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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Baixe seus arquivos até 4 vezes mais rápido



Acelerador de download permite que você descarregue seus arquivos mais rapidamente e impede que sua navegação fique lenta.


Os gerenciadores de download são uma boa alternativa para quem quer baixar vários arquivos de uma vez ou documentos muito pesados no computador. O Download Accelerator Plus, por exemplo. atua de duas maneiras para facilitar o processo: primeiro, o programa divide o arquivo em vários pedaços para baixá-lo aos poucos e, em seguida, procura por outros servidores com o mesmo arquivo, evitando que o congestionamento do servidor atrapalhe o download.

Para evitar que os downloads prejudiquem o resto da conexão, o software permite que o usuário limite a velocidade de transferência, evitando que um arquivo só ocupe toda a banda. Além disso, o gerenciador pode organizar os downloads em fila: em vez de baixar todos os arquivos de uma só vez, você pode colocá-los em ordem para baixar um por um.

Há ainda a opção de desligar o computador depois de baixar todos os arquivos, o que é muito bom para quem deixa o computador ligado baixando algo e vai dormir.

Interface e informações

O Download Accelerator Plus também tem uma interface que organiza os seus downloads: o usuário pode, por exemplo, determinar pastas diferentes para cada tipo de arquivo. Ele também traz informações e relatórios sobre os downloads já feitos, como o histórico de velocidade, o que pode ser útil para analisar a qualidade da conexão.

O programa também se integra com os navegadores Internet Explorer, Opera e Firefox.

Clique aqui para baixar o Download Accelerator Plus

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/baixe_seus_arquivos_ate_400_mais_rapido

Projeto quer assinatura de telefone fixo a R$ 9,50



O benefício seria oferecido para os cadastrados no Bolsa Família. Mas Anatel pede que seja criado plano para demais clientes de baixa renda.


A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai abrir uma consulta pública sobre a redução do valor da assinatura dos telefones fixos para a população de baixa renda. O projeto propõe que o preço cobrado dos planos que hoje utilizam o programa Aice (Acesso Individual Classe Especial) – que já atende cerca de 184 mil assinantes em todo o Brasil – passe de R$ 17,23 para R$ 9,50, sem impostos.

A proposta também prevê a criação de um pacote de 90 minutos para ligações locais entre telefones fixos e pelo qual o usuário pagaria cerca de R$ 13,31. Atualmente, o valor estimado para o mesmo volume de chamadas para os clientes do Aice é de R$ 39,14.

Outra mudança proposta pela Consulta Pública é que só as pessoas inscritas no Bolsa Família terão acesso aos planos Aice. O que beneficiaria cerca de 13 milhões de domicílios em todo o País atendidos pelo programa do Governo.

A Anatel pede ainda que as operadoras criem um plano econômico, com as mesmas vatagens ou ainda melhor, para a população de baixa renda, mas que não é atendida pelo Bolsa Família.

Por fim, a consulta sugere que a instalação dos telefones que se incluem nessa categoria Aice passe de 30 para 7 dias, bem como sugere a modalidade pós-paga de pagamento da conta mensal – uma vez que hoje as operadoras só oferecem esse serviço no modelo pré-pago.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/proposta_pede_que_operadoras_oferecam_assinatura_de_telefone_a_r_950

Skype muda sistema de ligações internacionais por telefone



Agora, os usuários do Skype to Go podem ligar diretamente para os números cadastrados, sem acessar o menu de voz.

O Skype introduziu nesta sexta-feira (25/2) uma nova funcionalidade para o serviço Skype to Go, que permite fazer ligações internacionais, por meio de telefones fixos ou celulares comuns por tarifas reduzidas, sem a necessidade de uma conexão à internet.

Com a mudança anunciada hoje, os usuários poderão realizar ligações diretamente para os números cadastrados no sistema. Até então, o serviço exigia que as pessoas ligassem para uma central telefônica, na qual acessavam um menu de voz e, a partir daí, escolhiam um dos telefones cadastrados em sua conta.

Pelo novo sistema do Skype to Go, após cadastrar um número telefônico, o usuário receberá um número de telefone especial para cada contato. Assim, quando qualquer ligação comum for realizada para o número específico cadastrado, o serviço será automaticamente aplicado e as tarifas deduzidas diretamente da conta Skype.

Para configurar o serviço na sua conta, basta entrar no site e clicar no link disponível.

Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/skype_adiciona_novas_funcoes_para_o_skype_to_go

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Resultado Final do Vestibular 2011 da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF



Acesse o site:

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulga nesta sexta-feira, dia 25, às 11h, a relação final com cerca de 3 mil aprovados no Vestibular 2011 e no Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism 2008-2010). Ao todo, 6.229 concorrentes classificados para a segunda fase e que não zeraram provas ou faltaram nessa etapa estão na disputa pelas vagas.
Por meio da mesma lista que será publicada nesta sexta, quem entrou com recurso contra as notas publicadas na última segunda-feira, 21, saberá se foi atendido. Se a nota for mantida, significa que a solicitação foi indeferida. Em alguns casos, menos de um ponto separa um candidato do outro.
O resultado estará disponível no site www.vestibular.ufjf.br. O interessado deverá selecionar o programa de ingresso (Vestibular ou Pism), clicar no seu grupo e em seguida no curso. Dentro da opção de curso haverá três listas: ordem de classificação, alfabética e a de desclassificados (que ficarão, por ordem numérica, em uma lista de excedentes). Haverá também a tabela com as pontuações máxima e mínima de cada curso.
De acordo com a Comissão Permanente de Seleção (Copese), os problemas gerados na última segunda-feira, 21, por conta do grande número acessos simultâneos, que sobrecarregou a página da Universidade, foram solucionados. A expectativa é que o acesso dos candidatos à página na internet aconteça dentro da mesma normalidade apresentada em concursos anteriores da instituição.
No total, 16.951 candidatos se inscreveram nos dois processos seletivos, sendo 15.028 no Vestibular e 1.923 no Pism. Nesta edição, a universidade ofereceu 3.401 vagas, das quais 176 foram ofertadas pela primeira vez através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Fonte:http://www.vestibular.ufjf.br/

Governo quer transformar Brasília na 1ª capital digital da AL




Projeto do Ministério das Comunicações com o governo do Distrito Federal prevê implantação de banda larga na cidade para facilitar o acesso da população a serviços público.
Uma parceria entre o governo federal e o Distrito Federal deverá transformar Brasília na primeira capital do País e da América Latina totalmente digital. A primeira reunião para discutir os termos iniciais do projeto foi realizada entre o ministro das Comunicações (Minicom), Paulo Bernardo, e o governador do DF, Agnelo Queiroz.

O ministro Paulo Bernardo explicou que o projeto piloto deverá ser implantado em uma cidade-satélite como Samambaia ou Ceilândia e, depois, estendido ao Distrito Federal. O objetivo é ampliar a cobertura de banda larga para todo o território do DF e democratizar o acesso à internet.
Uma das possibilidades é garantir à população o acesso gratuito à rede sem fio em espaços públicos como praças e parques da cidade.

“O Distrito Federal tem tecnologia, infraestrutura e as condições necessárias para sediar esse projeto de custo pequeno e alcance extraordinário”, destacou o ministro.

De acordo com o governador Agnelo Queiroz, ”o projeto será uma grande revolução da banda larga no Distrito Federal, além de permitir um acesso facilitado da nossa população a todos os serviços públicos através da internet, como Departamento Nacional de Trânsito (Detran), marcação de consultas e matrículas na rede pública de ensino”.

A previsão é que o projeto seja implementado em dois anos, fortalecendo a estrutura disponível para a Copa do Mundo de 2014, que terá Brasília como uma das sedes. O governador revelou que o Distrito Federal dispõe de 27 milhões de reais no orçamento do governo federal para utilizar em projetos de banda larga.

A ideia é utilizar a rede de fibras ópticas do governo federal e interligá-la com a estrutura já existente no DF, que inclui cabos da Companhia Energética de Brasília (CEB), do metrô e da Universidade de Brasília (UnB).

“O objetivo é otimizar a infraestrutura já existente para viabilizar a inclusão digital de todo o Distrito Federal”, explicou o secretário executivo do Minicom, Cezar Alvarez. As ações deverão ser coordenadas pela Secretaria Executiva do Minicom e pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal . Inicialmente, os dois órgãos vão elaborar os termos do projeto e fazer um levantamento de toda a rede de fibra óptica disponível no DF. A parceria deverá contar também com os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/telecom/2011/02/24/governo-quer-transformar-brasilia-na-1a-capital-digital-da-al/

Site brasileiro vai ao espaço em satélite da NASA

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/02/2011



Esta é a primeira vez que um site brasileiro participa do programa de divulgação científica da NASA.[Imagem: NASA]


Site brasileiro no espaço

Quando o satélite espacial Glória (Glory) subir ao espaço nesta semana, ele estará levando consigo uma pastilha de silício onde está gravado o nome do Site Inovação Tecnológica - www.inovacaotecnologica.com.br.

