Translate

quinta-feira, 29 de março de 2012

Maioria dos brasileiros nunca ouviu falar em e-books, diz pesquisa

Dos 30% que já ouviram falar em e-books, 82% nunca leram um livro eletrônico. Foram ouvidas 5 mil pessoas. Dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", divulgada hoje (28/3) pelo Instituto Pró-Livro, mostram que 70% dos entrevistados nunca ouviram falar dos livros eletrônicos. Dos 30% que já ouviram falar em e-books, 82% nunca leram um livro eletrônico. Os livros digitais são mais populares entre o público de 18 a 24 anos. A maioria dos leitores de e-books pertence à classe A e tem nível superior completo. De acordo com a pesquisa, 52% dos leitores são mulheres e 48% homens. De acordo com o levantamento, as pessoas que têm acesso aos livros digitais ou leram pelo computador (17%) ou pelo celular (1%). A maioria dos leitores (87%) baixou o livro gratuitamente pela internet, desses, 38% piratearam os livros digitais. Apenas 13% das pessoas pagou pelo download. Ainda segundo a pesquisa, os leitores aprovam o formato eletrônico dos livros digitais, e os consideram uma tendência. A maior parte dos entrevistados lê de dois a cinco livros por ano. No entanto, mesmo que muitos sejam adeptos dos livros digitais, a maioria dos leitores acha difícil a extinção do livro de papel. O estudo realizado entre junho e julho de 2011 entrevistou mais de 5 mil pessoas em 315 municípios. De acordo com o levantamento, o Brasil tem hoje 50% de leitores ou 88,2 milhões de pessoas. Se encaixam nessa categoria aqueles que leram pelo menos um livro nos últimos três meses, inteiro ou em partes. O brasileiro lê em média quatro livros por ano. Entre as mulheres, 53% são leitoras, índice maior do que o verificado entre os entrevistados do sexo masculino (43%). A Bíblia aparece em primeiro lugar entre os gêneros preferidos, seguido de livros didáticos, romances, livros religiosos, contos, literatura infantil, entre outros. (*) Com informações da Agência Brasil Fonte:http://idgnow.uol.com.br/internet/2012/03/28/maioria-dos-brasileiros-nunca-ouviu-falar-em-e-books-diz-pesquisa/

