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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Como comprar uma filmadora digital

Bryan Hastings, PC World EUA
17-12-2010
Quer uma filmadora mas não sabe a diferença entre os modelos? Leia nosso guia e aprenda tudo sobre filmadoras, cartões e acessórios.

Durante anos foi possível encontrar no mercado filmadoras de definição padrão que ofereciam boa qualidade de vídeo com um preço acessível. Mas hoje em dia, pela mesma quantia de dinheiro é possível comprar câmeras de alta-definição que permitem ao usuário gravar vídeos com cor e luminosidade excelentes, salvar o material em memória flash ou discos rígidos e fazer upload para sites de compartilhamento com muita facilidade.

Entretanto, as opções são tantas que pode ser difícil para o consumidor tomar uma decisão. Não se preocupe: seja para gravar vídeos do seu cachorrinho ou criar a próxima obra-prima do cinema independente, nós temos as dicas para você encontrar uma filmadora que irá atender às suas necessidades.

Neste guia:
» O tipo de filmadora correto para cada um
» Com memória flash é melhor
» Fique atento às características
» O que realmente importa
» Dicas para a hora da compra

Qual é o tipo de filmadora correto para cada um?

A resposta depende do uso que você pretende fazer dela. Os preços podem variar de 499 reais no modelos domésticos mais básicos a milhares de reais por equipamentos profissionais topo de linha. Veja o há de diferente entre os modelos:

Filmadoras de bolso

As queridinhas do YouTube; essas filmadoras são ótimas para quem está procurando por uma câmera barata e que filme em HD com qualidade razoável. Esse tipo de equipamento é popular por ser muito simples e portátil; coloque na mochila ou bolsa, filme quando a inspiração bater à porta, plugue o equipamento no computador e envie o conteúdo para seu site de compartilhamento ou rede social favorita.

Muitas destas câmeras usam o codec MPEG-4/H.264 durante a gravação do vídeo, que requer pouco poder de processamento por parte do PC, facilitando a edição. Vários modelos possuem um conector USB embutido, que pode ser plugado diretamente no PC ou laptop, dispensando o uso de cabos e facilitando a transferência dos arquivos. E há modelos para todos os gostos, como a Kodak PlaySport (499 reais), que é à prova d’água e poeira: é possível nadar com ela e até fazer filmagens subaquáticas (ela suporta até três metros de profundidade).

Filmadoras de bolso são pouco maiores do que um smartphone, e os modelos mais simples custam a partir de R$ 300, o que as tornam ótimas opções para registrar feriados prolongados. Só não espere muito delas: por causa das lentes pequenas, do codec MPEG-4 que empobrece a imagem e dos minúsculos microfones integrados, o resultado fica longe do que uma câmera profissional oferece, apesar da promessa de “alta definição” na embalagem.



A Kodak Playsport é um exemplo de filmadora de bolso

Outras limitações incluem a falta de controles manuais, de zoom óptico e memória restrita. As filmadoras Flip Video da Cisco, por exemplo, não possuem slots para cartão e a capacidade da memória integrada é de no máximo 8GB, suficiente para no máximo 2 horas de vídeo HD 720p.

Outros modelos não tem memória interna (para reduzir o custo) e exigem o uso de cartões de memória, geralmente no formato SD. Nesse caso, certifique-se de comprar também o maior cartão que puder. 2 GB é o mínimo, mas 8 GB é o ideal para começar a gravar sem preocupação com tempo.

Filmadoras de definição padrão

Gravar em HD é a moda, então vale a pensa considerar um modelo de definição padrão (SD)? Não se você estiver pensando no futuro, mas pode ser uma solução barata de curto-prazo.