A iniciativa é parte do programa de divulgação científica da NASA, cujo principal objetivo é engajar estudantes e o público em geral nas missões espaciais, fomentando o interesse pelos aspectos científicos das missões e despertando o interesse pela ciência em geral.

É a primeira vez que um site brasileiro participa do programa.

A inscrição brasileira foi submetida assim que o satélite Glória foi incluído no programa de divulgação científica, em Setembro de 2008, tendo sido aceita em 04 de Dezembro de 2009.

O Site Inovação Tecnológica é o maior site de divulgação científica em língua portuguesa, no ar há quase 12 anos e reconhecido por meio de links de centenas de instituições de ensino do Brasil e do exterior, incluindo todas as principais universidades brasileiras.

O material divulgado pelo Site Inovação Tecnológica já foi tema de oito vestibulares e está presente em 54 livros didáticos editados para uso nas escolas brasileiras neste ano de 2011 - foram mais de duas centenas de livros didáticos desde que o site entrou no ar.


O satélite Glória vai se juntar a uma frota de satélites de monitoramento ambiental, chamada A-Train, formada por sete satélites, cada um dos quais voltado a um aspecto específico da climatologia. [Imagem: NASA]
Satélite Glória

A principal missão do satélite Glória é estudar o sistema climático da Terra, desvendado o papel representado pelos aerossóis presentes na atmosfera e mensurando a influência da radiação solar sobre o clima.

O satélite possui dois instrumentos científicos principais.

O primeiro é um detector de aerossóis, chamado APS (Aerosol Polarimetry Sensor), que irá detectar informações sobre essas micropartículas, incluindo formato, composição e capacidade de reflexão da luz.

O segundo instrumento é um medidor da luz solar, chamado TIM (Total Irradiance Monitor), que irá monitorar as variações na atividade solar detectando a quantidade de energia que chega à camada superior da atmosfera da Terra.


O satélite Glória vai se juntar a uma frota de satélites de monitoramento ambiental, chamada A-Train, formada por sete satélites, cada um dos quais voltado a um aspecto específico da climatologia.

A duração prevista da missão científica do satélite Glória é de 30 anos.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=site-brasileiro-no-espaco-satelite-nasa&id=010130110223&ebol=sim

Físicos criam garrafa para guardar antimatéria

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/02/2011



As garrafas de antimatéria são formadas por múltiplos compartimentos, chamados células, cujas paredes são formadas não por matéria, mas por campos magnéticos e elétricos.[Imagem: Clifford Surko]


Antimatéria na prática

A antimatéria ficou, durante muito tempo, restrita ao mundo da teoria e da ficção científica.

No campo da ciência, os teóricos continuam desbravando novos caminhos, e já propõem que matéria e antimatéria podem ser criadas do "nada".

Nos últimos anos, contudo, o desenvolvimento de tecnologias experimentais está permitindo manipular diretamente essa "contraparte negativa" da matéria em laboratório.

O ano passado, por exemplo, marcou a descoberta da partícula de antimatéria mais estranha já vista, a demonstração de que pode ser possível construir um laser de raios gama pela aniquilação de matéria e antimatéria e, finalmente, a antimatéria foi capturada pela primeira vez.

Tal sequência de feitos fez com que as pesquisas sobre antimatéria fossem eleitas as mais importantes de 2010.

Produção e armazenamento de antimatéria

Embora os físicos já produzam antimatéria em laboratório de forma rotineira, usando radioisótopos e aceleradores de partículas, resfriar essas antipartículas e armazená-las por qualquer período de tempo é outra história.

Tão logo a antimatéria entra em contato com a matéria ordinária ela é aniquilada, desaparecendo - juntamente com a matéria com a qual ela se chocou - em um clarão de radiação gama.

Agora, Clifford Surko e seus colegas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, relataram seus últimos avanços na construção de uma "garrafa de antimatéria", o maior recipiente de antimatéria já construído.

Durante a reunião da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência, Surko apresentou as novas técnicas capazes de criar estados especiais de antimatéria na forma de grandes nuvens de antipartículas, comprimir essas nuvens e gerar disparos de feixes de antimatéria - ideais para usos em experimentos de laboratório.

Garrafas de antimatéria

Nos últimos anos, os cientistas desenvolveram novas técnicas para armazenar bilhões de pósitrons - o equivalente de antimatéria do elétron - por várias horas e resfriá-los a baixas temperaturas, a fim de retardar seus movimentos para que eles possam ser estudados - criando moléculas de antimatéria, por exemplo.

Surko relatou que agora já é possível retardar os pósitrons gerados por fontes radioativas, levando-os a condições de baixa energia.

Isto permite que eles sejam guardados por dias em "garrafas de antimatéria" especialmente projetadas, cujas paredes são formadas não por matéria, mas por campos magnéticos e elétricos.

Eles também desenvolveram técnicas para resfriar a antimatéria a temperaturas tão baixas quanto as do hélio líquido e para comprimi-la em altas densidades.



Clifford Surko (centro) e seus colegas estão desenvolvendo o maior depósito de antimatéria já construído, que conterá um trilhão ou mais de antipartículas. [Imagem: Kim McDonald/UCSD]
Feixes de antimatéria

"Pode-se, em seguida, empurrar a antimatéria para fora da garrafa em um fluxo fino, um feixe, de forma parecida com apertar um tubo de pasta de dente," disse Surko, acrescentando que há uma grande variedade de usos para esses feixes de pósitrons.

Atualmente, os pósitrons, ou anti-elétrons, são usados em exames de tomografia conhecidos como PET (Positron Emission Tomography: tomografia por emissão de pósitrons).

Na técnica da garrafa de antimatéria, os feixes de pósitrons serão usados de forma diferente.

"Estes raios oferecem novas formas de estudar como as antipartículas interagem ou reagem com a matéria comum," disse Surko. "Eles são muito úteis, por exemplo, na compreensão das propriedades superficiais dos materiais."

Depósito de antimatéria

Surko e seus colegas estão agora construindo o maior depósito de antimatéria do mundo, que irá armazenar pósitron de baixa energia - a armadilha será capaz de armazenar mais de um trilhão de partículas de antimatéria.

"Estamos trabalhando agora para acumular trilhões de pósitrons ou mais, em armadilhas formadas por múltiplas células, uma matriz de garrafas magnéticas semelhantes a um hotel com muitos quartos, com cada quarto contendo dezenas de bilhões de antipartículas," disse ele.

"Um entusiasmante objetivo de longo prazo do nosso trabalho é a criação de armadilhas portáteis de antimatéria," acrescentou Surko. "Isso aumentaria consideravelmente a capacidade de usar e explorar as antipartículas no nosso mundo de matéria, em situações onde é inconveniente usar os radioisótopos ou as fontes de pósitrons baseadas em aceleradores."
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=garrafa-para-antimateria&id=010115110224&ebol=sim

Matemáticos criam Tabela Periódica dos átomos geométricos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/02/2011



Átomos geométricos

Matemáticos estão criando sua própria Tabela Periódica, uma coleção de formatos geométricos fundamentais, que não podem ser reduzidos a nada mais simples.

Os átomos geométricos são "formatos suaves", sem bordas ou cantos, lembrando mais esferas deformadas, podendo ser descritos em termos do seu "fluxo" - se um formato tem um padrão único de fluxo, então ele é um átomo; se não ele é uma molécula e pode ser decomposto em formatos mais simples.

Esses formatos simples, ou átomos geométricos, são conhecidos pelos matemáticos como variedades de Fano, em referência a Gino Fano, que descobriu nove formatos atômicos bidimensionais nos anos 1930. Na década de 1980 foram descobertos 102 formatos em três dimensões.

Mas ninguém antes havia organizado esses formatos fundamentais em grupos e nem avançado rumo a múltiplas dimensões. Um novo programa de computador criado pelos pesquisadores certamente facilitará esse trabalho daqui para frente.



Os átomos geométricos são "formatos suaves", sem bordas ou cantos, lembrando mais esferas deformadas, podendo ser descritos em termos do seu "fluxo" [Imagem: Corti/Fano Research]
Tabela Periódica de formatos

Esses átomos geométricos, à primeira vista, deverão produzir um número muito maior de "elementos matemáticos" do que a Tabela Periódica tradicional tem de elementos químicos.

