma vez que o software utilizado para analisar o sentimento do empregado estiver implementado, ele automaticamente reúne dados-chave e prepara relatórios, sem ocupar o tempo da equipe.
Ao eliminar processos manuais e a dependência de pesquisas estruturadas, o software aumenta a eficiência, fornecendo informações úteis de forma rotineira e confiável. No processo, insights podem ser extraídos a partir de uma variedade de dados complexos em toda a empresa, incluindo vários locais e idiomas diferentes.

Jeff Catlin, CEO da Lexalytics, fornecedora de software de texto e análise de sentimento baseado em Amherst, Massachusetts, observa que, embora algumas empresas monitorem as comunicações do funcionário em sites externos, como Facebook, poucos fazem essa ação internamente. O objetivo final não é manter o controle sobre os indivíduos, mas, sim, avaliar as atitudes dos funcionários, e por sua vez, utilizar os dados na promoção de ações positivas.

O desafio nesse momento, apontam analistas do setor, parece ser determinar a melhor forma de utilizar essa tecnologia emergente.

"Muitas empresas estão interessadas em fazê-lo, mas ainda tentam encontrar o caminho adequado para seguir", diz Elizabeth. "Ou seja, ninguém se preocupa com um empregado tendo um dia ruim. Mas, sim, em um contexto mais amplo e profundo”, opina.

A executiva diz que a análise desse tipo de informação é uma boa prática e não fere a individualidade do profissional. "Se a maioria dos funcionários realmente desaprova alguma iniciativa, é vital para a empresa entender o motivo pelo qual isso aconteceu", diz.

Uma distinção importante é o grau em que a informação é pública, em primeiro lugar, de acordo com Catlin. Ele ressalta que os tweets no Twitter são claramente externos e públicos, mas listas de e-mail interno e wikis não. Enquanto as informações postadas na web podem, potencialmente, ir para qualquer lugar, internamente são destinadas para um grupo restrito.

Robert Ellis Smith, editor da newsletter Privacy Journal em Providence, nos Estados Unidos, diz que é preciso considerar se a análise do sentimento do funcionário é recolhida de uma base agregada ou individual.

"As companhias devem tomar cuidado com a privacidade individual", aconselha ele. Análise agregada deve ser menos ameaçadora para todos os interessados, mas, mesmo assim, os empregadores devem entender suas práticas, observa. Ainda assim, os empregadores que adotam a tecnologia devem estar preparados para, pelo menos, “dar uma folga” para o funcionário.

"A companhia certamente vai ser vista como o Big Brother mesmo se o modelo for usado para agregar valor aos negócios", diz Catlin.

Ele acrescenta que o direito das empresas de saber o que está acontecendo em suas redes deve ser equilibrado com o conhecimento de que todos reclamam, de uma forma ou de outra.

Os empregadores devem "agregar os dados de todos os usuários e descobrir a essência das queixas", diz Catlin. "Dessa forma, a empresa pode corrigir fraquezas reais, em vez de mirar o mensageiro”, finaliza.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/11/11/voce-sabe-o-que-o-seu-funcionario-realmente-pensa/

Universidade Federal: patrimônio do povo brasileiro

Artigo de João Luiz Martins e Gustavo Balduino enviado ao JC Email.

A Constituição de 1988 estabeleceu as competências dos diversos entes federados com os diferentes níveis de ensino. Na educação básica o MEC tem o dinheiro, governadores e prefeitos a obrigação. Ao que parece, buscou-se solucionar o problema com um teórico regime de colaboração, que até hoje não foi implementado. Esta ordem jurídica permitiu que cada prefeito, cada governador, cada ministro, com raras e honrosas exceções, tivesse a própria política de educação, não raro, ignorando solenemente a de seu antecessor. Um eterno recomeço, causa maior do nosso atraso na área.

Do império à república, todas as propostas de construção de um Plano Nacional de Educação não tiveram êxito. Uma esperança surgiu após a aprovação da LDB/1996, que resultou na aprovação pelo Congresso Nacional do PNE (2001-2010). O plano era uma boa radiografia para a educação do futuro, eram 295 metas que acabaram sendo uma frustração. Hoje temos a discussão de um novo plano, PL 8.035/2010, mais simplificado, mas não menos abrangente, que teve origem na Conferência Nacional de
Educação (Conae).

Diante da ausência de Política de Estado para a Educação, as conseqüências não poderiam ser diferentes, isto é, o desenvolvimento de uma visão de Educação fragmentada, que priorizava um nível de ensino em detrimento aos demais. Na esteira desta história é preciso registrar o quanto nossos profissionais da Educação, em todos os níveis, foram afetados, desvalorizados, reprimidos, gerando em todo este exército de nobres atores uma desmotivação geral. Hoje é praticamente impossível motivar nossos jovens a escolher a carreira docente.

A desconsideração do contexto histórico e da realidade brasileira leva a diagnósticos simplórios, e prejudica a avaliação da educação. No caso das instituições federais de ensino superior, este vício induz erroneamente à conclusão de falta de qualidade, má gestão e alto custo. Felizmente hoje estes discursos estão restritos às mesmas concepções neoliberais, envergonhadas, porém vivas.

No Brasil, pela sua construção histórica, as Universidades Federais têm mais de uma missão: produção de conhecimento, formação de recursos humanos qualificados, de professores para o ensino superior privado e educação básica, além de estabelecer referências de qualidade para o sistema e, não menos importante, a assistência à saúde para milhões de brasileiros.

Nestes últimos anos, cumprindo uma missão a mais, as Universidades Federais, em um vigoroso processo de crescimento, estão duplicando o número de vagas. Por isso, investimentos importantes estão sendo aportados, bem como a contratação de pessoal para garantir a expansão e a inclusão com qualidade. Entretanto, sabemos que este esforço é insuficiente para atender a demanda.

Nosso país ocupa o décimo terceiro lugar na produção de artigos científicos. No entanto o mapa referente à pós-graduação, à pesquisa e à distribuição de pesquisadores, a exemplo dos indicadores econômicos e sociais, demonstra assimetrias regionais perversas, que precisam ser superadas. Para dar conta das demandas da sociedade por mais vagas, e ainda produzir novos conhecimentos e ciência aplicada com responsabilidade social, é necessária a contratação de docentes e técnicos, compromisso assumido pelo governo federal com as Universidades. Estes são projetos de crescimento com equidade, que exigem investimentos perenes. Receita pouco original, esquecida por décadas e retomada nos últimos anos. Certamente o Congresso Nacional e a sociedade brasileira estão em sintonia com esses objetivos.

Neste contexto histórico, com poucos anos de criação, cientes dessas e de outras missões, é que as Universidades Federais nasceram, resistiram e agora se tornam instrumento do Estado para formulação e implementação de políticas públicas. Ao contrário do que afirmam seus detratores, quase sempre personagens que não as conhecem, as universidades federais fazem parte da solução e não dos problemas nacionais.

João Luiz Martins é reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), doutor em Matemática Aplicada e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Gustavo Balduino é engenheiro mecânico, advogado e Secretário Executivo da Andifes.

Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=80069