Modelos de definição padrão estão sumindo aos poucos, mas oferecem um bom custo-benefício para consumidores que não querem gastar muito sem abrir mão de qualidade de imagem decente. Esses modelos geralmente custam metade do preço de uma filmadora HD com recursos equivalentes, os arquivos produzidos são menores e mais fáceis de editar (mesmo em PCs menos poderosos), é possível armazenar muito mais horas de vídeo em SD do que em HD no mesmo espaço em disco, e transformá-los em DVD é muito mais simples. Praticamente todos os modelos gravam em memória flash ao invés de mídia magnética, como fitas DV e miniDV.



A Samsung SMX-C200 é uma filmadora compacta de definição padrão

Muitos lares ainda possuem televisores com definição padrão, então uma filmadora HD pode ser um exagero. Dito isso, o dinheiro extra gasto em uma boa filmadora HD se traduz em vídeos com qualidade mais vívida e rica quando vistos em uma TV HD, então você deve levar isso em conta se estiver pensando em trocar de TV. E filmadoras HD geralmente possuem a opção de gravar vídeos definição padrão. Caso tenha uma televisão normal e queira um equipamento de melhor qualidade, a filmadora SD é uma alternativa válida, pelo fato de ser portátil, fácil de usar e com um preço razoável.

Filmadora HD doméstica

Se você quer vídeo em HD com melhor qualidade e muitas opções, mas quer uma filmadora portátil, com preço razoável e fácil de usar, então as “camcorders” tradicionais são o que você procura.

Elas são maiores do que as filmadoras de bolso, mas nem tanto – cabem facilmente no bolso do casaco. Além de capturarem imagens com uma qualidade maior, esses dispositivos oferecem mais opções e controles. A gravação das imagens é geralmente feita em cartões SD, o que dá mais flexibilidade na hora de escolher a capacidade, fazer um “upgrade” ou transferir os vídeos para o PC.

A maioria das filmadoras HD utilizam AVCHD, um codec que demanda muito desempenho do PC mas preserva a qualidade e a riqueza de detalhes das imagens originais. Os componentes em sua maioria são versões melhoradas dos encontrados nas filmadoras de bolso: mais memória, lentes e sensores maiores e telas LCD maiores e mais nítidas, às vezes com controles touchscreen.

As câmeras mais caras oferecem recursos similares em relação ao que é encontrado em modelos mais avançados e profissionais como entradas para microfone, encaixes para acessórios como luzes externas e microfones profissionais e controles manuais de foco, velocidade do obturador, diafragma, entre outros.

Um recurso que tem desaparecido da linha convencional é o EVF (eye-level eletronic viewfinder, o visor digital da câmera). Os painéis LCD se tornaram incrivelmente nítidos e com cores vívidas, mas muitos usuários preferem o visor embutido porque ele não é afetado pela claridade e economiza bateria. Com uma consumo maior de energia devido a painéis de cristal liquido que permanecem sempre ligados enquanto a câmera filma em HD, é mais importante do que nunca prestar atenção no nível de bateria.

Filmadoras HD semiprofissionais

Depois de utilizar câmeras convencionais e aprender os truques filmando festas de aniversário, você acha que está na hora de dar o próximo passo, talvez conseguir um emprego filmando casamentos ou como assistente de um fotógrafo profissional. Nesse caso, uma filmadora semiprofissional pode ser a escolha certa.

Batizados de “prosumer” (uma junção dos termos Professional e Consumer em inglês, designando produtos avançados mas que são destinados ao consumidor final) oferecem algumas vantagens além do encontrado nas câmeras mais comuns do mercado: componentes de maior qualidade (especialmente sensores e lentes), diversos controles manuais e modos de gravação e em muitos casos gravação em 24p (24 frames-por-segundo em progressive scan), permitindo a gravação de imagens que se aproximam às do cinema.

Esses equipamentos proporcionam melhores opções e qualidade de áudio. O som muitas vezes fica em segundo plano em modelos mais baratos, mas muitos usuários com experiência no ramo valorizam tanto um áudio limpo quanto a nitidez da imagem. Durante o registro de uma reunião corporativa, por exemplo, é importante que o espectador possa ouvir com clareza o que o palestrante está falando.