Isso porque o objetivo dos cientistas é ambicioso: isolar todos os "possíveis formatos do universo" em três, quatro e cinco dimensões, interligando os formatos da mesma forma que os elementos químicos são reunidos em famílias.

"A Tabela Periódica é uma das ferramentas mais importantes na química. Ela lista os átomos com os quais tudo o mais é feito, e explica suas propriedades químicas," explica o professor Alessio Corti, que está trabalhando juntamente com matemáticos da Austrália, Japão e Rússia.

"Nosso trabalho pretende fazer o mesmo - criar um diretório que liste todos os blocos geométricos fundamentais e isole as propriedades de cada um usando equações relativamente simples," prossegue ele.

Eles ainda não sabem exatamente quantos átomos geométricos existem, embora calculem que provavelmente haverá uma quantidade deles grande demais para colocar em uma tabela ou mesmo em uma parede inteira.

Estima-se que haja algo em torno de 500 milhões de formatos que podem ser definidos algebricamente em quatro dimensões, que exigiriam alguns milhares de blocos fundamentais para serem construídos.

Novas dimensões da matemática

As equações são essenciais, uma vez que a maioria dos átomos geométricos não poderão ser "visualizados" no sentido comum, porque envolvem outras dimensões.

O universo descrito pela Teoria da Relatividade de Einsten, por exemplo, possui quatro dimensões - as três dimensões espaciais mais o tempo. A Teoria das Cordas, em sua versão conhecida como Teoria-M, propõe um universo com onze dimensões.

A Teoria das Cordas, aliás, desempenhou um papel fundamental neste trabalho, tendo permitido que os cientistas criassem o programa de computador capaz de decompor os formatos em átomos.

Como não podem ser visualizados diretamente, os cientistas fazem suas ilustrações fatiando os átomos geométricos - o processo inverso que os cientistas usam para montar as imagens do cérebro usando fatias capturadas pelos exames de tomografia.

Robótica e Teoria das Cordas

As implicações da pesquisa deverão ter impacto em inúmeras áreas.

Na robótica, por exemplo, é usada uma equação de cinco dimensões para instruir um robô a visualizar um objeto e então estender seu braço para pegá-lo.

No cálculo dos movimentos, quanto mais graus de liberdade o robô tiver - a quantidade de juntas em um braço robótico, por exemplo - maiores serão as dimensões necessárias para programar seu movimento.

Os físicos, por sua vez, precisam dessas equações para analisar os formatos das dimensões acima de quinta ordem para estudar como as partículas subatômicas interagem nesses multiversos.

Existirão vidas em outros universos?
Teoria química das formas

"Em nosso projeto, nós estamos procurando os blocos básicos das formas. Você pode pensar nesses blocos fundamentais como átomos, e pensar nos formatos compostos como moléculas," complementa o Dr. Tom Coates, membro da equipe.

"O próximo desafio é entender como as propriedades dos objetos maiores dependem dos átomos de que eles são formados. Em outras palavras, nós queremos construir uma teoria da química para as formas," conclui ele.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tabela-periodica-das-formas-geometricas&id=010150110223&ebol=sim

Batata quente quântica troca menor unidade possível de energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2011



Este é o aparato onde os dois íons de berílio ficaram presos para trocar a menor unidade mensurável de energia. Os íons ficam a cerca de 40 micrômetros um do outro, acima do quadrado de ouro que se pode ver no centro. O chip está rodeado por uma malha de cobre e ouro para evitar o acúmulo de cargas estáticas.[Imagem: Y. Colombe/NIST]


Energia é informação

Seu nome técnico é oscilador harmônico acoplado.

Mas você pode pensar nesse experimento como uma batata quente sendo descartada por dois competidores, que só podem jogá-la um na mão do outro.

Ao arremessar a batata quente, cada competidor - na verdade, cada oscilador - está enviando para o outro exatamente um quanta de energia, a menor unidade possível de energia.

Como a troca de energia equivale à troca de informações, esses osciladores acoplados poderão ser usados para transferir, por exemplo, dados codificados em um fóton, entre dois íons.

Essa capacidade de troca de energia, ou de informações, em nível quântico, é mais uma ferramenta para a oficina dos cientistas que estão trabalhando na construção dos computadores quânticos.

Eles também acreditam que a informação quântica poderá ser transferida para um oscilador mecânico - uma máquina quântica - que poderia servir de interface entre o processador quântico e o mundo macro.

A criação da primeira máquina quântica foi considerada o maior avanço científico do ano passado pela revista Science, ao demonstrar que a mecânica quântica aplica-se ao movimento de objetos macroscópicos.

Batata quente quântica

Os osciladores harmônicos acoplados foram construídos por cientistas do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia dos Estados Unidos.

Eles colocaram dois íons de berílio próximos um ao outro e os induziram a ficar trocando as menores unidades de energia que se pode medir.

Para entender seu funcionamento é preciso rever a analogia da batata quente.

Perceba que estamos falando de uma "batata quântica". Então, como tudo no mundo quântico é um tanto estranho, você pode dispensar a batata e os jogadores é que passam a pular um para a posição do outro, sem se chocar, trocando o calor.

O movimento dos íons, embora aconteça em condições regidas pela mecânica quântica, pode ser comparado ao comportamento de dispositivos osciladores do mundo macro, como o pêndulo de um relógio ou um diapasão.

"Primeiro um íon se mexe um pouco, enquanto o outro fica parado. Então o movimento passa para o outro íon, mediante a troca da menor quantidade de energia que se pode medir," explica Kenton Brown, um dos construtores da batata quente quântica. "Nós também ajustar o acoplamento, afetando o quão rápido eles trocam a energia e em que medida. Podemos ligar e desligar a interação."



Teoricamente, os íons podem trocar energia indefinidamente, até que o processo seja interrompido pelo aquecimento. [Imagem: Brown et al./arXiv]
A troca de energia de vários quanta foi detectada a cada 155 microssegundos. A troca de um quanta foi menos comum, e ocorreu a cada 218 microssegundos.

Teoricamente, os íons podem trocar energia indefinidamente, até que o processo seja interrompido pelo aquecimento - a propósito, o dispositivo funciona a -269º C.

Transformador quântico

Este experimento é semelhante ao realizado pelo mesmo grupo em 2009, quando eles demonstraram o entrelaçamento quântico, um fenômeno que associa as propriedades de de partículas separadas:

Processador quântico programável roda pela primeira vez
Contudo, eles afirmam que o experimento agora apresentado acopla os osciladores mais diretamente e, portanto, pode simplificar o processamento quântico de informações.

O acoplamento direto de íons postos em locais separados pode simplificar as operações lógicas e ajudar a corrigir erros de processamento.

Além disso, o experimento sugere que as interações podem ser usadas para conectar diferentes tipos de sistemas quânticos, como um íon e uma partícula de luz, um fóton, para transferir informações em uma rede quântica. Por exemplo, um íon aprisionado poderia atuar como um "transformador quântico" entre um qubit supercondutor e um qubit feito de fótons.

Bibliografia:

Coupled quantized mechanical oscillators
K.R. Brown, C. Ospelkaus, Y. Colombe, A.C. Wilson, D. Leibfried, D.J. Wineland
Nature
23 February 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nature09721

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=batata-quente-quantica-menor-unidade-energia&id=010165110225&ebol=sim

Astrônomos podem ter detectado nascimento de planeta

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2011



Astrônomos podem ter descoberto o primeiro objeto limpando o seu caminho no disco protoplanetário natal ao redor de uma estrela jovem. [Imagem: ESO/L. Calçada]


Berço de planetas

Uma equipe internacional de astrônomos utilizou o Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul) para estudar um disco de matéria em torno de uma estrela jovem, que se encontra nas fases iniciais da formação de um sistema planetário.

Há poucos dias, outro grupo de astrônomos relatou a primeira observação direta de um disco protoplanetário - veja Discos protoplanetários são fotografados pela primeira vez.

Agora foi detectado um corpo celeste menor junto a um disco desse tipo, que pode ser o causador de um grande espaço vazio encontrado no anel de poeira. Observações futuras determinarão se este companheiro é um planeta ou uma anã marrom.

Acredita-se que os planetas se formem a partir de discos de matéria em torno de estrelas jovens, mas a transição de disco de poeira para sistema planetário é rápida em termos cósmicos, o que faz com que poucos objetos sejam observados durante essa fase.

Os discos em transição podem ser detectados porque emitem menos radiação nos comprimentos de onda do infravermelho médio. A limpeza de poeira próxima da estrela e a criação de espaços e buracos podem estar na origem dessa redução na radiação. Planetas recém-formados podem ter criado estes espaços, embora existam também outras explicações plausíveis.

