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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Juizforano vota com base em aspectos pessoais de candidatos por não ver definição clara em partidos

publicada em: 21 de setembro de 2010 - visualizada pela 198º vez

O coordenador do CPS Carlos Alberto Botti e a pró-reitora de Pesquisa Marta D'Agosto apresentaram os resultados em coletiva de imprensa nesta terça, 21
Os eleitores de Juiz de Fora buscam candidatos simpáticos (61,5%), com estudo (80,6%), religiosos (34,1%), com ideias iguais às deles (50,7%) e que, sobretudo, sejam honestos (98,5%) e trabalhadores (99,1%). Às vésperas das eleições, que acontecem no dia 3 de outubro, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou pesquisa que revela como vota o juizforano.
Através do Centro de Pesquisas Sociais (CPS), 541 pessoas foram entrevistadas durante a primeira quinzena de setembro e demonstraram quais valores levam em consideração na hora de escolherem seu candidato. O perfil evidenciado acima contempla as principais características citadas pelos cidadãos. Para o coordenador da pesquisa, professor Carlos Alberto Hargreaves Botti, os dados não indicam a população como culpada pela forma com que escolhem seus candidatos. “Na ausência de definição dos partidos, cada um cria sua escala de valores”. Na verdade, “há uma expectativa da população por mais substância nos partidos”, avaliou o professor.
A cerca de um mês das eleições somente 15,5% dos eleitores haviam decidido o conjunto de candidatos em quem votar. Os entrevistados apontaram, ainda, ser importante experiência prévia em cargo político. Além disso, quase metade dos juizforanos (49,6%) prefere eleger adultos ou idosos. De acordo com análise do CPS, isso demonstra uma tendência conservadora da cidade. “Se pensarmos na história política de Juiz de Fora isso pode ser confirmado”. As mesmas figuras públicas vêm se revezando na gestão do município, apesar de já terem sido apresentadas alternativas novas.
Outro dado que chamou a atenção da equipe do CPS foi o fato do eleitor (63%) não levar em consideração o local onde o candidato reside, ou seja, se ele é de Juiz de Fora ou não. Segundo Botti, esse resultado pode ser entendido como uma característica cosmopolita dos juizforanos. “É bom, pois mostra que a população é politicamente educada, já que o papel de um senador, por exemplo, não é trazer obra para sua região”.

Para o professor, sociedade "clama" por partidos com maior definição de ideais
O fato do político ser seu conhecido, a quem ele possa recorrer para atender algum pedido, não determina a preferência da maioria dos eleitores (60%). Ser rico ou pobre, homem ou mulher, bonito ou feio também não são aspectos considerados pela população na hora de votar.
Um terço do eleitorado acha muito importante ou importante a vinculação entre o candidato e outro político conhecido, tendência que parece ser confirmada pelo atual processo eleitoral. “Antônio Anastasia, candidato ao governo de Minas Gerais, e Dilma Rousseff, à presidência, eram desconhecidos do grande público até recentemente”. No entanto, o fato de terem o apoio de políticos conhecidos é bem visto pelos eleitores.
O professor chamou a atenção para as atribuições pessoais “honesto” e “trabalhador” serem citadas pelos entrevistados. “Isso não deveria ser um valor, mas uma condição básica”. Para Botti, no Brasil, as regras são às avessas. “Foi preciso criar uma lei para proibir a candidatura de desonestos”, referindo-se ao Ficha Limpa.
A pesquisa é a sétima etapa do Projeto Fala Juiz de Fora, que tem o apoio da Pró-reitoria de Pesquisa e conta com 32 bolsistas de campo. Para a pró-reitora Marta D’Agosto, o projeto tem um papel importante dentro da Universidade, pois insere os alunos precocemente no ambiente de pesquisa, e também para a cidade, que ganha um “rico banco de informações para implantação de políticas públicas”.
Outras informações: (32) 2102-3104
Juizforano vota com base em aspectos pessoais de candidatos por não ver definição clara em partidos
publicada em: 21 de setembro de 2010 - visualizada pela 198º vez