Filmadoras prosumer permitem que o usuário adicione adaptadores e faça um upgrade para conectores de áudio XLR. Essas conexões balanceadas diminuem drasticamente o ruído e zumbidos, mesmo que sejam utilizados longos cabos ligando uma filmadora com tripé posicionada no fundo de um auditório até um microfone que esteja próximo do palco.

Aparelhos prosumer tendem a ser maiores e mais pesados do que seus primos destinados a consumidores comuns. E tudo isso por uma boa razão: uma filmadora maior é mais fácil de ser estabilizada do que uma câmera menor, o que resulta num vídeo menos tremido. Esse tamanho todo também acomoda um número maior de controles manuais, como anéis giratórios para ajuste de foco e controle de diafragma, além de botões específicos para configurar o balanço de branco. É muito mais fácil ter o controle físico à mão do que perder tempo procurando por ele em um menu no LCD.

A grande maioria destas filmadoras mantém o visor (viewfinder) integrado, muito útil ao registrar cenas com muita claridade, e geralmente são mais fáceis de segurar com firmeza quando o usuário está olhando pelo visor.

Quando você começa a aceitar cada vez mais trabalhos, a questão do armazenamento se torna mais importante, tanto para construir um portfólio quanto para manter um backup do trabalho realizados para os clientes. Por essas razões muitos modelos prosumer ainda utilizam fitas DV, em conjunto com memória flash removível. Por causa de sua confiabilidade e durabilidade, as fitas DV continuam sendo uma das principais mídias de armazenamento de vídeo, apesar das formas robustas de memória flash como o Compact Flash estarem fazendo muito progresso.

Câmeras digitais SRLs (DSLR) com filmadora

Você pretende utilizar uma máquina fotográfica para filmar com qualidade profissional? Não é uma maluquice tão grande quanto parece. As câmeras DSLRs mais novas filmam em HD, e são tão boas nisso quanto ao fotografar. Esses dispositivos oferecem sensores extremamente grandes e lentes muito boas, logo é possível produzir vídeos excelentes.

Na verdade o vídeo é tão bom que a gravação com esse tipo de dispositivo está chegando às produções de cinema e televisão, incluindo o episódio final da última temporada de House e em uma cena de perseguição de Fórmula 1 no filme Homem de Ferro II. As câmeras DSLRs oferecem uma combinação entre tamanho menor e maior controle de profundidade do campo, logo os usuários podem gravar de locais que sejam muito apertados para filmadoras profissionais volumosas.

Contudo, essas câmeras não são para qualquer um, especialmente aqueles interessados em filmar e editar materiais mais longos. A maioria dessas câmeras grava em MPEG-2, o que pode sufocar estúdios de edição caseiros uma vez que o tamanho dos arquivos passa facilmente dos vários (e isso com apenas 10 a 15 minutos de vídeo em HD). Produtores de TV e cinema raramente são afetados por estas restrições porque as cenas filmadas são curtas, entretanto cinegrafistas mais casuais podem querer registras cenas mais longas. Muitas dessas câmeras oferecem somente foco manual ao gravar, deixando o processo extremamente difícil para usuários mais casuais.

Filmadoras profissionais

Esse tipo de câmera é muito caro, porém trata-se de um investimento essencial caso o usuário queira fazer da produção de vídeo seu ganha-pão. Há uma grande variedade de modelos, dirigidos para os mais variados ambientes de filmagem, mas no geral elas usam os melhores componentes disponíveis, especialmente lentes, e o usuário pode personalizar sua operação em um número muito maior de formas do que seria possível com câmeras mais baratas.