T Cha, uma T Tauri

Um destes objetos é a T Chamaeleontis - T Cha para resumir - uma estrela de baixa luminosidade situada na pequena constelação austral do Camaleão.

Embora de dimensões comparáveis às do Sol, ela encontra-se ainda no início da sua vida - a T Cha é uma estrela T Tauri, uma estrela muito jovem que ainda se encontra em contração, evoluindo em direção à sequência principal de uma estrela madura.

A T Cha situa-se a cerca de 330 anos-luz de distância e tem apenas sete milhões de anos de idade. Até agora, nunca foram encontrados planetas se formando nestes discos em transição, embora já tenham sido vistos planetas em discos mais maduros.

"Estudos anteriores mostraram que a T Cha é excelente para se estudar a formação de sistemas planetários," afirmou Johan Olofsson, do Instituto Max Planck para a Astronomia, na Alemanha, autor principal de um dos dois artigos científicos que descrevem este novo trabalho, ambos publicados na revista Astronomy & Astrophysics.

"Mas esta estrela encontra-se muito distante de nós e por isso necessitamos de toda a capacidade do interferômetro do Very Large Telescope (VLTI) para podermos observar os menores detalhes e vermos bem o que está acontecendo no disco de poeira," explica o astrônomo

Telescópio virtual

Numa primeira fase, os astrônomos observaram a T Cha utilizando o instrumento AMBER (sigla do inglês Astronomical Multi-BEam combineR) e o VLTI para combinarem a radiação coletada pelos quatro telescópios de 8,2 metros que compõem o VLT, criando assim um "telescópio virtual" de 130 metros de diâmetro.

Eles descobriram que uma parte do material do disco formou um anel de poeira fino, a apenas 20 milhões de quilômetros da estrela. Além desse disco interior, encontraram uma região desprovida de poeira que se estende até cerca de 1,1 bilhão de quilômetros da estrela, distância a partir da qual começa o disco de poeira exterior.

Nuria Huélamo, do Centro de Astrobiologia da Espanha, autora principal do segundo artigo científico, continua: "Para nós, este espaço vazio no disco de poeira em torno da T Cha era como uma arma fumegante, e nos perguntamos: será que estamos vendo um companheiro limpando um espaço no interior do seu disco protoplanetário?"

No entanto, encontrar um companheiro de fraca luminosidade tão perto de uma estrela brilhante é um tremendo desafio e a equipe precisou utilizar o instrumento NACO, montado no VLT, aplicando um novo e poderoso método chamado SAM sparse aperture masking.

Óptica adaptativa

O NACO é um instrumento de óptica adaptativa. Graças à óptica adaptativa, os astrônomos conseguem remover a maior parte do efeito de turbulência da atmosfera e obter imagens muito nítidas.

O instrumento é um tipo de interferômetro que, em vez de combinar a radiação de diversos telescópios, utiliza diferentes partes do espelho de um único telescópio. Esta nova técnica é particularmente adequada para procurar objetos de fraca luminosidade muito próximos de objetos brilhantes.

Depois de uma análise acurada, a equipe encontrou a assinatura clara de um objeto situado no interior do espaço vazio do disco de poeira, a cerca de um bilhão de quilômetros de distância da estrela - ligeiramente mais afastado do que Júpiter se encontra do Sol - e próximo da fronteira exterior da zona vazia.

Anã marrom

Indícios sugerem que este objeto não é uma estrela normal, podendo ser ou uma anã marrom rodeada de poeira ou um planeta recém-formado.

As anãs marrons são objetos situados entre as estrelas e os planetas em termos de tamanho. Não possuem massa suficiente para poderem queimar hidrogênio nos seus núcleos, mas são maiores do que os planetas gigantes do tipo de Júpiter.

Observações futuras permitir-nos-ão descobrir mais sobre o companheiro e o disco, e compreender qual o mecanismo que origina o disco de poeira interior," conclui Huélamo.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nascimento-planeta&id=010130110225&ebol=sim

Metamaterial tritura recorde de índice refração

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/02/2011



Os átomos artificiais, em formato de I, têm cerca de 60 micrômetros de altura e se repetem sobre uma matriz de polímero a cada 60 micrômetros.[Imagem: Yushin Kim/KAIST]


Índice de refração

Quando você olha para uma colher dentro de um copo com água, a colher parece quebrada.

Isto acontece por causa do índice refração da água, uma medida de quanto a luz se curva quando passa de um meio para o outro.

Na verdade, o índice de refração mede o ângulo em que a luz se curva quando passa do vácuo para o material em questão.

Os materiais comuns, como a água ou o vidro, têm índices de refração entre 1 e 3 nas frequências da luz visível - o recorde vai para o silício, que se aproxima de 4.

Agora, cientistas coreanos desenvolveram um material cujo índice de refração bateu em incríveis 38,6.

Metamaterial

É um material artificial, um assim chamado metamaterial, que opera na frequência dos terahertz - os raios T.

Os metamateriais ganharam notoriedade com as pesquisas sobre invisibilidade, graças à sua capacidade de dobrar a luz ao contrário, na direção oposta ao que fazem os materiais naturais.

Este novo metamaterial, por sua vez, possui um índice de refração positivo, o que o torna especialmente adequado para pesquisas com a promissora radiação terahertz, que promete substituir os raios X, sem os malefícios destes.

Outra possibilidade de aplicação prática é na chamada óptica transformacional, que estuda o controle das ondas de luz.



Observe o protótipo do metamaterial entre os dedos do pesquisador. [Imagem: Choi et al./Nature]
Átomos em formato de I

Bumki Min e seus colegas do instituto KAIST sintetizaram o metamaterial construindo "átomos" com estruturas de ouro e alumínio - como esses materiais artificiais são compostos de unidades básicas menores do que o comprimento de onda da radiação com que devem operar, os cientistas chamam essas unidades fundamentais de átomos.

Os átomos artificiais, em formato de I, têm cerca de 60 micrômetros de altura e se repetem sobre uma matriz de polímero a cada 60 micrômetros.

O material bateu o recorde do índice de refração - alcançando um pico de 38,6 - a uma frequência de 0,3 THz.

Segundo os cientistas, o feito é promissor porque pode ser possível alcançar níveis ainda mais elevados, ou alcançar níveis significativos em outros comprimentos de onda, uma vez que os átomos podem ser montados em camadas ou serem montados em outros espaçamentos.

Bibliografia:

A terahertz metamaterial with unnaturally high refractive index
Muhan Choi, Seung Hoon Lee, Yushin Kim, Seung Beom Kang, Jonghwa Shin, Min Hwan Kwak, Kwang-Young Kang, Yong-Hee Lee, Namkyoo Park, Bumki Min
Nature
17 February 2011
Vol.: 470, Pages: 369-373
DOI: 10.1038/nature09776
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=metamaterial-recorde-indice-refracao&id=010160110224&ebol=sim

Qual é o futuro da Teoria das Supercordas?

Com informaçõse da Agência Fapesp - 24/02/2011


Desde sua origem no fim da década de 1960, a teoria das supercordas passou por inúmeras reviravoltas. E essa movimentada trajetória está longe de chegar ao fim.[Imagem: Cortesia Nature]


Revoluções teóricas


Desde sua origem no fim da década de 1960, a teoria das supercordas passou por inúmeras reviravoltas.

Em vários momentos ganhou novas interpretações, até se tornar a mais bem-sucedida resposta, até hoje, para um dos maiores desafios da física contemporânea: unificar a teoria da relatividade geral e a mecânica quântica.

Mas essa movimentada trajetória histórica está longe de chegar ao fim, segundo o físico norte-americano Edward Witten, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton.

Witten recebeu, em São Paulo, o título de doutor honoris causa da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Para Witten, que é considerado um dos mais importantes físicos teóricos da atualidade, a teoria das supercordas deverá ganhar novas interpretações no futuro, adquirindo dimensões - e consequências teóricas - que ainda são completamente imprevisíveis.

"A teoria das supercordas alcançou um nível de desenvolvimento que, em cada um de seus estágios anteriores, ninguém jamais poderia conceber. Mas o processo de compreender o que realmente significa a teoria das supercordas ainda tem um longo caminho pela frente. Acredito que não estamos nada próximos de ver o fim desse caminho", disse.

Teoria das supercordas e Teoria-M

Desenvolvida a partir do fim da década de 1960, a teoria das supercordas é um modelo físico no qual os componentes fundamentais da matéria não são os pontos sem dimensão que caracterizam as partículas subatômicas na física tradicional, mas objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda.

Dependendo do "tom" da vibração dessas cordas, elas corresponderiam a cada partícula subatômica.

