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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Tecnologia brasileira de purificação de água chega ao mercado


Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/11/2012

Purificação de água com energia solar
O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa pesando apenas 13 Kg, o que facilita seu transporte para locais remotos. [Imagem: Fernanda Farias]
Sucesso
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) conseguiu um feito raro no Brasil: colocar no mercado umproduto baseado em uma tecnologia desenvolvida na instituição.
O pesquisador Roland Ernest Vetter desenvolveu o Água Box, um sistema de desinfecção de água alimentado por energia solar.
Testado na prática em várias comunidades da região amazônica, o aparelho mostrou-se um prático e barato para proteger a população contra bactérias e outros micro-organismos perigosos.
O aparelho foi demonstrado em vários eventos de ciência e tecnologia nos últimos anos, como o lema "Água Solar: Nós lavamos água".
Agora a tecnologia foi licenciada para a empresa Hightech Componentes da Amazônia, que tem até dois anos para colocar o produto no mercado.
Desinfecção com luz ultravioleta
O protótipo da tecnologia foi testado dentro das instalações do INPA e, desde 2008, está instalado em cinco comunidades indígenas próximo ao rio Juruá, no Amazonas.
"Nós desenvolvemos esse equipamento e vimos durante a pesquisa que ele é de suma importância, principalmente para o interior do estado, ajudando a manter a saúde da população", ressaltou Roland Vetter.
O aparelho desinfeta a água por meio de radiação ultravioleta tipo C.
Ele é capaz de tornar potável as águas sujas de rios e lagos, retirando não apenas os particulados, mas também os germes.
O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa pesando apenas 13 Kg, o que facilita seu transporte para locais remotos.
Alimentado por energia solar, o aparelho purifica 400 litros de água por hora. A vida útil da lâmpada ultravioleta é estimada em 10.000 horas.
Mais tecnologias
O Água Box não é a primeira tecnologia desenvolvida pelo INPA.
A instituição tem atualmente, 71 produtos e 52 pedidos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Já estão em andamento mais quatro processos de transferência de tecnologia para empresas: a fabricação de farinha de pupunha integral; um processo de obtenção de Zerumbona isolada dos óleos essenciais das raízes de zingiber l. Smith; e uma composição farmacêutica do extrato de zingiber zerumbet.

Adeus aos cabos: de energia e de dados


Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/11/2012

Adeus aos cabos: de energia e de dados
O metamaterial está na superfície branca, recobrindo a mesa. As três pequenas placas de demonstração coletam a energia para acender os LEDs. [Imagem: Chris Stevens/Oxford]
Energia e dados sem fios
Roteadores, impressoras e celulares que trocam dados sem fios foram um avanço longamente esperado.
Além do conforto, eles serviram para mostrar como seria agradável um mundo onde a tecnologia dispensasse totalmente os fios.
Chris Stevens, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, acaba de demonstrar que esse desejo está muito mais próximo da realidade do que da ficção.
Stevens demonstrou uma nova tecnologia que permite que os equipamentos eletrônicos não apenas troquem dados sem precisar de cabos, mas também que recarreguem suas baterias sem contato físico.
"Você pode ter uma mesa totalmente ativa, sem cabos e sem baterias, que pode alimentar e interligar seu laptop ou PC, teclado, mouse, celular e câmera," disse o pesquisador.
"Por exemplo, incorporando a tecnologia por trás da tela de um monitor de computador, arquivos, fotos e músicas poderão ser transferidos facilmente entre o computador e um pendrive simplesmente clicando no ícone do pendrive na tela," explicou.
Da invisibilidade ao desaparecimento
A tecnologia de conexão remota é baseada nos metamateriais.
Esses materiais artificiais ficaram conhecidos por permitir a criação de mantos da invisibilidade e agora andam prometendo até mesmo a invisibilidade dos elétrons, algo que poderá mudar a eletrônica.
Mas aqui os metamateriais não foram usados para tornar os cabos de conexão invisíveis, e sim para eliminá-los de verdade.
A superfície do metamaterial, esculpida com padrões precisos, funciona como um guia de ondas magneto-indutivo, um mecanismo similar ao que está sendo explorado nos experimentos para transferência de eletricidade sem fios.
A eletricidade sem fios já está sendo testada para alimentar implantes cardíacos e até carros elétricos.
Mas a vantagem aqui é que os metamateriais permitem também a transferência de dados.
Adeus aos cabos: de energia e de dados
Uma etiqueta de dados é imediatamente identificada e seus dados são baixados para o computador - veja a mensagem na tela, assinalando a identicação da etiqueta azul e dos dados que ela contém. [Imagem: Chris Stevens/Oxford]
Tecidos elétrico-eletrônicos
"A beleza real da coisa é que, como a tecnologia está em uma superfície, nós podemos começar a colocar essa camada como um revestimento em qualquer superfície, ou até mesmo em um tecido," disse Stevens.
Incorporar energia e dados em qualquer superfície deixa as possibilidades de uso limitadas apenas pela imaginação.
Os pesquisadores demonstraram isso ao criar um tapete que alimenta uma lâmpada e ainda fornece dados a uma velocidade de 3.5 gigabits por segundo.
Isso abre a possibilidade, por exemplo, de incorporar a capacidade de recarga e troca de dados - dar acesso à internet, por exemplo - nos tecidos dos carros e ônibus, ou nos pisos e paredes de lugares públicos.
Robustez
Outra vantagem da tecnologia é que, sem as portas e os furos necessários para a ligação dos cabos fica muito mais fácil tornar os aparelhos mais robustos e à prova d'água.
Isso, por sua vez, aponta possibilidades de uso dos metamateriais em aplicações médicas e na indústria aeroespacial.
A tecnologia já está de posse da empresa de licenciamento da Universidade de Oxford, que pretende começar a transformá-la em um produto comercial o mais rápido possível.