Muitas câmeras profissionais permitem ao usuário trocar as lentes, para que o vídeo seja otimizado para cada tipo de ambiente. Por exemplo, é possível mudar para uma lente grande-angular caso a gravação seja em um espaço muito pequeno como um set de filmagem e então trocar para uma objetiva para obter zoom em locais de grande profundidade para filmagens ao ar livre. Essas filmadoras são maiores do que os outros modelos e permitem customização “a fundo” a partir de uma variedade imensa de botões e controles, que permitem ao cinegrafista adaptar a câmera exatamente de acordo com as necessidades específicas.

Nesses equipamentos é comum encontrar alguns botões redundantes (com a mesma função), dispostos de forma a tornar o acesso aos controles essenciais conveniente esteja a câmera em um tripé, no ombro do usuário ou no nível do chão. A maioria dos modelos profissionais vêm com conectores XLR integrados (não é preciso um adaptador) para captação de som limpo e sem ruído.

No mundo profissional, armazenamento é crucial. Muitas dessas filmadoras utilizam discos rígidos e fitas por causa da durabilidade dos dados, entretanto os fabricantes também estão adicionando slots para cartões Compact Flash (CF). Esses cartões são maiores do que os modelos SD e são mais fáceis de manusear, mais rápidos e muito mais duráveis.

Com memória flash é melhor

Faz algum tempo que os fabricantes têm apresentado diversas formas para armazenamento de vídeo, incluindo fitas DV, MiniDVDs e HDs internos. Mas no momento, para os cinegrafistas mais casuais, a escolha é muito clara: memória flash.

Já há alguns anos que os fabricantes adotaram memória flash de alta capacidade como forma de armazenar as imagens. Ao mesmo tempo, a capacidade dos cartões SDHC e SDXC aumentou significativamente. Nos dias de hoje, muitas câmeras combinam um slot de cartão SD (às vezes mais de um slot) e memória flash interna para guardar as imagens, enquanto outros modelos usam ou cartão ou memória interna exclusivamente.

Há prós e contras de cada método, porém a opção mais versátil são as filmadoras que usam cartões de memória SDHC ou SDXC. Aqui estão as principais vantagens e desvantagens de cada formato de mídia, assim como dicas de como escolher o cartão correto para cada equipamento.

Filmadoras com disco rígido

Equipamentos com HDs integrados oferecem muito mais capacidade de armazenamento que os com memória flash, mas esse espaço de sobra não vale a pena para a maioria dos usuários. Não é possível trocar os discos, logo uma câmera com disco rígido é menos conveniente para transferir o conteúdo para o PC ou Mac do que se usasse mídia removível. E mesmo que a capacidade do disco rígido seja de 100GB, a bateria tende acabar muito antes do usuário ter chance de preencher todo esse espaço com uma filmagem.

Por causa de suas minúsculas partes móveis, discos rígidos tem risco de falha muito maior do que a memória flash. Esses drives são mais propensos quebrar em ambientes mais desafiadores durante coberturas externas, gravações em velocidade ou em grandes altitudes (acima de 3 mil metros), exatamente naqueles momentos em que raramente há uma segunda chance de fazer as imagens.

No geral, é muito melhor garantir memória flash suficiente para a gravação e então descarregar o vídeo em um HD externo ou um disco rígido no PC. Mas como há usuários que precisam de quantidades imensas de espaço em disco, a maior parte das empresas comercializa pelo menos um modelo com HD interno.

Equipamentos com memória flash

Nos modelos menores, mais leves e com preços mais acessíveis – filmadoras de bolso em particular – um memória flash interna (não removível) pode ser a única opção de armazenamento. Nas câmeras mais baratas e portáteis, a capacidade fica entre 4GB e 8GB, o que pode ser suficiente para uma ou duas horas de gravação. Memória flash geralmente é mais durável do que um disco rígido por causa da tecnologia de estado sólido, mas a memória flash fixa possui algumas das mesmas limitações dos HDs: não é possível remover o “disco”, portanto não é a opção mais conveniente para transferir os arquivos para o computador.