Witten é o criador da Teoria-M, que unifica as cinco diferentes teorias das supercordas existentes anteriormente.

O termo foi cunhado pelo cientista em 1995 e desencadeou a chamada "segunda revolução das supercordas".

A Teoria-M determina que a matéria é formada por membranas e que o universo flui através de 11 dimensões: o tempo, a altura, a largura, o comprimento e mais sete dimensões "recurvadas", com outras propriedades - veja Descoberta solução matemática para outras dimensões.

Cientistas propõem experimento para testar Teoria das Cordas
Interações subatômicas

De acordo com Witten, o processo de mudanças de interpretação que deu novos significados à teoria das supercordas, aumentando sua importância ao longo do tempo, está longe de terminar. "Ainda não podemos nem conceber o fim dessa jornada", disse.

Os físicos consideram que a origem da teoria das supercordas remonta à formulação da Amplitude de Veneziano. A descoberta, realizada em 1968 pelo italiano Gabriele Veneziano, sugeria que a amplitude de espalhamento explicava propriedades físicas, como a simetria e a dualidade, da interação forte entre as partículas subatômicas denominadas mésons.

"Só me envolvi com a teoria das supercordas no fim da década de 1970, por isso não sei o que teria pensado sobre essa descoberta na época. Mas, olhando retroativamente, acho surpreendente que essa pequena fórmula tenha-se tornado o ponto inicial de algo tão significativo", afirmou Witten.

Segundo ele, a proliferação de ressonâncias das partículas subatômicas, ou hádrons, levavam os físicos ao desespero quando tentavam descrever as interações fortes entre elas. "A descoberta de Veneziano sugeria que, se havia tantas ressonâncias de partículas, o espalhamento ressonante poderia ter um papel importante na interação dos hádrons", explicou.

A partir daí, segundo ele, desenvolveu-se a ideia de que um méson é uma pequena corda com cargas em suas extremidades. "As ressonâncias dos mésons, que correspondem aos pólos da amplitude de Veneziano, seriam estados vibratórios dessas cordas", disse Witten.

Metamateriais vão testar mudanças na estrutura do espaço-tempo


Diferentes níveis de visualização da matéria: 1) cristal; 2) estrutura molecular (átomos); 3) Átomo (prótons, nêutrons e elétrons); 4) Elétron; 5) Quarks; 6) Cordas. [Imagem: MissMJ/Wikimedia]
Gravitação quântica

No entanto, a amplitude de Veneziano gerou descrições das interações fortes entre partículas que são corretas apenas do ponto de vista quantitativo. Outras descrições melhores surgiram e, por alguns anos, a teoria das supercordas ficou no ostracismo.

"Desenvolvimentos posteriores mostraram que o aparente fracasso da teoria das supercordas para explicar as interações fortes não era definitivo. As outras descrições melhores aparentemente eram equivalentes a uma parte ainda não descoberta da teoria das supercordas", afirmou Witten.

O principal motivo para a sobrevivência da teoria, no entanto, é que, se ela era insuficiente para explicar as interações fortes, havia um outro problema da física para o qual ela estava correta: a gravitação quântica.

"A mecânica quântica e a gravidade existem no mundo real e, por isso, precisamos de uma teoria da gravitação quântica. Mas ela não pode ser compreendida com os algoritmos convencionais. A teoria das supercordas tinha as características para isso", disse.

Depois da formulação da Amplitude de Veneziano, segundo Witten, descobriu-se que a teoria era incompatível com a massa que se atribuía às partículas.

Alguns físicos, então, foram ousados o suficiente para propor que a teoria das supercordas havia sido mal interpretada: as cordas eram muito menores do que se havia imaginado e descreviam a gravitação quântica.

"Com isso, a teoria foi conduzida novamente para uma nova direção que não poderia ter sido prevista antes", disse.

Teoria de Einstein derruba dois competidores
Supersimetria e supergravidade e membranas

Esse processo de transformação continuou ao longo dos anos e uma das consequências desse desenvolvimento foi perturbadora: a teoria estabelecia que o Universo deveria ter dez dimensões espaciais, além do tempo.

"Isso deve ter parecido uma piada, na época. Mas, quando a teoria foi reinterpretada como uma candidata para unificar todas as teorias de partículas e forças elementares, as dimensões extras deram abertura para que se derivasse toda a complexidade do mundo real a partir de um ponto inicial", disse Witten.

Os físicos descobriram então a supersimetria, descoberta que o norte-americano considera como a principal contribuição que a teoria das supercordas trouxe para prever tudo de novo que pode ser descoberto na física de partículas.

"A supersimetria levou ao tema extraordinariamente rico da supergravidade - que é a consequência da supersimetria ao descrever a gravidade. A supersimetria e a supergravidade são na verdade o topo de um iceberg muito maior: a teoria das supercordas se baseia em um novo tipo de geometria que nós ainda não entendemos", afirmou.

De alguma maneira, segundo Witten, existe um novo tipo de geometria que não permite que se fale de "pontos" ou "linhas" no espaço-tempo, mas na qual se pode falar de superfícies mínimas quânticas.

"Depois disso, alguns físicos começaram a se perguntar: por que parar nas cordas? Por que não membranas? Havia uma boa resposta para isso: as cordas funcionam melhor que as membranas por causa das propriedades únicas dos números complexos. Mas, agora, sabemos que as membranas e os objetos de maior dimensão não são parte de uma teoria alternativa. São, de fato, parte da teoria das supercordas", afirmou.

Velocidade de dobra pode ser possível, dizem físicos
Dualidade eletromagnética

Enquanto isso, outra ideia era desenvolvida para desafiar os paradigmas então estabelecidos pela teoria das supercordas: a dualidade eletromagnética. Em meados da década de 1990, várias pistas sugeriam que a simetria entre os campos elétricos e magnéticos tinha importância estrutural para a teoria das supercordas.

"A implicação mais direta era o fato de que a dualidade eletromagnética é importante na supergravidade. As várias vertentes - como as membranas e a dualidade eletromagnética - foram integradas na metade da década de 1990, gerando um novo paradigma", ressaltou.

A partir daí, a teoria só pode ser compreendida em termos de mecânica quântica. "Mas ela não podia ter apenas uma 'roupagem quântica'. Para entendê-la, seria preciso, de certa forma, que ela desse uma nova interpretação do que significa a mecânica quântica", disse.

Sendo assim, de acordo com Witten, chegou-se a um novo paradigma: só havia uma teoria das supercordas e ela se tornara a única candidata à superunificação das leis da natureza.

"Na década de 1990, a visão predominante sobre o que significa a teoria das supercordas e sobre como se pode tentar entendê-la foi, mais uma vez, imensamente amplificada. Podemos perguntar: o que vem agora? Qual a próxima grande mudança de perspectiva? Difícil saber. Talvez já tenha havido, na última década, mais uma mudança de interpretação na teoria, mas é difícil identificá-la sem o devido distanciamento", disse.

Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física

fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teoria-das-supercordas&id=010130110224&ebol=sim

Discos protoplanetários são fotografados pela primeira vez

Thomas Henning Max Pla - 23/02/2011



Esta é a primeira vez que discos protoplanetários de tamanho comparável ao nosso próprio Sistema Solar foram detectados tão claramente. [Imagem: MPIA / Christian Thalmann]


Discos protoplanetários

Astrônomos obtiveram pela primeira vez imagens detalhadas de discos protoplanetários de duas estrelas.

Acredita-se que os planetas se formem a partir de discos de gás e poeira que circundam estrelas jovens. Assim, observar esses locais é como fazer uma viagem ao passado da Terra e de seus irmãos.

Esta é a primeira vez que discos protoplanetários de tamanho comparável ao nosso próprio Sistema Solar foram detectados tão claramente, revelando características como anéis e espaços vazios que estão associados com a formação de planetas gigantes.

Os dois discos protoplanetários agora detectados diretamente estão ao redor da jovem estrela LkCa 15, que fica a cerca de 450 anos-luz da Terra, na constelação de Touro, e da estrela AB Aur, na constelação de Auriga, a uma distância de 470 anos-luz da Terra. Esta última é ainda mais jovem, com idade de apenas um milhão de anos.



A imagem do disco protoplanetário foi feita pelo Telescópio Subaru, no Havaí. [Imagem: Christian Thalmann) & NAOJ]
Formação dos planetas

A teoria atual sustenta que uma estrela recém-nascida deixa ao seu redor um disco de matéria, uma espécie de gigantesco anel.

Por processos ainda não bem compreendidos, aglomerados dessa matéria vão se juntando, até que sua própria gravidade torna-se suficientemente forte para comprimi-los em corpos densos, que chamamos planetas.