O coordenador do CPS Carlos Alberto Botti e a pró-reitora de Pesquisa Marta D'Agosto apresentaram os resultados em coletiva de imprensa nesta terça, 21
Os eleitores de Juiz de Fora buscam candidatos simpáticos (61,5%), com estudo (80,6%), religiosos (34,1%), com ideias iguais às deles (50,7%) e que, sobretudo, sejam honestos (98,5%) e trabalhadores (99,1%). Às vésperas das eleições, que acontecem no dia 3 de outubro, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou pesquisa que revela como vota o juizforano.
Através do Centro de Pesquisas Sociais (CPS), 541 pessoas foram entrevistadas durante a primeira quinzena de setembro e demonstraram quais valores levam em consideração na hora de escolherem seu candidato. O perfil evidenciado acima contempla as principais características citadas pelos cidadãos. Para o coordenador da pesquisa, professor Carlos Alberto Hargreaves Botti, os dados não indicam a população como culpada pela forma com que escolhem seus candidatos. “Na ausência de definição dos partidos, cada um cria sua escala de valores”. Na verdade, “há uma expectativa da população por mais substância nos partidos”, avaliou o professor.
A cerca de um mês das eleições somente 15,5% dos eleitores haviam decidido o conjunto de candidatos em quem votar. Os entrevistados apontaram, ainda, ser importante experiência prévia em cargo político. Além disso, quase metade dos juizforanos (49,6%) prefere eleger adultos ou idosos. De acordo com análise do CPS, isso demonstra uma tendência conservadora da cidade. “Se pensarmos na história política de Juiz de Fora isso pode ser confirmado”. As mesmas figuras públicas vêm se revezando na gestão do município, apesar de já terem sido apresentadas alternativas novas.
Outro dado que chamou a atenção da equipe do CPS foi o fato do eleitor (63%) não levar em consideração o local onde o candidato reside, ou seja, se ele é de Juiz de Fora ou não. Segundo Botti, esse resultado pode ser entendido como uma característica cosmopolita dos juizforanos. “É bom, pois mostra que a população é politicamente educada, já que o papel de um senador, por exemplo, não é trazer obra para sua região”.

Para o professor, sociedade "clama" por partidos com maior definição de ideais
O fato do político ser seu conhecido, a quem ele possa recorrer para atender algum pedido, não determina a preferência da maioria dos eleitores (60%). Ser rico ou pobre, homem ou mulher, bonito ou feio também não são aspectos considerados pela população na hora de votar.
Um terço do eleitorado acha muito importante ou importante a vinculação entre o candidato e outro político conhecido, tendência que parece ser confirmada pelo atual processo eleitoral. “Antônio Anastasia, candidato ao governo de Minas Gerais, e Dilma Rousseff, à presidência, eram desconhecidos do grande público até recentemente”. No entanto, o fato de terem o apoio de políticos conhecidos é bem visto pelos eleitores.
O professor chamou a atenção para as atribuições pessoais “honesto” e “trabalhador” serem citadas pelos entrevistados. “Isso não deveria ser um valor, mas uma condição básica”. Para Botti, no Brasil, as regras são às avessas. “Foi preciso criar uma lei para proibir a candidatura de desonestos”, referindo-se ao Ficha Limpa.
A pesquisa é a sétima etapa do Projeto Fala Juiz de Fora, que tem o apoio da Pró-reitoria de Pesquisa e conta com 32 bolsistas de campo. Para a pró-reitora Marta D’Agosto, o projeto tem um papel importante dentro da Universidade, pois insere os alunos precocemente no ambiente de pesquisa, e também para a cidade, que ganha um “rico banco de informações para implantação de políticas públicas”.
Outras informações: (32) 2102-3104
Fonte:http://www.ufjf.br/

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