Filmadoras mais sofisticadas oferecem uma combinação entre memória flash removível (cartões em formatos como SD e variantes ou Compact Flash) e memória integrada, que aumenta muito o tempo disponível para gravação sem adicionar muito peso ao dispositivo. Mesmo nos modelos com menos capacidade, a memória interna é útil por um lado, caso o usuário perca o cartão de memória ou não haja mais espaço no mesmo.

Escolhendo o cartão SD certo

Caso opte por uma filmadora que armazene as informações em um cartão SD, você provavelmente precisará comprar o cartão em separado. Há três formatos diferentes de cartões SD: SD, SDHC e, o mais recente, SDXC. Cartões no formato SD original só chegam a 2GB de espaço, o que não é suficiente para a maioria das gravações. Você deve optar por um cartão SDHC (de 4GB a 32GB) ou mesmo SDXC (64GB ou mais) se a câmera for compatível (nem todos os modelos são, já que o SDXC é um formato recém-chegado ao mercado).

Um cartão de 64GB pode guardar mais de 5 horas de vídeo em resolução 1080HD na configuração de alta qualidade, e as coisas só devem melhorar em um futuro próximo: o formato SDXC pode alcançar a impressionante capacidade de 2TB nos próximos anos.

No entanto a quantidade de espaço para as informações não é a única coisa na qual se deve prestar atenção ao comprar um cartão SDHC ou SDXC, pois a mídia é classificada de acordo com sua velocidade. Um indicador chamado de “Classe” indica a velocidade mínima de gravação de dados em um cartão, uma informação muito importante ao gravar um vídeo. Cada número de Classe identifica a velocidade mínima em Megabytes por segundo (MB/s). A Classe 4, por exemplo, oferece no mínimo 4MB/s. A taxa de bits para a maioria das câmeras populares geralmente alcança 25 megabits por segundo (mb/s), ou 3MB/s, então um cartão de Classe 4 funciona bem.

Caso o usuário não pretenda filmar muito, não é preciso exagerar e adquirir um cartão Classe 6 ou Classe 10. Todavia, se você pretende filmar longas cenas em Full HD, é melhor escolher o cartão com a maior velocidade e capacidade que você puder comprar. Quanto maior a Classe, mais rápido o vídeo pode ser transferido da câmera para o computador para ser salvo e editado.

Em 2010 surgiram muitos modelos de filmadoras com suporte ao formato SDXC, mas antes de sacar o cartão de crédito, certifique-se que a câmera e o leitor são compatíveis com o cartão. Os primeiros cartões e leitores SDXC foram lançados em 2010, portanto nenhuma filmadora lançada antes dessa data possui suporte ao formato. E apesar da maioria dos novos modelos serem compatívios, os leitores de cartão e acessórios similares ainda estão em processo de adaptação.

O ImageMate All-in-One USB 2.0, da Sandisk, aceita cartões SDXC, mas é preciso um PC com o Windows XP, Vista ou Windows 7. Se você usa Mac OS X ou Linux, vai ficar na mão. Cartões SD são compatíveis com leitores SDHC e SDXC, mas a recíproca não é verdadeira. Um cartão SDXC não será reconhecido num leitor ou câmera que só aceite SD ou SDHC.

Fique atento às características

Na hora de comprar sua câmera, fique de olho nas características listadas abaixo. Elas são o que há de mais importante numa filmadora, e o segredo para uma compra sem risco de decepção.

Formato da gravação: Grande parte das filmadoras grava os vídeos usando o formato AVCHD (Advanced Video Codec High Definiton). Ele não degrada tanto a qualidade de imagem quanto o MPEG-4 padrão, mantendo boa parte da claridade e nitidez originais do vídeo depois da compressão e descompressão.

Porém, o usuário precisará de um computador poderoso o suficiente para aguentar esse procedimento. Para editar vídeo em AVCH é necessário um PC com no mínimo um processador multicore de 2 GHz com 4GB de RAM para evitar dores de cabeça.

