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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

INCRÍVEL: FÍSICOS CRIARAM, PELA PRIMEIRA VEZ, UM TIPO DE CRISTAL “QUASE VIVO”




Após três bilhões de anos, a química inanimada tornou-se parte de algo biológico, formando a vida.

Um composto recém-sintetizado está se comportando de modo assustadoramente realista, como se estivessem vivos.

As partículas não estão realmente vivas, obviamente, mas elas não estão longe disso também. Expostas à luz e “alimentadas” por produtos químicos, elas formam cristais que se movem, se rompem e formam-se de novo.

“Há uma fronteira que não conhecemos entre o vivo e o não vivo. Isso é exatamente o tipo de questão que tais descobertas levantam”, declarou o biofísico Jérémie Palacci da Universidade de Nova York em entrevista a revistaWired.

Palacci e seu colega Paul Chaikin, lideraram um grupo de pesquisadores que desenvolveram as partículas, relatadas no dia 31 de janeiro na Science, classificadas como cristais “vivos” em determinadas condições químicas.
Cada partícula é feita a partir de um cubo microscópico de hematita, um composto constituído de ferro e oxigênio revestido por uma camada de polímero esférico, mas com um pequeno canto exposto.

Sob certos comprimentos de onda de luz azul, a hematita conduz eletricidade. Quando as partículas são colocadas em solução de peróxido de hidrogênio (mais conhecido como água oxigenada) sob essa luz, começam reações químicas em torno das pontas expostas.

Como o peróxido de hidrogênio se decompõe, um gradiente de concentração é formado. As partículas então viajam até esse ponto exposto, agregando cristais que também seguem esse gradiente.

Forças aleatórias puxam os cristais que estão separados, mas eventualmente eles se fundem de novo. O processo se repete, paralisando apenas quando as luzes se apagam.

O trabalho em questão visa entender como esses complicadíssimos comportamentos coletivos surgem de simples propriedades individuais.
“Aqui nós mostramos que com um sistema simples, sintético e ativo, podemos reproduzir algumas características dos sistemas vivos. Eu não acho que isso se comporte exatamente como nossos sistemas vivos, mas enfatiza o fato de que o limite entre o vivo e o não vivo é um tanto arbitrário”, declarou Palacci.
Chaikin ainda comentou que a vida é algo muito difícil de definir, mas podemos dizer que é algo que possui metabolismo, mobilidade e capacidade de se auto-replicar. Esses cristais possuem essas duas primeiras características, não a última.

Alguns cientistas acreditam que os blocos de construção da vida existiram de modo semelhante, indo e voltando durante milhões de anos, até conseguirem a característica de se reproduzirem.
Fonte:http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2013__21&pagina=noticias&id=08026

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