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terça-feira, 24 de maio de 2011

Civilização humana é fascinada pela superação da morte

Imortalidade, eterna juventude ou, pelo menos, a perspectiva de atingir uma idade mais avançada têm um grande apelo e despertam a curiosidade das pessoas.

E pela primeira vez, a ciência moderna pode proporcionar conhecimentos e ferramentas para interferir no processo de envelhecimento. Esse é o tema abordado por José Luis Cordeiro, engenheiro da Nasa, em sua palestra no 25º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, evento promovido pela Associação Brasileira de Cosmetologia de hoje (24) a quinta-feira (25), em São Paulo.

Na idade medieval, a fonte da juventude era um mito popular, muitas vezes ilustrado em obras, como nas pinturas do alemão Lucas Cranach. Mesmo na idade contemporânea, esse fascínio da sociedade pela imortalidade ainda é retratado, como, por exemplo, nos filmes de Hollywood: Indiana Jones (1989) e Highlander (2000).

Não é para menos. Imagine um mundo onde a pele nunca perde sua aparência jovial, onde o câncer já não amedronta e ninguém envelhece. Um mundo em que se pode viver mais. Onde, ao invés de 73 anos, nossa expectativa de vida fosse de 110 ou 120 anos. Utopia? Não. Isso pode se tornar realidade em um futuro não tão distante.

Com o sequenciamento do genoma humano e o advento de ferramentas tecnológicas que permitem buscas por meio de milhares de genes de uma só vez, o entusiasmo tem tomado conta de cientistas de todo o mundo. Caso o ritmo de desenvolvimento das pesquisas científicas se mantenha à função exponencial de agora, a morte poderia começar a ser evitada em surpreendentes 30 anos.

Essa possibilidade de prolongamento da vida, ou até mesmo de "extinção" da morte gera um intenso debate entre os profissionais da área. Principalmente, sobre o potencial das pesquisas de tratamentos antienvelhecimento e suas conseqüências éticas e sociais.

Na palestra, que ocorre no dia 25, José Luis evidenciará os avanços mais recentes sobre o genoma e longevidade humana. Segundo o engenheiro, nas próximas duas décadas, a maioria dos cânceres e males, como o de Parkinson e Alzheimer, já poderão ser controlados e curados.

"Entender como funciona o genoma é a pedra fundamental da medicina do futuro. Ao que tudo indica, trata-se do ponto de partida para a desmistificação da vida eterna", completa Alberto Keidi Kurebayashi, presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia.

A medicina está se tornando tecnologia da informação e, assim, finalmente, deixando de ser arte, como no cinema hollywoodiano e nas pinturas de Cranach, para se tornar uma ciência real.
(MM Comunicação Empresarial)
Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=77680

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