Esse formato finalmente se estabeleceu, e a maioria dos programas possuem suporte para ele. Grande parte das filmadoras AVCHD podem gravar em alta definição a uma taxa de 24 mbps, produzindo vídeos com qualidade equivalente à das câmeras de fita MiniDV que usam o formato HDV.

Tela: Ela permite ao usuário enxergar facilmente o que está sendo gravado, além de rever as cenas que já foram gravadas. Obviamente, quanto maior o tamanho e a resolução da tela mais energia será consumida, e menos a bateria da câmera irá durar.

Tenha cuidado: muitas câmeras tem telas que não funcionam bem em ambientes com muita luz do sol, local em que a filmadora geralmente é usada. É importantíssimo escolher bem, porque os fabricantes tem descontinuado o uso do visor óptico (viewfinder) na maioria dos modelos básicos, deixando a tela de cristal líquido como única opção de exibição da gravação.

Além disso, alguns fabricantes oferecem telas LCD sensíveis ao toque que podem ser usadas para operar a maioria dos controles e opções da câmera. Então, procure testar a filmadora em mãos antes de comprá-la para ter certeza de que a tela responde bem e os comandos são intuitivos.

Lentes: Com exceção das câmeras de bolso, todas filmadoras vêm com objetivas que permitem a aproximação do objeto, o famoso “zoom”. Alguns fabricantes nem sempre distinguem de maneira clara o zoom digital do zoom óptico. Só o zoom óptico importa: o número representa o fator máximo de ampliação da imagem que a câmera consegue movendo os elementos da lente. Um zoom óptico de 10x (o mínimo na maioria das câmeras modernas) representa uma ampliação de 10 vezes, o que deve ser mais do que o adequado para a maioria dos projetos.

O zoom digital corta e amplia parte da imagem para preencher a tela. Esse método leva a uma imagem granulada, pixelada e muito ruim – há vezes em que a queda na qualidade é tanta que o usuário não consegue distinguir o que está sendo gravado.

Estabilização de imagem: há dois métodos de estabilização de imagem - óptica ou eletrônica - usados para reduzir as tremulações causada pelas mãos do cinegrafista ou pequenos movimento da câmera. Com a estabilização óptica, as lentes da câmera se movem para compensar o movimento externo. Já no processo eletrônico, a imagem capturada pelas lentes “flutua” no sensor, e a filmadora usa os circuitos internos depois que a imagem foi capturada para interpretar o vídeo.

A estabilização óptica produz os melhores resultados. Antigamente esse mecanismo só aparecia em equipamentos mais caros, mas isso tem mudado e ele pode ser encontrado em modelos mais acessíveis.

Baterias: a autonomia de bateria varia, mas muitas filmadoras são capazes de gravar pelo menos uma hora de vídeo ininterrupto. É sempre uma boa ideia adquirir uma bateria extra e levá-la junto com a câmera se for filmar algo importante. E lembre-se que ficar revendo na própria filmadora as cenas gravadas faz com que a bateria se esgote muito rápido.

Microfones: O som pode ser tão importante quanto a imagem. Câmeras com microfones integrados na frente tendem a gravar som com melhor qualidade do que aquelas com microfones acoplados na parte de cima da câmera. Esse último tipo às vezes capta a voz do cinegrafista, abafando todo o resto. Algumas filmadoras oferecem “microfones com zoom” que enfatizam a voz da pessoa que está sendo filmada quando as lentes zoom são usadas, e alguns deles vêm com um soquete para plugar um microfone externo. Qualquer um destes tipos pode ser muito útil para gravar discursos ou palestras.

Fotografia: Muitas filmadoras também servem como câmeras digitais, salvando fotos no cartão de memória ou em fita. Algumas conseguem salvar as imagens na mesma resolução que uma câmera de 12 megapixel (tome cuidado com modelos que prometem imagens de alta resolução interpoladas a partir de sensores de menor resolução). Apesar disso, nunca conseguimos encontrar uma filmadora que se saia tão bem quanto uma máquina fotográfica – elas simplesmente não proporcionam o mesmo nível de controle ou mesma qualidade.