As observações são parte de um levantamento sistemático em busca de planetas e discos ao redor de estrelas jovens, usando uma câmera estado-da-arte, de alto contraste, concebida especificamente para este fim e instalada no telescópio Subaru, no Havaí.

O instrumento HiCIAO conseguiu o feito inédito usando duas técnicas: uma compensação da distorção gerada pela atmosfera da Terra e o bloqueio físico da própria luz da estrela cujos arredores se quer observar.

Bibliografia:

Imaging of a Transitional Disk Gap in Reflected Light: Indications of Planet Formation Around the Young Solar Analog LkCa 15
Thalmann, C. et al.
Astrophysical Journal Letters
Vol.: 718, p. L87-L91

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=discos-protoplanetarios&id=020130110223&ebol=sim

Biomineração substitui mineiros por bactérias



Células bacterianas que podem acumular grandes quantidades de paládio são uma alternativa eficiente e verde para os métodos tradicionais de reciclagem. Nesta micrografia, as células de E. coli são cercadas por nanopartículas de paládio e ouro (depósitos escuros).[Imagem: Kevin Deplanche]


Bactérias brevemente poderão ser usadas em larga escala para converter resíduos metálicos em catalisadores de alto valor.

Esses catalisadores, à base do caríssimo metal paládio, são necessários em vários processos, incluindo a limpeza de poluentes tóxicos e a geração de energia limpa.

Reciclagem do paládio

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, desvendaram os mecanismos que permitem que uma bactéria comum do solo (Desulfovibrio desulfuricans) recupere o paládio de resíduos industriais.

O paládio é um dos metais do grupo da platina, metais de alto valor com uma grande variedade de aplicações, devido às suas propriedades químicas excepcionais.

Os metais do grupo da platina são rotineiramente usados em muitos sistemas catalíticos e são os elementos ativos dos conversores autocatalíticos que reduzem as emissões de gases com efeito estufa.

"Estes metais são um recurso finito, o que se reflete no seu alto valor de mercado. Nos últimos 10 anos, a demanda ultrapassou consistentemente a oferta," conta o Dr. Kevin Deplanche que liderou o estudo.

Isso tem incentivado pesquisas sobre formas alternativas de recuperação do paládio de fontes secundárias - a reciclagem e o reaproveitamento - em substituição à mineração do material bruto.

Bactéria garimpeira

Trabalhos anteriores da equipe haviam mostrado que a Desulfovibrio desulfuricans é capaz de reduzir o paládio presente nos resíduos industriais em nanopartículas metálicas com atividade biocatalíticas.

Agora foram identificadas as moléculas precisas envolvidas no processo de redução.

As enzimas hidrogenase localizadas na membrana superficial da bactéria são as responsáveis pela redução do paládio, o que leva ao acúmulo das nanopartículas catalíticas.

As células bacterianas revestidas com nanopartículas de paládio são conhecidas como "BioPd" - uma referência a bio-paládio.

Bio-paládio

O grupo acredita que o BioPd tem grande potencial para ser usado para gerar energia limpa.

"As pesquisas do nosso grupo demonstraram que o BioPd é um excelente catalisador para o tratamento de poluentes persistentes, tais como o cromo, que é usado na célula a combustível de troca de prótons para produzir eletricidade limpa a partir do hidrogênio," disse o Dr. Deplanche.

"Nosso objetivo final é desenvolver uma tecnologia de uma única etapa que permita a conversão de resíduos metálicos em catalisadores de alto valor para a química verde e a geração de energia limpa,", disse ele.

Tecnologia atual permite criação de "biocivilização"

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=biomineracao&id=010160110223&ebol=sim

Cristalografia robotizada



No Workshop on Synthetic Biology and Robotics, Otávio Thiemann, da USP, faz uma avaliação dos avanços no campo da automação que estão revolucionando as pesquisas para a descoberta de novos fármacos a partir da síntese de moléculas (Foto: Eduardo Cesar)
Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – O Brasil tem todas as condições para contribuir com os avanços tecnológicos no campo da automação que estão revolucionando as pesquisas para a descoberta de novos fármacos a partir da síntese de novas moléculas, de acordo com Otávio Thiemann, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP).

Thiemann participou nesta quinta-feira (24/2), em São Paulo, do Workshop on Synthetic Biology and Robotics, que teve o objetivo de divulgar a nova área multidisciplinar que envolve a robótica e a biologia sintética. O evento, organizado pela FAPESP e pelo Consulado Britânico em São Paulo, integra a Parceria Brasil–Reino Unido em Ciência e Inovação.

Durante o evento, o pesquisador fez uma avaliação dos avanços e perspectivas das aplicações da robótica à cristalografia de proteínas – uma técnica que permite "enxergar" as moléculas de proteína em nível atômico.

As estruturas das moléculas, entretanto, não podem ser propriamente vistas, porque sua escala é menor que o comprimento de onda da luz visível. Por conta disso, os cientistas utilizam raios X de alta energia, produzidos por linhas de luz síncrotron, que permitem distinguir distâncias atômicas da ordem de poucos ângstrons.

Thiemann utiliza a técnica para elucidar a estrutura molecular e a função de proteínas-alvo na fisiologia de parasitas como as Leishmanias e os Trypanosomas, avaliando o potencial dessas moléculas para o desenvolvimento de novas drogas.

“Várias etapas do processo de cristalografia de proteínas já foram automatizados, mas ainda há gargalos em algumas delas. As tecnologias de automação, no entanto, estão avançando muito rapidamente e deverão tornar o ciclo inteiro muito mais ágil”, disse Thiemann à Agência FAPESP.

Conforme avança a robotização de determinadas fases do processo, segundo o pesquisador, a ciência avança na direção de cristalizar um grande número de proteínas simultaneamente, em vez de estudar a estrutura de cada uma delas separadamente. “Isso vai encurtar enormemente o caminho para a descoberta e melhoria de drogas”, explicou.

De acordo com o cientista, o processo para se chegar a cristalizar as moléculas – desvendando sua estrutura, sua dinâmica e sua atividade – não é trivial. Suas diversas etapas, porém, podem ser diferenciadas em dois universos diferentes: o da produção da proteína e o da cristalização propriamente dita.

“Na produção da proteína, embora a automação ainda não esteja tão bem estabelecida, já há vários robôs que podem ajudar em várias etapas do processo. Mas é ao fim da parte da cristalização que temos alguns gargalos fundamentais, cuja superação deverá revolucionar todo o processo”, afirmou.

A automação da montagem da proteína no difratômetro – o equipamento utilizado para a análise da estrutura da molécula – é crucial para mudar a escala do processo, segundo o cientista.

“Temos que montar a gota de cristalização, selecionar o cristal, difratar os dados e resolver a estrutura. Uma vez que temos o cristal, o principal gargalo que temos consiste em colocá-lo dentro do difratômetro”, explicou.

Uma vez que isso é feito, o robô se encarrega do resto, alinhando o cristal corretamente diante do feixe de raio X. “No meu entender, esse é o ponto que ainda está suscetível a enormes avanços de inovação. Se o robô puder ‘pescar’ o cristal para introduzi-lo no difratômetro, todo o processo ganhará outra escala”, disse Thiemann.

Uma das alternativas utilizadas atualmente consiste em diminuir as chances para que o cristal cresça livremente dentro da gota de cristalização, imobilizando-o dentro de um capilar.

“Mas são ainda iniciativas que estão em estágio inicial. Quando o cristal cresce, geralmente a intervenção humana se faz necessária. É preciso ter discernimento para saber se o cristal é bom ou não, se inclui outros precipitados, ou se possui outras características em seu entorno que precisam ser retiradas”, destacou.

Mais ágil

Como essa parte do processo ainda exige a intervenção humana, o processo sofre interrupções contínuas. A automação aumentaria a velocidade, dispensaria diversos cuidados específicos e permitiria um trabalho de 24 horas por dia.

“Se quisermos, por exemplo, cocristalizar uma enzima com 500 ou mil compostos possíveis, para avaliar as características da molécula e, a partir daí, melhorar sua ação, teremos que criar condições de cristalização para todas essas cocristalizações”, apontou Thiemann.

“Nesse processo, é preciso encontrar um composto, voltar atrás, cocristalizar o composto, aprender, voltar atrás mais uma vez, sintetizar o novo composto e assim por diante. Esse ciclo poderá se tornar muito mais ágil com a automação”, disse.

Com mais agilidade, seria possível cristalizar as moléculas simultaneamente em larga escala. “Cristalizar a proteína é diferente de cocristalizar a proteína com um inibidor dentro dela. As condições podem ser bastante diferentes dependendo do composto e o número de combinações possíveis é enorme. Geralmente, conseguimos cocristalizar uma proteína com um ou dois inibidores – o que já dá muito trabalho aos alunos. Com o robô, poderíamos fazer isso em massa”, disse.