Veja como testar um notebook na loja

Equipes PCWorld EUA e PCWorld Brasil 28-03-2012 Você está procurando um notebook novo, encontrou três modelos que lhe agradam mas não sabe qual escolher? Faça estes testes rápidos ainda na loja para encontrar o melhor Imagine o cenário: você precisa de um novo notebook, visita algumas lojas e encontra três modelos que lhe agradam, mas não sabe qual deles escolher. Nessa hora os testes simples abaixo, que podem ser feitos na própria loja, podem ajudá-lo a se decidir. Note que eles fornecem apenas parte da informação de que você precisa para se decidir pela compra. Obviamente há características como o preço, design e confiança na marca, que você também tem de levar em conta e que não cobrimos aqui. Encare nossas dicas como um “critério de desempate”. O número de testes que você poderá realizar varia de loja para loja. Em algumas você irá encontrar máquinas funcionando e prontas para o uso (e teste), enquanto em outras verá máquinas “trancadas” (protegidas com senha, ou atrás de um painel de acrílico) ou sequer ligadas. Nosso conselho? Compre nas lojas que permitem que você experimente o produto. E evite aquelas que insistem em manter nas mesas e prateleiras computadores sujos, com teclas faltando ou telas rachadas (acredite, já vimos isso!): se elas mal se preocupam em atrair o consumidor, imagine como é o pós-venda! Leia também » O que importa na hora de comprar um PC » Seis formas para reaproveitar um notebook antigo 1. Meça o tempo de boot Usando um cronômetro no seu relógio ou smartphone, meça o tempo que a máquina leva entre você apertar o botão de força para ligá-la e o desktop do Windows surgir na tela. Quanto menor, melhor. Demora no boot pode significar um disco rígido lento ou pouca memória, e isso irá se traduzir em mais tempo na hora de abrir aplicativos (veja o item 5), o que acaba causando irritação e frustração no dia-a-dia.
Demora no boot pode ser indício de HD lento ou pouca memória 2. Confira o ângulo de visão Olhe para o monitor de diferentes ângulos, vertical e horizontalmente. Sente-se em frente à máquina e ajuste o ângulo do monitor. Se as cores mudam com o menor movimento, a imagem fica rapidamente lavada ou perde o brilho, evite. Ela não vai ser uma boa opção na hora de ver fotos ou vídeos. 3. Fique de olho na tela Visite um site com padrões de teste para monitores (como este) e observe a imagem sob vários níveis de brilho. As fontes pequenas são legíveis? É possível distinguir entre os tons mais escuros da escala de cinza? O tom de pele no retrato é natural? É fácil distinguir entre todas as 24 cores no canto inferior esquerdo? Tudo isso é importante se você pretende assistir filmes em seu notebook, ou mesmo retocar as fotos da viagem de férias com a família. Veja também se o monitor não sofre com reflexos excessivos, e confira o brilho máximo (se possível, com as máquinas lado-a-lado). Embora ninguém vá usar um LCD com brilho máximo dentro de casa, isso é importante se você pretende usar o notebook ao ar livre. Quanto mais brilhante a tela, mais fácil será para ver a imagem.
Um teclado ruim pode fazer você cometer erros de digitação em excesso 4. Experimente o teclado Este é um ponto subjetivo: pessoas diferentes gostam de teclados diferentes. O ponto chave aqui é ter certeza de que você se sente confortável com ele. Abra o bloco de notas e digite um ou dois parágrafos. Você consegue digitar rapidamente e com precisão? Ou cometeu muito mais erros do que de costume? Nesse caso, você pode estar diante de um teclado ruim. Se a máquina estiver conectada à internet, faça um teste gratuito de digitação (leva só um minuto) em www.typingtest.com e compare sua pontuação entre várias máquinas. 5. Abra alguns aplicativos Abra alguns dos programas pré-instalados e veja o quão rápida é a máquina nessa tarefa. Dê preferência a programas instalados em todas as máquinas que você está considerando (como o Word, por exemplo) para que você possa comparar diretamente a velocidade entre elas. Não use navegadores nesse teste, já que o tempo para “abrir uma página” depende mais da conexão de rede na loja do que do desempenho do hardware em si. 6. Analise o touchpad Abra alguns sites e documentos e tente rolar a tela usando o touchpad. Veja se ele responde rapidamente aos seus gestos. Se for um touchpad “multitoque” abra uma imagem e experimente aproximá-la ou afastá-la (usando o gesto de pinça como em um tablet) e veja como a máquina responde. Ao fazer o teste de digitação (veja o item 4) fique atento à posição dos pulsos: a máquina ignora quando eles esbarram no touchpad (o correto), ou registra um toque e tira o cursor da posição, “bagunçando” o texto?
Se o touchpad não acompanha seus gestos, a frustração é certa 7. Preste atenção ao peso e à bateria Não dá pra testar a autonomia de bateria de um notebook na loja, mas dá para tirar algumas conclusões baseadas no que os fabricantes informam: baterias são compostas por múltiplas células que armazenam energia. Se você tem duas máquinas com processador e tela similares (ex: dois Core i5 com tela de 15”) um modelo com uma bateria de “seis células” provavelmente irá durar mais que um com bateria de “três células”. Não confie cegamente nos números de autonomia mencionados pelos fabricantes. Eles são obtidos com a máquina sob condições ideais, longe do que acontece durante o uso normal. Ao longo de anos de testes, chegamos à conclusão de que você pode tirar 30% do tempo anunciado para chegar a uma estimativa de autonomia mais realista. Ou seja, uma máquina que o fabricante anuncia como tendo “5 horas” de bateria na prática deve aguentar três horas e meia sob uso típico. Por fim, não desconsidere o peso da máquina, especialmente se você pretende carregá-la durante o dia inteiro. 300 gramas a mais podem não parecer muito no papel, mas sua coluna com certeza irá sentir a diferença no final do dia. Quanto mais leve, melhor. Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2012/03/28/como-testar-um-notebook-na-loja/

quarta-feira, 28 de março de 2012

Brasil lançará satélite para levar banda larga a todo país



A presidente Dilma Rousseff foi recebida na terça-feira no aeroporto de Nova Délhi …
DESTAQUES

