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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Olho "pré-biônico" faz paciente cega ver a luz


Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/09/2012

Olho
O olho pré-biônico é um implante de retina com 24 eletrodos, que são ativados por um sistema externo.[Imagem: U. Melbourne]
Flashes de luz
Médicos australianos implantaram o primeiro protótipo daquilo que poderá ser no futuro um olho biônico.
O implante restaurou a capacidade de uma paciente para ver "flashes de luz" em condições controladas de laboratório.
"É maravilhoso," disse Dianne Ashworth, que perdeu a visão devido à retinite pigmentosa, uma condição médica hereditária.
A equipe do Dr. David Penington prefere chamar a prótese ocular de "olho pré-biônico", já que o dispositivo conta com apenas 24 eletrodos e não é capaz de gerar uma imagem por si só.
"Os resultados superaram nossas expectativas, dando-nos confiança de que, com novos desenvolvimentos, poderemos alcançar visão útil," disse o pesquisador da Universidade de Melbourne.
Retina artificial
O primeiro teste clínico demonstra a viabilidade de uma das técnicas que os cientistas estão avaliando para restaurar a visão de pessoas que ficam cegas por algumas condições médicas.
O aparelho é implantado por trás da retina, configurando-se como uma retina artificial, já que ele estimula os neurônios que continuam saudáveis, apesar da doença.
O aparelho só foi ligado depois que o olho da paciente recuperou-se totalmente da cirurgia.
Agora começam os testes de estimulação, para avaliar como o aparelho reage a diferentes imagens e níveis de iluminação, e o que ele consegue enviar para o cérebro da paciente.
Olho sem visão
O conjunto de 24 eletrodos, cada um inserido em um ponto diferente da parte posterior do globo ocular, é reunido na forma de um fino cabo, que se estende até um conector, colocado atrás da orelha.
Um sistema externo é ligado a esse conector no laboratório, permitindo que os pesquisadores estimulem o implante de forma controlada, a fim de avaliar o que a paciente consegue ver em cada situação.
Ou seja, esse primeiro protótipo é apenas ativador das células nervosas da paciente, não incorporando ainda uma câmera que possa captar as imagens.
A câmera será usada no próximo teste, que já contará com um implante com 1.024 eletrodos, que deverá ser colocado em pacientes no próximo ano.

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