Tamanho: Câmeras menores podem ser mais difíceis de usar porque seus controles não ficam exatamente os repousam os dedos, especialmente para quem tem mãos grandes. É claro que modelos maiores e mais pesados acabam sendo complicados para carregar, então é preciso encontrar um equilíbrio.

Gravação com pouca luz: A habilidade de filmar em ambientes com pouca luz é comum hoje em dia, seja usando um modo específico com o obturador mais lento para absorver a maior parte da luz ambiente ou usando uma lâmpada integrada composta por LEDs. Alguns poucos modelos incluem um sistema infravermelho que permite ao usuário gravar na escuridão total, mas esles estão quase extintos.

Modos de pouca luz podem ser úteis em condições ruins, porém as imagens capturadas não ficam tão boas quanto se fossem obtidas em um ambiente ensolarado ou com muita luz. Por exemplo, velocidades do obturador muito baixas podem borrar os objetos ou deixá-los com aparência fantasmagórica, e a filmagem terá um efeito um tanto quanto macabro – pensem em Bruxa de Blair, por exemplo.

O que realmente importa

Apesar das especificações da câmera não contarem toda a história, elas podem ajudar a refinar as escolhas. Use o preço da filmadora juntamente com outras características como o tamanho da tela de LCD, peso e tipo de microfone para eliminar aqueles que não servem para você.

Tenha em mente que embora uma tela grande e muitos recursos justifiquem um preço alto, facilidade de uso e tamanho também são considerações importantes. Mesmo a filmadora mais leve não será muito útil se os controles forem pequenos demais, então vale a pena testar o equipamento antes de comprar. Lembre-se que dispositivos mais leves podem sacrificar outros recursos, e geralmente possuem um microfone no topo da câmera porque não há mais espaço onde colocá-lo.

Uma regrinha geral: quanto mais zoom óptico, melhor. As filmadoras mais modernas vêm com no mínimo 10X de aproximação. Não preste atenção ao zoom digital, que degrada a qualidade da imagem. O zoom óptico é muito mais importante.

Muito importante: Peso

Afeta a frequência com que o equipamento é utilizado mais do que se imagina. Quanto mais pesada for a câmera, mais vontade de deixá-la em casa – é por isso que as filmadoras de bolso são tão populares apesar da qualidade de vídeo não ser tão boa.

Importante: Posição do microfone

Procure por um equipamento que tenha, se possível, o microfone localizado na parte da frente, próximo à lente. Se ele estiver no topo da câmera, veja se a filmadora tem a função de áudio-zoom. Vale também procurar um modelo no qual seja possível conectar um microfone externo, especialmente se você pretende filmar cenas estáticas como entrevistas e palestras.

Importante: Modos de pouca luz

Modos com baixa velocidade do obturador ou luzes infravermelhas permitem ao usuário gravar com pouca luz. Modelos mais avançados incluem iluminação LED integrada à câmera. No entanto, nenhum método traz a mesma qualidade de imagem de uma cena filmada ao ar livre, sob a luz do sol.

Importante: Tamanho da tela

Lembre-se dessa máxima: uma tela maior facilita na hora de observar o que está sendo gravado, mas também significa mais trabalho para a bateria, principalmente nas filmadoras em que o LCD é o único visor. Apesar de alguns equipamentos possuírem telas de 3 polegadas, esses LCDs de tamanho exagerado automaticamente deixam a filmadora maior.

Nos modelos touchscreen, o cuidado deve ser maior: em muitas câmeras o LCD é a única forma de acesso aos menus e controles, e se ele tiver visibilidade difícil ou resposta ruim a usabilidade da câmera será prejudicada.