O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para proporcionar banda larga a todos os municípios do país, anunciou nesta quarta-feira em Nova Délhi o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp.
O país busca na Índia uma cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, tem um custo avaliado de 750 milhões de reais (412 milhões de dólares). Apenas o lançamento custará 80 milhões de dólares.
"Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante", disse o ministro.
O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.
Brasil, Índia e África do Sul - três integrantes do grupo dos emergentes Brics, ao lado de China e Rússia - também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".
Com a China, país com o qual mantém uma intensa cooperação desde os anos 80 - com o lançamento conjunto de três satélites -, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação Sul-Sul.
Raupp integra a delegação da presidente Dilma Rousseff na reunião de cúpula desta quarta-feira dos Brics na capital indiana.
Durante a visita bilateral à Índia na sexta-feira, Raupp assinará com as autoridades indianas um acordo para o programa "Ciências Sem Fronteiras", que permitirá o treinamento no exterior de estudantes e especialistas brasileiros nas áreas das ciências naturais e engenharia.
O programa já enviou 100.000 brasileiros ao exterior, em particular aos Estados Unidos (20.000), Alemanha (10.000) e França (8.000).
No caso da Índia, o Brasil espera estimular o intercâmbio nas áreas de tecnologia, saúde, em particular o combate a Aids, malária e turberculose, assim como a farmacêutica, a nanotecnologia e as ciências de forma geral.

fonte:http://br.noticias.yahoo.com/brasil-lan%C3%A7ar%C3%A1-sat%C3%A9lite-levar-banda-larga-pa%C3%ADs-100441263.html

segunda-feira, 26 de março de 2012

Opinião: a Google está passando pelo começo do fim?



A falta de capacidade de a empresa de aprender com os erros dos outros pode estar ambientando o palco para seu fracasso.
ROB ENDERLE (*), INFOWORLD (EUA)

Recentemente, li um post interessante escrito por um funcionário da Microsoft que havia deixado a companhia para juntar-se ao Google e depois retornou após descobrir que a grama não era tão verde assim lá do outro lado da cerca. A Google é bem conhecida por fornecer um dos melhores ambientes de trabalho do mundo, mas como muitas companhias que têm sido reverenciadas de forma similar, parece estar eliminando esse ambiente, pelo menos de acordo com este post. Tudo isso soou muito familiar e vejo na Google uma repetição de todos os erros catastróficos cometidos pela IBM, Apple, Microsoft, Netscape, Sun, e Yahoo! em algum momento da história das comapnhias.

Deste grupo, a Microsoft sobreviveu, a IBM está quase restaurada e a Apple, na verdade, se tornou maior do que nunca, sugerindo que o padrão não precisa ser terminal. Mas a Sun Microsystems, Netscape e possivelmente o Yahoo! ilustram que esse pode ser certamente o fim de empresas que um dia foram bem-sucedidas. Vamos dar uma olhada em como a falta de capacidade da Google de aprender com os erros dos outros está ambientando o palco para seu fracasso.

O blog Microsoft-Google-Microsoft
Várias vezes em minha própria carreira eu poderia ter escrito algo similar ao post que descreve como a Google perdeu sua forma. Ele conta a triste história de uma companhia que iniciou fundada com pó de fada e sonhos e que, de repente, teve de enfrentar duas realidades: perder o foco e começar a ser tornada obsoleta pelo Facebook. O que é interessante é que o escritor, James Whittaker, deixou e depois voltou para a Microsoft. Imagino que isso seja devido ao fato de a Microsoft estar em um estado estável, enquanto a Google está em transição, e transições são incrivelmente dolorosas e desmotivadoras, principalmente quando elas vêm à custa de direitos.