Para o professor da USP, a tecnologia da robótica está avançando em um ritmo muito forte, assim como a informática, que permite a análise e a distinção de padrões de imagem. “Além disso, a inteligência artificial faz com que os programas aprendam com o que acabaram de fazer, realimentando o software para que ele consiga executar a próxima rodada com maior taxa de acerto”, disse.

Segundo ele, há perspectivas de desenvolvimento desse tipo de tecnologia em vários centros no Brasil. “Há alguns cursos de graduação – como mecatrônica e robótica – formando pessoal nessa área. Mas se trata de um segmento essencialmente multidisciplinar. Não precisamos só de alguém que saiba montar um robô, mas alguém que saiba fazê-lo com essa finalidade específica. Precisamos de pessoal com várias formações diferentes e certamente é possível desenvolver isso no Brasil”, afirmou.
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13509/cristalografia-robotizada.htm

Robôs fazem ciência



Sistemas automatizados desenvolvidos por pesquisadores do Reino Unido podem ser peça-chave para a criação de fármacos mais eficazes a custo reduzido (divulgação)
Por Mônica Pileggi
Agência FAPESP – Criar máquinas capazes de realizar novas descobertas é algo que está saindo do campo da ficção científica. Um dos maiores exemplos na atualidade está no Reino Unido, onde a equipe do professor Ross King, do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Gales, trabalha há mais de uma década no desenvolvimento de Adam e Eve (Adão e Eva).

O objetivo da dupla automatizada é diminuir o tempo dos ensaios em laboratório para o desenvolvimento de novos fármacos. Além disso, Eve, o modelo de segunda geração, permite encontrar drogas cujos compostos químicos são mais efetivos no tratamento de uma doença e de forma mais rápida e econômica.

Tal façanha é possível graças à capacidade que o robô tem de selecionar compostos, dentre os milhares armazenados em sua biblioteca, que surtirão mais efeito durante os ensaios no combate a determinada doença. E Eve consegue testar mais de um ao mesmo tempo. “Depois, o pesquisador humano analisa os resultados obtidos”, disse King à Agência FAPESP.

“Mas mesmo com todos esses recursos é importante destacar que Eve ainda não possui inteligência artificial”, completou o professor, que participou nesta quinta-feira (24/2) do Workshop on Synthetic Biology and Robotics, em São Paulo. O evento, organizado pela FAPESP e pelo Consulado Britânico em São Paulo, integra a Parceria Brasil–Reino Unido em Ciência e Inovação.

“Hoje, o robô testa os compostos químicos disponíveis na biblioteca, mas não identifica padrões. A partir da próxima semana trabalharemos para que entenda o trabalho que executa”, revelou.

Nessa fase final de desenvolvimento, a meta é tornar Eve capaz o suficiente para identificar novos padrões – combinações de moléculas – que possam vir a ajudar no desenvolvimento de drogas mais eficazes para, em seguida, testá-las.

Teste em larga escala

Embora incompleto, o robô cientista já mostrou do que é capaz. Ao realizar experimentos em larga escala, Eve reduziu de forma expressiva o escopo de fármacos que a engenheira agrônoma Elizabeth Bilsland, da Universidade de Cambridge, precisaria testar em sua pesquisa com os parasitas Schistosoma, Plasmodium vivax e P. falciparum, e Trypanosoma cruzi e T. brucei, além da Leishmania.

“Cada parasita se desenvolve em diferentes condições. E, para criar novos fármacos, é preciso testar novos métodos. Eve testou mais de 15 mil compostos químicos de sua biblioteca para encontrar aqueles capazes de inibir as enzimas dos parasitas, sem danificar os genes humanos”, disse Elizabeth.

De acordo com a pesquisadora, com base nos ensaios para as doenças causadas pelos parasitas listados, o robô teceu uma rede de hipóteses até chegar a um fármaco com potencial para tratar de todas ao mesmo tempo, exceto a leishmaniose. “É o que podemos chamar de droga miraculosa”, ressaltou.

Mas ainda falta muito para a droga chegar ao mercado, uma vez que a hipótese criada pelo robô precisa ser validada. Essa fase do trabalho contará com a colaboração de cientistas da Unicamp e da Unesp.

Por conta do período que uma nova droga leva para ser lançada, Elizabeth destacou as pesquisas que vem realizando com remédios já disponíveis e aprovados pela Food and Drug Administration do governo dos Estados Unidos.

“Algumas delas são aprovadas e indicadas para determinadas doenças, mas também têm potencial para o tratamento de outras. Testamos essas drogas no sistema que criamos e encontramos cerca de cinco que atacam também as enzimas de Trypanosoma e outras que atingem as enzimas do Plasmodium vivax”, explicou.

A finalidade desse estudo é reaproveitar medicamentos já existentes e aprovados para uso humano que sejam eficientes também em outras doenças.

“Durante uma visita a um hospital em Campinas, observei um caso em que um medicamento prescrito para problemas do coração foi utilizado para o tratamento da doença de Chagas, com bons resultados”, disse Elizabeth.
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13510/robos-fazem-ciencia.htm

Lógica da redação científica



Novo livro de Gilson Volpato, da Unesp, reúne dicas práticas para que artigos tenham base na lógica da ciência e não em regras estabelecidas pelo costume
Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – Escrever um artigo, o chamado paper, é uma etapa importante do processo de produção da ciência. Desse ponto de vista, a lógica e a metodologia são tão imprescindíveis para a redação científica como para a própria pesquisa. Essa é a ideia que sustenta as propostas do livro Método lógico para redação científica, de Gilson Volpato, lançado no fim de janeiro.

Convicto de que a redação científica deve se pautar pela lógica da pesquisa e não por costumes acadêmicos, Volpato, que é professor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp), sistematizou na publicação o conhecimento acumulado ao longo de mais de 25 anos de dedicação ao tema.

“A proposta de um método lógico pressupõe que exista um ‘método ilógico’. Isso pode parecer inusitado, mas foi o que constatei a partir da experiência com a pesquisa e o ensino da redação científica. Todas as decisões do autor de um artigo devem ser produto da lógica científica e não de pequenas regras extraídas dos costumes, que reproduzem e perpetuam equívocos conceituais”, disse à Agência FAPESP.

Volpato, que há anos apresenta cursos sobre redação científica em todo o país, publicou sete livros sobre o assunto, incluindo Bases teóricas da redação científica ... por que seu artigo foi negado, Pérolas da redação científica (2010) e Dicas para redação científica (2010).

“Ao escrever sobre o assunto, ao longo do tempo percebi que havia chegado a um método lógico para a redação científica e decidi sistematizar essas ideias de forma que elas se tornassem uma espécie de manual prático para a redação científica. O livro é um resultado dessa visão de conjunto sobre minha trajetória”, contou.

O livro é voltado para interessados de todos os patamares da produção de artigos, desde iniciação científica até a pesquisa internacional de alto nível. “A proposta se aplica a todo tipo de ciência empírica, isto é, aquela cuja conclusão exige evidências. Portanto, não se aplica tanto à filosofia, mas serve para praticamente todas as áreas”, disse.

A própria forma de apresentação segue uma organização lógica coerente com os objetivos. O livro tem 147 pranchas nas páginas da direita, que são brevemente explicadas nas páginas da esquerda. “Ao seguir essa sequência, o leitor aprende a base da ciência e como revertê-la em um artigo científico internacional”, disse.

“Procurei mostrar como usar a lógica não apenas na concepção e execução da pesquisa, mas também na produção do artigo, desde o título e a introdução, até o uso de gráficos e conclusões. A proposta é que o autor busque a lógica científica quando tiver uma dúvida de redação. A lógica da ciência vem em primeiro lugar e, em seguida, vêm os atributos de comunicação do artigo”, disse.

O livro apresenta também algumas novidades teóricas, como a definição de revista científica internacional e uma classificação dos periódicos com base no método lógico.

“Não basta que uma revista seja publicada em língua inglesa para que se caracterize como revista internacional. Ela precisa ter necessariamente dois atributos: deve publicar artigos de pesquisadores de várias nacionalidades e ser citada em vários países”, explicou.

As revistas científicas, segundo o método de Volpato, dividem-se em quatro níveis. O primeiro corresponde às revistas de baixo impacto, que são conhecidas apenas dentro dos institutos onde são publicadas. O segundo nível abrange as revistas que têm mais impacto, mas não se encaixam na definição de revistas internacionais, limitando-se à sua região.