Menos importante: Geolocalização

Alguma vez você assistiu a algum vídeo há alguns anos e se perguntou onde ele foi filmado? Esse problema cresce ao passar do tempo, especialmente que agora não há capas de fitas VHS onde fazer anotações. Ao invés disso, os arquivos são gravados em memória flash ou discos rígidos e muitas vezes o usuário não nomeia o arquivo de maneira significativa. Por isso algumas filmadoras possuem receptores GPS marcam o vídeo com as coordenadas do local onde ele foi gravado, para referência futura.

Menos importante: Portas

A maioria das filmadoras possui ao menos uma porta USB 2.0 para transferir vídeos para o computador, e alguns modelos permitem conectar HDs externos para backup, o que pode ser útil se você pretende fazer longas gravações.

Grande parte também oferece saída HDMI para que a câmera possa ser conectada a uma TV de alta definição, o que pode ser importante na hora de compartilhar as imagens com a família. Há modelos de filmadoras em alta definição que trazem conectores S-video ou Video Composto (também conhecidos como A/V ou RCA) para conexão a uma TV de definição padrão.

Dicas para a hora da compra

Você está pronto para comprar uma filmadora mas não tem tempo de ler esse artigo inteiro? Aqui vão umas dicas rápidas para ajudar na hora de escolher a câmera certa para você. Imprima esta página vá direto à loja!

1) Verifique a qualidade da tela LCD sob a luz do sol, se possível. Algumas telas ficam “pretas” em ambientes com muita luz, e é importante enxergar facilmente o que está sendo gravado em qualquer condição.

2) Cuidado com o tipo de zoom. No zoom digital a filmadora não faz nada além de ampliar uma parte da imagem para que preencha toda a tela, o que causa uma queda visível na qualidade. O zoom óptico é muito mais importante. É preciso, no mínimo, de um zoom de 10 vezes.

3) Para gravações mais longas, compre uma bateria extra. Bateria inclusas com as filmadoras geralmente duram cerca de uma hora. Baterias extras não são tão caras (o preço varia de acordo com a capacidade e fabricante), e podem salvar o dia na hora de gravar a festa de anversário do sobrinho. Vale lembrar, contudo, que quão maior for a bateria, mais pesada ficará a câmera.

4) Microfones na parte da frente da câmera produzem melhores resultados. Quando são localizados no topo do equipamento, ele tende a capturar a voz da pessoa que segura a câmera, abafando todo o resto. Se você deseja boa qualidade de áudio em uma filmadora convencional, considere adquirir um microfone externo. Certifique-se, claro, que o equipamento possui uma entrada para que esse periférico seja conectado.

5) Teste os controles da câmera antes de comprá-la. Às vezes as menores filmadoras podem ser difíceis de usar, especialmente para usuários com mãos grandes. Um modelo maior pode ser mais confortável nesse ponto. Veja se os controles touchscreen da filmadora são intuitivos e possuem boa interface.

6) Teste os controles de exposição. Todas filmadoras possuem um modo automático, mas alguns modelos têm modos de exposição manual e semi-manual. Por exemplo, alguns dispositivos permitem que o usuário filme em baixas velocidades ou configure o diafragma para que a câmera capte mais luz. Outros equipamentos oferecem também configurações de cena, que são familiares aos usuários de câmeras fotográficas.

7) Modos de gravação com pouca luz permitem filmar em situações adversas. Muitas filmadoras diminuem a velocidade do obturador para ajudar a capturar imagens no escuro, mas há alguns modelos possuem luzes infravermelhas para gravação na escuridão total.

8) Turbine seu PC para lidar com vídeos em AVCHD. Para editar vídeos em HD você precisará de um computador com bom desempenho. O PC deve ter ao menos um processador dual-core de 2 GHz e pelo menos 2GB de RAM. 4GB ou mais é o ideal. Talvez também seja necessário atualizar seu software de edição e escolher um que tenha compatibilidade completa com o formato AVCHD.



Fonte:http://pcworld.uol.com.br/dicas/2010/12/17/como-comprar-uma-filmadora/

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