Whittaker também conta a história de uma companhia que perdeu sua essência e que tem a necessidade desesperada de ser vista como bem-sucedida. Uma companhia que interpretou errado o conselho de Steve Jobs sobre ter foco e simplicidade. A Google está simplificando e se focando nas pessoas, o que é algo consistente ao conselho de Jobs, mas a companhia parece ter pulado a parte sobre decidir no que eles são bons e focarem-se nisso. A Google ainda parece estar atrás da Microsoft, Apple ou, neste post, do Facebook.

A IBM agora está mais focada
Quando passei por um problema semelhante pela primeira vez, eu era um analista interno da IBM. A companhia dominava o mercado da tecnologia e estava operando atualmente sob o modelo que conhecemos por software como serviço (SaaS). De fato, era ainda mais avançado. Tudo era basicamente serviço. Líderes corporativos viram os computadores pessoais emergirem e a Apple crescer como uma ameaça. Responderam a essa ameaça por meio da criação do IBM PC e da formação de uma parceria com a Microsoft para formar um bloqueio para a Apple e então eles viram a Sun aparecer e decidiram sacrificar a estrutura principal no altar da computação cliente-servidor. Depois, identificaram a Microsoft como uma ameaça e decidiram fazer software terceirizados para a plataforma OS/2.

Cada tentativa de se tornar outra companhia enfraqueceu a IBM a um ponto em que a empresa quase foi à falência. Agora que a IBM mudou suas engrenagens e está focando em ser a melhor IBM que ela pode ser, sem tentar parecer ser a Google ou o Facebook, suas ações estão sendo negociadas pelo preço mais alto do que eles já venderam.

A Microsoft ainda encara desafios
A próxima da lista é a Microsoft, a qual o sucesso foi ligado à terceirização de software. Os engenheiros de hardware nunca entenderam o software realmente e a grande ideia da Microsoft foi a de fornecer serviços terceirizados. Primeiro o fizeram para a Apple e depois para a IBM. O que, eventualmente, resultou no Windows. Contudo, a IBM ficou preocupada por estar tendo seu lugar tomado pela Microsoft, e então as duas companhias entraram em guerra. A Microsoft começou a vender diretamente para corporações.

Depois, a Microsoft viu a AOL como uma ameaça e criou o MSN, mas faltou a parte de web nele e ele foi emboscado pelo Netscape. No processo, a Microsoft perdeu o foco nos usuários e nos OEMs. Começou a se preocupar com o fato de a Sony estar planejando transformar o PlayStation em um PC e então criou o Xbox, o que mais tarde alienou os OEMs e, basicamente, acabou com o negócio de jogos de computador.

Finalmente, a Google chegou e a Microsoft gastou bilhões tentando ser melhor que a Google. Mas a Microsoft não pareceu entender o modelo central da gigante de buscas. O modelo uma vez imbatível de software terceirizado para a plataforma Windows já não era mais tão imbatível assim. A Microsoft continua, mas os OEMs que inicialmente fizeram a companhia imbatível agora estão usando o Google, e a Microsoft perdeu seu lugar no campo dos smartphones e tablets.

A Apple, que uma vez esteve perto de seu fim, agora está mais forte que nunca
A Apple, que começou como uma companhia de computadores pessoais, teve seu lugar inicialmente tomado pela Commodore, que se focava melhor no cliente, e quase chegou ao seu fim tentando ser uma melhor fornecedora de computadores para negócios. Após perder Jobs, a Apple pareceu ter se perdido, primeiro ao tentar ser como a Compaq, Sony/HP e então Microsoft. A companhia expandiu massivamente suas linhas de hardware e depois se aventurou em softwares terceirizados através do licenciamento com o MacOS.

A Apple estava apenas meses de distância de falir quando Jobs voltou. Ele reconcentrou a companhia nos negócios voltados aos clientes de computadores e então, prevendo que o crescimento do PC estava diminuindo e reconhecendo que acertaria a Microsoft em seu ponto fraco, passou para o entretenimento. O novo foco nos clientes e na excelência permitiu que a companhia recriasse a sua própria imagem. A Apple é a única empresa que, após perder seu foco, emergiu mais forte do que em sua melhor época.