“Os outros são os das revistas internacionais. O terceiro corresponde às revistas que são conhecidas em sua área. Uma revista sobre biologia dos peixes, por exemplo, que pode ter excelente nível e ser muito conhecida, mas apenas entre os que trabalham com peixes. O quarto nível é o das revistas que extrapolam especialidades, seja por abarcar todas elas ou por ter um impacto tão alto que extrapola sua área”, disse.

As revistas do quarto nível, segundo Volpato, se caracterizam por ter preocupação não apenas com a qualidade científica do artigo, mas também com a qualidade da comunicação.

“As revistas do terceiro nível se preocupam com a robustez científica do conteúdo, mas são ingênuas do ponto de vista da comunicação. Atraem os especialistas, mas têm um texto bastante feio e desagradável. No entanto, essas revistas estão começando a importar conceitos de comunicação do nível mais alto. Os cientistas devem ficar atentos a essa transformação”, afirmou.

Método lógico para redação científica
Autor: Gilson Luiz Volpato
Lançamento: 2011
Preço: R$ 60
Páginas: 320
Mais informações: www.bestwriting.com.br
Fonte:http://www.agencia.fapesp.br/materia/13426/logica-da-redacao-cientifica.htm

Universidade cassa título de doutor de ministro alemão acusado de plágio



Karl-Theodor zu Guttenberg: ministro em dificuldades
Devido a "consideráveis violações" em sua tese de doutorado, a Universidade de Bayreuth retirou o título de doutor em Direito do Ministro da Defesa da Alemanha, Karl-Theodor zu Guttenberg.
A Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da Universidade de Bayreuth anunciou na noite desta terça-feira (23/02) ter chegado à conclusão que o ministro Karl-Theodor zu Guttenberg violou "consideravelmente" as regras dos doutorados, não creditando corretamente as fontes e a bibliografia utilizadas em seu trabalho.

O reitor Rüdiger Bormann disse que o título foi revogado sem que fosse provado que o ministro teve intenção de enganar a universidade. A instituição anulou o título de Guttenberg após ele próprio ter anunciado que não mais o utilizaria. Segundo Bormann, em um caso como este, quando ambas as partes estão de acordo, o caminho escolhido é o mais curto.

Críticas da oposição

Ainda na quarta-feira, antes da divulgação pela universidade, Guttenberg teve de prestar explicações ao Parlamento alemão. Políticos de oposição haviam pedido à chanceler federal Angela Merkel que afastasse o ministro do cargo, acusando-o de "impostor" e "mentiroso".

A chefe de governo Angela Merkel comentou a decisão da universidade como certa e lógica. O ministro, no entanto, permanece na pasta.

FC/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14871356,00.html?maca=bra-newsletter_br_Destaques-2362-html-nl

Um guia turístico de nova geração (vídeo)




A portuense CreativeBitBox aproveitou a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) para dar a conhecer uma plataforma que permite criar roteiros turísticos personalizados. A solução dá pelo nome de BeAround.
A plataforma vai ser disponibilizada em smartphones, e um portal na Net. Em breve, a empresa prevê instalar em postos de turismo e aeroportos mesas equipadas de ecrãs táteis que também permitem criar roteiros e conhecer pontos de interesse de uma ou mais cidades.

Neste vídeo, pode ver como funciona a plataforma BeAround.

Fonte:http://aeiou.exameinformatica.pt/um-guia-turistico-de-nova-geracao-video=f1008766

Cacto ambulante



A descoberta de uma criatura extinta e inusitada, feita no sudoeste China, é o destaque da edição desta quinta-feira (24) da revista Nature.

Apelidado de "cacto ambulante", o animal amplia o conhecimento sobre a evolução dos artrópodes, filo do qual fazem parte os insetos, as aranhas e os crustáceos.

A descoberta também reacende a questão de se o desenvolvimento do característico esqueleto externo duro dos artrópodes começou ou não com a aquisição de pernas robustas.

A maior parte dos grupos de animais vivos atualmente apareceu primeiramente no registro fóssil durante a chamada explosão do Cambriano, um período de rápida evolução ocorrido há cerca de 500 milhões de anos.

Jianni Liu, do Departamento de Geologia da Universidade Northwest, nos Estados Unidos, e colegas descrevem no artigo agora publicado a descoberta de outra espécie no pouco conhecido grupo dos lobopodios (Lobopodia).
O exemplar tinha cerca de seis centímetros de comprimento e lembra um verme com corpo mole e estreito, mas com dez pares de pernas robustas e cheias de formações que lembram espinhos. A espécie foi classificada como Diania cactiformis, por lembrar um cacto.

Os cientistas responsáveis pelo estudo sugerem que o fóssil encontrado pode representar o organismo mais próximo dos artrópodes modernos de que se tem notícia.

Embora o "cacto ambulante" não seja exatamente o ancestral comum dos artrópodes atuais, ele tem os membros mais robustos e parecidos com os de um artrópode dos lobopodios conhecidos.
Segundo Liu e colegas, isso pode indicar que esse ramo dos lobopodios evoluiu para ter pernas duras antes mesmo que seus corpos endurecessem. Mas não se sabe se essa característica pode se aplicar aos artrópodes em geral.

O artigo An armoured Cambrian lobopodian from China with arthropod-like appendages (doi:10.1038/nature09704), de Jianni Liu e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
(Agência Fapesp)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76541

Educação superior, banda larga de acesso



Artigo do ministro da Educação, Fernando Haddad, publicado na Folha de S. Paulo desta quarta-feira (23)

As recentes conquistas não podem nos fazer esquecer dos avanços da educação superior, essenciais para a manutenção do ciclo virtuoso que vivemos

Na última década, o Brasil foi, segundo o Banco Mundial, o país que mais avançou em aumento de escolaridade e, segundo dados da OCDE, o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica.

Superamos a China, no primeiro caso, e ficamos atrás apenas de Chile e Luxemburgo, no segundo. Fruto de investimentos recordes em educação básica, essas conquistas não podem nos fazer esquecer dos avanços da educação superior, essenciais para a manutenção e desenvolvimento desse ciclo virtuoso.

1. Reuni: a expansão e interiorização das universidades federais dobraram o número de ingressantes entre 2003 e 2010, levando educação superior pública de qualidade para 126 cidades do interior do país.

O artigo da Constituição de 1988 (suprimido em 1996) que determinava a interiorização da oferta foi recuperado em sua essência, bem como a estratégia de transformar a educação superior num dos eixos de reordenação do território.

2.Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs): foram criados 38 IFs a partir de 140 unidades federais de educação profissional preexistentes (1909-2002) e a entrega de 214 novas (2003-2010), com projeto pedagógico inovador, que alia a oferta de ensino médio integrado a educação profissional, licenciaturas nas áreas de matemática e ciências da natureza e cursos superiores de tecnologia, firmando para estes padrão nacional de excelência acadêmica.

3.Universidade Aberta do Brasil: foram instalados 587 polos de apoio presencial para ensino à distância público de qualidade, sobretudo em cidades que não comportam um campus universitário, criando padrão de excelência nessa outra fronteira de expansão, com foco na formação de professores.

4.ProUni: foi regulamentado o artigo da Constituição que previa isenção fiscal para entidades que atuavam na educação superior, possibilitando o ingresso em cursos superiores pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de mais de 800 mil jovens da escola pública.

5. Novo Fies: as regras de financiamento estudantil foram radicalmente alteradas, com redução dos juros, aumento do prazo de carência e amortização, dispensa de fiador e perdão da dívida para professores da escola pública e médicos do SUS à razão de 1% por mês de exercício profissional.

6. Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior): a expansão da educação superior se dá agora pela observância de rígidos critérios de qualidade. As instituições ganham ou perdem autonomia de acordo com indicadores objetivos do Sinaes, podendo inclusive ser descredenciadas ou mesmo ter seus processos seletivos suspensos.

7.Novo Enem: a reformulação do exame segue seu caminho, possibilitando que instituições de ensino superior substituam seu anacrônico vestibular por um instrumento contemporâneo semelhante ao utilizado pelos mais modernos sistemas de ensino do mundo.

Dentre outras possibilidades, o novo Enem permite que, com seu boletim, o estudante possa, conhecendo previamente seu desempenho e a média do desempenho dos demais, escolher o curso e a instituição em que pretende estudar.

Todos esses projetos, pela escala monumental, enfrentam algumas dificuldades. Mas o resultado é que, em dez anos, a matrícula no ensino superior teve aumento de 151% e o número de formandos cresceu 195%! Com o aperfeiçoamento desses instrumentos, podemos criar na próxima década uma verdadeira banda larga de acesso à educação superior.

Fernando Haddad, 48, advogado, mestre em economia, doutor em filosofia, é ministro da Educação.
(Folha de São Paulo)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=76534