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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pesquisa comprova baixa qualidade das conexões móveis no país

Huawei mediu o sinal 3G nas 12 capitais que sediarão jogos da próxima Copa e registrou índices muito abaixo do esperado.
Por RENATO RODRIGUES, DO IDG NOW!
São Paulo é a cidade com melhores indicadores de banda larga móvel entre as 12 cidades que serão sedes da Copa do Mundo 2014. Quem afirma é a Huawei, empresa de infraestrutura de rede, que encomendou à organização Teleco uma avaliação da qualidade do serviço 3G com tecnologia HSDPA/HSUPA disponível hoje. Embora essas redes tenham capacidade nominal de até 7,2 Mb/s para download e 5,76 para upload, podendo suportar conexões reais em torno de 1Mbps, 2Mbps, foram registradas velocidades médias de 567 kbps para download e 249 kbps para upload de informações.

Os números foram resultado de uma pesquisa da empresa nos acessos e no entorno dos estádios que sediarão os jogos da Copa, medindo a velocidade e a cobertura do sinal 3G das quatro operadoras nacionais (TIM, Claro, Oi e Vivo) no caminho entre os aeroportos internacionais e as arenas.

A capital paulista, embora não tenha sido a primeira em nenhum dos quesitos considerados - download, upload, latência na navegação e qualidade de streaming de vídeo - foi a que melhor se saiu na média geral - os itens tiveram pesos iguais. Segundo a pesquisa, Porto Alegre e Curitiba também possuem boa qualidade de serviço. O Rio de Janeiro, sede da Olimpíada, aparece no quinto lugar, ao lado de Brasília. Belo Horizonte (10), Natal (11), Recife e Salvador (empatadas em último) ficaram sempre abaixo da média.

Em termos de download, Porto Alegre é a cidade com melhor média de velocidade no 3G. A capital gaúcha teve velocidade média de 724 Kbps (Kilobits por segundo). Em seguida, São Paulo, com 668 Kbps e o Rio de Janeiro, com 647 Kbps.O pior resultado foi em Salvador, com 283 Kbps, bem abaixo da média das 12 sedes, que foi de 567 Kbps.

Os testes também demonstraram que a instabilidade de algumas operadoras levou ao baixo desempenho em velocidade e de latência (tempo para resposta) em algumas cidades.

De acordo com a Huawei, há diferenças de velocidade por conta de qualidade de sinal das operadoras, das tecnologias 3G empregadas, da limitação da capacidade do backhaul (ponto de ligação com a internet) e da confiabilidade da rede. "Essas redes não seria capazes de suportar o tráfego de um evento como a Copa hoje", diz Eduardo Tude, da consultoria Teleco, que coordenou o estudo.

A empresa diz que as operadoras precisarão investir muito em fibras óticas, aumento da capacidade de acesso, novas tecnologias (HSPA+ e 4G/LTE) e aquisição de espectro. A tecnologia HSPA+ permite downloads de até 26,4 Mbps, e deve entrar em operação nas principais capitais a partir do ano que vem.

"Seria uma decisão inteligente para as operadoras se elas já instalassem redes LTE (4G) para suportar a alta demanda de tráfego durante a Copa, preservando a 3G para uso mais comum", diz o especialista.

A Huawei planeja realizar o estudo anualmente, de forma a acompanhar a evolução das redes no país, a exemplo do que já faz com o balanço de banda larga móvel, que acompanha o crescimento da disponibilidade do serviço. Divulgado ontem, o último balanço estima que o Brasil encerre o ano de 2010 com 18 milhões de acessos à internet por meio de redes de telefonia móvel e 13,4 milhões de acessos em conexões fixas (a cabo e via redes ADSL). Se confirmada, a projeção representará um crescimento da banda larga móvel cinco vezes maior que a da banda larga fixa, segundo a Teleco.

Até 2014 o número de conexões móveis deve chegar a 60 milhões, a maioria (45 milhões) através de celulares e smartphones.
Fonte:http://computerworld.uol.com.br/telecom/2010/10/27/pesquisa-comprova-baixa-qualidade-das-conexoes-moveis-no-pais/

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