O Netscape culpou a Microsoft equivocadamente
O Netscape foi o primeiro exemplo do que acontece ao esquecer sua essência. O Netscape era a internet e, quando as pessoas inicialmente começaram a usar a web virtualmente, todas elas utilizavam um produto Netscape. Mas o Netscape não conseguiu entender como fazer o que a Google eventualmente viria a fazer mais tarde: monetizar a web da forma correta. No lugar disso, a companhia decidiu focar-se em eliminar a Microsoft.

Milhões de dólares foram gastos por muitas companhias nas últimas três décadas nesse esforço de derrubar a Microsoft do que de qualquer outra estratégia fracassada, e isso ocorreu com quase todas as companhias. O que é fascinante é que quando você conversa com um ex-executivo do Netscape, ele irá muitas vezes dizer que a companhia foi retirada dos negócios pela Microsoft, a qual, em uma briga similar com a Google, não tem tido muito sucesso. Cada grande fracasso levou a uma decisão tomada pelos executivos do Netscape que era ligada, em grande parte, a algo que não tinha nada a ver com seu domínio da internet.

O sol se pôs para a Sun ao passo que ela tentava ser a Microsoft
A Sun protagonizou algo similar ao efeito que a Google teve para a Microsoft com a IBM. A companhia foi, em grande parte, responsável por fazer a IBM esquecer seu modelo de sucesso e quebrar sua fórmula. Mas logo depois a Sun se fixou na Microsoft, criando uma estratégia que ‘comoditizava’ a indústria, ainda que não fosse conseguir sobreviver em um mercado de comodities. Resultado: a Sun causou uma quantidade significativa de danos a Microsoft, mas, durante esse processo, faliu.

A Sun foi um dos exemplos mais catastróficos do que ocorre quando uma companhia esquece seu propósito e foca-se excessivamente no modelo de outra companhia. Na realidade, a Sun deveria ter entendido que ela não era uma concorrente direta da Microsoft e sim ter identificado a IBM, HP e a crescente Dell como suas rivais primárias. A Sun estava em guerra com o modelo de terceirização que a Microsoft representava, mas em vez de seguir os passos da Apple e focar-se em concluir soluções e ser proprietária das mesmas a Sun tentou se transformar na Microsoft e foi paralisada no meio dessa transição.

Yahoo: A história mais triste de todas
Talvez a companhia que mais esteja sofrendo seja a Yahoo". Possuía redes sociais antes de começarmos a chamá-las de redes sociais. Ainda mais triste é o fato de que a AOL e a Compuserve (que se fundiram) também as possuíram, antes do Yahoo!. O Yahoo! se fascinou pela Google, companhia na qual o Yahoo! pôs um grande investimento. Mas em vez de alavancar a parceria e reconhecer que o Yahoo! estava mais perto do objetivo de fornecer informações de propaganda de alto valor do que a Google (dado o envolvimento mais acentuado dos clientes), os executivos da companhia foram atrás do objeto brilhante além da Google e o perseguiram.

É irônico que o Facebook seja hoje a maior ameaça ao Google e tanto a Microsoft quanto o Yahoo não tenham sido nada além de um estimulo que manteve a Google focado na sua busca. De fato, vou argumentar que caso os dois tivessem evitado o negócio de buscas, a Google teria se tornado tanto regulado como um monopólio óbvio e vulnerável aos avanços na tecnologia que teria deixado passar.

O Yahoo! perdeu sua essência completamente e foi forçado a processar o Facebook por causa de uma tecnologia que ele não utiliza mais. Em vez de ser uma fornecedora dominante de redes sociais a companhia é agora um exemplo patético do que acontece quando se perde sua essência.

A Google em negação, a beira do precipício
A Google está no negócio de propaganda e ainda assim parece estar em algum tipo de estado de negação. Todo o seu foco deveria estar centrado em encontrar maneiras de tornar as propagandas na internet mais rentáveis e em ser a fonte primária de gestão de receitas de propagandas para todos. Sua fórmula vencedora estava monetizando a web, constituída na verdade por um super conjunto de propagandas. Mas é claro, institucionalmente, que a Google está em negação sobre a fonte real de seu sucesso.

