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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Gartner identifica 10 tendências no mercado futuro de TI

Forças emergentes vão influenciar diretamente a forma de consumir e fazer negócios no universo da tecnologia.
Por REDAÇÃO DA COMPUTERWORLD
09 de setembro de 2010 - 15h37
Em uma prévia do que será discutido em simpósios de gestão de TI pelo mundo, a consultoria Gartner divulgou uma lista com as 10 principais forças que mais vão impactar o futuro do mercado de terceirização e serviços de TI.

Segundo o vice-presidente de pesquisa da Gartner, Benjamin Pring, “compradores, provedores e investidores do mercado de serviços de TI enfrentam as mesmas forças tecnológicas e lidam com o mesmo comportamento do mercado, mesmo tendo serviços bastante diferentes”. Segundo ele, "essas forças remodelam os fundamentos de como os provedores realizam a entrega e a vendade serviços de TI, ao mesmo tempo em que modifica a maneira de consumo".

Confira a lista com 10 elementos chaves que vão causar impacto no futuro da tecnologia:


Hiperdigitalização

É a manifestação acelerada do impacto gerado por técnicas digitais. Esse termo serve para descrever as partes da economia em que os “produtos” ou os “serviços” são de natureza parcial ou integralmente digitais. A participação desse segmento na economia cresce mais que os aspectos físicos da economia. Esse impacto causa conseqüências nas esferas pessoal e social, ao passo que acelera as atividades econômica, comercial e política. As projeções são de que , em 2020, um quarto de todo o PIB seja gerado por atividades digitais.


Globalização
A globalização é a força fundamental que altera a dinâmica de entrega e da competição em praticamente todos os mercados verticais. Ela altera a perspectiva de todos os aspectos do negócio, de parceiros passando por fornecedores, por clientes, atravessa cadeias produtivas e culmina na produção. Todas as organizações deveriam abraçar o conceito de globalização. De maneira similar, as estratégias de TI deve ser globais, o que significa lançar mão das vantagens da TI e derrubar as limitações físicas e passar a usufruir de um contingente de potenciais funcionários munidos do conhecimento tecnológico e inovador.


Consumerization
O termo em inglês se refere não apenas à aceleração das tecnologias orientadas ao consumo e ao comportamento do consumidor, mas trata também da inclusão e da expansão dessas tecnologias nas estratégias de TI das empresas. O comportamento dos consumidores irá decidir sobre a dinâmica de empresas; deverão surgir novas demandas e necessidades que devem, em um ambiente organizacional, ser reconhecidas e assimiladas. O poder de aquisição crescente e o uso da TI no processo de compra irão forçar os setores verticais a adotar novas tecnologias e a criar produtos novos que vão de encontro às expectativas dos consumidores. Cabe aos gestores de empresas avaliar se o modelo antigo vai comprometer o andamento dos trabalhos da empresa neste novo ambiente em que o consumidor faz as vezes de gestor.


Computação em nuvem

Segundo a Gartner, a computação em nuvem é “um estilo de computação em que o TI apresenta características de escalabilidade e de flexibilidade e passa para o consumidor em forma de serviços usando a internet como via”. Em função do nível de interação entre a comercialização e a padronização de tecnologias, entre a virtualização e as arquiteturas de software voltadas para serviços e, o mais importante, a interatividade entre o aumento no uso da web e a própria internet, surgiu uma descontinuidade que gera várias novas maneiras de relacionamento entre quem comercializa e quem consome tecnologias de TI. Face esse fenômeno de descontinuidade, a capacidade de fornecer serviços especializados de TI de maneira industrializada e persuasivo.


Tecnologia de inteligência

Depois de décadas de investimentos em TI, muitas organizações ainda partem do princípio de que a habilidade de gerar novas perspectivas de negócios não tem trazido resultados concretos na medida em que gostariam. No vocabulário da TI forma introduzidas novas palavras, como “analytics”, “reconhecimento de padrões” e soluções “espertas”. Iniciativas novas e relacionadas ao segmento de TI que não sejam adaptáveis a essa realidade passarão a ser cada vez menos atraentes para as empresas. O foco mudou de “soluções em TI para ajudar ao TI” para “soluções de TI que possam impulsionar o negócio”.


Segurança e privacidade

À medida que o ativismo migra para a web e para a nuvem e o segmento de hiperdigitalização acelera, a necessidade de incrementar a segurança e de esclarecer os direitos de privacidade do indivíduo e da corporação crescem juntos. A exploração de falhas de segurança e de privacidade tem efeitos que se estendem por ramificações profundas. Elas se espelham nas finanças e na queda do nível de confiança dos clientes. Ao passo que muitos argumentam sobre o fato de hackers atormentarem a vida na internet há 15 anos e, nem por isso, ela deixou de existir, o contra-argumento de que foram realizados investimentos enormes para dar conta desses ataques se impõe junto com a demanda por regulamentações que freiem uma nova onda de ataques.


Fragmentação

Cada vez mais componentes podem ser chamados de fragmentos de uma aplicação maior ou de maior abrangência. A noção de componentes “usados” se torna cada vez mais real à medida que a internet se transforma em uma plataforma, sobre a qual os usuários podem configurar suas soluções da maneira que lhes convier, em vez de ter de começar tudo a partir da estaca zero, cada vez que inicia um novo projeto de TI.


Hipercompetição

Essencialmente, esse termo se refere ao mercado disponível para consumidores de TI. Nele há uma combinação de fatores que influenciam de maneira muito abrangente todo o processo de tomada de decisão que normalmente é orientado à economia de recursos. A hipercompetição fomenta a existência de barganhas. O real perigo desse tipo de transação é que a estabilidade desse tipo de negócio é, normalmente, fraca, o que ocasiona um problema para o consumidor e para os fornecedores.


Valor agregado

Deve ser o fator decisivo do modelo de consumo e de pagamento por serviços de TI. O futuro, no que se refere ao mercado, será regido pela máxima “tudo é melhor que partes”. Cabe às organizações serem mais proficientes na avaliação das necessidades de seus parceiros e da cadeia produtiva relacionada. Na nuvem, a cadeia de estende em vários vetores, ela deixa de ser unidimensional. Um pool de fornecedores será avaliado de acordo com sua especialização nessa nova realidade, em que as cadeias produtivas irão ensaiar práticas visionárias herdadas de outras empresas.


Hiperverticalilzação

Especializações profundas em dinâmicas de processos subverticais serão imprescindíveis nessa arena em que é travada a batalha por serviços de TI alternativos. Conhecimento detalhado acerca de processos industriais serão aplicados em segmentos subverticais. A fórmula para o sucesso futuro – as soluções microverticalizadas – deverão encaminhar o mercado rumo à fragmentação. Contudo essa fragmentação pode levar à inovações e aumentar a variedade para o consumidor e criar valores diferenciados em soluções prontas.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/09/09/gartner-identifica-10-tendencias-no-mercado-futuro-de-ti/

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