A Google deveria ter trabalhado para ter a Microsoft e o Facebook como seus parceiros, não concorrentes. Julgando pelo blog do ex-funcionário da Google que nos botou para pensar, a Google parece estar deixando a ideia de se tornar a Microsoft e tentando se tornar o Facebook, e fracassando nesse processo.

O que é particularmente triste é que a Google parece ter vindo ao mercado com a ideia de ser uma anti-Microsoft, com a percepção implícita de que a gigante dos software era uma força do mal. Hoje, se você fizer uma busca nas duas companhias, você possivelmente encontrará referências durante os últimos cinco anos que denunciam que a Google está fazendo mais coisas ruins do que a Microsoft.

Essa busca sugere que nas melhores universidades (e a Google só contrata das melhores) eles simplesmente não ensinam muita história e, possivelmente, aparentam focarem-se em falar mal de quem esteja no poder, o que indica que a próxima geração possivelmente sairá da faculdade desejando acabar com a Google, bem como a geração do Google, que saiu desejando destruir a Microsoft, que por sua vez teve uma geração que entrou no mercado querendo tomar o lugar da IBM.

Será que o Facebook poderá evitar tais erros?
Dada esta tendência, o Facebook pode parecer ser a próxima companhia a cometer o erro de esquecer sua essência e focar-se excessivamente em outra companhia. A Pinterest começou a emergir como uma desafiante a coroa e, enquanto a Pinterest está no espaço do Facebook, seria tolo tentar ser uma Pinterest melhor se isso significasse abandonar tudo pelo o que o Facebook já é conhecido. Por hora, não há indicação de que o Facebook esteja cometendo esse erro, mas dado o histórico de outras empresas é fácil imaginar que ela eventualmente o fará, seja para ir atrás da Pinterest ou de alguma outra companhia.

Três passos fáceis para destruir uma companhia
A lição? Parece existir um caminho bem definido sobre como destruir uma companhia de sucesso. Tudo começa de dentro, com a companhia esquecendo sua essência ou deixando de entender a fórmula que criou o seu sucesso em primeiro lugar. Segue-se com um foco excessivo no concorrente, o que faz a companhia competir com aquele novo concorrente na zona de conforto do mesmo. Tudo isso termina com uma série de esforços mal executados e cada vez mais desesperados para se tornar a companhia que tanto os assusta.

Reciprocamente, existem três passos fáceis para garantir o sucesso. Conheça sua fórmula para o sucesso e a proteja. Concentre-se no objetivo – o cliente – não no competidor. E tente ver para onde o mercado está caminhando e chegue lá antes, o que normalmente significa que você precisará guiar o mercado para aquele objetivo.

A IBM e a Apple representam o que pode acontecer quando executivos esquecem a essência e, mais recentemente, elas são índices de como competir em um mercado que muda constantemente.

Seria sábio para os executivos atuais, particularmente aqueles da Google, darem um passo atrás e decidir se eles querem ser a próxima IBM ou Apple ou a próxima Netscape ou Yahoo.

Eu sei em qual lado eu gostaria de estar, ainda assim continuo a me surpreender com o número de executivos que estão fazendo estratégias que os colocam no caminho mal sucedido.

Como é aquele antigo ditado? Aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repeti-la? Pode parecer que, a menos que algo mude, este possa ser o epitáfio da Google.

No centro deste padrão estão os conceitos de predisposição de confirmação, a noção de que favorecemos raciocínios que confirmam nossas crenças e uma armação para explicar porque o raciocínio muitas vezes resulta em decisões irracionais. Uma vez que você entenda isso, você poderá explicar porque os executivos cometem esses erros repetidas vezes.

(*) Rob Enderle é presidente e analista chefe do Grupo Enderle. Antes, foi ‘Senior Research Fellow’ dos Grupos Forrester Research e Giga Information. Antes disso, trabalhou para a IBM ocupando cargos de auditoria interna, análise competitiva, marketing, finanças e segurança. Atualmente Rob escreve sobre tecnologias emergentes, segurança e Linux em várias publicações e aparece em programas de TV nacionais que incluem os canais CNBC, FOX, Bloomberg e NPR.

Fonte:http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2012/03/22/opiniao-a-google-esta-passando-pelo-comeco-do-fim/